Questões de Concurso
Sobre uso da vírgula em português
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Assinale a afirmativa correta a respeito da última ocorrência de vírgula no período acima.
Assinale a alternativa em que se tenha feito pontuação igualmente correta para o período acima.
O par de vírgulas separando o segmento sublinhado no segmento acima se justifica porque
O que é a Doença de Crohn, diagnóstico de Evaristo Costa
Por Leo Caparroz
(Disponível em: www.super.abril.com.br/saude/o-que-e-a-doenca-de-crohn-diagnostico-de-evaristo-costa/ –
texto adaptado especialmente para esta prova).
“O médico precisa realizar uma série de exames, como raios-X , endoscopias , colonoscopias e exames de sangue”.
A vírgula após o travessão
I- Em “O Met Office, serviço climático do Reino Unido, informou na semana passada que o país teve em 2023 seu segundo ano mais quente já registrado na história.”, a expressão “na semana passada” deveria aparecer isolada por vírgulas, por se tratar de um adjunto adverbial deslocado.
II- Em “Este recente aumento da temperatura está principalmente ligado à rápida mudança para as condições do El Niño, que ocorreu em conjunto com o aquecimento a longo prazo causado pelo homem.”, a retirada da vírgula no fragmento não acarretaria mudança de sentido ou de classificação no contexto empregado, uma vez que a oração subsequente modifica a expressão “El Niño”.
III- Em “Este último aviso surge pouco depois da cúpula climática COP28, onde os países concordaram pela primeira vez sobre a necessidade de combater a principal causa do aumento das temperaturas – os combustíveis fósseis.”, o sinal de travessão poderia ser substituído pelo de dois-pontos, já que a expressão “combustíveis fósseis” explica o sentido de um vocábulo exposto anteriormente.
Sobre o que foi dito acima, pode-se considerar correto, segundo a Norma Culta da Língua Portuguesa, o se afirmou
Analise o parágrafo abaixo para responder à questão.
A pesquisa revelou que enquanto 46% das mulheres que têm melhores condições para manter o aleitamento o oferecem como único alimento aos seus bebês até o quarto mês de vida apenas 34% das mães com ocupações manuais semiespecializadas que enfrentam jornadas de trabalho de oito ou mais horas diárias conseguem oferecê-lo exclusivamente.
(www.semprefamilia.com.br. Adaptado).
Texto
Como as redes sociais alteram a nossa percepção de tempo (por Daniel Vila Nova)
(Texto adaptado exclusivamente para este concurso.O texto original está disponível em https://gamarevista.uol.com.br/sociedade/como-as-redessociais-alteram-a-nossa-percepcao-de-tempo/ ; 28 de Setembro de 2021 @GAMAREVISTACOMPORTAMENTOREDES SOCIAISSOCIEDADETEMPO)
Da revolução industrial à digital, o tempo sempre foi modulado pela tecnologia. Entenda como a internet está moldando nossa relação com o relógio
Do Facebook ao Instagram, do Twitter ao Tiktok, a presença dos aplicativos em nossas vidas é tamanha que vem alterando a maneira como entendemos e nos relacionamos com o tempo. Se antes as pessoas lidavam com o que estava ao alcance físico, hoje, com a possibilidade de uma rede que nos conecta instantaneamente a qualquer lugar ou informação do mundo, temos que lidar com diversos “agoras” — a conversa entre amigos no chat de celular, o e-mail do trabalho e/ou o feed da rede social, somado ao que acontece no espaço físico em que a pessoa está. (I. __________ À medida que – Na medida que) a nossa noção de tempo é (II. __________ fragmentado – fragmentada), a maneira com que percebemos e reagimos ao que ocorre ao nosso redor é (III. __________ alterado – alterada).
Para a socióloga britânica Rebecca Coleman, da Goldsmiths Universidade de Londres, as redes sociais e o mundo digital passaram a produzir “agoras” diferentes e não um único “agora” uniforme e coeso. Em suas pesquisas, ela se dedica a entender como esses diferentes presentes são moldados por meio de diversas plataformas e práticas. Rebecca indica que, com o advento do digital, passamos a lidar com ao menos três “agoras” diferentes — o agora em tempo real, o agora alongado e o agora eliminado.
O mundo digital transformou o “agora” em um elemento com limites elásticos que se alongam e contraem
Sabe-se que o agora em tempo real é exemplificado por notificações de mensagens e menções em redes sociais, como uma atividade digital que acontece de imediato e que costuma exigir uma resposta, independentemente do horário. Já o agora alongado, exemplificado por quando mexemos nas redes sociais e a atualizamos em busca de conteúdo, é uma ação constante, que nunca é finalizada. Por fim, o agora eliminado, exemplificado por quando buscamos o digital para passar o tempo, é um movimento que busca eliminar o tempo o mais rápido possível, geralmente quando estamos esperando algo acontecer no mundo físico. De acordo com a socióloga britânica, as definições por vezes se entrelaçam, mas ela entende que o mundo digital transformou o “agora” em um elemento com limites elásticos que se alongam e contraem, se expandem e condensam.
Em um período em que tudo parece acontecer ao mesmo tempo, é natural a forma com que a humanidade encara o tempo e suas alterações. “A possibilidade de ter uma comunicação instantânea e constante aliada à disponibilidade de informações de maneira veloz afetam a nossa organização e percepção de tempo”, afirma André Cravo, professor da UFABC, psicólogo e pesquisador na área de neurofisiologia e cognição.
Assim como em outras revoluções tecnológicas ao longo da história, a revolução digital alterou a maneira com que nossa sociedade lida com o conceito de tempo. Enquanto todos tentam se readaptar e entender qual é a nova estrutura temporal a ser seguida, as redes sociais parecem já ter sentido que atenção e tempo não só andam juntos, como também são extremamente lucrativos. (...)
Estratégias para sequestrar sua atenção
As ferramentas utilizadas pelas redes sociais para manter o usuário no aplicativo são das mais variadas — feed infinito, tempo limitado em que postagens ficam disponíveis, timelines não cronológicas. Nada disso é por acaso, alerta Cravo. Na timeline cronológica, você consegue saber até onde consumiu o conteúdo e em que ponto pode encerrar sua visita no aplicativo. Ao quebrar essa ordem cronológica, perde-se a noção de quanto falta para ele ser finalizado. Quando estamos vendo um streaming, é só acabar um episódio que outro começa imediatamente. Da mesma forma, quando uma série ou um filme acabam, outros começam.
A ideia, segundo o psicólogo, é criar a sensação de que aquela tarefa nunca se completa. Já em conteúdos que têm uma data de expiração, como os Stories do Instagram ou o Snapchat, há uma cobrança para que o usuário consuma aquele conteúdo o quanto antes. Aqui, o artifício é o de obrigar o usuário a prestar atenção ao tempo, fazendo com que se visite o aplicativo ao menos uma vez por dia. “Raramente é uma informação completamente imperdível, mas as redes já criam essa sensação de que estamos perdendo algo. Quando isso é potencializado com algo que pode ser perdido, é natural que isso nos afete.” De acordo com Cravo, qualquer tipo de manipulação que afete a relação temporal de alguém vai afetar também a percepção e a organização temporal.
I. As reticências são usadas para suprimir um pensamento, uma ideia ou um fragmento do texto.
II. As aspas são comumente utilizadas no início e no final de citações textuais.
III. As vírgulas isolam o aposto “agoras”.
Estão corretas as afirmativas:
Texto 1 – Ginástica artística: história e curiosidade História
A ginástica artística está presente nos Jogos Olímpicos desde ______ (I. a – à) primeira edição da Era Moderna, em Atenas 1896. Os gregos da antiguidade acreditavam que a ginástica artística era a junção perfeita entre mente e corpo, assim _______ (II. a – há) praticavam ______ (III. a fim de – afim de) manter a boa forma física e da saúde. Ela também era ensinada como uma preparação para outros esportes, além de treinamento militar. O alemão Friedrich Ludwig Christoph Jahn, apaixonado pelo esporte, criou a primeira escola de ginástica artística em 1811. “O pai da ginástica”, como ficou conhecido, além de aperfeiçoar a modalidade, também criou alguns saltos e os aparelhos cavalo com alças, trave, barras paralelas e horizontais.
A ginástica estreou nos Jogos de Atenas 1896, reunindo atletas de apenas cinco países, que competiram em quatro aparelhos. Em Amsterdã 1928, as mulheres também passaram a competir, participando de uma única prova por equipes.
Nas competições, homens e mulheres competem no solo e no salto. As barras assimétricas e a trave são aparelhos exclusivamente femininos, e os homens competem também na barra fixa, nas barras paralelas, no cavalo com alças e nas argolas.
Curiosidades
A romena Nadia Comaneci encantou o mundo nos Jogos Olímpicos de Montreal 1976. Ela foi a mais jovem ginasta a ganhar medalha e a primeira a obter nota 10 na ginástica artística feminina. Ao todo, Comaneci conquistou nove medalhas olímpicas. Já a ginasta soviética Larysa Latynina entrou para a história como uma das atletas que mais conquistou medalhas em Jogos Olímpicos. Ao todo, em sua carreira, ela obteve 9 ouros, 5 pratas e 4 bronzes. A última delas foi conquistada nos Jogos de Roma 1960.
A primeira brasileira a ser campeã mundial foi Daiane dos Santos, em Anaheim 2003. Sabe-se que, em parceria com o treinador ucraniano Oleg Ostapenko, Daiane criou dois movimentos que foram eternizados pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) e hoje levam o seu nome: o duplo twist carpado (Dos Santos I) e o duplo twist esticado (Dos Santos II). Somando suas participações nos Jogos Pan-americanos Winnipeg 1999, Santo Domingo 2003 e Rio 2007, a ginasta possui cinco medalhas: duas de prata e três de bronze. A primeira medalha olímpica da história da ginástica artística do Brasil foi dourada.
Nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, Arthur Zanetti superou o chinês Chen Yibing e levou o ouro nas argolas.
A ginástica que hoje é conhecida como artística ainda é citada em muitos livros e sites como ginástica olímpica. No passado, já foi chamada de ginástica desportiva e de ginástica de aparelhos. Em circuitos esportivos internacionais é comum ouvir atletas, técnicos e até leigos usando simplesmente as iniciais GA (ginástica artística).
Se as informações apresentadas não foram suficientes para levá-los a se interessarem pela GA, então, acompanhem as performances de atuais ginastas que brilharão nos Jogos de Paris, em julho e agosto de 2024.
(Texto adaptado especificamente para este concurso. O texto original está no site da Confederação Brasileira de Ginástica, disponível em https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/esportes/Ginasticaartistica/; acesso em 13 jan-24)
I. “Ao todo, Comaneci conquistou nove medalhas olímpicas”.
II. “(...) ela obteve 9 ouros, 5 pratas e 4 bronzes”.
III. “O alemão Friedrich Ludwig Christoph Jahn, apaixonado pelo esporte, criou a primeira escola de ginástica artística em 1811”.
Assinale a alternativa em que as vírgulas tenham essa mesma função:
Texto 1 – Ginástica artística: história e curiosidade História
A ginástica artística está presente nos Jogos Olímpicos desde ______ (I. a – à) primeira edição da Era Moderna, em Atenas 1896. Os gregos da antiguidade acreditavam que a ginástica artística era a junção perfeita entre mente e corpo, assim _______ (II. a – há) praticavam ______ (III. a fim de – afim de) manter a boa forma física e da saúde. Ela também era ensinada como uma preparação para outros esportes, além de treinamento militar. O alemão Friedrich Ludwig Christoph Jahn, apaixonado pelo esporte, criou a primeira escola de ginástica artística em 1811. “O pai da ginástica”, como ficou conhecido, além de aperfeiçoar a modalidade, também criou alguns saltos e os aparelhos cavalo com alças, trave, barras paralelas e horizontais.
A ginástica estreou nos Jogos de Atenas 1896, reunindo atletas de apenas cinco países, que competiram em quatro aparelhos. Em Amsterdã 1928, as mulheres também passaram a competir, participando de uma única prova por equipes.
Nas competições, homens e mulheres competem no solo e no salto. As barras assimétricas e a trave são aparelhos exclusivamente femininos, e os homens competem também na barra fixa, nas barras paralelas, no cavalo com alças e nas argolas.
Curiosidades
A romena Nadia Comaneci encantou o mundo nos Jogos Olímpicos de Montreal 1976. Ela foi a mais jovem ginasta a ganhar medalha e a primeira a obter nota 10 na ginástica artística feminina. Ao todo, Comaneci conquistou nove medalhas olímpicas. Já a ginasta soviética Larysa Latynina entrou para a história como uma das atletas que mais conquistou medalhas em Jogos Olímpicos. Ao todo, em sua carreira, ela obteve 9 ouros, 5 pratas e 4 bronzes. A última delas foi conquistada nos Jogos de Roma 1960.
A primeira brasileira a ser campeã mundial foi Daiane dos Santos, em Anaheim 2003. Sabe-se que, em parceria com o treinador ucraniano Oleg Ostapenko, Daiane criou dois movimentos que foram eternizados pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) e hoje levam o seu nome: o duplo twist carpado (Dos Santos I) e o duplo twist esticado (Dos Santos II). Somando suas participações nos Jogos Pan-americanos Winnipeg 1999, Santo Domingo 2003 e Rio 2007, a ginasta possui cinco medalhas: duas de prata e três de bronze. A primeira medalha olímpica da história da ginástica artística do Brasil foi dourada.
Nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, Arthur Zanetti superou o chinês Chen Yibing e levou o ouro nas argolas.
A ginástica que hoje é conhecida como artística ainda é citada em muitos livros e sites como ginástica olímpica. No passado, já foi chamada de ginástica desportiva e de ginástica de aparelhos. Em circuitos esportivos internacionais é comum ouvir atletas, técnicos e até leigos usando simplesmente as iniciais GA (ginástica artística).
Se as informações apresentadas não foram suficientes para levá-los a se interessarem pela GA, então, acompanhem as performances de atuais ginastas que brilharão nos Jogos de Paris, em julho e agosto de 2024.
(Texto adaptado especificamente para este concurso. O texto original está no site da Confederação Brasileira de Ginástica, disponível em https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/esportes/Ginasticaartistica/; acesso em 13 jan-24)
I. O sinal de ponto final é usado em função de uma pausa repentina e/ou instantânea. Essa pausa é um pouco mais intensa do que a vírgula, indicando, na maioria dos casos, uma estrutura incompleta.
II. As vírgulas são usadas para separar termos coordenados assindéticos (sem ligação por conectivo) de mesma função sintática e que formam, muitas vezes, enumerações.
III. Para indicar supressão de um pensamento ou de uma ideia apresentada anteriormente é que as vírgulas são usadas.
Estão corretas as afirmativas:
Texto - “Negócio de Ocasião”.
(por Fernando Sabino)
Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça. Durma-se com um barulho desses!
– Está bem – concordou ele, acalmando o vizinho: - Vou
mandar começar mais tarde.
Mandou que os operários só começassem a trabalhar a partir das nove horas. Dois dias depois tornava o vizinho:
– Assim não é possível. Já reclamei, o senhor prometeu, e o barulho continua! – Mas é só por uns dias – argumentou ele: - o senhor vai ter paciência ...
E mandou que os trabalhos só se iniciassem a partir das dez horas. Com isso, pensava haver contentado o vizinho. Para surpresa sua, todavia, o homem voltou ainda para protestar, e desta vez furibundo, armado de revólver:
– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.
Olhou espantado para a arma e, cordato, convidou-o a entrar:
– Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada. Eu disse que era só por uns dias... Se o senhor quiser que eu pare, eu paro. Cuidado com esse negócio, costuma disparar. Qual é o calibre?
– Trinta e dois.
– Prefiro trinta e oito. Mas esse parece ser muito bom...
Que marca?
– Smith-Wesson.
– Ah! Então deve ser muito bom. Cabo de madrepérola... Quanto o senhor pagou por ele?
– Cinco mil cruzeiros.
– Não foi caro. Sempre tive vontade de ter um revólver desses. Quem sabe o senhor me venderia?
– Não vim aqui para vender revólver – explodiu o outro – mas para te avisar que esse barulho...
– Não haverá mais barulho, esteja tranquilo. Agora, quanto ao revólver... Quer vender?
– O senhor está brincando...
Não estou não: pela vida de minha mãezinha. Quer saber de uma coisa? Dou dez mil por ele. Sempre tive vontade... Vamos, aceite! Dez mil, pago na hora. O homem começou a titubear. Olhou o revólver, pensativo: dez mil era um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo... Olhou o dono da casa, tornou a olhar o revólver:
– Toma, é seu – decidiu-se.
Antes de entrar na posse da arma, o comprador
foi lá dentro, trouxe dez abobrinhas e estendeu-as ao
vizinho. Depois, empurrou o revólver e chegou-lhe aos
peitos:
– Bem, agora ponha-se daqui pra fora. E fique sabendo que eu faço o barulho que quiser e quando quiser, entendeu? Venha aqui outra vez reclamar e vai ver quem é que acaba fazendo um estrago louco.
Fernando Sabino. A Mulher do Vizinho. 2ª.ed. RJ, Ed do Autor, 1962 p.186.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
DESAFIOS INVISÍVEIS: VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM ESGOTAMENTO MENTAL?
Diferente da Síndrome de Burnout, associada ao esgotamento profissional, o esgotamento mental deriva de outros fatores da vida cotidiana.
Equipe do Portal Drauzio Varella
Em 22/12/23
Cada vez mais vivemos sob pressão e com grande cobrança de produtividade, seja na vida pessoal ou profissional, além da constante exposição ao mundo digital através das redes sociais, o que forma um cenário propício para que surja o esgotamento mental.
Esse fenômeno, muitas vezes subestimado e incompreendido, não gera apenas cansaço físico: ele surge através de uma exaustão profunda que permeia a esfera psicológica, afetando a saúde mental, física e emocional de uma só vez.
Os sinais iniciais de esgotamento mental, muitas vezes, se manifestam de forma sutil e invisível aos olhos. Fadiga persistente, dificuldade de concentração, alterações no padrão de sono e irritabilidade constante podem ser indicadores precoces. O isolamento social e a perda de interesse em atividades antes apreciadas também são sintomas a serem observados.
“Os exemplos para a aquisição do esgotamento mental podem ser inúmeros, inclusive questões de saúde e não elaboração de processos e demandas cotidianas”, explica a professora e doutora Marina Zotesso, psicóloga comportamental com mestrado e doutorado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).
É importante ressaltar que o estresse comum, a Síndrome de Burnout e o esgotamento mental são condições diferentes. Enquanto o estresse comum é uma resposta natural a desafios temporários e o Burnout está ligado a situações desgastantes de trabalho ou desemprego, o esgotamento mental é uma condição mais grave, que resulta de um estresse prolongado e crônico.
A principal diferença está na persistência dos sintomas: o estresse comum tende a diminuir quando a fonte de pressão é aliviada, enquanto o esgotamento mental persiste, mesmo que ocorram mudanças nas circunstâncias. Além disso, Zotesso explica que o suporte de especialistas, como psiquiatras e psicólogos, é essencial porque os sintomas e as características são muito similares em alguns casos.
O esgotamento mental exerce uma influência significativa na saúde física e emocional. Pode levar a distúrbios do sono, dores musculares, problemas gastrointestinais e supressão do sistema imunológico. Do ponto de vista emocional, ansiedade, depressão e sensação de desesperança podem se intensificar. A qualidade das relações interpessoais também pode ser afetada, contribuindo para um ciclo negativo.
“As pessoas dizem que o coração é o centro do ser humano, mas na verdade, o centro é a mente, é o pensamento, é o cérebro. Ao pensarmos num esgotamento mental que venha juntamente a esse cansaço psicológico, muitas áreas do nosso corpo podem ser afetadas diretamente. [...]
A prevenção do esgotamento mental envolve um acompanhamento psicológico constante e a implementação de práticas regulares de autocuidado. “Muitas pessoas acabam optando pela medicação como uma forma de reduzir esses sintomas, mas não modificam a causa do adoecimento”, alerta Zotesso.
Um psicólogo especializado na abordagem comportamental, por exemplo, pode ajudar o indivíduo a identificar e a estabelecer limites saudáveis entre trabalho, vida pessoal e outros fatores, com o objetivo de reduzir a sobrecarga que intensifica o esgotamento mental.
Alinhado à terapia, práticas de exercícios físicos regulares, meditação e a busca de hobbies relaxantes são fundamentais na recuperação do esgotamento mental, pois impactam a qualidade de vida de um modo geral. [...]
Amigos e familiares podem oferecer apoio a quem enfrenta o esgotamento mental. Ouvir sem julgamento, encorajar a busca de ajuda profissional e oferecer assistência prática, como assumir algumas responsabilidades cotidianas, são maneiras de ajudar. Marina Zotesso explica que, nesses casos, a rede de apoio é chamada de suporte social.
Ao abordar e compreender as características do esgotamento mental, reconhecendo seus sinais, intervindo precocemente e construindo um suporte acolhedor, podemos contribuir para a promoção da saúde mental na sociedade como um todo.
Adaptado
https://drauziovarella.uol.com.br
O emprego da vírgula nessa frase foi necessário para separar o
Vale tudo pela sua atenção nas redes sociais?
PACHECO, D. Jornal da USP. Disponível em: https://jornal.usp.
br/atualidades/vale-tudo-pela-sua-atencao-nas-redes-sociais/.
Acesso em: 10 jun. 2020. Adaptado.