Questões de Português - Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos. para Concurso

Foram encontradas 18.861 questões

Ano: 2022 Banca: UFPel-CES Órgão: UFPEL Prova: UFPel-CES - 2022 - UFPEL - Enfermeiro |
Q1930804 Português
Leia o texto a seguir para responder a questão.

Teoria Geral do Quase
Carlos Heitor Cony

  o terminar meu nono romance (Pilatos), há mais de vinte anos, prometi a mim mesmo que, acontecesse o que acontecesse, aquele seria o último. Nada mais teria a dizer – se é que cheguei a dizer alguma coisa.
    Daí a repugnância em considerar este Quase memória como romance. Falta-lhe, entre outras coisas, a linguagem. Ela oscila, desgovernada, entre a crônica, a reportagem e, até mesmo, a ficção.  
   Prefiro classificá-lo como “quase-romance” – que de fato o é. Além da linguagem, os personagens reais e irreais se misturam, improvavelmente, e, para piorar, alguns deles com os próprios nomes do registro civil. Uns e outros são fictícios. Repetindo o anti-herói da história, não existem coincidências, logo, as semelhanças, por serem coincidências, também não existem.
   No quase-quase de um quase-romance de uma quase-memória, adoto um dos lemas do personagem central deste livro, embora às avessas: amanhã não farei mais essas coisas.

C.H.C

Referência: CONY, Carlos Heitor. Quase memória: quase-romance. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Analise as afirmativas abaixo e considere se, de acordo com o que foi lido, são verdadeiras (V) ou falsas (F).

( ) Pode-se concluir que C.H.C. é o personagem central do livro.
( ) A partícula lhe no 2º parágrafo remete à palavra “repugnância”.
( ) Os travessões no 1º e 3º parágrafos poderiam ser substituídos por vírgulas.
( ) A expressão até mesmo no 2º parágrafo traz a ideia de inclusão.
( ) A palavra logo no 3º parágrafo pode ser substituída, mantendo o sentido, por “à vista disso”.

A sequência que preenche respectiva e corretamente os parênteses é:
Alternativas
Q1930589 Português
Texto 2 para a questão.

Por
Redação
Data de Publicação
27/04/2020
Editorial
Notícias

Como sou um otimista incorrigível —embora os fatos, muitas vezes, me desmintam—, creio que, após a pandemia, nossa sociedade em particular e o mundo em geral irão emergir mais conscientes da nossa fragilidade. E isso nos encaminhará para um tipo de sociedade mais solidária, respeitosa e cidadã.
O ser humano, quando em contato com o perigo, volta-se para seu interior e, ensimesmado, passa a refletir o quanto o outro lhe é importante e tem valor; e, nesse sentido, o quanto a alteridade precisa ser preservada. Passado o perigo, refazemos nossos laços e buscamos nos aproximar daqueles que se distanciaram, seja por questões físicas, seja por questões, digamos, ideológicas.

Paulo Martins
Professor livre-docente de letras clássicas e vice-diretor da FFLCH-USP
(Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo); autor de 'Imagem e Poder' (Edusp), entre outros

Disponível em: https://www.fflch.usp.br/2196. Acesso em 09 de maio de 2022.
Em qual alternativa o termo sublinhado NÃO tem o mesmo significado do termo que se encontra em parênteses?
Alternativas
Q1930260 Português
A arte

A arte acompanha o ser humano desde sempre. Defini-la, contudo, é tarefa difícil. Sobre ela não existe um conceito universalmente pacífico. Os clássicos buscavam entendê-la. Aristóteles a conceitua como disposição permanente para produzir coisas de um modo racional. Platão, por sua vez, como capacidade de fazer algo por meio da inteligência, através de um aprendizado. A arte para ele tem na capacidade criadora do ser humano seu sentido geral.

O Renascimento proporcionou mudança na mentalidade conceitual da arte ao separá-la dos ofícios e das ciências. À época a poesia, por exemplo, passou a ser considerada arte ao invés de um tipo de filosofia ou mesmo profecia. A partir daí nota-se inclusive uma melhora na percepção e na situação social do artista, pois os nobres e os ricos europeus aguçaram seus interesses pela beleza. A arte consagra-se como um objeto de consumo estético da nobreza e das altas classes sociais.

O romantismo culminou no século 19 com a ideia de que a arte surge espontaneamente do indivíduo, pois a obra artística emerge do interior do artista e de sua própria linguagem natural. Valoriza-se a sensibilidade e a fantasia. Arthur Schopenhauer afirmou que a arte é uma via de escape do estado de infelicidade do próprio homem, já que a arte é a reconciliação entre a vontade e a consciência, entre o objeto e o sujeito, alcançando um estado de contemplação, de felicidade. Finalmente, a arte fala o idioma da intuição, não o da reflexão. É ela uma forma de liberar-se da vontade, de ir além do eu.

O esteticismo de finais do século 19 é uma reação ao materialismo advindo com a Revolução Industrial. Charles Baudelaire aponta vir a beleza da paixão e, como cada indivíduo tem sua própria paixão, também tem seu próprio conceito de beleza. Para ele o artista é o herói da modernidade, cuja qualidade principal é a melancolia, que é o anseio pela beleza ideal.

No Brasil, entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, artistas propuseram uma nova visão de arte à luz de uma estética inovadora inspirada na vanguarda europeia, evento esse que, embora nascido em São Paulo, ficou nacionalmente conhecido como a Semana da Arte Moderna: uma manifestação artística cultural que reuniu apresentações de danças, esculturas, músicas, poesias e recitais. Uma ação que impactou e transformou a arte modernista brasileira. Tratou-se, não há dúvidas, de uma emancipação estética patrocinada por artistas, escritores, músicos e pintores.

Se para São Tomás de Aquino a arte é o reto ordenamento da razão, para Pablo Picasso, a arte é a mentira que nos ajuda a ver a verdade. Ambos estarão certos. Quiçá, por isso, se aceita o conceito de arte englobar todas as criações realizadas pelo ser humano para expressar sua visão mais sensível acerca do mundo, seja real ou imaginário. Através da arte o ser humano expressa ideias, emoções, percepções e sensações. Em consequência, a arte liberta e emancipa.

A arte engloba arquitetura, cinema, dança, desenho, escultura, fotografia, literatura, música, pintura, poesia. Hoje em dia, em pleno século 21, até mesmo a televisão, a moda, a publicidade e os videojogos são por muitos considerados como manifestações artísticas. Segundo René Huyghe, a arte e o homem são indissociáveis. Não há arte sem homem, muito menos homem sem arte. O ser isolado ou a civilização que não chega à arte estão ameaçados por uma secreta asfixia espiritual, por uma turbação moral. Para a Unesco, a arte é chave para formar gerações capazes de reinventar o mundo herdado. Ela reforça a vitalidade das identidades culturais e promove a relação com outras comunidades.

A arte é a capacidade humana de criação. É a expressão ou aplicação de habilidades criativas e a imaginação para criar obras que são apreciadas principalmente por sua beleza, intelecto ou poder emocional. Seus resultados são obtidos por distintos meios. A arte de cozinhar, de pintar quadros, de grafitar, as artes plásticas, a arte de compor (poemas e partituras musicais), a gravura, a impressão de livros e, até mesmo, atrelados a um conceito mais severo, meios hoje em dia causadores de grande repulsa social, como a caça e a guerra, podem ser considerados como arte. O ser humano e a arte estão rigorosamente conectados. A arte liberta. E, atualmente, a arte de viver cada vez mais se faz indispensável para a emancipação humana.

Renato Zerbini Ribeiro Leão. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/opini ao/2020/01/26/internas_opiniao,823467/artigo-aarte.shtml (Adaptado)
Analisando as estruturas linguísticas do texto, a passagem destacada no excerto “Platão, por sua vez, como capacidade de fazer algo por meio da inteligência, através de um aprendizado.” (1º parágrafo) assume um valor semântico de: 
Alternativas
Q1930108 Português
Considere atentamente a crônica a seguir, escrita por Rachel de Queiroz, para responder a próxima questão.

“Mais um filme italiano que conquista o coração da plateia brasileira, esse despretensioso e lírico ‘Viver em paz’. A história da aldeia humilde, agasalhada num pico de morro, sem eletricidade, sem progresso, sem automóveis, que só pedia aos outros o direito de continuar vivendo na sua calma secular e na sua secular pobreza. Viver em paz: talvez seja esse o mais belo título que possa hoje ocorrer a quem batiza uma obra de arte. No meio da guerra, do medo e da miséria, viver em paz. No meio da discórdia, do desentendimento e da fraude, viver em paz. Outras idades sonharam glória, técnica e riqueza; conforto, poder, ciência. Mas a nossa idade apenas sonha com paz. Dentro dos apartamentos minúsculos da grande cidade, o direito de acordar cedo, tomar sua condução, procurar o seu trabalho e dar conta dele, e ao fim do dia voltar sossegadamente para casa, a fim de comer e repousar: isso é paz. No campo, plantar sua raiz de mandioca, colhê-la, transformá-la em farinha; ver nascer o cordeiro, e depois vê- -lo crescer, curá-lo de doenças, tosquiá-lo da sua lã e vender essa lã; possuir alguns palmos de terra a que chame sua, e a ela escravizar-se, ou deixá-la folgar e folgar com a terra, não lhe pedindo mais que o abrigo e a água: e assim viver em paz. Direito de nascer, direito de ser menino, de ficar homem, e amar e gerar filhos, direito de morrer no meio dos filhos e netos, com os cabelos brancos e a pele engelhada, aceitando o fim, porque é chegada realmente a hora do fim; morrer na obscuridade e na pobreza ― mas morrer como viveu: em paz. Este o sonho do mundo de hoje. Dão-lhe tudo: máquinas como nunca houve, progresso jamais sonhado, oportunidades de glória que fariam empalidecer de inveja qualquer herói de Homero; riqueza, poder, mulheres, lutas políticas, ciência, arte, tudo está ao seu alcance, é só estender a mão. Porém os moços não pensam mais em glória nem em heroísmos; o que desejam é fugir do sangue derramado, o que querem é dar um princípio e um fim humanos a suas vidas mutiladas”.
(Viver em paz, por Rachel de Queiroz, com adaptações).
No trecho “com os cabelos brancos e a pele engelhada”, marque a alternativa que indica um possível sinônimo de “engelhada”.
Alternativas
Q1928808 Português

Use o parágrafo, abaixo, para responder à questão.


No que se refere aos estudos sobre o conceito de campo, Michel Paty observa que o fato de Einstein não compartilhar de uma "visão eletromagnética do mundo" pode ter sido importante para a crítica que vai operar na construção da teoria da relatividade. Na verdade, Einstein considerava que tanto a teoria eletromagnética quanto a mecânica clássica não eram absolutas e definitivas. A conclusão de Paty é clara: "a insatisfação com referência à teoria eletromagnética de então foi o ponto de partida do raciocínio de Einstein". Gostaríamos, no entanto, de nossa parte, de observar que na medida em que as equações exprimissem domínios bem estabelecidos de fenômenos da natureza, elas seriam um ponto de partida sólido para as futuras reformulações teóricas, como Einstein deixa claro em suas Notas autobiográficas em relação à transição da mecânica newtoniana à relatividade geral.


Fonte adaptada:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678- 31662005000400013#:~:text=No%20que%20se%20refere%20aos,constru%C 3%A7%C3%A3o%20da%20teoria%20da%20relatividade

A expressão “No que se refere a” assume sentido e estrutura equivalente a:
Alternativas
Respostas
3666: B
3667: D
3668: B
3669: C
3670: A