Questões de Português - Uso dos conectivos para Concurso

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Q485945 Português
                        Biomedicamento terá parceria com Coreia

RENATA AGOSTINI


      A Orygen Biotecnologia, uma das "superfarmacêuticas" criadas no ano passado com incentivo do governo para atuar no setor de biomedicamentos, fechou parceria com o laboratorio sul-coreano Alteogen para acelerar o desenvolvimento dos produtos no país.
      Pelo acordo, as companhias irão atuar em conjunto nas pesquisas para a fabricação de 2 dos 7 remédios biológicos que a Orygen se propôs a produzir para o governo no Brasil.
      Os biomedicamentos são remédios avançados feitos a partir de organismos vivos. São usados no tratamento de doenças complexas como câncer, artrite reumatoide e diabetes e têrn custo mais alto que os dos sintéticos, fabricados por síntese química.
      Apesar de representarem apenas 5% da quantidade de medicamentos distribuídos pelo governo, os biológicos respondem por 43% do gasto total, ou R$ 5 bilhões por ano. Todos têrn de ser importados, já que não há produção local dos remédios.
      Essa distorção fez o governo incentivar a criação das superfarmacêuticas, com a promessa de ajuda futura do BNDES no negócio. A tendência é que a fabricação no país barateie os produtos, reduzindo os gastos do Estado.
      A ideia do governo era formar uma grande empresa, a partir da união dos principais laboratórios nacionais.
      Ao final, surgiram duas companhias: a Orygen Biotecnologia, sociedade entre Cristália, Biolab e Eurofarma, e a Bionovis, parceria entre Ache, EMS, Hypermarcas e União Química.
      Juntas, as duas farmacêuticas terão de investir R$ 1 bilhão para fabricar os biomedicamentos nacionais.
      Ambas miram os contratos com o governo, grande comprador de biológicos, e enfrentam o desafio de desenvolver do zero a tecnologia que permitirá a fabricação dos remédios.

            ATALHO

      Na tentativa de abreviar o caminho para a produção, a Orygen buscou os sul-coreanos da Alteogen.
      A parceria foi a alternativa encontrada pela companhia para compensar a saida da americana Roche do negócio.
      As duas empresas negociaram um contrato, pelo qual a multinacional se comprometia a entrar como parceira da Orygen na produção de biomedicamentos no Brasil e a bancar parte do piano de investimento da companhia.

            TRANSFERÊNCIA

      A operação esbarrou, contudo, no Ministério da Saúde. Hoje, o governo exige a transferência total da tecnologia de fabricação dos medicamentos aos laboratórios oficiais para que eles sejam adquiridos. A Roche só aceitava transferir parte da tecnologia.
      Segundo Ogari Pacheco, dono do laboratório Cristália e que participou das negociações, a parceria com a Roche seria um atalho, uma vez que a empresa já tern em seu portifólio os medicamentos biológicos demandados pelo governo. Com isso, a produção local seria iniciada já neste ano.
      "Vai demorar mais um pouco agora. Mas, se a regra do jogo é essa, vamos seguir." A estimativa hoje é que a Orygen vá levar de dois a seis anos para colocar no mercado seu cardápio de biomedicamentos.

                                                                                    (http://wwwl.folha.uol.com.br/mercodo/)
Assinale a alternativa que contém o conectivo que poderia substituir "contudo" (em destaque no texto).
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Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: CNMP Prova: FCC - 2015 - CNMP - Analista do CNMP - Direito |
Q483752 Português

Atenção: Para responder à questão, considere o início do prefácio à obra Primórdios da Justiça no Brasil, escrito pelo ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal.

imagem-002.jpg

(MELLO, Marco Aurélio de. Prefácio. In: Primórdios da Justiça no Brasil: coletânea de documentos castelhanos do século XVI, de Amílcar D´Ávila de Mello, Ilha de Santa Catarina: Tekoá et Orbis, 2014, p.7-8)

É correta a seguinte afirmação:
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Q482547 Português
A ideia veiculada pela palavra ou expressão destacada está corretamente explicitada entre colchetes em
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Q482075 Português
      No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, não se registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com dificuldades nos colégios da região enxergam ali a possibilidade de um recomeço. “Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os encaminham para um centro de ensino de jovens e adultos”, explica a coordenadora da escola, Cristina Sá.
      Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras para discutir casos específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da escola. Neste dia, não há aula. “É um trabalho de formiguinha”, diz a diretora. Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. “Tem gente que não acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos”, afirma Cristina.
      Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando: “Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu”. A naturalidade do pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.

                                                                                                (http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)


Mantendo-se os sentidos do texto, o período – Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. – (segundo parágrafo) pode ser reescrito da seguinte forma:
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Q481948 Português
Observe o fragmento do texto: “Todo mundo aprende na escola que a clorofila, aquele pigmento que dá cor verde às plantas, está na base da fotossíntese” (1º §, l. 1-3). O conectivo destacado introduz:
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Q481947 Português
O conectivo que pode ser utilizado entre as frases do subtítulo, reforçando a ideia pretendida, segundo o ponto de vista do texto, é:
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Q479977 Português
Observe os pensamentos abaixo e atente para os sublinhados.

I. Não preciso me drogar para ser um gênio;
Não preciso ser um gênio para ser humano;
Mas preciso do seu sorriso para ser feliz.
                                                         Charles Chaplin

II. A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.
                                                                                           Vinícius de Moraes

III. A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca.
                                                                                      Carlos Drummond de Andrade

IV. Estamos no mundo sem ser do mundo, constituídos entre os homens como sinais da verdade e da presença de Cristo para o mundo. Entregamo-lhe todo nosso ser concreto como expressão sua, para que Ele continue fazendo o bem.
                                                                                                           Papa João Paulo II

Assinale a alternativa CORRETA.
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Q479888 Português
Observando as orações abaixo e os conectivos sublinhados,

I. A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda. Mário Quintana.

II. Amar, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido. Vinícius de Moraes.

III. Cada dia, a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo, e ninguém morreria de fome. Mahatma Gandhi.

IV. Há quem me julgue perdido, porque ando a ouvir estrelas. Só quem ama tem ouvido para ouvi-las e entendê-las. Olavo Bilac.

é CORRETO afirmar que
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Q478660 Português
                                     Envelhecer com mel ou fel?

        Conheço muitas pessoas que estão envelhecendo mal. Desconfortavelmente. Com uma infelicidade crua na alma. Estão ficando velhas, mas não estão ficando sábias. Um rancor cobre-lhes a pele, a escrita e o gesto. São críticos azedos, aliás estão ficando cítricos sem nenhuma doçura nas palavras. Estão amargos.   Com fel nos olhos.
        [...]
         Envelhecer deveria ser como planar. Como quem não sofre mais (tanto) com os inevitáveis atritos. Assim como a nave que sai do desgaste da atmosfera e vai entrando noutro astral, e vai silente, e vai gastando nenhum-quase combustível, flutuando como uma caravela no mar ou uma cápsula no cosmos.
         Os elefantes, por exemplo, envelhecem bem. E olha que é uma tarefa enorme. Não se queixam do peso dos anos, e  nem da ruga do tempo, e, quando percebem a hora da morte, caminham pausadamente para um certo lugar – o  cemitério dos elefantes, e aí morrem, completamente, com a grandeza existencial só aos sábios permitida.
          Os vinhos envelhecem melhor ainda. Ficam ali nos limites de sua garrafa, na espessura de seu sabor, na adega do  prazer. E vão envelhecendo e ganhando vida, envelhecendo e sendo amados, e, porque velhos, desejados. Os vinhos  envelhecem densamente. E dão prazer.
           O problema da velhice também se dá com certos instrumentos. Não me refiro aos que enferrujam pelos cantos,  mas a um envelhecimento atuante como o da faca. Nela o corte diário dos dias a vai consumindo. E no entanto, ela continua afiadíssima, encaixando-se nas mãos da cozinheira como nenhuma outra faca nova.
           Vai ver, a natureza deveria ter feito os homens envelhecerem diferente. Como as facas, digamos, por desgaste, sim, mas nunca desgastante. Seria uma suave solução: a gente devia ir se gastando, se gastando, se gastando até se  evaporar. E aí iam perguntar: cadê fulano? E alguém diria: gastou-se, foi vivendo, vivendo e acabou. Acabou, é claro, sem nenhum gemido ou resmungo.
          [...]
           Especialistas vão dizer que envelhece mal o indivíduo que não realizou suas pulsões eróticas assenciais; que deixou coagulada ou oculta uma grande parte de seus desejos. Isto é verdade. Parcial porém. Pois não se sabe por que  estranhos caminhos de sublimação, há pessoas que, embora roxas de levar tanta pancada da vida, têm, contudo, um arco-íris na alma.
           Bilac dizia que a gente deveria aprender a envelhecer com as velhas árvores. Walt Whitman tem um poema onde  vai dizendo: “Penso que podia viver com os animais que são plácidos e bastam-se a si mesmos".  Ainda agora tirei os olhos do papel e olhei a natureza em torno. Nunca vi o sol se queixar no entardecer. Nem a lua  chorar quando amanhece.

         (Affonso Romano de Sant'anna. Fizemos bem em resistir. Rio de Janeiro: Ed. Rocco, 1984.)

Em “São críticos azedos, aliás estão ficando cítricos...” (1º§), a palavra “aliás” pode ser substituída, sem prejuízo semântico, por
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Q478258 Português
A demanda por recursos públicos é cada vez maior. A briga pela apropriação do “bolo” é quase uma guerra. Nas recentes manifestações públicas brasileiras, surgiram novas e diversas demandas, desde “passe livre”, saúde, educação, até melhorias do serviço público em geral. A resposta dos governantes é sempre a mesma: “Não há recurso público”. Mas será que não devem existir recursos suficientes para atender às demandas da sociedade?

Inicialmente, cabe dizer que a aplicação e a origem dos recursos públicos são sempre uma decisão política. Ao governo cabe dizer onde os recursos serão investidos, e isso também significa dizer onde não serão aplicados. Cabe igualmente ao governo dizer de onde e de quem os recursos serão retirados, e de quem não serão cobrados, ou seja, quem vai e quem não vai pagar a conta. E governo aqui deve ser lido em sua acepção mais ampla, envolvendo todo seu conjunto de instituições.

Trata-se, enfim, de uma opção política.

Uma alternativa para aumentar os recursos públicos disponíveis é fechar seus diversos ralos. No lado dos gastos e despesas, é necessário melhorar o controle e a gestão da coisa pública para evitar desvios com corrupção, além de melhorar a qualidade da alocação dos recursos. Já no lado dos ingressos, é urgente combater os buracos negros no campo tributário, que fazem que muitos recursos públicos deixem de ingressar nos cofres estatais.

HICKMAN, C. M. Le Monde Diplomatique Brasil, 02 set. 2013. Os ralos do dinheiro público no campo tributário. http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1484. Texto com adaptações.

De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e com relação aos recursos coesivos inseridos em determinados trechos do 1º parágrafo, analise as expressões destacadas nas proposições abaixo.

I. Nas recentes manifestações públicas brasileiras, por exemplo, surgiram novas e diversas demandas (...).

II. A resposta dos governantes, entretanto, é sempre a mesma (...).

III. a briga pela apropriação do “bolo” é quase uma guerra.

Em função do contexto em que foram inseridas, é(são) coerente(s) com o texto o que está contido em
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Q478031 Português
Em: “A mulher é a sua maior vítima. Segundo a Sociedade de Vitimologia Internacional...” O conectivo destacado expressa a ideia de:
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Q477893 Português
Mulher ao volante

“Quando não venho de blusa rosa, os passageiros notam e reclamam”, disse orgulhosa Marta Ribeiro dos Passos, 34, exibindo as unhas da mesma cor, às 5h41, no terminal Vila Mariana.

Quarenta minutos antes, ela afivelou o cinto de segurança, também rosa, engatou a primeira marcha no câmbio decorado e seguiu viagem ao volante do ônibus que sai da Lapa. Uma cortina de borboleta deixava a cabine ainda mais personalizada.

A cor rosa é sua “marca registrada”, como define, e o percurso, seu favorito. “Amo meus passageiros. São sempre as mesmas pessoas, nos mesmos pontos”, diz ela, que troca cumprimentos com os mais chegados.

Motorista de ônibus há sete anos, Marta concluiu que as mulheres na direção são uma segurança para a população. Por dois motivos: dirigem com uma “perfeição maior” e pilotam por gosto, não por obrigação. “Não me vejo fazendo outra coisa”, diz.

Quando não está no trabalho, Marta acelera na sua moto 125 cilindradas, uma potência módica que ela pretende em breve dobrar. “Descarrego toda a minha adrenalina nela.”

Ao cruzar a avenida Paulista, ela comenta: “Aqui a gente vê de tudo. Sou toda rosa, mas adoro esse pessoal que anda de preto. Acho interessantes essas várias tribos. Não quero ser a melhor. Só quero fazer a diferença”, completa.

(André Lobato. Revista São Paulo, 15 a 20/05/2011. Adaptado)
O trecho do primeiro parágrafo está reescrito, corretamente e sem alteração do sentido do texto, em:
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Q477751 Português
                                             A FALÁCIA DA GUERRA PELA ÁGUA

        Internacionalmente, não existem registros de conflitos por disputa de recursos hídricos, apenas algumas tensões políticas ou diplomáticas em alguns casos específicos. A maior parte das 261 bacias internacionais existentes no mundo é gerida por meio de acordos que asseguram o compartilhamento de suas águas.
        É o caso do Tratado de Cooperação da Bacia Amazônica, o Tratado da Bacia do Prata, a Comissão Internacional para Proteção do Rio Danúbio (Europa), a Iniciativa da Bacia do Nilo (África), o Protocolo de Damasco, assegurando o compartilhamento das águas do Rio Eufrates (Oriente Médio), Tratado de Paz entre Israel e Jordânia acerca do compartilhamento do Rio Jordão, entre outros. O mundo já entende que uma bacia hidrográfica deve ser gerida enquanto sistema integrado, independentemente das fronteiras políticas que possa abranger. Observe que, mesmo em áreas onde o recurso hídrico é mais escasso, nunca houve a chamada guerra pela água, nem há perspectiva de que haja, já que as soluções técnicas e de planejamento estão se tornando mais eficientes e mais baratas, sobretudo se comparadas aos custos de uma guerra. Paula Duarte Lopes, em Água no Século XXI: Desafios e oportunidades, afirma: “No que diz respeito à água, a última guerra - no sentido clássico do termo - registrada teve lugar entre duas cidades-Estado na Suméria antiga (Umma e Lagash), em 2500 a.C. Não existe qualquer registro histórico de outra guerra entre entidades políticas autônomas ou explicada por motivos hídricos".
       O especialista turco em hidropolítica Dursun Yildiz converge com essa opinião ao afirmar que, “quando olhamos para os trabalhos acadêmicos, podemos ver claramente que a tese da realização da guerra da água parece quase impossível. Esse conceito é mais publicado em revistas e jornais populares". Afirmar que a água vai acabar, como já vimos, é uma insensatez malthusiana, e atribuir conflitos a uma eventual escassez atende apenas a interesses midiáticos, políticos e ideológicos, pois não se assenta em base científica, mas em uma perspectiva fatalista que talvez tenha maior valor de mercado. 

    Luiz Antonio Bittar Venturi (Extraído de:     
                                                                                           http://www.cartanaescola.com.br/single/show/456

Em “já que as soluções técnicas e de planejamento estão se tornando mais eficientes e mais baratas" (2º parágrafo), o conectivo destacado expressa o valor semântico de
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Q477243 Português
                              Paciência
                                                Lenine/Dudu Falcão/Mameluco

                 Mesmo quando tudo pede
                 Um pouco mais de calma
                 Até quando o corpo pede
                 Um pouco mais de alma
                 A vida não para

                 Enquanto o tempo acelera
                 E pede pressa
                 Eu me recuso faço hora,
                 Vou na valsa
                 A vida é tão rara
                 ............................

                                              CD Lenine Acústico MTV, 2006.

Dadas as afirmações seguintes sobre a letra da canção,

I. A mensagem, na letra da canção, revela um cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das palavras; assim, a função da linguagem que predomina é a denotativa.

II. O texto revela um jogo de ideias: oposição entre a pressa do dia a dia, “a vida não para", e a necessidade de calma, “um pouco mais de calma". Dessa forma, há ênfase na mensagem – uso da função poética da linguagem.

III. O emissor do texto teve a intenção de falar objetivamente sobre algo do mundo exterior. Nesse caso, utilizou a função referencial da linguagem.

IV. Em “Enquanto o tempo acelera" (1º verso/2ª estrofe), a conjunção “enquanto" expressa o mesmo valor semântico que “conquanto".

V. Em “E pede pressa" (2º verso/2ª estrofe), o conectivo aditivo poderia ser substituído por “mas também", sem prejuízos semânticos.

verifica-se que estão corretas
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Q475090 Português
                    “NINGUÉM NUNCA SE AFOGOU NO PRÓPRIO SUOR"
Revista Veja, edição 2360, de 12 de fevereiro de 2014, pág.84-89

É esse um dos lemas de uma modalidade de exercícios, o crossfit, cujo objetivo é levar o organismo ao limite da exaustão, e que começa a se multiplicar no Brasil

     O gerente de marketing Gustavo Morcelli, de 35 anos, jamais experimentara algo igual. Fazia pelo menos uma década que ele estava habituado à prática regular de exercícios físicos. Puxava ferro nas salas de musculação, esfalfava-se no spinning e nos circuitos das academias tradicionais. Achou, portanto, que tiraria de letra a nova aula de ginástica. Morcelli deveria correr, fazer flexões e agachamentos repetidas vezes, o mais rápido possível.
Quinze minutos depois, rendido pela exaustão, ele desabou. Estava tonto e enjoado. [...] Desde então se passaram dois anos de treinos puxados. Tão pesados que há seis meses Morcelli chegou a vomitar - era sinal de que seu organismo chegara ao extremo.
     Bruna Capelli dos Anjos também conhece a sensação de levar o organismo à exaustão. Com 25 anos, professora de ginástica (e, portanto, bem preparada fisicamente), ela terminava as aulas estatelada no chão, sem conseguir se mover por alguns minutos. [...]
     Ultrapassar limites, vencer a exaustão, como Morcelli e Bruna fazem, são o combustível de uma modalidade esportiva que cresce vertiginosamente no Brasil, o crossfit. A técnica, desenvolvida pelo ginasta americano Greg Glassman, nos anos 90, e adotada pelo Exército americano, consiste na combinação de poucos exercícios, executados vigorosamente, em espaços curtíssimos de tempo, entre quatro e vinte minutos. O crossfit abrange uma centena de movimentos. [...] O objetivo é aperfeiçoar as principais habilidades físicas do ser humano - equilíbrio, agilidade, resistência, potência e força, por exemplo. Como uma aula de crossfit, em geral, está baseada em apenas três exercícios, a possibilidade de combinações de movimentos é enorme, o que não cansa os praticantes. Além disso, em uma sessão é possível queimar 800 calorias. Tem-se, assim, o cenário ideal para o sucesso da técnica. Até agora, são 20 000 praticantes no Brasil. O número de ginásios soma hoje 109 - em setembro de 2013 era a metade disso. No mundo já são 5000.
     O espaço onde se pratica o crossfit em nada lembra as academias coloridas, arejadas e festivas. Nas salas de crossfit o ambiente é rústico, dificultando o desempenho do aluno. Elas estão montadas sobretudo em galpões e garagens, com pé-direito alto, raras janelas, poucos ventiladores e sem nenhum espelho. [...] Numa das visitas de VEJA a um recinto de crossfit em São Paulo, a temperatura ao ar livre era de 34 graus, mas a sensação térmica no galpão beirava os 40 graus. [...] As paredes dos ginásios e as camisetas suadas dos alunos, que não chegam a compor uma seita, mas são evangelizadores de uma causa, estampam gritos de guerra orgulhosos: “É uma honra morrer ao teu lado"; “Lugar de moleza é na academia"; “Nosso aquecimento é seu treino"; “Ninguém nunca se afogou no próprio 'suor". Em todas as aulas o desempenho de cada pupilo é anotado em um quadro, à vista de todos os outros praticantes, estimulando a competição e servindo de combustível para chegar ao limite. [...] Alguns praticantes, sobretudo os americanos, vão muito além do limite. Radicais, só se contentam em parar quando o organismo dá sinais de falência. Eles se gabam das mãos em carne viva e vibram quando vomitam.
     Em uma sessão de crossfit, os índices de saúde sobem às alturas. O coração vai a 200 batimentos por minuto. O aluno usa até 80% da capacidade máxima de ventilação - em repouso, é de 20%. “Tais taxas dificilmente são atingidas em outros esportes", diz o fisiologista Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. O limite da resistência física pode manifestar-se de várias formas - tremedeira nos braços e pernas e enjoo e vômito [...]. Nenhum parâmetro, no entanto, é tão preciso quanto o descrito pelo treinador Joel Fridman: “Se você conseguir ultrapassar o limite, é porque ainda não chegou a ele". Isso é o crossfit.

Releia: “Com 25 anos, professora de ginástica (e, portanto, bem preparada fisicamente), ela terminava as aulas estatelada no chão, sem conseguir se mover por alguns minutos”. Neste trecho, o segmento “e, portanto” introduz ideia de:
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Q474407 Português
OUTRO PARADIGMA: ESCUTAR A NATUREZA

Agora que se aproximam grandes chuvas, inundações, temporais, furacões e deslizamentos de encostas temos que reaprender a escutar a natureza. Toda nossa cultura ocidental, de vertente grega, está assentada sobre o ver. Não é sem razão que a categoria central - ideia - (eidos em grego) signi?ca visão. A televisão é sua expressão maior. Temos desenvolvido até os últimos limites a nossa visão. Penetramos com os telescópios de grande potência até a profundidade do universo para ver as galáxias mais distantes. Descemos às derradeiras partículas elementares e ao mistério íntimo da vida. O olhar é tudo para nós. Mas devemos tomar consciência de que esse é o modo de ser do homem ocidental e não de todos.

Outras culturas, como as próximas a nós, as andinas (dos quéchuas e aimaras e outras) se estruturam ao redor do escutar.Logicamente eles também veem. Mas sua singularidade é escutar as mensagens daquilo que veem. O camponês do altiplano da Bolívia me diz: “eu escuto a natureza, eu sei o que a montanha me diz”. Falando com um xamã, ele me testemunha: “eu escuto a Pachamama e sei o que ela está me comunicando”. Assim, tudo fala: as estrelas, o sol, a lua, as montanhas soberbas, os lagos serenos, os vales profundos, as nuvens fugidias, as florestas, os pássaros e os animais. As pessoas aprendem a escutar atentamente estas vozes. Livros não são importantes para eles porque são mudos, ao passo que a natureza está cheia de vozes. E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem ao ver as nuvens, ao escutar os ventos, ao observar as lhamas ou os movimentos das formigas o que vai ocorrer na natureza.

Quando Francisco Pizarro em 1532 em Cajamarca, mediante uma cilada traiçoeira, aprisionou o chefe inca Atahualpa, ordenou ao frade dominicano Vicente Valverde que com seu intérprete Felipillo lhe lesse o requerimento,um texto em latim pelo qual deviam se deixar batizar e se submeter aos soberanos espanhóis, pois o Papa assim o dispusera. Caso contrário poderiam ser escravizados por desobediência. O inca lhe perguntou donde vinha esta autoridade. Valverde entregou-lhe o livro da Bíblia. Atahaualpa pegou-o e colocou ao ouvido. Como não tivesse escutado nada jogou a Bíblia ao chão. Foi o sinal para que Pizarro massacrasse toda a guarda real e aprisionasse o soberano inca. Como se vê, a escuta era tudo para Atahualpa. O livro da Bíblia não falava nada.

Para a cultura andina tudo se estrutura dentro de uma teia de relações vivas, carregadas de sentido e de mensagens. Percebem o fio que tudo penetra, unifica e dá significação. Nós ocidentais vemos as árvores mas não percebemos a floresta. As coisas estão isoladas umas das outras. São mudas. A fala é só nossa. Captamos as coisas fora do conjunto das relações. Por isso nossa linguagem é formal e fria. Nela temos elaborado nossas filosofias, teologias, doutrinas, ciências e dogmas. Mas esse é o nosso jeito de sentir o mundo. E não é de todos os povos.

Os andinos nos ajudam a relativizar nosso pretenso “universalismo”. Podemos expressar as mensagens por outras formas relacionais e includentes e não por aquelas objetivísticas e mudas a que estamos acostumados. Eles nos desafiam a escutar as mensagens que nos vêm de todos os lados.

Nos dias atuais devemos escutar o que as nuvens negras, as florestas das encostas, os rios que rompem barreiras, as encostas abruptas, as rochas soltas nos advertem. As ciências na natureza nos ajudam nesta escuta. Mas não é o nosso hábito cultural captar as advertências daquilo que vemos. E então nossa surdez nos faz vítimas de desastres lastimáveis. Só dominamos a natureza, obedecendo-a, quer dizer, escutando o que ela nos quer ensinar. A surdez nos dará amargas lições.

Leonardo Boff (Adaptado de: alainet.org/)

“E eles se especializaram de tal forma nesta escuta que sabem (...) o que vai o correr na natureza" (2º parágrafo). A relação estabelecida pelos elementos destacados é de:
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Q473574 Português
Texto 7

Em 3 de novembro de 1957, a cadela Laika se tornava o primeiro animal da Terra a ser colocado em órbita. A bordo da nave soviética Sputnik2, ela morreu horas depois do lançamento, mas pôde entrar para a história da corrida espacial. O animal escolhido para ir ao espaço era uma vira-latas de 6Kg de nome kudriavka. Depois os soviéticos decidiram renomeá-la como Laika. Sua cabine tinha espaço para ela ficar deitada ou em pé. Comida e água eram providenciadas em forma de gelatina. Ela tinha uma proteção e eletrodos para monitorar seus sinais vitais. Os primeiros dados da telemetria mostraram que ela estava agitada, mas comia a ração. Apesar de toda a preparação, ela morreu devido a uma combinação de superaquecimento e pânico, deixando alguns cientistas tristes.

No texto 7 há duas ocorrências do vocábulo “mas”; em ambos os casos, esse vocábulo:
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Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: SEGEP-MA Prova: FGV - 2013 - SEGEP-MA - Agente Penitenciário |
Q471692 Português
Leia o texto a seguir:

                       Tendências para as cadeias no futuro?

     Na Malásia, uma equipe de designers e arquitetos elaborou um conceito de centro de detenção    bastante diferente. O projeto  consiste em um complexo prisional suspenso no ar, o que em  teoria dificultaria as tentativas de fuga, devido à altura  potencialmente fatal de uma queda e à visibilidade que o fugitivo  teria aos olhos dos pedestres na parte de baixo.
     A cadeia ainda teria espaços para manter um campo de  agricultura, onde os detentos poderiam trabalhar para se  autossustentar e até distribuir o excesso de alimento produzido  para a sociedade. Fábricas e centros de reciclagem também  serviriam a esse propósito. 
     Visando reduzir os custos necessários para manter dezenas  de agentes carcerários, o teórico social Jeremy Betham projetou  uma instituição que manteria todas as celas em um local circular,  de forma que fiquem expostas simultaneamente. Dessa forma,  apenas alguns poucos guardas posicionados na torre no centro  do prédio já conseguiriam manter a vigilância sobre todos os detentos. Embora um presídio nesse estilo tenha sido construído  em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento.
     Outra solução criativa foi pensada e realizada na Austrália,  onde um centro de detenção foi    elaborado a partir de containers  de transporte de mercadorias em navios modificados para servir
como celas temporárias. Outra prisão na Nova Zelândia também  passou a usar a mesma solução para resolver problemas de superlotação.
     Entretanto, o conceito tem causado muita polêmica, pois as  condições das celas em containers   seriam desumanas — o que  temos que levar em consideração em se tratando de um país tão   quente. "Morar" em uma caixa de metal sob um sol de escaldar  não deve ser nada agradável.

                                                                                       (Fernando Daquino, 04/ 11/2012 - Arquitetura)

"O projeto consiste em um complexo prisional suspenso no ar, o que em teoria dificultaria as tentativas de fuga, devido à altura potencialmente fatal de uma queda e à visibilidade que o fugitivo teria aos olhos dos pedestres na parte de baixo".

Assinale a alternativa inadequada em relação a esse segmento do texto.
Alternativas
Q471578 Português
(Os mundos "conhecidos" de comunidades menos evoluídas e expansionistas do que a Europa Ocidental eram obviamente ainda menores, reduzindo-se a minúsculos segmentos da terra onde os analfabetos camponeses sicilianos ou o agricultor das montanhas de Burma viviam suas vidas, e para além dos quais tudo era e sempre seria eternamente desconhecido.)

Considerado o acima transcrito, em seu contexto, afirma-se com correção:
Alternativas
Q470807 Português
Com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o  item a seguir.

No trecho “A divisão do trabalho doméstico, a socialização de homens e mulheres e as relações de poder entre os gêneros" (L.6-8), o emprego da vírgula no lugar do conectivo “e", em “homens e mulheres", não alteraria a relação semântico-sintática entre os termos da oração.
Alternativas
Respostas
3541: E
3542: D
3543: A
3544: B
3545: C
3546: E
3547: C
3548: C
3549: C
3550: C
3551: D
3552: B
3553: C
3554: C
3555: D
3556: E
3557: A
3558: D
3559: A
3560: E