Questões de Concurso
Sobre uso das reticências em português
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O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
Sobre estar maduro
Quando somos jovens, fazemos de tudo para parecermos maduros.
Entretanto, no menor deslize expomos nossa criança interior.
Quando somos maduros, o que mais queremos é voltar a juventude.
Parece tardio, uma vez que as marcas de uma vida pesada já nos condicionaram a viver sem sorrisos.
E as rugas salientes se confundem com um ar de rabugice.
Sorrir é um ato de dar e receber.
E à medida que ficamos mais velhos, reclamar é mais fácil que sorrir.
Nós não somos assim, somos condicionados a estar assim.
Bem, ser maduro é muito mais que isso...
... tão complicado quanto não ser! Talvez devêssemos ser maduros sem perder o sorriso...
... e quando ninguém estiver olhando: ser uma criança!
Rian Lopes
https://cronicas-curtas.blogspot.com/search?updated-max=2016-02-23 T06:52:00-08:00&max-results=15
De acordo com as regras de pontuação, relacionar as colunas e assinalar a sequência correspondente.
(1) Ponto de exclamação (!).
(2) Dois−pontos (:).
(3) Reticências (...).
( ) Descobri onde estava o livro na mochila.
( ) Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, maquiagens
( ) Socorro_
Assinale a alternativa correta quanto à nova pontuação sem alteração do sentido original da frase.
“– Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe.
– Outro...
– Outro?
– Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque.” (17º§ – 20º§)
No trecho, a pontuação é empregada para dar um ritmo próprio ao diálogo, reforçando o tom irônico e descontraído do analista de Bagé. Dessa forma, analise as assertivas a seguir e a relação proposta entre elas.
I. “O uso de reticências na fala ‘Outro...’ indica uma pausa reflexiva do personagem, marcando a hesitação ou a busca por um comentário sarcástico.”
PORQUE
II. “A pontuação por reticências contribui para o efeito de oralidade no diálogo, reforçando a caracterização descontraída e irônica do analista de Bagé.”
Assinale a alternativa correta.
Leia o Texto 3 para responder a questão.
Texto 3
Disponível em: <https://www.tumblr.com/tirasarmandinho/tagged/tr%C3%A2nsito>.Acesso em: 19 ago. 2024.
(__)Por que você se recusa a se transformar.
(__)Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
(__)Ah, esses moralistas... Não há nada que empeste mais do que um desinfetante.
Assinale a alternativa cuja respectiva ordem de julgamento esteja correta:
Leia o texto e responda à questão que se segue.

Os adolescentes, a criatividade, as bolhas e os algoritmos
País do futebol arte, da bossa nova, do carnaval espetáculo, do cinema novo e de tantas outras formas de arte admiráveis. Essas sempre foram justificativas para que o Brasil fosse visto como um país criativo, que inova em diversas situações. Por isso, qual não foi a surpresa quando o Pisa, a avaliação internacional para estudantes com 15 anos, realizada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgou os resultados do exame de 2022 no quesito pensamento criativo: estamos no 49º lugar, com 23 pontos.
Desde o ano 2000, o Pisa avalia os conhecimentos gerais em matemática, ciências e leitura de alunos de escolas públicas e particulares, e essa foi a primeira vez em que a criatividade foi considerada nas respostas. Com o tema “Mentes criativas e escolas criativas”, a proposta era avaliar como os diferentes países integram a criatividade nos currículos escolares, com o objetivo de formar cidadãos capazes de explorar novas perspectivas para solucionar problemas de maneira original e eficaz. Mas por que será que o Brasil apareceu entre os 12 piores resultados?
Especialistas analisam a questão sob diferentes perspectivas: a escola brasileira precisa ser um ambiente mais propício à criatividade, oferecendo mais espaço para disciplinas e atividades que estimulem os alunos a buscarem alternativas novas para os problemas cotidianos e não apenas focar nas disciplinas obrigatórias; os educadores precisam ser melhor formados para implementar atividades e projetos que desenvolvam diferentes competências e habilidades artísticas e inovadoras nas crianças e jovens; os brasileiros são um dos públicos que mais tempo passa em frente às telas de celulares e tablets e, por fim, há quem chame a atenção para as imensas desigualdades de toda ordem existentes em nosso país, que dificultam o aprendizado de conteúdos básicos como leitura, escrita e cálculo.
