Questões de Concurso
Sobre uso das reticências em português
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Disponível em: https://gq.globo.com/Corpo/Saude/noticia/2018/08/o-que-acontece-com-seu-corpo-quando-voce-para-defumar.html. Acesso em: 24 jan. 2022.
( ) Em “Apague o cigarro e...” o sentido denotativo aponta para o pressuposto de que o cigarro está aceso.
( ) Está implícito que o enunciado do cartaz toma o interlocutor como fumante.
( ) A gradação do tempo sem o uso do cigarro obedece sempre a mesma proporcionalidade.
( ) Quem fica 15 anos sem fumar passa a ter saúde equivalente à de quem nunca fumou.
( ) O nível de oxigênio aumenta em apenas 8 horas sem cigarro, mas para a função pulmonar melhorar em até 30% são necessários até 3 meses.
( ) Depois de 15 anos sem cigarro, os riscos de câncer de pulmão chegam a zero.
( ) Em “Apague o cigarro e...” o uso de reticências indica a necessidade da complementação de ideia.
Leia o texto a seguir para responder a questão .
A marca no flanco
Lya Luft
O mundo não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui forma, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
É uma ideia assustadora: vivemos segundo o nosso ponto de vista, com ele sobrevivemos ou naufragamos. Explodimos ou congelamos conforme nossa abertura ou exclusão em relação ao mundo.
E o que configura essa perspectiva nossa?
Ela se inaugura na infância, com suas carências nem sempre explicáveis. Mesmo se fomos amados, sofremos de uma insegurança elementar. Ainda que protegidos, seremos expostos a fatalidades e imprevistos contra os quais nada nos defende. Temos de criar barreiras e ao mesmo tempo lançar pontes com o que nos rodeia e o que ainda nos espera. Toda essa trama de encontro e separação, terror e êxtase encadeados, matéria da nossa existência, começa antes de nascermos.
Mas não somos apenas levados à revelia numa torrente. Somos participantes.
Nisso reside nossa possível tragédia: o desperdício de uma vida com seus talentos truncados se não conseguirmos ver ou não tivermos audácia para mudar para melhor – em qualquer momento, e em qualquer idade.
A elaboração desse “nós” iniciado na infância ergue as paredes da maturidade e culmina no telhado da velhice, que é coroamento embora em geral seja visto como deterioração.
Nesse trabalho nossa mão se junta às dos muitos que nos formam. Libertando-nos deles com o amadurecimento, vamos montando uma figura: quem queremos ser, quem pensamos que devemos ser – quem achamos que merecemos ser.
Nessa casa, a casa da alma e a casa do corpo, não seremos apenas fantoches que vagam, mas guerreiros que pensam e decidem.
Constituir um ser humano, um nós, é trabalho que não dá férias nem concede descanso: haverá paredes frágeis, cálculos malfeitos, rachaduras. Quem sabe um pedaço que vai desabar. Mas se abrirão também janelas para a paisagem e varandas para o sol.
O que se produzir – casa habitável ou ruína estéril – será a soma do que pensaram e pensamos de nós, do quanto nos amaram e nos amamos, do que nos fizeram pensar que valemos e do que fizemos para confirmar ou mudar isso, esse selo, sinete, essa marca.
Porém isso ainda seria simples demais: nessa argamassa misturam-se boa-vontade e equívocos, sedução e celebração, palavras amorosas e convites recusados. Participamos de uma singular dança de máscaras sobrepostas, atrás das quais somos o objeto de nossa própria inquietação. Nem inteiramente vítimas nem totalmente senhores, cada momento de cada dia um desafio.
Essa ambiguidade nos dilacera e nos alimenta. Nos faz humanos.
No prazo de minha existência completarei o projeto que me foi proposto, aos poucos tomando conta dessa tela e do pincel.
Nos primeiros anos quase tudo foi obra do ambiente em que nasci: família, escola, janelas pelas quais me ensinaram a olhar, abrigo ou prisão, expectativa ou condenação.
Logo não terei mais a desculpa dos outros: pai e mãe amorosos ou hostis, bondosos ou indiferentes, sofrendo de todas as naturais fraquezas da condição humana que só quando adultos reconhecemos. Por fim havemos de constatar: meu pai, minha mãe, eram apenas gente como eu. Fizeram o que sabiam, o que podiam fazer.
E eu… e eu?
Marcados pelo que nos transmitem os outros, seremos malabaristas em nosso próprio picadeiro. A rede estendida por baixo é tecida de dois fios enlaçados: um nasce dos que nos geraram e criaram; o outro vem de nós, da nossa crença ou nossa esperança.
LUFT, Lya. Perdas & Ganhos. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 21-23 [Adaptado]
No penúltimo parágrafo, Luft se vale da seguinte construção:
“E eu… e eu?”
Diante do contexto em que se insere o trecho, é adequado apontar que
Um estudante e um professor, que haviam marcado uma reunião de estudos após as aulas, se encontram no corredor e travam o seguinte diálogo:
- Estudante: Oi, Paulo, você vai estar no seu gabinete amanhã às três horas, não é?
- Professor: Bom, não sei...
- Estudante: Mas, o senhor... (se afasta, contrariado)
Sobre essa conversação, é correto afirmar que:
Sinais de pontuação
Você sabia que algumas das mortes digamos inesperadas de personagens foram provocadas pelos próprios atores Pois esses artistas arranjaram problemas nos sets de filmagens e seus papéis foram punidos com fatalidades na ficção.
(Disponível em: Personagens que foram mortos por causa dos seus intérpretes (msn.com). Adaptado).
Assinale a opção CORRETA quanto ao uso da
pontuação do texto acima:
Leia a tirinha abaixo e responda a questão.
I. uma citação. II. uma enumeração explicativa. III. um esclarecimento, uma síntese ou uma consequência do que foi enunciado.
Os conceitos acima se tratam
Sobre essa conversação, é correto afirmar que:
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.
Ri-se da cicatriz quem nunca foi ferido
(Disponível em https://www.contioutra.com/ri-se-da-cicatriz-quem-nunca-foi-ferido/ - texto
adaptado especialmente para esta prova.)
O texto a seguir, da obra “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, refere-se à questão.
“Você não me ouve, Capitu.
Eu? Ouço perfeitamente.
O que é que eu dizia?
Você… você falava de Sírius.
Qual Sírius, Capitu. Há vinte minutos que eu falei de Sírius.
Falava de… falava de Marte – emendou ela apressada.”
Internet: <www.diariodosertao.com.br>.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho. São
Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 19-20 (com adaptações).
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o item que se segue.
O uso de reticências no trecho “altamente… desejáveis” (l.19)
reforça a expressividade do que o autor deseja sugerir com
relação à intensificação da equivalência entre sonho e desejo.
TEXTO
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.
Tirinhas Armandinho - Tudo Junto e Misturado - Litoral. Dsiponível em:
https://www.google.com/search?source=univ&tbm=isch&q=tirinhas+armandinho+
e&sa=X&ved=2ahUKEwj_qIK5s8XrAhXimuAKHZKcDkcQsAR6BAgKEAE&biw=13
66&bih=657#imgrc=CAzIcviW2wri4M
Texto 3
“Nenhum ser humano é uma ilha… por isso não perguntem por quem os sinos dobram. Eles dobram por cada um, por cada uma, por toda a humanidade. Se grandes são as trevas que se abatem sobre nossos espíritos, maiores ainda são as nossas ânsias por luz. (…) As tragédias dão-nos a dimensão da inumanidade de que somos capazes. Mas também deixam vir à tona o verdadeiramente humano que habita em nós, para além das diferenças de raça, de ideologia e de religião. E esse humano em nós faz com que juntos choremos, juntos nos enxuguemos as lágrimas, juntos oremos, juntos busquemos a justiça, juntos construamos a paz e juntos renunciemos à vingança.“
Leonardo Boff