Questões de Concurso
Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português
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A Outra Noite
RUBEM BRAGA
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa, de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra – pura, perfeita e linda.
- Mas, que coisa!
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
- Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
Relacione as palavras grifadas na primeira coluna com seu sinônimo na segunda coluna.
PRIMEIRA COLUNA
1 Lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo.
2 Uma paisagem irreal.
3 Depois continuou guiando.
4 E, quando saltei paguei a corrida.
SEGUNDA COLUNA
( ) imaginária
( ) descer
( ) acima de
( ) dirigir
Marque a alternativa correta:
A Outra Noite
RUBEM BRAGA
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa, de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra – pura, perfeita e linda.
- Mas, que coisa!
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
- Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
Numere a segunda coluna de acordo com a primeira.
PRIMEIRA COLUNA
1 alvas
2 chofer
3 torpe
4 veemente
SEGUNDA COLUNA( ) motorista
( ) caloroso
( ) brancas
( ) repugnante
Marque a alternativa correta.
Levantadores de copo
Eram quatro e estavam ali já há algum tempo, entornando seu uisquinho.
A conversa não era novidade. Aquela conversa mesmo, de bêbado, de língua grossa. Um cantarolava um samba, o outro soltava um palavrão dizendo que o samba era ruim. Vinha uma discussão inconsequente, os outros dois separavam, e voltavam a encher os copos.
Aí a discussão ficava mais acalorada, até que entrasse uma mulher no bar. Logo as quatro vozes arrefeciam. Não há nada melhor para diminuir tom de voz, em conversa de bêbado, do que entrada de mulher em bar. Mas, mal a distinta se incorporava aos móveis e utensílios do ambiente, tornavam à conversa em voz alta.
Foi ficando mais tarde, eles foram ficando mais bêbados. Então veio o enfermeiro (desculpem, mas garçom de bar de bêbado é muito mais enfermeiro do que garçom). Trouxe a nota, explicou direitinho quanto era etc., etc., e, depois de conservar nos lábios aquele sorriso estático de todos os que ouvem espinafração de bêbado, agradeceu a gorjeta, abriu a porta e deixou aquele cambaleante quarteto ganhar a rua.
Os quatro respiraram fundo para limpar os pulmões da fumaça do bar e foram seguindo calçada abaixo, rumo a suas residências. Eram casados os quatro. Mas a bebida era muita para que qualquer um deles se preocupasse com as espinafrações da esposa.
Afinal chegaram. Pararam em frente a uma casa e um deles, depois de errar várias vezes, conseguiu apertar o botão da campainha. Uma senhora sonolenta abriu a porta e foi logo entrando de sola.
- Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores completamente bêbados, não é?
Foi aí que um dos bêbados pediu:
- Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é o seu marido que os outros três querem ir para casa.
Stanislaw Ponte Preta, O Melhor de Stanislaw
Ponte Preta, Livraria José Olympio Editora (adaptação).
Numere a segunda coluna de acordo com seu antônimo na primeira coluna.
PRIMEIRA COLUNA
1 estático
2 inconsequente
3 cambaleante
4 acalorado
SEGUNDA COLUNA
( ) apagado
( ) firme
( ) dinâmico
( ) coerente
Marque a alternativa correta:
Levantadores de copo
Eram quatro e estavam ali já há algum tempo, entornando seu uisquinho.
A conversa não era novidade. Aquela conversa mesmo, de bêbado, de língua grossa. Um cantarolava um samba, o outro soltava um palavrão dizendo que o samba era ruim. Vinha uma discussão inconsequente, os outros dois separavam, e voltavam a encher os copos.
Aí a discussão ficava mais acalorada, até que entrasse uma mulher no bar. Logo as quatro vozes arrefeciam. Não há nada melhor para diminuir tom de voz, em conversa de bêbado, do que entrada de mulher em bar. Mas, mal a distinta se incorporava aos móveis e utensílios do ambiente, tornavam à conversa em voz alta.
Foi ficando mais tarde, eles foram ficando mais bêbados. Então veio o enfermeiro (desculpem, mas garçom de bar de bêbado é muito mais enfermeiro do que garçom). Trouxe a nota, explicou direitinho quanto era etc., etc., e, depois de conservar nos lábios aquele sorriso estático de todos os que ouvem espinafração de bêbado, agradeceu a gorjeta, abriu a porta e deixou aquele cambaleante quarteto ganhar a rua.
Os quatro respiraram fundo para limpar os pulmões da fumaça do bar e foram seguindo calçada abaixo, rumo a suas residências. Eram casados os quatro. Mas a bebida era muita para que qualquer um deles se preocupasse com as espinafrações da esposa.
Afinal chegaram. Pararam em frente a uma casa e um deles, depois de errar várias vezes, conseguiu apertar o botão da campainha. Uma senhora sonolenta abriu a porta e foi logo entrando de sola.
- Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores completamente bêbados, não é?
Foi aí que um dos bêbados pediu:
- Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é o seu marido que os outros três querem ir para casa.
Stanislaw Ponte Preta, O Melhor de Stanislaw
Ponte Preta, Livraria José Olympio Editora (adaptação).
Assinale a alternativa que apresenta o sinônimo da palavra grifada na frase abaixo:
Os bêbados, não estando de posse de suas faculdades mentais, falam coisas inconsequentes.
Levantadores de copo
Eram quatro e estavam ali já há algum tempo, entornando seu uisquinho.
A conversa não era novidade. Aquela conversa mesmo, de bêbado, de língua grossa. Um cantarolava um samba, o outro soltava um palavrão dizendo que o samba era ruim. Vinha uma discussão inconsequente, os outros dois separavam, e voltavam a encher os copos.
Aí a discussão ficava mais acalorada, até que entrasse uma mulher no bar. Logo as quatro vozes arrefeciam. Não há nada melhor para diminuir tom de voz, em conversa de bêbado, do que entrada de mulher em bar. Mas, mal a distinta se incorporava aos móveis e utensílios do ambiente, tornavam à conversa em voz alta.
Foi ficando mais tarde, eles foram ficando mais bêbados. Então veio o enfermeiro (desculpem, mas garçom de bar de bêbado é muito mais enfermeiro do que garçom). Trouxe a nota, explicou direitinho quanto era etc., etc., e, depois de conservar nos lábios aquele sorriso estático de todos os que ouvem espinafração de bêbado, agradeceu a gorjeta, abriu a porta e deixou aquele cambaleante quarteto ganhar a rua.
Os quatro respiraram fundo para limpar os pulmões da fumaça do bar e foram seguindo calçada abaixo, rumo a suas residências. Eram casados os quatro. Mas a bebida era muita para que qualquer um deles se preocupasse com as espinafrações da esposa.
Afinal chegaram. Pararam em frente a uma casa e um deles, depois de errar várias vezes, conseguiu apertar o botão da campainha. Uma senhora sonolenta abriu a porta e foi logo entrando de sola.
- Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores completamente bêbados, não é?
Foi aí que um dos bêbados pediu:
- Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é o seu marido que os outros três querem ir para casa.
Stanislaw Ponte Preta, O Melhor de Stanislaw
Ponte Preta, Livraria José Olympio Editora (adaptação).
Relacione as palavras grifadas na primeira coluna com seu sinônimo na segunda coluna.
PRIMEIRA COLUNA
1 Os quatro estavam entornando seu uisquinho.
2 A discussão estava acalorada.
3 Quando eles ganharam a rua, já era madrugada.
4 Logo as quatro vozes arrefeciam.
SEGUNDA COLUNA
( ) animar
( ) atingir
( ) diminuir
( ) beber
Marque a alternativa correta:Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue o item que se segue.
A substituição do vocábulo “mostram” (l.6) por demonstram
prejudicaria o sentido original do texto.
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
A palavra “Qualquer” (R.1) foi empregada no texto no sentido
de toda.
Leia o texto a seguir para responder a questão.
MORRE SOLDADO QUE SEGUIU “LUTANDO” 30 ANOS
APÓS RENDIÇÃO DO JAPÃO
Hiroo Onoda faleceu aos 91 anos em Tóquio.
Ele morou 14 anos no Brasil
Publicado em: 17/01/2014
Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/morre-soldado-queseguiu-lutando-30-anos-apos-rendicao-do-japao Acesso em 21 de janeiro de 2014
O ex-tenente japonês Hiroo Onoda, que viveu escondido nas florestas das Filipinas durante três décadas sem saber que a II Guerra Mundial tinha terminado, morreu nesta quinta-feira em Tóquio aos 91 anos, informou nesta sexta a emissora pública NHK. Onoda, que estava hospitalizado desde o início do mês, surpreendeu o Japão com sua inesperada aparição em 1974, quando finalmente abandonou sua missão na selva e voltou ao seu país. Após sua saga, o tenente chegou a morar no Brasil, ondecomprou uma fazenda de gado.
O ex-integrante do Exército Imperial japonês foi enviado em 1944 como oficial de inteligência para a ilha filipina de Lubang, onde permaneceu escondido nos 29 anos seguintes, sem saber que o conflito tinha terminado e que o Japão tinha se rendido. Onoda chegou aos 22 anos na ilha das Filipinas com a missão de penetrar nas linhas inimigas, realizar operações de vigilância e sobreviver de maneira independente até receber novas ordens, o que fez exatamente durante três décadas.
Após a rendição do Japão, em 1945, o soldado seguiu servindo ao seu país na floresta. Convencido da continuidade da guerra, Onoda seguia escondido e, segundo declarou, coletando “informações importantes” para o Japão. Durante seus longos anos na selva de Lubang, o ex-tenente viveu de bananas, mangas e do gado que conseguia matar, escondendo-se da polícia filipina e das expedições de japoneses que foram em sua procura, confundidas por ele com espiões inimigos.
Em março de 1974, Onoda, então com 52 anos, finalmente recebeu de um antigo superior que se deslocou até a ilha instruções para abandonar a missão. Um ano após sua volta ao Japão, Onoda se mudou para o Brasil, onde administrou com sucesso uma fazenda em Mato Grosso do Sul, na cidade de Terenos. Em 1989, retornou ao Japão, onde passou a dar cursos sobre a vida na natureza para os jovens.
Releia:
Após a rendição do Japão, em 1945, o soldado seguiu servindo ao seu país na floresta. Convencido da continuidade da guerra, Onoda seguia escondido e, segundo declarou, coletando “informações importantes” para o Japão. Durante seus longos anos na selva de Lubang, o ex-tenente viveu de bananas, mangas e do gado que conseguia matar, escondendo-se da polícia filipina e das expedições de japoneses que foram em sua procura, confundidas por ele com espiões inimigos.
Considerando este trecho, é correto afirmar:
Instrução: A questão a seguir está relacionada ao texto abaixo.
I. Os segmentos do tempo (l. 16) e dos sentimentos (l. 27) exercem a mesma função sintática nos contextos em que ocorrem. II. A substituição de ideal (l. 21) por prática acarretaria a alteração de três palavras no trecho que vai de Este novo ideal (l. 21) até o fim do parágrafo. III. O segmento cada vez mais (l. 23) poderia ser substituído por mais e mais, sem acarretar erro ou alteração do sentido textual.
Quais estão corretas?
Instrução: A questão seguinte está relacionada ao texto abaixo.
Instrução: A questão seguinte está relacionada ao texto abaixo.
Sem prejuízo da correção gramatical e sem modificação significativa do sentido do texto, seria possível substituir
1. exatamente (l. 2) por precisamente. 2. largamente (l. 3) por extensamente. 3. obviamente (l. 18) por evidentemente. 4. inconscientemente (l. 35) por impensadamente.
Quais propostas estão corretas?
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