Todas as análises fazem sentido, porém, questões complexas como essa pedem respostas na mesma linha. Há uma crise de criatividade entre as crianças e jovens das novas gerações, e isso é um sinal de que há algo acontecendo nos corações e mentes desse público no mundo inteiro. Como sabemos, a adolescência é a fase de transição entre a infância e a vida adulta, e traz, em seu bojo, a dicotomia entre a saudade dos tempos pueris e o desejo de desbravar o desconhecido, de preferência, por conta e risco. Em tempos em que as conexões digitais têm tomado o espaço precioso das interações reais em que se aprendia a solucionar os problemas por meio da experiência concreta de ter de lidar cara a cara com o diferente e o diverso, assistimos a esses indivíduos aguardando que os algoritmos e sistemas de busca lhes forneçam todas as respostas. E como as máquinas ainda não dão conta da miríade de possibilidades que as relações nos oferecem para a resolução dos problemas, temos meninos e meninas mais acomodados, passivos, entediados. Como exercer a criatividade em uma bolha na qual todos pensam e agem de maneira igual? Como buscar novas visões sobre o que nos rodeia com um algoritmo nos propondo, sem cessar, mais conteúdos sobre o que gostamos e com os quais nos sentimos mais confortáveis?
Essas são perguntas que também nós, adultos, temos de nos fazer. Não só como educadores dessa nova geração, mas como indivíduos e cidadãos. Sair das bolhas, combater a polarização e tudo o que nos divide e desumaniza é um exercício cotidiano de criatividade. “Consumimos sempre as mesmas coisas nas redes, ignorando o que é diferente. Por isso, é sempre bom dar um nó no algoritmo. Ouvir playlists fora do que estamos acostumados, andar por regiões diferentes, escutar o que os outros pensam, nos relacionar com pessoas que trazem olhares diferentes das coisas”, aconselha a jornalista e especialista em comunicação digital Pollyana Ferrari, autora do livro “Como sair das bolhas”. Olhar para além das redes é, sobretudo, um exercício de manutenção da saúde mental, mas, como tudo o que envolve um certo esforço e nos desacomoda, torna-se um grande desafio. E andamos cansados demais para dar conta desses e de tantos outros que a vida contemporânea tem nos colocado.
É interessante observar como a aparente facilidade que nos é oferecida pelos algoritmos e bolhas vai diminuindo não apenas a nossa criatividade e criticidade. Eles, ao moldarem nossos gostos e necessidades, resumem as nossas preferências a meia dúzia de coisas que conduzem a uma reprodução automática, gerando tédio e desinteresse pelo que nem sabemos existir. Como afirmou um estudante que entrevistamos para o podcast “curti, e daí?”: “Eu estava no TikTok e apareceu um vídeo para mim. Coisas que eu mais gosto, e aí, todas as coisas que apareceram no vídeo eram as coisas que eu mais gostava de fazer. Eu percebo que a cada dia isso é mais evidente, como se fosse diminuindo tudo que eu gosto mais, sabe? Como se fosse compactando as coisas que eu mais gosto…”.
Ter consciência do que nos acontece é sempre um bom começo. Porém, é preciso lembrar do porquê de estarmos nas redes: em busca da sensação de pertencimento, algo que é fundamental para o ser humano e mais ainda para aqueles que estão em formação. Estamos sempre à procura de afeto e reconhecimento, e nas redes isso vem de maneira rápida e volumosa, traduzido por cliques e likes. “Desinformação, fake news, tudo é sintoma. Tire-as da reta e o problema continuará ali, igual, de pé. Porque o problema principal é o do alinhamento de identidades e de como é reconfortante estar num grupo homogêneo. Toda conversa, nas redes sociais, se torna um ritual de reafirmação dessa identidade alinhada. Somos atores num palco eternamente demonstrando o quanto somos parecidos com os nossos e distintos daqueles outros”, alerta o jornalista Pedro Dória em seu artigo “A rede social perfeita para as democracias”, publicado no Canal Meio.
Nesse sentido, cabe-nos perguntar não apenas por que vivemos uma crise de criatividade, mas sobretudo por que não conseguimos nos encontrar nos espaços que promovem o diálogo, a interação corpo a corpo, que estimulam a imaginação nos trazendo novas paisagens (físicas e ficcionais). Precisamos recuperar a nossa capacidade de imaginar para além dos fatos, dados e informações, já que estamos inundados por eles. Um bom começo pode estar no resgate de alguns sonhos e projetos que não estão no nosso feed. Não requer muito esforço, apenas iniciativa, atitude indissociável da criatividade.
(Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/colunistas/2024/07/04/os-adolescentes-a-criatividade-as-bolhas-e-os-algoritmos. Acesso em: setembro de 2024. Adaptado.)
Texto 2
Disponível em: https://jeonline.com.br/noticia/21882/super-
mulheres. Acesso em:16 out 2023.
Texto CB1A1
Um projeto de lei que determina critérios mínimos de qualidade para escolas públicas de educação básica foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, em abril deste ano. Conforme estabelece o projeto de lei, o poder público deverá equipar todas as unidades do ensino básico com bibliotecas, laboratórios de ciências e informática, acesso à Internet, quadras poliesportivas cobertas, instalações com condições adequadas de acessibilidade, energia elétrica, abastecimento de água potável, esgoto sanitário e manejo de resíduos sólidos.
“As condições listadas não constituem luxo ou privilégio, mas requisitos necessários ao estabelecimento de um padrão mínimo de qualidade nas escolas brasileiras e garantia do exercício digno do direito público subjetivo à educação básica”, justifica o autor da proposta.
“O que há no projeto é o mínimo para que uma escola funcione, atendendo os estudantes e os profissionais da educação com dignidade. A ausência de laboratórios, de Internet, de bibliotecas e de uma estrutura física adequada é algo que impacta diretamente na qualidade da educação oferecida aos estudantes, uma vez que a educação não é uma transmissão de conhecimento, mas sim a construção deste”, considera a secretária de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Guelda Andrade.
“Um ar-condicionado, por exemplo, em algumas regiões do país, não é questão de luxo. É uma condição que faz parte dessa estrutura mínima e digna para que a educação aconteça... A falta disso traz prejuízos drásticos tanto no aprendizado dos estudantes quanto no cotidiano dos profissionais da educação”, reforça Guelda Andrade.
Internet: <https://cnte.org.br> (com adaptações).
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o item a seguir.
No segundo período do último parágrafo, as reticências
indicam a incompletude da ideia expressa.
Leia a tirinha a seguir para responder à questão.
Disponível em: https://www.feedobem.com/single-post/2017/09/Tirinha-9.
Impotência
Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar este rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouvia que batiam na porta, acordou assustado achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina, ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha pedir contas.
A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há alguns meses a velha lavava-lhe a roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em um barraco, num morro perto da lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e o netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.
– O menino está... morto?
Ouviu a resposta afirmativa com um suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse a ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada; ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardina e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara: os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.
(BRAGA, Rubem. Correio da Manhã. Fundação Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro. Em: 17/04/1952. Fragmento.)
No trecho “– O menino está... morto?” (3º§), podemos afirmar que as reticências foram empregadas para:
Leia o texto abaixo para responder às questões de 11 a 20.
País Rico
Por Lima Barreto
Não há dúvida alguma que o Brasil é um país muito rico. Nós que nele vivemos; não nos apercebemos bem disso, e até, ao contrário, o supomos muito pobre, pois a toda hora e a todo instante, estamos vendo o governo lamentar-se que não faz isto ou não faz aquilo por falta de verba.
Nas ruas da cidade, nas mais centrais até, andam pequenos vadios, a cursar a perigosa universidade da calariça das sarjetas, aos quais o governo não dá destino, o os mete num asilo, num colégio profissional qualquer, porque não tem verba, não tem dinheiro. É o Brasil rico…
Surgem epidemias pasmosas, a matar e a enfermar milhares de pessoas, que vêm mostrar a falta de hospitais na cidade, a má localização dos existentes. Pede-se à construção de outros bem situados; e o governo responde que não pode fazer, porque não tem verba, não tem dinheiro. E o Brasil é um país rico.
Anualmente cerca de duas mil mocinhas procuram uma escola anormal ou anormalizada, para aprender disciplinas úteis. Todos observam o caso e perguntam:
— Se há tantas moças que desejam estudar, por que o governo não aumenta o número de escolas destinadas a elas?
O governo responde:
— Não aumento porque não tenho verba, não tenho dinheiro.
E o Brasil é um país rico, muito rico…
As notícias que chegam das nossas guarnições fronteiriças são desoladoras. Não há quartéis; os regimentos de cavalaria não têm cavalos, etc.; etc.
— Mas que faz o governo, raciocina Brás Bocó, que não constrói quartéis e não compra cavalhadas?
O doutor Xisto Beldroegas, funcionário respeitável do governo acode logo:
— Não há verba; o governo não tem dinheiro.
— E o Brasil é um país rico; e tão rico é ele, que apesar de não cuidar dessas coisas que vim enumerando, vai dar trezentos contos para alguns latagões irem ao estrangeiro divertir-se com os jogos de bola como se fossem crianças de calças curtas, a brincar nos recreios dos colégios.
O Brasil é um país rico…
Glossário: 1. Calariça: preguiça, ociosidade; 2.Sarjeta: escoadouro de águas das chuvas que ficam à beira do meio-fio das calçadas; 3. Pasmosa: assombrosas, milagrosas, inauditas; 4. Regimento: conjunto de normas, disciplina, regime; 5. Guarnições: conjunto de tropas destinadas para fazer a proteção ou vigília de um determinado local, guarnecimento.
Fonte: Barreto, Lima. País Rico. Disponível em: https://www.culturagenial.com/ Acesso em 02 de abril de 2024. [Adaptado]
Na frase: “É o Brasil rico…”, por que o autor utiliza reticências após a palavra “rico”?
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões de 6 a 10.
A carteira
... De repente, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:
– Olhe, se não dá por ela, perdia-a de uma vez.
– É verdade, concordou Honório envergonhado.
ASSIS, Machado de. A carteira. Disponível em: http://www. dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000169.pdf. Acesso em: 3 maio 2024. [Fragmento]
A função do sinal de reticências no texto é