Questões de Concurso
Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português
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Por que achamos que ser magro é bonito?
Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos que “magreza = beleza”?
A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. “Os padrões de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.
Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil. Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos estéticos e cirurgias para atingir a dita “perfeição” — exige dinheiro, mais um obstáculo.
Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9° ano do Ensino Fundamental já se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa. E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia explica a tendência: “Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência”.
(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado)
Instrução: A questão estão relacionadas ao texto abaixo.
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A afirmação é de Paulo Resende, coordenador do núcleo de infraestrutura da Fundação Dom Cabral. Além disso, Resende defende a revisão do papel do setor público como provedor de soluções em mobilidade, a criação de agências metropolitanas com mandato supramunicipal e um arcabouço jurídico e social que garanta a continuidade dos projetos estruturantes.
Texto I
Demasiadamente
(Eneida Costa de Morais)
Quem conta um conto, acrescenta um ponto, diz o ditado. No caso presente não precisaremos acrescentar nada, tantos os pontos existentes: Aníbal Vicente foi preso porque é marido de cinco mulheres e noivo de mais de uma dezena de jovens.
Buscar, no retrato que os jornais estamparam, as razões desse tão grande prestigio de Vicente, é tolice: homem feio - muito feio, mesmo - o D. Juan magro, de rosto marcado pelas bexigas ou espinhas, nada oferece para que possamos imaginá-lo usando luares em declarações de amor, ou dizendo de maneira pessoal e pessoal encantamento, as sempre novas palavras que prenderam nossos tataravôs, avós, pais e a nós mesmos.
O caso aconteceu em S. Paulo, se bem que todo o Brasil esteja envolvido na ação amorosa de Aníbal. Cinquenta anos de idade, sem residência fixa - mudava muito de casa -, o herói do “conto do noivado” casava para lesar suas vítimas. Seu método mais usado era simples: entabulava namoro através de correspondência sentimental de revistas especializadas no assunto. “Homem só, profundamente só, com uma enorme riqueza sentimental, conhecendo todas as palavras de amor, sabendo empregá-las no momento preciso, capaz de emocionar-se com a lua cheia, usando ternura, sempre ternura para com aquela que amar, precisa encontrar senhora só”, etc., etc. O anúncio devia ser assim e, por ele, Aníbal ia colhendo as respostas, analisando-as, conhecendo mulheres antes de encontrá-las pessoalmente, mandando para esta carta, para a outra telegrama, até o final: encontro, casamento.
Assinava “Ouro Branco”, pois era de ouro que precisava Aníbal. Muito ouro para bem viver, bem comer, andar e dar golpes em outras românticas incautas.
A sede de amar e ser amada é tão grande nas mulheres que Aníbal continuaria seus trabalhos até o fim da vida, não fosse o ciúme de uma das esposas enganadas. A mais sofredora de todas, talvez, porque a que mais amasse, levou-o à polícia, e à prisão. [...]
A prisão se deu sem que o amoroso ladrão pressentisse. Estava calmamente à porta de uma casa, esperando a chegada de uma de suas noivas, a destinada futura esposa. Preso, sobre ele caiu o ódio de cento e cinco mulheres enganadas; esqueceram que a culpa não era apenas dele, esqueceram que atendendo ao apelo de Aníbal Vicente eram também culpadas. O homem está preso e uma centena de mulheres ficou sem noivo e sem esposo.
Casou muito, amou demais, eis a definição de Aníbal; naturalmente a Justiça acrescentará: roubou muito. Mas ninguém poderá negar a Vicente o título de criador de uma nova forma do conto-do-vigário: o ‘conto do amor”, o “conto do noivado” e do “casamento”, o “conto sentimental”.
Aqui para nós, digam, Vicente, mesmo roubando suas enamoradas, não lhes terá dado alguma felicidade?
Texto I
Pela Televisão
(Ruy Castro)
RIO DE JANEIRO - Há apenas 70 dias, o treinador Mano Menezes pediu demissão do Flamengo. Ao sair, com um B.O. de nove vitórias - jamais duas seguidas -, seis empates e sete derrotas, deixou o clube às portas do rebaixamento no Brasileiro e sem moral para seguir na luta pela Copa do Brasil. Devido ao adiantado da hora, o Flamengo substituiu-o pelo auxiliar técnico Jayme de Almeida, funcionário fixo de seus quadros.
Para justificar a saída, Mano Menezes alegou que não conseguira transmitir aos jogadores “aquilo que pensava de futebol”. Para todos os efeitos, entre dar zero a si próprio por não saber ensinar ou a cada um de seus pupilos por eles não conseguirem aprender, optou pela segunda hipótese. Reprovou a classe inteira, pegou sua beca e seu capelo, e se mandou. Na seqüência, seu substituto deu um novo caráter ao Flamengo, livrou-o do fantasma do rebaixamento e levou-o à conquista da Copa do Brasil - e, em conseqüência, à disputa da Libertadores em 2014.
