Questões de Português - Uso dos conectivos para Concurso
Foram encontradas 4.593 questões
Para responder à questão, considere a seguinte frase retirada do texto:
Entretanto, a intensidade conjugal depende de que algo dessa natureza escandalosa aconteça no interior do relacionamento.
Analise as seguintes assertivas a respeito da frase em destaque e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) A frase apresenta 2 orações.
( ) O sujeito da oração principal é “a intensidade conjugal”.
( ) ‘Entretanto’ poderia ser substituído por ‘No entanto’, sem acarretar nenhum tipo de erro à frase.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Texto 2
O termo “entrementes” (linha 57) poderia ser substituído no texto, sem prejuízo para sua correção e sem alteração de seu sentido original, por entretanto.
O livro didático como professor
A ideia de substituir os livros didáticos escolares por material retirado diretamente da internet suscitou reações variadas. Editores de livros escolares e livrarias veem no projeto uma ameaça mortal para uma indústria que dá trabalho a milhares de pessoas. Por mais solidário que me sinta em relação a editores e livrarias, é possível dizer que, pelas mesmas razões, muitas outras classes de trabalhadores poderiam protestar. Se a história avançar inelutavelmente nessa direção, esta força de trabalho teria de reciclar-se de alguma forma.
Outra objeção é que a iniciativa prevê um computador para cada aluno e é duvidoso que o Estado possa arcar com essa despesa, e, se os pais tivessem que arcar com ela, gastariam mais do que gastam com livros didáticos. Por outro lado, se cada turma tivesse somente um computador para todos, cairia o aspecto de pesquisa pessoal que poderia constituir o fascínio dessa solução.
Mas o problema é outro. É que a internet não se destina a substituir os livros, mas é apenas um formidável complemento a eles e um incentivo para ler mais. O livro continua a ser o instrumento príncipe da transmissão e disponibilidade do saber e os textos escolares representam a primeira e insubstituível ocasião de educar as crianças ao uso do livro. Além disso, a internet oferece um repertório fantástico de informações, mas não os meios para selecioná-las, e a educação não consiste apenas em transmitir informações, mas também em ensinar critérios de seleção.
Esta é a função do professor, mas é também a função do texto escolar, que oferece exatamente um exemplo de seleção realizada no grande mar de toda informação possível. Se as crianças não aprendem isso, ou seja, que cultura não é acúmulo, mas seleção e discriminação, não há educação, apenas desordem mental.
(Humberto Eco. Pape Satàn Aleppe: crônicas de uma sociedade líquida.
Rio de Janeiro: Record, 2017. Adaptado)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Prevenir ou remediar?
Texto 1
“A instituição policial brasileira, segundo documentação existente
no Museu Nacional do Rio de Janeiro, data de 1530, quando da
chegada de Martim Afonso de Sousa enviado ao Brasil – Colônia
por D. João III. A pesquisa histórica revela que no dia 20 de
novembro de 1530, a polícia brasileira iniciava as suas ações,
promovendo justiça e organizando os serviços de ordem pública,
como melhor entendesse nas terras conquistadas do Brasil. A
partir de então a instituição policial brasileira passou por seguidas
reformulações nos anos de 1534, 1538, 1557, 1565, 1566, 1603,
e, assim, sucessivamente. Somente em 1808, com a chegada do
príncipe Dom João ao Brasil, a polícia começou a ser estruturada,
comandada por um delegado e composta por escrivães e
agentes.”
Está em carentena? Como surgiram as gírias nascidas durante a pandemia
Marcela Capobianco
1§ Em abril, o Dicionário Oxford, um dos mais importantes do planeta, precisou fazer uma atualização extraordinária. Incluiu em sua lista de verbetes o termo “Covid-19”. Na publicação on-line, ele é descrito como “um tipo de coronavírus que foi relatado pela primeira vez em 2019 e se tornou uma pandemia”.
2§ Desde então, o vírus não só se espalhou por cinco continentes como trouxe com ele um dialeto próprio, recheado de termos técnicos e, também, de vocábulos criativos. É sobre isso que me interessa refletir. Importado do inglês, “covidiota”, por exemplo, passou a designar as pessoas que não levavam a sério o isolamento social e, ainda por cima, saíram estocando mantimentos e papel higiênico no início do surto epidêmico.
3§ “A língua é viva, funciona como um reflexo da história. Todo episódio marcante traz consigo um vocabulário, e a pandemia é um exemplo disso”, explica Evanildo Bechara, ocupante da cadeira de número 33 da Academia Brasileira de Letras.
