Questões de Concurso
Comentadas sobre uso do ponto e vírgula em português
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Se a vida é um vale de lágrimas, por que não processar os pais por nos terem trazido ao mundo?
Se o leitor nunca pensou nessa hipótese, isso pode significar duas coisas. Primeiro, que é uma pessoa sã. Segundo, que nunca leu a saga do indiano Raphael Samuel, 27, que tentou processar os progenitores, segundo o jornal “The Guardian”.
Sim, Samuel confessa que tem uma excelente relação com eles. Mas há, digamos, um “pecado original” que o rapaz não pode perdoar: ele nasceu sem dar o seu consentimento. Uma indenização, ainda que simbólica, seria uma forma de fazer doutrina: quando queremos ter filhos, é importante ter o consentimento deles.
Por essa altura, o leitor inteligente que lê as minhas colunas já deve ter feito uma pergunta fundamental: como obter esse consentimento? E, já agora, em que fase?
A ciência terá aqui uma palavra importante. Mas, conhecendo o narcisismo da espécie e a tendência irresistível de marchar pelas causas mais improváveis, não é de excluir que adolescentes de todas as idades, frustrados com a vida e com a necessidade de escovar os dentes, encontrem em Raphael Samuel um modelo (de negócio).
Antigamente, os pais poupavam para a universidade dos filhos. Hoje, convém poupar primeiro para a indenização que eles nos vão pedir.
No limite, ver o filho a pedir uma indenização aos pais por ter nascido faz tanto sentido como pedir uma indenização ao filho por ele não querer estar cá. Quem disse que só o filho pode ter razões de queixa?
O problema dos cálculos meramente utilitaristas é que eles são dotados de uma espantosa flexibilidade. E da mesma forma que os filhos avaliam os seus danos por terem nascido, os pais podem atuar da mesma forma.
Investiram tudo no delfim – patrimônio genético, tempo, dinheiro, sanidade e expectativas legítimas de que ele seria um adulto.
Mas o ingrato, no fim das contas, ainda quer fazer contas. Se isso não é motivo para uma indenização pesada, só um anjo nos pode salvar.
(João Pereira Coutinho, Alô, filho, você quer mesmo sair?
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br.
Acesso em: 15.11.2019. Adaptado)
Produção e Consumo Sustentáveis
Produção e consumo sustentáveis é uma abordagem holística aplicada para minimizar os impactos ambientais negativos dos sistemas de produção e de consumo, ao mesmo tempo em que promove melhor qualidade de vida para todos; estimula a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos e insumos; e fomenta a geração de trabalhos decentes e o comércio justo. Ademais, contribui para a conservação dos recursos naturais e dos ecossistemas, dissociando crescimento econômico da degradação ambiental.
A agenda PCS constitui um novo paradigma para a gestão ambiental. Ela vai além dos tradicionais mecanismos de comando e controle, pois sua abordagem e internalização requerem um novo olhar sobre o modelo de desenvolvimento. Um modelo no qual todos os atores – governos, empresas, instituições, sociedade – têm responsabilidades e papéis a cumprir se desejarmos um País onde todos tenham direito a uma melhor qualidade de vida, sem comprometer nosso meio ambiente e nosso futuro, e o das gerações que virão.
Com esse propósito, o Departamento de Desenvolvimento, Produção e Consumo Sustentáveis (DPCS) tem como principal competência fomentar no País práticas de produção e de consumo sustentáveis (PCS) com vistas à promoção de um desenvolvimento socialmente mais justo, ambientalmente mais responsável e economicamente mais equilibrado.
O DPCS atua na implementação do Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS) desde 2010, e na disseminação e apoio à implementação da Agenda 2030 e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS, com vistas ao alcance das metas estabelecidas em 2015, sobretudo do ODS 12, de assegurar os padrões de produção e consumo sustentáveis.
Buscamos, por meio da articulação institucional e com o apoio do Comitê Gestor de
Produção e Consumo sustentáveis, e dos parceiros, a promoção de sinergias entre políticas, ações e programas voltados a produção e consumo sustentáveis, visando a implementar e fortalecer ações em PCS, e o cumprimento das metas e compromissos assumidos no contexto das convenções e acordos internacionais. Padrões mais sustentáveis de produção e de consumo são o caminho mais seguro e justo para combater as mudanças climáticas, conservar e usar sustentavelmente os recursos hídricos, a biodiversidade, as florestas, todos os recursos. Para alcançarmos esses objetivos, acreditamos na cooperação, no intercâmbio de experiências e de boas práticas, e no trabalho conjunto.
(Disponível em: <http://www.mma.gov.br/responsabilidadesocioambiental/producao-e-consumo-sustentavel> Acessado em 22 de fev. de 2019)
Assinale a única alternativa CORRETA quanto à pontuação.
Prazeres da “melhor idade”
A voz no aeroporto de Congonhas anunciou: “Clientes com necessidades especiais, crianças de colo, melhor idade, gestantes e portadores do cartão tal terão preferência etc.”. Num rápido exercício intelectual, concluí que, não tendo necessidades especiais, nem sendo criança de colo, gestante ou portador do dito cartão, só me restava a “melhor idade” – algo entre os 60 anos e a morte.
Para os que ainda não chegaram a ela, “melhor idade” é quando você pensa duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro*, a uma modalidade olímpica.
Privilégios da “melhor idade” são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura no coração, a pressão lembrando placar de basquete americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência à obesidade e as disfunções sexuais. Ou seja, nós, da “melhor idade”, estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.
Outra característica da “melhor idade” é a disponibilidade de seus membros para tomar as montanhas de estimulantes e antidepressivos que seus médicos lhes receitam e depois não conseguem retirar. Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo da clássica boemia carioca, o rapaz perguntou: “Voltando da farra, Ruy?”. Respondi, eufórico: “Que nada! Estou voltando da farmácia!”. E esta, de fato, é uma grande vantagem da “melhor idade”: você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir.
(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 29.01.2012. Adaptado)
*João Ubaldo Ribeiro: escritor baiano, autor, entre várias obras, de Viva o povo brasileiro.
Brasil repele cientistas que investigam novo tratamento para glaucoma
Líder de investigação sobre causa de cegueira irreversível lamenta fuga de estudantes talentosos
Marcelo Leite
O glaucoma, doença do nervo óptico que responde pela maior parte dos casos de cegueira irreversível, avança no país com o envelhecimento da população. Um grupo de jovens pesquisadores do Rio de Janeiro procura uma via revolucionária para tratar a enfermidade, mas está perto de abandonar o Brasil.
O mais correto seria dizer que o Brasil os abandonou. Ou ameaça fazê-lo, como se verá adiante. Antes, a boa nova: sai nesta segunda-feira (12) na conceituada revista Development artigo do time sobre a promissora via alternativa de tratamento. A notícia é excelente não só para idosos brasileiros, uma vez que a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que no ano que vem haverá 80 milhões de pessoas com glaucoma no mundo. A equipe se formou liderada por Mariana Souza da Silveira no laboratório de Rafael Linden no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Também participou Rodrigo Martins, do Instituto de Ciências Biomédicas da mesma UFRJ.
Eles demonstraram que a ativação de um único gene (Klf4) pode induzir a reconstituição de células ganglionares da retina, cuja degeneração está na raiz do glaucoma.
O experimento empregou ratos, portanto não há garantia plena de que ocorrerá o mesmo efeito de regeneração em seres humanos. É o bastante, no entanto, para encorajar a persistência nesse rumo, que um dia poderá render frutos.
“Acreditamos que há um longo caminho até uma terapia de verdade, e muita coisa ainda por entender na biologia subjacente”, afirmam Silveira e o principal autor do estudo, Maurício Rocha-Martins, em entrevista à Development. “Nossos dados indicam, contudo, que o programa para gerar células ganglionares [no embrião] pode ser reativado, o que abre novas direções para terapias regenerativas”.
Até então os tratamentos experimentais sob investigação envolviam a proteção ou transplantes de células ganglionares cultivadas em laboratório (“in vitro”, dizem os biólogos), que conseguem integrar-se na retina e lançar prolongamentos (axônios) até as áreas visuais do cérebro do roedor. O procedimento, porém, tem baixa eficiência e risco de rejeição das células. Criar células ganglionares a partir de outras presentes no próprio organismo (“in vivo”) é alternativa bem mais atraente. Espera-se que o gene Klf4 possa provocar o mesmo efeito em seres humanos.
É provável, entretanto, que aconteçam no exterior os novos passos do estudo de pesquisadores brasileiros reunidos por Silveira (ainda que uma pequena parte tenha sido realizada na Alemanha). A equipe se dispersou. A própria líder da pesquisa se encontra em Portugal. Passa por um período sabático no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da cidade do Porto, “como estratégia de sobrevivência”.
Silveira tenta consolidar colaborações fora do país e diversificar linhas de pesquisa com o intuito de garantir a manutenção do grupo de pesquisa no Brasil: “A ideia é buscar financiamentos internacionais”, explica, pois os recursos de pesquisa no país estariam decididamente desaparecendo.
Dos seis estudantes coautores do artigo, só uma - a mais jovem - continua no Brasil. O primeiro autor faz pós-doutorado na Alemanha, três outros estão cursando ou concluindo doutorado na Alemanha e na França, e o quinto acaba de se decidir por um doutorado no Canadá e está de partida. E há pouco incentivo para retornarem.
“Estudantes talentosos estão desmotivados a ficar ou voltar para o Brasil em função da redução drástica do número de bolsas, dos seus valores desatualizados e da falta de financiamento. O fundamental é considerar o impacto que isso possivelmente terá a médio e longo prazo. A fuga de estudantes excelentes já é uma realidade”.
(Marcelo Leite, Brasil repele cientistas que investigam novo tratamento para glaucoma. Folha de S.Paulo. 12.08.2019. Adaptado)
Texto 1
Com base nas ideias apresentadas no texto, julgue o item a seguir.
A substituição do ponto e vírgula empregado após
“Estado” (linha 11) por vírgula manteria a correção
do texto.
Em 2018, a Rede Globo lançou sua campanha nacional de valorização da escola pública. Este é o trecho de fechamento da campanha publicitária:
Eu não sou o que sou apesar da escola publica;
sou o que sou também por causa da escola pública.
Só contém um raciocínio CORRETO em:
Para a limpeza de alimentos e utensílios de cozinha; é recomendável, usar uma colher de água sanitária. Ou hipoclorito de sódio para cada litro de água.
____________ o Macchu Picchu está em um local tão acidentado?
No topo de uma montanha peruana de quase 2,5 quilômetros de altitude, está situado o santuário inca de Macchu Picchu. Símbolo de uma civilização antiga, o local desperta _____ décadas a curiosidade dos cientistas, intrigados com o fato de uma sociedade despossuída das tecnologias atuais ter construído a chamada “cidade perdida” em uma região tão acidentada e difícil de manejar.
Foi anunciado um estudo, liderado pelo geólogo brasileiro Rualdo Menegat (da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), que busca elucidar o assunto. O cientista sugeriu que a construção do Macchu Picchu em um ponto de encontro entre placas tectônicas – o que culmina em um relevo desigual – se deu por causa, e não apesar, do tipo de terreno da região. De acordo com o pesquisador, teria sido impossível erguer a cidade em altas montanhas (como exigia a religião dos incas, que valorizava a altitude e a vista) se o solo não fosse acidentado.
O estudo foi baseado em imagens capturadas por satélites e medições feitas no próprio local. Ao mapear as fraturas geológicas presentes na América do Sul, Menegat descobriu que as falhas responsáveis pela elevação da porção central da Cordilheira dos Andes se cruzam e formam um “X” exatamente embaixo do Macchu Picchu. Outras cidades incas, como Cusco e Ollantaytambo, também estão localizadas no encontro de fraturas de relevo.
Os resultados da pesquisa apontam que a rede de falhas geológicas na região proporcionou diversas vantagens aos incas. Um bom exemplo é o fornecimento de água: os desníveis permitiam que a água de degelo, assim como a proveniente da chuva, escorresse diretamente para a cidade. Além disso, a altitude protege o santuário de avalanches e escorregamentos de terra, que são muito comuns na região.
O estudo reitera o fato de que civilizações antigas possuíam conhecimentos profundos sobre determinados assuntos, ____ exemplo da construção e do planejamento de edificações. Afinal, em um mundo de tecnologia escassa, o povo inca foi capaz de organizar a estrutura de uma cidade com surpreendente eficiência.
https://veja.abril.com.br/ciencia... - adaptado.
De acordo com as regras de pontuação, analisar os itens abaixo:
I. Se não houvesse essas campanhas a população, brasileira, estaria com uma educação pior ainda.
II. Tenha quantos filhos quiser; saiba porém, que não será fácil.
Professores do Brasil
Um estudo recente com o mesmo título desta coluna, lançado pela Unesco e pela Fundação Carlos Chagas, traz novas luzes sobre a profissão de professor no país.
Há boas notícias: uma maior diversidade entre os mestres e um número maior de inscritos em cursos de formação inicial. Mas, por trás desses fatos alvissareiros, aparece um desafio.
Na verdade, o aumento nas inscrições não reflete maior prestígio da carreira, afinal só 2,9% dos jovens brasileiros de 15 anos dizem desejar ser docentes da educação básica.
Na publicação, ressalta-se que 46% das matrículas se deram na modalidade de ensino a distância, o que é claramente inadequado para uma profissão que exige intensa conexão com a prática.
Ora, as competências para esse trabalho dificilmente podem ser desenvolvidas em um curso a distância. Seria o mesmo que esperar que um médico aprendesse a operar pacientes em cursos puramente teóricos e online.
Muitos dos cursos oferecidos o são por instituições privadas que não produzem pesquisas e contam com currículos dissociados da realidade da escola. Além disso, a oferta de licenciaturas noturnas, com carga horária diminuta, associada a um estágio tão curto quanto ritualístico, enfraquece a possibilidade de aprendizado efetivo.
Sabemos hoje que a qualidade do professor é o fator determinante para assegurar excelência com equidade, o que pode ter impactos não só nos próprios alunos como na melhoria da produtividade, há tanto tempo estagnada, e na diminuição da pobreza e da desigualdade social.
Assim, investir em atratividade da carreira, com salários competitivos e acesso mais seletivo à profissão, aprimorar a formação que professores recebem no ensino superior, vinculando-a com a prática e associando-a aos achados das pesquisas recentes, é não apenas urgente mas também o caminho para a construção de um país mais justo e desenvolvido.
(Claudia Costin, “Professores do Brasil”. Em: Folha de S.Paulo, 17.05.2019. Adaptado)
(__) - Pausa indicativa de uma frase não concluída: vírgula, travessão, parêntese, ponto e vírgula, dois pontos; (__) - Pausa indicativa do término de um discurso: ponto final, ponto de exclamação e ponto de interrogação; (__) - Pausa indicativa de um estado emotivo ou intenção: ponto de interrogação, ponto de exclamação, reticências, ponto e vírgula e travessão.
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Assembleia Geral da ONU reconhece saneamento como
direito humano distinto do direito à água potável
Uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, adotada recentemente, reconheceu o saneamento básico como um direito humano separado do direito à água potável. A decisão pretende chamar a atenção para a situação de mais de 2,5 bilhões de pessoas que vivem sem acesso a banheiros e sistemas de esgoto adequados no mundo todo.
De acordo com o relator especial da ONU sobre os direitos humanos à água potável e ao saneamento básico, o brasileiro Léo Heller, a deliberação “dá para as pessoas uma percepção mais clara do direito ao saneamento, fortalecendo sua capacidade de reivindicá-lo quando o Estado falha em prover os serviços ou quando eles não são seguros, são inacessíveis ou sem a privacidade adequada”. A resolução da Assembleia reconheceu a natureza distinta do saneamento em relação à água potável, embora tenha mantido os direitos juntos.
Para Heller, a ausência de estruturas sanitárias adequadas tem um “efeito dominó”, prejudicando a busca e o usufruto de outros direitos humanos, como o direito à saúde, à vida e à educação. A falta de saneamento favorece a transmissão de doenças infecciosas, como cólera, hepatite e febre tifoide. Segundo estudo recente realizado pela ONU, somadas as abstenções escolares de todos os alunos no mundo, problemas ligados à falta de saneamento e água fazem com que 443 milhões de dias letivos sejam perdidos todos os anos.
(Adaptado de: https://nacoesunidas.org/assembleia-geral-da-onu-reconhece-saneamento-como-direito-humano-distinto-do-direito-a-agua-potavel)
A resolução da Assembleia reconheceu a natureza distinta do saneamento em relação à água potável, embora tenha mantido os direitos juntos. (2° parágrafo)
Ao reescrever-se a frase acima em dois períodos distintos, sem prejuízo do sentido e da correção gramatical, a vírgula será substituída por ponto final e a expressão sublinhada por
“Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca se encontra fundo.”
Observa-se que esse primeiro período, pertencente ao segundo parágrafo do fragmento exposto, é bastante extenso. Qual é o efeito de sentido obtido pelo uso majoritário de vírgulas e pontos-e-vírgula?
Observe o uso de tais aspectos no TEXTO 1 e analise as afirmações a seguir, assinalando a que estiver CORRETA.
Em janeiro de 1968, estreava na Europa e nos Estados Unidos um filme considerado o primeiro da nova era do cinema hollywoodiano, por quebrar tabus e fazer sucesso entre o público jovem. Era Bonnie e Clyde, de Arthur Penn. Tratava-se da história de dois jovens apaixonados, ladrões de banco, que circulavam pelo centro dos Estados Unidos durante a Grande Depressão. O casal reforçava nos jovens a ideia da quebra de todas as regras.
Lançado num país que ainda se recuperava do trauma do assassinato do presidente John Kennedy e via aumentar a tensão provocada por conflitos raciais, o filme causou repulsa e indignação entre os críticos. Por adotar, com humor, o ponto de vista dos criminosos, foi visto como subversivo.
Paralelamente ao lançamento do filme, surgiam produtos que se destinavam exclusivamente aos jovens e que passariam a depender do consumo destes. Esses produtos atravessavam as fronteiras nacionais com uma facilidade sem precedentes e a cultura de massas tornou-se internacional por definição.
(Adaptado de: ZAPPA, Regina e SOTO, Ernesto. 1968: Eles só queriam mudar o mundo. Rio de Janeiro: Zahar, edição digital)
Excerto 5
“[...] No Direito, a linguagem tem merecido cada vez mais a atenção dos estudiosos, dada sua importância para o conhecimento jurídico. A linguagem, na realidade, impõe-se de maneira necessária para o investigador do Direito, uma vez que, olhados de perto, Direito e linguagem se confundem: é pela linguagem escrita que a doutrina se põe, que a jurisprudência se torna conhecida etc.; é pela linguagem escrita e falada que os advogados, os procuradores, os promotores defendem e debatem causas e os juízes as decidem; é pela linguagem escrita e falada que os professores ensinam o Direito e os estudantes o aprendem. Acima de tudo, é pela linguagem que se conhecem as normas jurídicas. [...]”
NUNES, Rizzatto. Manual de introdução ao estudo do direito. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p.
266-267. [fragmento]
o slogan e o hino
Carlos bozzo Junior
Em 04 de janeiro, o slogan “Pátria Amada Brasil” e a logomarca – uma bandeira do país estilizada, que remete ao nascer do sol – do novo governo presidido por Jair Bolsonaro foram anunciados via redes sociais. Reafirmando o discurso nacionalista manifesto durante sua campanha, o presidente eleito usa o último verso do Hino Nacional brasileiro como marca da recém-iniciada administração.
Símbolos patrióticos oficiais, os hinos nacionais surgiram no final do século 18 para despertar o senti mento de identidade nacional. Tanto faz se é uma marcha simples, que sua letra seja trivial, rebuscada, cheia de metáforas, pretensiosa, ou escrita no estilo parnasiano, como é o caso do hino brasileiro. Em ocasiões como a Copa do Mundo ou Olimpíadas, muitos entoam o hino com orgulho e respeito à nação que há dentro de nós.
(Folha de São Paulo, 9. Jan. 2019, p. B8. Adaptado.)
Preencha corretamente as lacunas, observando o que está em discussão.
Se o slogan do governo federal “Pátria Amada Brasil” fosse transcrito rigorosamente do Hino Nacional Brasileiro e obedecesse à gramática, ele deveria conter um (a) _______________ antes do nome do país, porque nessa estrutura frasal, “Pátria amada” é o _______________ e “Brasil”, o _______________.
A sequência que preenche corretamente as lacunas do texto é