Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q1878859 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


(Disponível em: https://www.fundacaoportuguesadopulmao.org/publicacoes/conteudos/cuidado-com-asondas-de-calor/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta uma palavra de sentido antônimo, ou seja, de sentido contrário, a “más” (linha 09).
Alternativas
Q1878857 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


(Disponível em: https://www.fundacaoportuguesadopulmao.org/publicacoes/conteudos/cuidado-com-asondas-de-calor/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta uma expressão de sentido sinônimo, ou seja, de sentido semelhante, à palavra “aumentar” (linha 11).
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Esteio - RS Provas: FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Advogado - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Auditor Fiscal de Tributos - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Contador - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Engenheiro Civil - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Psicopedagogo - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Museólogo - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Jornalista - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Engenheiro do Trabalho - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Engenheiro Químico - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Engenheiro Eletricista - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Biólogo - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Bibliotecário - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Assistente Social - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Arquivista - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Arquiteto - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Analista Administrativo - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Analista de Sistemas - Edital nº 02 | FUNDATEC - 2022 - Prefeitura de Esteio - RS - Engenheiro Agrônomo - Edital nº 02 |
Q1878527 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Pó de Estrela

Por Jeferson Tenório





(Disponível em: https://noticias.uol.com.br/reportagens-especiais/po-de-estrela---jeferson-tenorio.htm – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta palavra que poderia substituir o vocábulo “sustada” (l. 25) sem alteração do sentido original do texto. Devem ser desconsideradas eventuais alterações na estrutura do período.
Alternativas
Q1878338 Português

Texto CG2A1-I


    

    Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho, dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.


   Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.


    Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.


    Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado, prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.


    A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de acesso à justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social, cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.


    Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o acesso à justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.


    Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.



Internet: <http://www.politize.com.br/>(com adaptações)

A correção gramatical e os sentidos do texto CG2A1-I seriam preservados com a substituição de

I “que ocorreram” (segundo parágrafo) por sucedidas.
II “portanto” (terceiro parágrafo) por contanto.
III “da qual” (terceiro parágrafo) por cuja.

Assinale a opção correta
Alternativas
Q1878337 Português

Texto CG2A1-I


    

    Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho, dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.


   Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.


    Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.


    Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado, prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.


    A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de acesso à justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social, cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.


    Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o acesso à justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.


    Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.



Internet: <http://www.politize.com.br/>(com adaptações)

Cada uma das próximas opções apresenta uma proposta de reescrita para o primeiro período do primeiro parágrafo do texto CG2A1-I. Assinale a opção em que a proposta apresentada mantém a coerência e a correção gramatical do texto.
Alternativas
Q1878288 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Assinale a alternativa que apresenta o significado correto do verbo “cerzir”, utilizado na linha 17. 
Alternativas
Q1878185 Português

TEXTO 12

POEMA CANÇÃO PARA ‘PAULO’ (A STUART ANGEL)



ALEX POLARI | nasceu em João Pessoa, Paraíba, em 1951. Publica seu primeiro livro de poesia, Inventário de Cicatrizes, em 1978. Na época, estava preso, por sua militância política contra o regime militar brasileiro, permaneceu em cárcere privado entre 1971 e 1980. Seu segundo livro, Camarim de Prisioneiro, é lançado em 1980. Na poesia de Alex Polari, de tendência contemporânea, se manifestam de maneira forte e direta experiências do cárcere e da tortura. No início dos anos 1980 passa a fazer parte da comunidade esotérica Santo Daime, no Amazonas.




Stuart Angel Jones

estudante de Economia da UFRJ e militante da luta armada contra a ditadura civil-militar. Aos 26 anos, em 1971, foi assassinado, sob tortura, na base aérea do Galeão.



Eles costuraram tua boca

com o silêncio

e trespassaram teu corpo

com uma corrente.

Eles te arrastaram em um carro

e te encheram de gases,

eles cobriram teus gritos

com chacotas.



Um vento gelado soprava lá fora

e os gemidos tinham a cadência

dos passos dos sentinelas no pátio.

Nele, os sentimentos não tinham eco

nele, as baionetas eram de aço

nele, os sentimentos e as baionetas

se calaram.



Um sentido totalmente diferente de existir

se descobre ali,

naquela sala.

Um sentido totalmente diferente de morrer

se morre ali, naquela vala. 



(1) Eles queimaram nossa carne com os fios

(2) e ligaram nosso destino à mesma eletricidade.



Igualmente vimos nossos rostos invertidos

e eu testemunhei quando levaram teu corpo

envolto em um tapete. 



Então houve o percurso sem volta

houve a chuva que não molhou

a noite que não era escura

o tempo que não era tempo

o amor que não era mais amor

a coisa que não era mais coisa nenhuma.



Entregue a perplexidades como estas,

meus cabelos foram se embranquecendo

e os dias foram se passando.


Em relação aos versos sublinhados em destaque é correto afirmar que:
Alternativas
Q1878162 Português

Paulo estava desapercebido hoje; e coberto de vultuosidade.

Marque a opção CORRETA:

Alternativas
Q1878111 Português

A Outra Noite


        Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa, de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.

        Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:

        - O senhor vai me desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá em cima?

        Confirmei: sim, acima da nossa noite preta , enlamaçada e torpe havia uma outra – pura, perfeita e linda .

        - Mas, que coisa...

        Ele chegou a por a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.

        - Ora, sim senhor...

        E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse uma “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.

(BRAGA, Rubem. A outra noite. In: PARA gostar de ler: crônicas. São Paulo: Ática, 1979.)

“Confirmei: sim, acima da nossa noite preta, enlamaçada e torpe havia uma outra – pura, perfeita e linda”. A palavra destacada tem como sinônimo:
Alternativas
Q1877405 Português
Texto CG1A1-I

   O terror torna-se total quando independe de toda oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe barra o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a essência da tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização da lei do movimento. O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza ou da história, propagar-se livremente por toda a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o terror procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da história. Esse movimento seleciona os inimigos da humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram conceitos vazios; “culpado” é quem estorva o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças inferiores”, quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos decadentes”. O terror manda cumprir esses julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são subjetivamente inocentes: os assassinados porque nada fizeram contra o regime, e os assassinos porque realmente não assassinaram, mas executaram uma sentença de morte pronunciada por um tribunal superior. Os próprios governantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis, mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.
  No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de comunicação entre os homens, cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos novos homens que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao constante movimento de todas as coisas humanas, um movimento que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a potencialidade de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positivas são para a existência política do homem o que a memória é para a sua existência histórica: garantem a preexistência de um mundo comum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração individual de cada geração, absorve todas as novas origens e delas se alimenta.
    Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário tem de conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens. Mas o terror total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder despótico de um homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra todos. Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os homens — como o faz a tirania — significa tirar dos homens os seus direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o espaço entre os homens, delimitado pelas leis, é o espaço vital da liberdade.

Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.br> (com adaptações). 
No primeiro período do segundo parágrafo do texto CG1A1-I, o verbo “erigir” tem o mesmo sentido de
Alternativas
Q1877403 Português
Texto CG1A1-I

   O terror torna-se total quando independe de toda oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe barra o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a essência da tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização da lei do movimento. O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza ou da história, propagar-se livremente por toda a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o terror procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da história. Esse movimento seleciona os inimigos da humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram conceitos vazios; “culpado” é quem estorva o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças inferiores”, quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos decadentes”. O terror manda cumprir esses julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são subjetivamente inocentes: os assassinados porque nada fizeram contra o regime, e os assassinos porque realmente não assassinaram, mas executaram uma sentença de morte pronunciada por um tribunal superior. Os próprios governantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis, mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.
  No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de comunicação entre os homens, cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos novos homens que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao constante movimento de todas as coisas humanas, um movimento que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a potencialidade de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positivas são para a existência política do homem o que a memória é para a sua existência histórica: garantem a preexistência de um mundo comum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração individual de cada geração, absorve todas as novas origens e delas se alimenta.
    Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário tem de conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens. Mas o terror total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder despótico de um homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra todos. Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os homens — como o faz a tirania — significa tirar dos homens os seus direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o espaço entre os homens, delimitado pelas leis, é o espaço vital da liberdade.

Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.br> (com adaptações). 
Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto CG1A1-I, julgue os itens a seguir.

I A expressão “Como tal” (quinto período do primeiro parágrafo) tem o mesmo sentido de nessa qualidade.
II No trecho “sua fúria não visa ao benefício do poder” (último parágrafo), a preposição a poderia ser suprimida do vocábulo “ao”, sem prejuízo da correção gramatical do texto.
III A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos se os travessões que isolam o trecho “como o faz a tirania” (último parágrafo) fossem substituídos por parênteses.

Assinale a opção correta.
Alternativas
Q1876450 Português
Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.


Caso de Secretária

    
     Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!

      Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto se lembrava. Era mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.

    Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocoxô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.

     Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da correspondência foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.

     – O senhor vai comemorar em casa ou numa boate?

    Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.

    – Se o senhor quisesse, poderíamos jantar juntos - insinuou ela, discretamente.

    E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida - o pessoal em casa pouco está ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que - reparava agora - era bem bonita.

    Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário. Conteve-se no prazer ansioso da espera.

     – Onde você prefere ir? - perguntou, ao saírem.

    – Se não se importa, vamos passar primeiro no meu apartamento. Preciso trocar de roupa.

     Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do terreno e, quem sabe?

     – Mas antes quero um drinque, para animar - ele retificou.

   Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e de fazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço. 

    No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater – e o sorriso dela, dizendo isso, era uma promessa de felicidade.

    Ele nem percebeu ao certo se estava se arrumando ou se desarrumando, de tal modo que os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária, esperavam-no cantando “Parabéns para você”.


(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.)
No trecho “Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário...” a palavra sublinhada significa:
Alternativas
Ano: 2021 Banca: AMEOSC Órgão: CRESIM - SC Prova: AMEOSC - 2021 - CRESIM - SC - Psicólogo |
Q1876111 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


A lição da borboleta 


Um homem estava observando, horas a fio, uma borboleta esforçando-se para sair do casulo. Ela conseguiu fazer um pequeno buraco, mas seu corpo era grande demais para passar por ali. Depois de muito tempo, ela pareceu ter perdido as forças e ficou imóvel.


O homem, então, decidiu ajudar a borboleta; com uma tesoura, abriu o restante do casulo, e libertando-a imediatamente. Mas, seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.


O homem continuou a observá-la, esperando que as asas dela se abrissem e a qualquer momento ela levantasse voo. Contudo, nada disso aconteceu; na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas, incapaz de voar.


O que o homem - em sua gentileza e vontade de ajudar - não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura, foi o modo escolhido pela natureza para exercitá-la e fortalecer suas asas.


Algumas vezes, um esforço extra é justamente o que nos prepara para o próximo obstáculo a ser enfrentado. Quem se recusa a fazer este esforço no começo, ou quem tem uma ajuda errada, no término acaba sem condições de vencer a batalha seguinte, e jamais consegue voar até o seu destino.


https://www.contandohistorias.com.br/html/contandohistorias.html - Adaptado 

Na texto, aparecem os vocábulos "começo" e "término", que, sendo antônimos, contribuem para o desfecho paradoxal expresso no período "Quem se recusa a fazer este esforço no COMEÇO, ou quem tem uma ajuda errada, no TÉRMINO acaba sem condições de vencer a batalha seguinte, e jamais consegue voar até o seu destino".

Quanto às relações semânticas dos pares de palavras abaixo, qual das alternativas apresenta um ERRO?
Alternativas
Q1875980 Português

Leia o texto abaixo para responder à questão.


As margens da alegria

I  



      Esta é a estória. la um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se construía a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produzia-se em caso de sonho. Safam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A mãe e o pai vinham trazê-lo ao aeroporto. A tia e o tio tomavam conta dele, justinhamente. Sorria-se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. O avião era da Companhia, especial, de quatro lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto conversou com ele. O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no acorçoo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A vida podia às vezes raiar numa verdade extraordinária. Mesmo o afivelarem lhe o cinto de segurança virava forte afago, de proteção, e logo novo senso de esperança: ao não-sabido, ao mais. Assim um crescer e desconter-se — certo como o ato de respirar — o de fugir para o espaço em branco. O menino.  


     

      E as coisas vinham docemente de repente, seguindo harmonia prévia, benfazeja, em movimentos concordantes: as satisfações antes da consciência das necessidades. Davam-lhe balas, chicles, à escolha. Solícito de bem-humorado, o Tio ensinava-lhe como era reclinável o assento — bastando a gente premer manivela. Seu lugar era o da janelinha, para o móvel mundo. [...] 



(João Guimarães Rosa, Primeiras estórias. Rio de Janeiro, RJ: Editora Nova Fronteira, 2001 - p.49-50) 

Leia o trecho abaixo retirado do texto.

“E as coisas vinham docemente de repente, seguindo harmonia prévia, benfazeja, em movimentos concordantes: as satisfações antes da consciência das necessidades.”

É correto afirmar que a palavra destacada no fragmento acima significa  
Alternativas
Q1875734 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.  




Adaptado de: CORSO, M. A era do homem comum. Disponível em:

<https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/mario-corso/noticia/2021/02/a-era-do-homem-comumckl9g83yr0023019w9nhknbxf.html>. Acesso em: 26 nov. 2021.

A palavra desenhar (l. 53) poderia ser substituída, sem alteração do sentido contextual, por
Alternativas
Q1875730 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.  




Adaptado de: CORSO, M. A era do homem comum. Disponível em:

<https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/mario-corso/noticia/2021/02/a-era-do-homem-comumckl9g83yr0023019w9nhknbxf.html>. Acesso em: 26 nov. 2021.

Considere as seguintes afirmações sobre o texto.
I - A palavra figurante (l. 04) tem, no contexto em que ocorre, o sentido de “pessoa que ocupa um papel secundário ou insignificante”.
II - A palavra ápice (l. 16) tem, no contexto em que ocorre, o sentido “grau mais elevado, culminância”.
III - A palavra coetâneos (l. 55) tem, no contexto em que ocorre, o sentido de “da mesma época; contemporâneo”.
Quais estão corretas?
Alternativas
Q1875725 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.



Adaptado de: MORENO, C. Despiorando. Disponível em:

<https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/claudio-moreno/noticia/2021/06/despiorandockq02tsi8009g018mm40z3cho.html>. Acesso em: 26 nov. 2021. 

Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, sinônimos para as palavras lusofalantes (l. 24-25) e incauto (l. 30), no contexto em que ocorrem no texto.
Alternativas
Q1875275 Português

    Sabemos que vários planetas são visíveis a olho nu: Marte, Júpiter, Vênus, Saturno e Mercúrio. Esses astros já eram conhecidos não apenas dos gregos, mas também de povos ainda mais antigos, como os babilônios. Apesar de sua semelhança com as estrelas, os planetas eram identificados pelos povos da Antiguidade graças a duas características que os diferenciavam.

      A primeira diferença notável é que as estrelas, em curtos períodos, não variam de posição umas em relação às outras. Já os planetas, com o passar das horas, mudam de posição no céu. À noite, esse movimento é percebido com facilidade. 

      A segunda diferença é que as estrelas têm uma luz que, por ser própria, pisca levemente. Já os planetas, que apenas refletem a luz do Sol, têm um brilho fixo. 

      Os planetas mais distantes da Terra só puderam ser descobertos bem mais tarde, com a ajuda de aparelhos ópticos como o telescópio. O primeiro deles a ser identificado foi Urano, descoberto em 1781 pelo astrônomo inglês William Herschel, segundo a professora de Astronomia Daniela Lázzaro, do Observatório Nacional do Rio de Janeiro”. (Superinteressante/Adaptado)

A palavra destacada no trecho “... primeira diferença notável ...” pode ser substituída, sem mudança de sentido, pelas palavras seguintes, EXCETO:
Alternativas
Q1875172 Português

Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.



A palavra destacada no trecho “O funcionário deve ser repreendido pela negligência que cometeu” pode ser substituída, sem mudança de sentido, pelas palavras seguintes, EXCETO:
Alternativas
Q1874779 Português

TEXTO II


    “Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores”. (José Sarney, na Veja

Sem mudança de sentido, a palavra “agora” pode ser substituída por:
Alternativas
Respostas
4361: D
4362: E
4363: C
4364: B
4365: B
4366: E
4367: D
4368: B
4369: A
4370: D
4371: C
4372: A
4373: A
4374: C
4375: B
4376: E
4377: C
4378: A
4379: D
4380: A