Questões de Concurso
Comentadas sobre uso dos conectivos em português
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Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras para discutir casos específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da escola. Neste dia, não há aula. “É um trabalho de formiguinha”, diz a diretora. Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. “Tem gente que não acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos”, afirma Cristina.
Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando: “Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu”. A naturalidade do pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.
(http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)
I. Não preciso me drogar para ser um gênio;
Não preciso ser um gênio para ser humano;
Mas preciso do seu sorriso para ser feliz.
Charles Chaplin
II. A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.
Vinícius de Moraes
III. A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca.
Carlos Drummond de Andrade
IV. Estamos no mundo sem ser do mundo, constituídos entre os homens como sinais da verdade e da presença de Cristo para o mundo. Entregamo-lhe todo nosso ser concreto como expressão sua, para que Ele continue fazendo o bem.
Papa João Paulo II
Assinale a alternativa CORRETA.
I. A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda. Mário Quintana.
II. Amar, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido. Vinícius de Moraes.
III. Cada dia, a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo, e ninguém morreria de fome. Mahatma Gandhi.
IV. Há quem me julgue perdido, porque ando a ouvir estrelas. Só quem ama tem ouvido para ouvi-las e entendê-las. Olavo Bilac.
é CORRETO afirmar que
“Quando não venho de blusa rosa, os passageiros notam e reclamam”, disse orgulhosa Marta Ribeiro dos Passos, 34, exibindo as unhas da mesma cor, às 5h41, no terminal Vila Mariana.
Quarenta minutos antes, ela afivelou o cinto de segurança, também rosa, engatou a primeira marcha no câmbio decorado e seguiu viagem ao volante do ônibus que sai da Lapa. Uma cortina de borboleta deixava a cabine ainda mais personalizada.
A cor rosa é sua “marca registrada”, como define, e o percurso, seu favorito. “Amo meus passageiros. São sempre as mesmas pessoas, nos mesmos pontos”, diz ela, que troca cumprimentos com os mais chegados.
Motorista de ônibus há sete anos, Marta concluiu que as mulheres na direção são uma segurança para a população. Por dois motivos: dirigem com uma “perfeição maior” e pilotam por gosto, não por obrigação. “Não me vejo fazendo outra coisa”, diz.
Quando não está no trabalho, Marta acelera na sua moto 125 cilindradas, uma potência módica que ela pretende em breve dobrar. “Descarrego toda a minha adrenalina nela.”
Ao cruzar a avenida Paulista, ela comenta: “Aqui a gente vê de tudo. Sou toda rosa, mas adoro esse pessoal que anda de preto. Acho interessantes essas várias tribos. Não quero ser a melhor. Só quero fazer a diferença”, completa.
(André Lobato. Revista São Paulo, 15 a 20/05/2011. Adaptado)
Lenine/Dudu Falcão/Mameluco
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera
E pede pressa
Eu me recuso faço hora,
Vou na valsa
A vida é tão rara
............................
CD Lenine Acústico MTV, 2006.
Dadas as afirmações seguintes sobre a letra da canção,
I. A mensagem, na letra da canção, revela um cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das palavras; assim, a função da linguagem que predomina é a denotativa.
II. O texto revela um jogo de ideias: oposição entre a pressa do dia a dia, “a vida não para", e a necessidade de calma, “um pouco mais de calma". Dessa forma, há ênfase na mensagem – uso da função poética da linguagem.
III. O emissor do texto teve a intenção de falar objetivamente sobre algo do mundo exterior. Nesse caso, utilizou a função referencial da linguagem.
IV. Em “Enquanto o tempo acelera" (1º verso/2ª estrofe), a conjunção “enquanto" expressa o mesmo valor semântico que “conquanto".
V. Em “E pede pressa" (2º verso/2ª estrofe), o conectivo aditivo poderia ser substituído por “mas também", sem prejuízos semânticos.
verifica-se que estão corretas
Revista Veja, edição 2360, de 12 de fevereiro de 2014, pág.84-89
É esse um dos lemas de uma modalidade de exercícios, o crossfit, cujo objetivo é levar o organismo ao limite da exaustão, e que começa a se multiplicar no Brasil
O gerente de marketing Gustavo Morcelli, de 35 anos, jamais experimentara algo igual. Fazia pelo menos uma década que ele estava habituado à prática regular de exercícios físicos. Puxava ferro nas salas de musculação, esfalfava-se no spinning e nos circuitos das academias tradicionais. Achou, portanto, que tiraria de letra a nova aula de ginástica. Morcelli deveria correr, fazer flexões e agachamentos repetidas vezes, o mais rápido possível.
Quinze minutos depois, rendido pela exaustão, ele desabou. Estava tonto e enjoado. [...] Desde então se passaram dois anos de treinos puxados. Tão pesados que há seis meses Morcelli chegou a vomitar - era sinal de que seu organismo chegara ao extremo.
Bruna Capelli dos Anjos também conhece a sensação de levar o organismo à exaustão. Com 25 anos, professora de ginástica (e, portanto, bem preparada fisicamente), ela terminava as aulas estatelada no chão, sem conseguir se mover por alguns minutos. [...]
Ultrapassar limites, vencer a exaustão, como Morcelli e Bruna fazem, são o combustível de uma modalidade esportiva que cresce vertiginosamente no Brasil, o crossfit. A técnica, desenvolvida pelo ginasta americano Greg Glassman, nos anos 90, e adotada pelo Exército americano, consiste na combinação de poucos exercícios, executados vigorosamente, em espaços curtíssimos de tempo, entre quatro e vinte minutos. O crossfit abrange uma centena de movimentos. [...] O objetivo é aperfeiçoar as principais habilidades físicas do ser humano - equilíbrio, agilidade, resistência, potência e força, por exemplo. Como uma aula de crossfit, em geral, está baseada em apenas três exercícios, a possibilidade de combinações de movimentos é enorme, o que não cansa os praticantes. Além disso, em uma sessão é possível queimar 800 calorias. Tem-se, assim, o cenário ideal para o sucesso da técnica. Até agora, são 20 000 praticantes no Brasil. O número de ginásios soma hoje 109 - em setembro de 2013 era a metade disso. No mundo já são 5000.
O espaço onde se pratica o crossfit em nada lembra as academias coloridas, arejadas e festivas. Nas salas de crossfit o ambiente é rústico, dificultando o desempenho do aluno. Elas estão montadas sobretudo em galpões e garagens, com pé-direito alto, raras janelas, poucos ventiladores e sem nenhum espelho. [...] Numa das visitas de VEJA a um recinto de crossfit em São Paulo, a temperatura ao ar livre era de 34 graus, mas a sensação térmica no galpão beirava os 40 graus. [...] As paredes dos ginásios e as camisetas suadas dos alunos, que não chegam a compor uma seita, mas são evangelizadores de uma causa, estampam gritos de guerra orgulhosos: “É uma honra morrer ao teu lado"; “Lugar de moleza é na academia"; “Nosso aquecimento é seu treino"; “Ninguém nunca se afogou no próprio 'suor". Em todas as aulas o desempenho de cada pupilo é anotado em um quadro, à vista de todos os outros praticantes, estimulando a competição e servindo de combustível para chegar ao limite. [...] Alguns praticantes, sobretudo os americanos, vão muito além do limite. Radicais, só se contentam em parar quando o organismo dá sinais de falência. Eles se gabam das mãos em carne viva e vibram quando vomitam.
Em uma sessão de crossfit, os índices de saúde sobem às alturas. O coração vai a 200 batimentos por minuto. O aluno usa até 80% da capacidade máxima de ventilação - em repouso, é de 20%. “Tais taxas dificilmente são atingidas em outros esportes", diz o fisiologista Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. O limite da resistência física pode manifestar-se de várias formas - tremedeira nos braços e pernas e enjoo e vômito [...]. Nenhum parâmetro, no entanto, é tão preciso quanto o descrito pelo treinador Joel Fridman: “Se você conseguir ultrapassar o limite, é porque ainda não chegou a ele". Isso é o crossfit.
Tendências para as cadeias no futuro?
Na Malásia, uma equipe de designers e arquitetos elaborou um conceito de centro de detenção bastante diferente. O projeto consiste em um complexo prisional suspenso no ar, o que em teoria dificultaria as tentativas de fuga, devido à altura potencialmente fatal de uma queda e à visibilidade que o fugitivo teria aos olhos dos pedestres na parte de baixo.
A cadeia ainda teria espaços para manter um campo de agricultura, onde os detentos poderiam trabalhar para se autossustentar e até distribuir o excesso de alimento produzido para a sociedade. Fábricas e centros de reciclagem também serviriam a esse propósito.
Visando reduzir os custos necessários para manter dezenas de agentes carcerários, o teórico social Jeremy Betham projetou uma instituição que manteria todas as celas em um local circular, de forma que fiquem expostas simultaneamente. Dessa forma, apenas alguns poucos guardas posicionados na torre no centro do prédio já conseguiriam manter a vigilância sobre todos os detentos. Embora um presídio nesse estilo tenha sido construído em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento.
Outra solução criativa foi pensada e realizada na Austrália, onde um centro de detenção foi elaborado a partir de containers de transporte de mercadorias em navios modificados para servir
como celas temporárias. Outra prisão na Nova Zelândia também passou a usar a mesma solução para resolver problemas de superlotação.
Entretanto, o conceito tem causado muita polêmica, pois as condições das celas em containers seriam desumanas — o que temos que levar em consideração em se tratando de um país tão quente. "Morar" em uma caixa de metal sob um sol de escaldar não deve ser nada agradável.
(Fernando Daquino, 04/ 11/2012 - Arquitetura)
Assinale a alternativa inadequada em relação a esse segmento do texto.
Chico Alencar, O Globo, 14/02/2014
“O conhecimento do Brasil passa pelo Futebol” (José Lins do Rego)
A seleção brasileira de futebol tem boas chances de ganhar a Copa do Mundo. Mas os titulares da política, em termos de conquistas permanentes para a sociedade, o propalado “legado social”, já desperdiçaram uma grande oportunidade.
Fico só no estritamente prometido pelos promotores do evento esportivo, já que iniciativas em educação e saúde, por exemplo, nem no banco de reservas ficaram. Recursos não faltaram, especialmente os públicos. As suntuosas “arenas” reformadas ou erguidas consumiram R$8,9 bilhões, dos quais só R$133 milhões da iniciativa privada. É a prova, em concreto e aço, de que, no Brasil, quando se quer, se faz. Mesmo os atrasos de praxe são resolvidos rapidamente, com aditivos contratuais. A junção de trabalho operoso, tecnologia de ponta e vontade política tudo realiza. E no padrão que a “mestra Fifa” mandou... O que fazer com os “elefantes brancos” fica para depois.
Não faltaram recursos também para os Centros de Treinamento ofertados às 31 seleções que chegarão aqui até junho. Foram preparados nada menos que 74 estádios e instalações, em várias cidades. (....) Gol contra mesmo são as obras de mobilidade urbana. As 56 intervenções viárias e de transporte de massa previstas nas 12 cidades-sede caíram para 39 - das quais apenas meia dúzia está concluída. Seu impacto no dia a dia da população será pequeno. Entre o prometido e o que está sendo entregue há um abismo. É que, ao contrário do destinado aos equipamentos esportivos, os cortes foram de R$8,34 bilhões, quase 50% do investimento previsto em 2010. Assim, essas iniciativas resumem-se a acessos aos estádios e melhorias das vias nos seus entornos. Em Manaus, o placar das obras viárias não sai do zero, Brasília e Rio só terão uma e Cuiabá, Salvador e Porto Alegre, duas. Resultados frustrantes para quem anunciava verdadeiras “goleadas” na locomoção da população das regiões metropolitanas, de 2014 em diante.
O Brasil fora das quatro linhas não é uma “caixinha de surpresas”: como é de nossa má tradição, faltou o jogo coletivo, o respeito ao público. E, como um time com setores desarticulados, sobrou distância entre o planejado e o realizado, entre o social de longo prazo e o ganho particular imediato. A Copa da Fifa será um evento ruidoso, agitado e ... passageiro. Em matéria de legado, já fomos desclassificados.
Chico Alencar, O Globo, 14/02/2014
“O conhecimento do Brasil passa pelo Futebol” (José Lins do Rego)
A seleção brasileira de futebol tem boas chances de ganhar a Copa do Mundo. Mas os titulares da política, em termos de conquistas permanentes para a sociedade, o propalado “legado social”, já desperdiçaram uma grande oportunidade.
Fico só no estritamente prometido pelos promotores do evento esportivo, já que iniciativas em educação e saúde, por exemplo, nem no banco de reservas ficaram. Recursos não faltaram, especialmente os públicos. As suntuosas “arenas” reformadas ou erguidas consumiram R$8,9 bilhões, dos quais só R$133 milhões da iniciativa privada. É a prova, em concreto e aço, de que, no Brasil, quando se quer, se faz. Mesmo os atrasos de praxe são resolvidos rapidamente, com aditivos contratuais. A junção de trabalho operoso, tecnologia de ponta e vontade política tudo realiza. E no padrão que a “mestra Fifa” mandou... O que fazer com os “elefantes brancos” fica para depois.
Não faltaram recursos também para os Centros de Treinamento ofertados às 31 seleções que chegarão aqui até junho. Foram preparados nada menos que 74 estádios e instalações, em várias cidades. (....) Gol contra mesmo são as obras de mobilidade urbana. As 56 intervenções viárias e de transporte de massa previstas nas 12 cidades-sede caíram para 39 - das quais apenas meia dúzia está concluída. Seu impacto no dia a dia da população será pequeno. Entre o prometido e o que está sendo entregue há um abismo. É que, ao contrário do destinado aos equipamentos esportivos, os cortes foram de R$8,34 bilhões, quase 50% do investimento previsto em 2010. Assim, essas iniciativas resumem-se a acessos aos estádios e melhorias das vias nos seus entornos. Em Manaus, o placar das obras viárias não sai do zero, Brasília e Rio só terão uma e Cuiabá, Salvador e Porto Alegre, duas. Resultados frustrantes para quem anunciava verdadeiras “goleadas” na locomoção da população das regiões metropolitanas, de 2014 em diante.
O Brasil fora das quatro linhas não é uma “caixinha de surpresas”: como é de nossa má tradição, faltou o jogo coletivo, o respeito ao público. E, como um time com setores desarticulados, sobrou distância entre o planejado e o realizado, entre o social de longo prazo e o ganho particular imediato. A Copa da Fifa será um evento ruidoso, agitado e ... passageiro. Em matéria de legado, já fomos desclassificados.
A frase – Por mais atenção que dediquemos aos pacientes, pouco tempo passamos com eles. – reescrita em conformi- dade com o sentido expresso, está correta em:
Esse fragmento de um texto informativo mostra um conjunto de elementos que estruturam esse gênero textual; o elemento que aparece inadequadamente identificado é:
“tanto os homens quanto os animais”; “todos os que saíam da trilha ou tropeçavam em algo”. Nesses dois segmentos do texto 4, os conectores tanto/quanto e ou indicam, respectivamente:
Amor Moderno Dispensa Idealizações
O amor romântico não vive só nas telas de cinema. A publicidade também prega o resgate do romantismo. A atmosfera da ________ com vinho, namorados se beijando na chuva e até mesmo a paquera por telefone ditam o comportamento neo-romântico e ajudam a vender produtos.
De acordo com o diretor de marketing da agência de propagando DPZ, a publicidade ________ o conceito de romantismo ___ modernidade. Para que uma idéia seja aceita pelo público, é necessário que a situação seja pertinente ao seu estilo de vida.
Machado explica que, se a mídia ignorar esse aspecto, vai facilmente despencar para o brega. “Impossível conceber, por exemplo, um comercial onde duas pessoas, de poder aquisitivo alto e residentes em uma metrópole, ficam em casa escrevendo cartas de amor." Na sua opinião, a dose exata de romantismo é aquela que melhor corresponde à modernidade: de forma objetiva, sem cenários idealizados.
(Karin Dauch - O Estado de São Paulo)
A expressão grifada é um conectivo de valor semântico adversativo. Por isso, pode ser substituído, sem alterar o significado do trecho, pela da alternativa:
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos deixamos extraviar. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio nos aproximou. A própria natureza dessas coisas são um apelo eloquente à bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante, a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbirão e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. Sei que os homens morrem, mas a liberdade não perecerá jamais.
Charles Chaplin)
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos deixamos extraviar. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio nos aproximou. A própria natureza dessas coisas são um apelo eloquente à bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante, a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbirão e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. Sei que os homens morrem, mas a liberdade não perecerá jamais.
Charles Chaplin)
A frase “que é boa e rica” pode ser substituída corretamente por
Os amigos haviam nos alertado: “A gravidez dura nove meses mais um século” – só esqueceram de nos avisar que esse século demorava tanto. A espera é angustiante, mas compreensível: produzir um ser humano inteirinho, do zero, com braços, pernas, neurônios, vesícula, cílios, um coração e, muito em breve, infinitas opiniões sobre o mundo, é um troço tão complexo que não seria despropositado se toda a existência do universo fosse consumida na formação de um único bebê.
(Antonio Prata. Sobe o pano. Disponível em: folha.uol.com.br. 07.07.2013. Adaptado)
Ao se substituir o termo em destaque na frase – A espera é angustiante, mas compreensível... –, sua reescrita estará correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, e conservando o sentido inalterado, em: