Questões de Concurso
Sobre regência em português
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Leia o texto para responder à questão.
Entre as dez metas estabelecidas para a educação que constam dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para 2030, ratificados pelos 193 países-membros da ONU, a mais básica, juntamente à escolarização universal, é que todos tenham conhecimentos primários em leitura, escrita e matemática. Embora 260 milhões de crianças no mundo ainda não frequentem escolas, o acesso tem crescido com certa velocidade. A instrução, porém, ainda é terrivelmente falha. Segundo o Banco Mundial, 53% de todas as crianças em países de média e baixa renda sofrem de “pobreza de aprendizado” (learning poverty), um critério que implica a incapacidade de ler e compreender um texto simples aos dez anos de idade – ou seja, uma capacitação um pouco acima do analfabetismo absoluto, mas um pouco abaixo do analfabetismo funcional, que pressupõe deficiências graves de escrita e cálculo.
(https://opiniao.estadao.com.br. 04.11.2019)
Embora ______ 260 milhões de crianças no mundo que ainda não frequentem escolas, o acesso _______ educação tem crescido com certa velocidade. Segundo o Banco Mundial, ______ 53% de todas as crianças em países de média e baixa renda que sofrem de “pobreza de aprendizado”.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, correta e respetivamente, com
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Esforço integral
Há consenso de que manter alunos por mais horas no colégio traz ganhos positivos. O tempo extra pode ser empregado para projetos interdisciplinares, aulas de reforço ou atendimento individual daqueles estudantes que se atrasam.
O Plano Nacional de Educação prevê que pelo menos 25% dos estudantes tenham carga de sete horas diárias até 2024. No estado mais desenvolvido da Federação, a proporção se encontra em 6%.
Preocupante é o efeito multiplicador da desigualdade em alguns locais. Se a introdução do sistema implica acabar com o período noturno, estudantes que precisam trabalhar se veem forçados a procurar outro estabelecimento, que pode ficar longe da moradia ou do emprego, favorecendo a evasão.
Há que aprender com os percalços da experiência e, em particular, atentar para a implementação da medida onde ela foi bem-sucedida. Este seria o caso da rede estadual de ensino médio de Pernambuco, que alcançou a terceira posição no ranking de desempenho de alunos em provas padronizadas.
O estado conta com 57% de matrículas em escolas de período integral no ensino médio. A introdução em larga escala, segundo a Secretaria de Educação, mostrou-se decisiva para evitar o surgimento de ilhas de excelência e privilégio.
A adoção se fez de maneira paulatina, começando pela primeira série de uma nova turma. Isso evitou que estudantes empregados da segunda e da terceira série precisassem buscar outra escola.
Cabe ao governo paulista corrigir o rumo do período integral. A resistência não se afigura insuperável, e o benefício esperado justifica o esforço adicional para prosseguir na direção correta.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 31.10.2016. Adaptado)
Leia a crônica de Ivan Angelo para responder à questão.
Janelas e varandas
Varandas e janelas podem ser um campo interessante para observação nas metrópoles. Contribuições pessoais de moradores para a decoração da cidade. Espaços de expressão. Vitrines individuais.
É da sacada do prédio que o morador da metrópole confere a paisagem, o tempo e a vida lá fora. Janelas separam o íntimo e o público, mas algumas pessoas não se importam de botar no espaço público um pouco do que é do íntimo.
Rede estendida já vi mais de uma vez, em exíguas varandas, uma até com um homem em descuidada sesta. Nostalgia do Nordeste? De algum sítio? De uma minivaranda da Bela Vista1 , moça sentada de toalha nos ombros nus sob um secador de cabelos daqueles de pé e capacete, lendo revista. Casa dela ou salão de beleza improvisado? Em uma janela que dá para o Minhocão2 , uma gaiola com passarinho. Ave presidiária, condenada à feiura e ao barulho humanos. Será que canta?
Nesses espaços “públicos”, os ricos diferenciam-se principalmente pelas plantas, alguns com verdadeiras florestas. O povão ousa mais no pessoal. Como se fosse um quintal, lá põe rede, casa de cachorro, fogão quebrado, poleiro de papagaio, latão com planta, pendura bicicleta, monta churrasqueira...
Mas, em certas ocasiões, como Natal e Copa do Mundo, todos se igualam e botam luzes piscantes ou bandeiras.
É o que basta para pensarmos neles com uma distante camaradagem – oi, oi, estou aqui, sou um ser humano e cuido de um passarinho.
(VEJA SP, 05.10.2005. Adaptado)
1. Bela Vista: bairro paulistano.
2. Minhocão: famoso viaduto na cidade de São Paulo.
• As varandas e janelas, ______ quais o cronista descreve, são vitrines do comportamento humano. • O passarinho, ______ quem o dono submete ao barulho e à feiura, aparece na janela de um edifício no Minhocão.
Para que as frases elaboradas a partir do texto estejam de acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por
Escola inclusiva
É alvissareira a constatação de que 86% dos brasileiros consideram haver melhora nas escolas quando se incluem alunos com deficiência. O elevado grau de aceitação aparece em pesquisa Datafolha divulgada no Dia do Professor.
Uma década atrás, quando o país aderiu à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e assumiu o dever de uma educação inclusiva, era comum ouvir previsões negativas para tal perspectiva generosa. Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou lei em 2015 e criou raízes no tecido social.
A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualificados até para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer então de alunos com gama tão variada de dificuldades.
Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para minorar preconceitos. A maioria dos entrevistados (59%), hoje, discorda de que crianças com deficiência devam aprender só na companhia de colegas na mesma condição.
Tal receptividade decerto não elimina o imperativo de contar, em cada estabelecimento, com pessoal capacitado para lidar com necessidades específicas de cada aluno. Este pode ser disléxico, deficiente visual ou diagnosticado com transtorno do espectro autista, para dar mais alguns exemplos.
O censo escolar indica 1,2 milhão de alunos assim categorizados. Embora tenha triplicado o número de professores com alguma formação em educação especial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país. Não se concebe que possa haver um especialista em cada sala de aula.
As experiências mais bem-sucedidas criaram na escola uma estrutura para o atendimento inclusivo, as salas de recursos. Aí, ao menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno e sua família para definir atividades e de auxiliar os docentes do período regular nas técnicas pedagógicas.
Não faltam casos exemplares na rede oficial de ensino. Compete ao Estado disseminar essas iniciativas exitosas por seus estabelecimentos. Assim se combate a tendência ainda existente a segregar em salas especiais os estudantes com deficiência – que não se confunde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 16.10.2016. Adaptado)
Leia a tirinha de Quinono que segue:
Sobre a sintaxe dos termos das orações dos
quadrinhos da tirinha de Quinino, podemos
afirmar que:
(BRAGA, Rubem. In: ANDRADE, Carlos Drummond de et al. Crônicas I. 27. ed. São Paulo: Ática, 2006, p. 61-62 (Para gostar de ler, 1))
Vocabulário:
abluções – no contexto, diz respeito à limpeza, lavagem, ações de higiene.
lock-out – termo inglês, da área jurídica, que indica uma espécie de greve dos patrões, via de regra para exercer alguma pressão contra a classe trabalhadora.
Na passagem “acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã” (linha 5), o verbo obrigar, quanto à regência e transitividade, apresenta, dentro do contexto,
Leia:
Assinale a alternativa CORRETA para as regências verbal e nominal.
I-Levei-o para a escola esta manhã.
II-Sandra está apta para o cargo.
III-Renan é capaz de qualquer coisa por dinheiro
Em relação a algumas palavras do texto, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(---) No trecho “impressionado bastante a todos pelo grande realismo” (terceiro parágrafo), o verbo “impressionar” é transitivo indireto, sendo assim, deveria haver crase em “à todos”.
(---) O plural do substantivo “segunda-feira” (quarto parágrafo) é “segundas-feiras”.
(---) No trecho “Em 2009, foi realizada, na segunda-feira de carnaval, a primeira Apoteose dos Bonecos Gigantes” (quarto parágrafo), deveria haver crase em “à primeira”, pois é uma locução adverbial constituída de substantivo feminino.
“E, no entanto, duas ou três gerações atrás, o homem preferia morrer a perder a honra.”
A regência do verbo destacado não contraria os padrões da linguagem escrita em:
( ) há uma inadequação de concordância verbal em sua construção.
( ) há adequação no uso de regência verbal.
( ) “aos homens” funciona sintaticamente como objeto indireto.
Analise as proposições e coloque V para Verdadeira e F para Falsa. A sequência CORRETA é
Texto 01: Ela venceu a corrida contra o preconceito
Antonio Carlos Prado
20 de abril de 2017
Há meio século, o número 261 entrou para a história na luta das mulheres pelos direitos civis nos EUA – e, consequentemente, em diversos países nos quais também se levantavam bandeiras a favor da isonomia social na questão de gênero. Era ele, o 261, que estava estampado no moletom de Kathrine Switzer, que ousara se inscrever e participar da famosa maratona de Boston. Para driblar o regulamento que proibia a presença feminina, Kathrine se inscreveu na prova usando apenas as iniciais K.V, inspiração que lhe veio ao lembrar-se que alguns escritores famosos assinavam seus livros dessa maneira (T. S. Eliot e J. D. Salinger, por exemplo). Dito e feito: o seu nome passou como sendo o de um homem, recebeu como número de inscrição o tal 261 e os fiscais só deram conta do equívoco com a competição já iniciada. O que se viu a seguir foi o mais lamentável preconceito, quando tentaram impedi-la, com tapas e empurrões, de continuar na corrida.
Na semana passada, outros tempos, outros conceitos – e bem melhor assim. Aos 70 anos de idade, Kathrine Switzer esteve novamente na maratona, foi aplaudida do começo ao fim como símbolo da luta contra toda e qualquer desigualdade (ela sempre teve uma visão bem mais ampla dessa questão de gênero, ao contrário da pregação estreita de muitas feministas nos dias atuais), e completou os 42.195 metros da prova em 4h44min31s. Detalhe: usou o mesmo 261 do passado.
Kathrine já disputou 39 maratonas, e em 1974 foi a grande vencedora da competição em Nova York. Em um artigo publicado pelo jornal “The New York Times”, ela escreveu: “Pouca gente imaginaria que a maratona feminina se tornaria uma das modalidades com maior glamour nas Olimpíadas”.
Adaptação de http://istoe.com.br/ela-venceu-corrida-contra-o-preconceito/, acesso em 26 de abril. de 2017.
O verbo sublinhado, na oração abaixo, classifica-se quanto à regência verbal em:
“Kathrine já disputou 39 maratonas [...]”.
Leia o texto abaixo e responda a questão.
Leia a crônica de Ivan Angelo para responder à questão.
Janelas e varandas
Varandas e janelas podem ser um campo interessante para observação nas metrópoles. Contribuições pessoais de moradores para a decoração da cidade. Espaços de expressão. Vitrines individuais.
É da sacada do prédio que o morador da metrópole confere a paisagem, o tempo e a vida lá fora. Janelas separam o íntimo e o público, mas algumas pessoas não se importam de botar no espaço público um pouco do que é do íntimo.
Rede estendida já vi mais de uma vez, em exíguas varandas, uma até com um homem em descuidada sesta. Nostalgia do Nordeste? De algum sítio? De uma minivaranda da Bela Vista1 , moça sentada de toalha nos ombros nus sob um secador de cabelos daqueles de pé e capacete, lendo revista. Casa dela ou salão de beleza improvisado? Em uma janela que dá para o Minhocão2 , uma gaiola com passarinho. Ave presidiária, condenada à feiura e ao barulho humanos. Será que canta?
Nesses espaços “públicos”, os ricos diferenciam-se principalmente pelas plantas, alguns com verdadeiras florestas. O povão ousa mais no pessoal. Como se fosse um quintal, lá põe rede, casa de cachorro, fogão quebrado, poleiro de papagaio, latão com planta, pendura bicicleta, monta churrasqueira...
Mas, em certas ocasiões, como Natal e Copa do Mundo, todos se igualam e botam luzes piscantes ou bandeiras.
É o que basta para pensarmos neles com uma distante camaradagem – oi, oi, estou aqui, sou um ser humano e cuido de um passarinho.
(VEJA SP, 05.10.2005. Adaptado)
1. Bela Vista: bairro paulistano.
2. Minhocão: famoso viaduto na cidade de São Paulo.
Considere as frases.
• As varandas e janelas, ____quais o cronista descreve, são vitrines do comportamento humano.
• O passarinho, ______quem o dono submete ao barulho e à feiura, aparece na janela de um edifício no Minhocão.
Para que as frases elaboradas a partir do texto estejam de acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por