O Flamengo não foi o primeiro fiasco de Mano Menezes que outro treinador precisou retificar. Há um ano, depois de um currículo pífio à frente da seleção brasileira, Mano Menezes já tinha sido substituído por Luiz Felipe Scolari - que não apenas tem levado a seleção a vencer como devolveu-lhe uma alegria de jogar que contamina até seus torcedores mais recalcitrantes, entre os quais eu.
Cada vez mais me convenço de que a humanidade se divide em duas categorias: as pessoas que fingem que se levam a sério e as que fingem que não se levam a sério. Mano Menezes está, decididamente, no primeiro grupo. Prova disso é a notícia recente, de que, ao pedir demissão em setembro, já tinha um novo emprego garantido.
Foi melhor para todo mundo. Boa sorte para Mano Menezes, e que lhe sobre tempo em 2014 para assistir à Libertadores pela televisão.
(Ruy Castro)
Disponível em: http://arquivoetc.bloaspot.com.br/2013/11/ pela-televisao-ruv-castro.html
Texto 1
Afinal, o que é a língua?
A língua é uma das realidades mais fantásticas da nossa vida. Ela está presente em todas as nossas atividades; nós vivemos entrelaçados (às vezes soterrados!) pelas palavras; elas estabelecem todas as nossas relações e nossos limites, dizem ou tentam dizer quem somos, quem são os outros, onde estamos, o que vamos fazer, o que fizemos. Nossos sonhos são povoados de palavras; os outros se definem por palavras; todas as nossas emoções e sentimentos se revestem de palavras. O mundo inteiro é um magnífico e gigantesco bate-papo, dos chefes de Estado negociando a paz e a guerra às primeiras sílabas de uma criança em alguma favela brasileira ou numa vila africana. É pela linguagem, afinal, que somos indivíduos únicos: somos o que somos depois de um processo de conquista da nossa palavra, afirmada no meio de milhares de outras palavras e com elas compostas.
Apesar dessa presença absoluta na nossa vida (ou talvez justamente por isso), ainda sabemos pouco sobre a linguagem e, em geral, temos uma relação problemática com ela, principalmente em sua forma escrita. Isto é, embora não sejamos nada sem a língua, parece que ela permanece alguma coisa estranha em nossa vida, como se ela não nos pertencesse.
FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Prática de texto para estudantes
universitários. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 9.
Você é um fisioterapeuta que faz parte do GRUPO dos 5%?
(1º§) Durante os meus 10 anos em sala de aula ensinando futuros fisioterapeutas percebo que Max Geringher está coberto de razão. Segue abaixo um texto muito importante aos fisioterapeutas. Este texto é muito interessante e por isso resolvi compartilhar ele com você. Ele fala sobre a lição dos 5%.
(2º§) Vamos ao ensinamento: Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula pedindo um pouco mais de silêncio, mas ninguém daquela turma se preocupou em atendê-lo.
(3º§) Com certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou muito, pois os alunos ignoraram a solicitação e continuaram firmes com a animada conversa dentro da sala de aula. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e decidiu tomar uma atitude mais drástica.
(4º§) - Agora prestem atenção, porque eu vou falar isso uma única vez - disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor continuou.
(5º§) - Desde que comecei a lecionar, isso já faz muito anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.
(6º§) - O interessante é que esta porcentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção, notarão que de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.
(7º§) - É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranquilo, sabendo ter investido nos melhores.
(8º§) - Mas, infelizmente, não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo, será capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês, sempre pode escolher a qual grupo pertencerá.
(9º§) - Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje.
(10º§) Não é preciso dizer que o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu, após aquele discurso, foi devastador. Aliás, essa observação tocou fundo em todos aqueles alunos, pois a partir dali, aquela turma teve um comportamento exemplar, em todas as aulas.
(11º§) Hoje, certamente, há muitos que não lembram muita coisa destas aulas, mas a observação do professor, essa nunca mais esquecerão. Aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença na vida de muitos. De fato, podemos perceber que ele tinha razão e desde então, a maioria de seus alunos, fizeram de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não haveria como saber quem estava indo bem ou não; só o tempo mostraria a qual grupo cada um pertenceria no futuro próximo.
(12º§) A pergunta persiste: Você é um fisioterapeuta que faz parte do grupo dos 5%?
Max Gehringer é administrador de empresas e escritor, autor de diversos
livros sobre carreiras e gestão empresarial.
Releia o trecho:
“É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.”
A palavra “pendor” pode ser substituída no trecho acima, sem alteração do sentido, por todas as palavras
abaixo, EXCETO:
Compare os dois períodos a seguir:
“Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer.”
“Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam.”
Assinale a única afirmativa INCORRETA: