Questões de Português - Regência para Concurso

Foram encontradas 6.343 questões

Q444266 Português
Assinale a alternativa em que a preposição “a” não deva ser empregada, de acordo com a regência nominal.
Alternativas
Q444258 Português
                                                                                              Conquista do Espaço

Em 1945, a Segunda Guerra Mundial terminou, dando início à chamada Guerra Fria. Esse novo conflito tinha como protagonistas os Estados Unidos da América (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), sendo que essas duas superpotências da época apresentavam sistemas político-deológicos distintos e visavam a ampliar suas áreas de influência.

Durante mais de quatro décadas (1945 a 1991), esses dois países travaram uma batalha pela busca da hegemonia mundial. Eles destinaram dinheiro para algumas nações se reestruturarem, forneceram armas durante conflitos separatistas, intervieram na política externa etc.. Para expandir suas áreas de influência, no entanto, era preciso demonstrar superioridade em vários setores, fato que proporcionou acontecimentos históricos. Estados Unidos e União Soviética realizaram altos investimentos em tecnologia, destinados principalmente para a indústria bélica. Esse fato ficou caracterizado como a corrida armamentista. O mundo, dividido em dois blocos – capitalista ou socialista –, temia um possível confronto entre esses dois países, pois era (e ainda é) grande a quantidade de armas nucleares dessas nações.

Além dos gastos destinados a armamentos, EUA e URSS também investiram pesado em pesquisas relacionadas ao conhecimento do espaço sideral, com destaque para a exploração do nosso satélite natural, a Lua. Nesse momento, teve início a corrida espacial, na qual o país que atingisse os melhores resultados poderia determinar a supremacia sobre o outro.

Em 1957, a União Soviética saiu em vantagem pela conquista do espaço. Em outubro daquele ano, o país lançou ao espaço o primeiro satélite artificial, denominado Sputnik. No entanto, a URSS não se conteve e, em novembro do mesmo ano, enviou o primeiro ser vivo ao espaço, a cadela Laika, a bordo do Sputnik 2.

Em contrapartida, os Estados Unidos, em 1958, lançaram o satélite artificial Explorer I, que transportava vários aparelhos de pesquisa. Porém, no ano seguinte, a URSS apresentou um grande avanço nas suas pesquisas, realizando o projeto Luna, que proporcionou a obtenção de imagens (fotos) da superfície lunar.

Outro grande salto soviético na corrida espacial foi dado em abril de 1961. Nessa ocasião, foi realizado o primeiro voo tripulado por um humano. A bordo da nave Vostok, o astronauta Yuri Gagarin teve o privilégio de orbitar a Terra e entrar para a história como o primeiro humano a conquistar tal feito e pela sua célebre frase: “A Terra é azul”.

Os Estados Unidos, vendo que estavam ficando para trás, investiram mais ainda no projeto espacial. O resultado foi alcançado em 1962, quando o astronauta John Glenn voou ao redor da Terra. Conforme as pesquisas avançavam, os objetivos se tornavam mais complexos. A NASA Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) visava a alcançar a Lua, um feito que revolucionaria a corrida espacial.

Em 20 de julho de 1969, os astronautas estadunidenses Edwin Aldrin Jr., Neil Armstrong e Michael Collins, tripulantes da nave espacial Apollo 11, atingiram o solo lunar. Essa conquista foi transmitida pela televisão, ficando marcada pela seguinte frase de Neil Armstrong: “Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade”.

Após esse feito, a tensão entre esses dois países foi diminuindo e, em 1975, soviéticos e estadunidenses chegaram a trocar informações sobre a exploração espacial. Esse fato, além da redução dos gastos destinados às pesquisas espaciais e da fragmentação da URSS, marcou o fim da conquista espacial. Em 20 de julho de 1969, os astronautas estadunidenses Edwin Aldrin Jr., Neil Armstrong e Michael Collins, tripulantes da nave espacial Apollo 11, atingiram o solo lunar. Essa conquista foi transmitida pela televisão, ficando marcada pela seguinte frase de Neil Armstrong: “Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade”.

Após esse feito, a tensão entre esses dois países foi diminuindo e, em 1975, soviéticos e estadunidenses chegaram a trocar informações sobre a exploração espacial. Esse fato, além da redução dos gastos destinados às pesquisas espaciais e da fragmentação da URSS, marcou o fim da conquista espacial.

Wagner de Cerqueira e Francisco
http://www.brasilescola.com/geografia



De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à regência verbal, assinale a alternativa cujo verbo destacado apresente a mesma regência do verbo destacado no trecho abaixo.

“Em contrapartida, os Estados Unidos, em 1958, lançaram o satélite artificial Explorer I (...)”
Alternativas
Ano: 2014 Banca: MPE-RS Órgão: MPE-RS Prova: MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça |
Q443974 Português
Considere o enunciado abaixo e as três propostas para completá-lo. Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido contextual, seria possível substituir

1. lhe valeu (l. 5) por valeu-lhe.
2. do que (l. 14) por que.
3. julgava-o (l. 31) por considerava-lhe.
Alternativas
Q443888 Português
Leia o texto para responder a questão.

                              Sondagem

      O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam  pesada a carga matinal, que, na sua opinião, devia constituir-se  apenas de cartas. – No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais pacotes que o senhor recebe, ler tudo isso  deve ser de morte!
      Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se   admira:
      – Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que  tem no miolo?
      Esclareço que não leio de ponta a ponta, mas sempre leio  algumas páginas.
      – Com o devido respeito, mas quem lhe mandou o livro desejava que o senhor lesse tudinho.
      – Bem, Teodorico, faz-se o possível, mas...
      – Eu sei, eu sei. O senhor não tem tempo.
      – É.
      – Mas quem escreveu, coitado! Esse perdeu o seu latim,  como se diz.
      – Será que perdeu? Teve satisfação em escrever, esvaziou a  alma.
     A ideia de que escrever é esvaziar a alma perturbou meu  carteiro, tanto quanto percebo em seu rosto magro e sulcado.
     – Não leva a mal?
     – Não levo a mal o quê?
     – Eu lhe dizer que nesse caso carece prestar mais atenção  ainda nos livros, muito mais! Se um cidadão vem à sua casa e  pede licença para contar um desgosto de família, uma dor forte,  dor-de-cotovelo, vamos dizer assim, será que o senhor não escutava o lacrimal dele?
     – Teodorico, nem todo livro representa uma confissão do  autor. E depois, no caso de ter uma dor moral, escrevendo o livro  o camarada desabafa, entende? Pouco importa que seja lido ou
não, isso é outra coisa.
     Ficou pensativo; à procura de argumento? Enquanto isso, eu  meditava a curiosidade de um carteiro que se queixa de carregar  muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente.
     – Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
     – Como não adianta? Lava o espírito.
     – No meu fraco raciocínio, uma coisa nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se a pessoa, vamos dizer, eu, só para  armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro
     – o senhor, numa hipótese – para receber e ler esse livro. Mas se  o senhor não liga a mínima, foi besteira eu fazer esse esforço.
     – Teodorico! você... escreveu um livro?
     Virou o rosto.
     – De poesia, mas agora não adianta eu lhe oferecer um  exemplar. Até segunda, bom domingo para o senhor.
     – Escute aqui, Teodorico...
     – Bem, já que o senhor insiste, aqui está o seu volume, não  repare os defeitos, ouviu? Esvaziei bastante a alma, tudo não era  possível!

                                                       (Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. 1959. Adaptado)

O trecho destacado em – Enquanto isso, eu meditava a curiosidade de um carteiro que se queixa de carregar muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente. – está corretamente substituído, em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, por:
Alternativas
Q443348 Português

                                                 Cair do cavalo 


    Todo mundo um dia cai do cavalo, alguns literalmente inclusive. Cair do cavalo é perder o equilíbrio e o movimento ao mesmo tempo. É bater com toda a força no chão e em seguida ficar prostrado, incapaz de planejar o próximo movimento. Cair do cavalo dói não apenas pelo impacto em si, mas porque nos arranca do conforto da rotina. Paranoicos, hipocondríacos, precavidos, todo mundo cai do cavalo do mesmo jeito, ou seja, sem aviso prévio. E ninguém consegue evitar a perplexidade e a indignação ao verificar, na própria pele, um dos fatos mais banais da existência: coisas dão errado. 

    Se as tijoladas do destino são mais a regra do que a exceção, deveríamos estar mais preparados para lidar com doenças, separações, mortes, problemas de dinheiro, frustrações em geral – mas o fato é que nunca estamos. Somos comovedoramente ingênuos e distraídos, pelo menos até o primeiro grande tombo.

    De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. Alguns naufragam na autopiedade, outros veem suas forças exauridas pelo próprio esforço de enfrentar a tormenta. Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: sofri, mas aprendi. (Foi o caso, por exemplo, de Reynaldo Gianecchini, que em todas as entrevistas depois do fim do tratamento do câncer fez questão de falar sobre o lado transcendente da doença.) Há aqueles, porém, em que o sofrimento apenas acentua traços de personalidade que já existiam: o egoísta torna-se intratável, o tímido recolhe-se ainda mais, o extrovertido abusa da grandiloquência. (Lula, na primeira grande entrevista depois do fim do tratamento, falou da doença com a mesma ênfase barroca que usa para florear todos os assuntos, da economia internacional às derrotas do Corinthians: “Se eu perdesse a voz, estaria morto” ou “Estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim”.) 

    O ensaísta francês Michel de Montaigne (1533-1592) também caiu do cavalo – concreta e metaforicamente – e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois. A tese é apresentada na deliciosa biografia do filósofo lançada há pouco no Brasil: Como Viver Uma biografia em uma pergunta e vinte tentativas de respostas, da escritora inglesa Sarah Bakewell. O acidente quase fatal, sustenta a autora, ajudou Montaigne a desencanar das preocupações com o futuro e prestar mais atenção no presente e nele mesmo. Seus magníficos Ensaios, escritos nos 20 anos seguintes ao acidente, nada mais são do que a tentativa de ficar alerta às próprias sensações e experiências e buscar a paz de espírito – o “como viver” do título. 

    Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos, e nossa atenção tem que estar o tempo todo sendo reorientada para onde ela deveria estar: aqui e agora. Cair do cavalo pode ser inevitável, mas prestar atenção na paisagem é o que faz o passeio valer a pena. 


                                                                                   LAITANO, Claudia. In: Zero Hora, Porto Alegre, 

                                                                                                                              7 de abril de 2012, p. 2.

Qual a alternativa que está incorreta quanto ao uso do acento grave que assinala a crase e quanto aos aspectos de regência?
Alternativas
Respostas
4316: D
4317: A
4318: B
4319: B
4320: B