4§ As redes sociais são palco de embates frequentes entre os quarenteners e os cloroquiners – os primeiros designam literalmente quem aderiu à recomendação de ficar em casa e os últimos, fãs do tratamento com a desprestigiada hidroxicloroquina, mas, na prática, são designações disfarçadas da velha e nada boa rixa entre esquerda e direita.
5§ Para quem cultivou a alma fitness mesmo trancafiado em casa, nasceu o “quarentreino” – só no Instagram há mais de 140 000 fotos publicadas com essa hashtag, indicando treinos realizados durante a pandemia.
6§ “Fica até difícil de dar conta de tantos neologismos, mas esse é um reflexo da rapidez do mundo em que vivemos hoje”, analisa outro imortal da ABL, o poeta Geraldo Carneiro. Em um de seus poemas – “A Coisa Bela” – Carneiro afirma que “cada língua escolhe as afeições e imperfeições que lhe compete ser”. No caso do português, após muito tempo de isolamento social, uma das competências recaiu sobre a palavra “carentena”, amplamente usada pelos solteiros carentes de afeto. O termo, inclusive, serviu de inspiração para uma série do canal pago Warner, “Carenteners”, que estreou no ano passado.
7§ Em meio às gírias e expressões do momento, que brotam da necessidade de os grupos tentarem criar um código, geralmente em tom jocoso, surgiu ainda um “confinastê”, primo torto da saudação hindu, adotada pela turma do paz e amor no mundo virtual.
8§ De tanto sucesso, os vocábulos já ilustraram alguns posts do Instagram Greengo Dictionary, do designer Matheus Diniz, que faz sucesso ao traduzir a seus 1,2 milhão de seguidores o significado de expressões informais do português para o inglês. É o caso do “coronga”, apelido debochado da doença.
9§ A maioria dos termos de ocasião, porém, tem prazo de validade segundo os estudiosos e acabará enterrada pelas gírias de alguma nova situação excepcional. A língua, tal qual o ser humano, está em constante adaptação, e os termos de agora vão passar, junto com o corona. Corona?
Disponível em: <https://vejario.abril.com.br/cidade/girias-pandemia/>.
Acesso em: 02 abr. 2021. Adaptado.
CEREJA, William Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar. Gramática Reflexiva: Texto, semântica e interação. São Paulo: Atual, 2013, p. 41.
A esse respeito, informe se é verdadeiro ou falso o que se afirma sobre as passagens transcritas do texto.
( ) No período “Fica até difícil de dar conta de tantos neologismos, mas esse é um reflexo da rapidez do mundo em que vivemos hoje”, substituir o termo em destaque pelo conector conquanto que compromete seriamente a coesão textual.
( ) Na frase “De tanto sucesso, os vocábulos já ilustraram alguns posts do Instagram Greengo Dictionary, do designer Matheus Diniz...”, identifica-se a coesão por elipse com o apagamento de um determinado termo do enunciado, uma vez que ele está subentendido no contexto em que ocorre.
( ) Em “Desde então, o vírus não só se espalhou por cinco continentes como trouxe com ele um dialeto próprio, recheado de termos técnicos e, também, de vocábulos criativos. É sobre isso que me interessa refletir.”, o emprego do pronome demonstrativo caracteriza uma coesão remissiva, por retomar um elemento que é inferível a partir do texto.
De acordo com as afirmações, a sequência correta é
Conhecer para cuidar
Falar sobre a depressão é a melhor forma de esclarecer dúvidas, instruir famílias e criar redes de apoio
Lidar com algum distúrbio da mente pode parecer uma jornada solitária, _____ (1) a falta de conhecimento é fonte de preconceito e exclusão. ______ (2), existem caminhos que podem oferecer amparo a quem enfrenta essa situação. Contar como os familiares também é uma maneira de ganhar apoio emocional para seguir em frente, mas é preciso que as pessoas próximas estejam instruídas de como proceder no socorro. [...] Contar com um ambiente acolhedor é essencial, _______ (3) “parentes e amigos têm um papel fundamental no tratamento e no processo de cura, ______ (4) trata-se de um transtorno incapacitante que afeta todas as áreas da vida da pessoa”, como explica a psicóloga Mary Scabora. Outro aspecto fundamental é o diálogo. Em alguns quadros, a pessoa que tem o distúrbio pode não expor seus sentimentos. _______ (5) é preciso conversar abertamente nesses casos, sem julgamentos nem ideias pré-concebidas. [...] A psicóloga Mary Scabora comenta que “a saúde mental ainda é muito negligenciada no Brasil, o que tem como consequência o preconceito em relação às questões ligadas a saúde mental e emocional. _______ (6) haja terapia na rede pública de saúde, é raro ver campanhas que esclareçam a população sobre o assunto. [...] (Revista Segredos da Mente, o poder do cérebro - Ano 3, No. 4, 2019).
A sequência CORRETA de preenchimento das lacunas é:
Leia atentamente o texto abaixo, extraído do jornal O TEMPO - 16/02/20, de modo a responder à questão:
O PESO DO MOSQUITO (LAURA MEDIOLE)
"Convidei meu vizinho para fazer um mutirão da limpeza em seu quintal, e ele só me enrola. Já denunciei, e nada. Ele só aparece a cada 15 dias. Mato e entulho tomaram conta de tudo.”
“Por que o jornal não vem filmar o criadouro dos mosquitos aqui, no vizinho? As calhas da sua casa estão todas entupidas, e a água da chuva desce em cima do muro, que vai cair a qualquer momento. Já denunciei aí no jornal a proliferação do mosquito da dengue, e ninguém faz nada...”
Pois é; as internautas têm razão, é o fim da picada!!! Ou melhor, o início, quando os vizinhos ignoram um dos maiores problemas enfrentados pela população nos últimos anos. Impressionante a falta de consciência (ou de vergonha na cara mesmo) dessas pessoas (felizmente, uma minoria), que põem em risco a saúde e até a vida dos moradores.
Custa dar uma olhada nos seus quintais? Não entendem que uma simples tampinha de Coca-Cola com água pode vir a ser um criadouro de larvas do Aedes aegypti? Que, ao crescerem, viram mosquitos capazes de causar danos enormes às pessoas? Quem já teve dengue sabe disso. [...] Como se não bastasse a incapacidade de reação, correm o risco de sofrer a dengue hemorrágica, que pode ser fatal.
Explico isso em pormenores acreditando que algum leitor menos esclarecido, que ainda não se deu conta da situação, se atente ao problema. E, antes de fazer pouco-caso das campanhas, mutirões ou pedidos dos vizinhos, pense nisso, pense num filho seu acometido pela doença. Se para um adulto já é pesado, imagina para uma criança?
Pesquisas confirmam que 80% dos focos são residenciais. Ou seja, estão no lixo acumulado nos quintais, na latinha com água de chuva, na calha entupida, e por aí vai. Como exemplo da irresponsabilidade, cito as caixas-d’água. O fiscal chega na casa, vasculha o terreno minuciosamente, explica os riscos, deixa um panfleto sobre o tema, notifica quando necessário e, para finalizar, pergunta sobre a caixa-d’água. O morador, já sem muita paciência com aquela “invasão domiciliar”, diz que a caixa está ok, que se encontra fechada. O fiscal sai, e entra o drone, que, do alto, mostra que aquela caixa-d’água, além de não ter tampa, é um criadouro de mosquitos.
Há vários meses a Prefeitura de Betim (cito ela porque é a que estou mais próxima) vem fazendo campanhas e mutirões de casa em casa, envolvendo escolas, pais de alunos, moradores de modo geral, além de um trabalho intensivo de capina e retirada de lixo e entulhos, espalhados pela população. [...]
Vejo que, além do lixo, temos aí um problema educacional. Talvez o país ainda demore décadas para que a população se conscientize disso. [...] Em cada regional há um local destinado aos entulhos, o que muitos caminhões clandestinos, vindos até de cidades vizinhas, ignoram. Mesmo com o risco de serem multados, na calada da noite, continuam descarregando materiais nas calçadas ou em locais indevidos, apesar de a prefeitura disponibilizar caçambas próprias para isso, distribuídas em pontos estratégicos da cidade. Nas escolas, as crianças desde cedo são conscientizadas sobre a importância da reciclagem. E, numa espécie de gincana ecológica, envolvendo também os pais, elas cumprem o que lhes é ensinado.
Um trabalho de formiguinha, até chegar o dia em que não serão mais necessários fiscais e tantos outros
custos para o município, que poderiam ser evitados. Até chegar o dia em que não morrerão mais pessoas
de dengue.
I- “Pois é (1); as internautas têm razão, é o fim da picada!!! Ou melhor (2), o início, quando os vizinhos ignoram um dos maiores problemas enfrentados pela população nos últimos anos.” II- “Impressionante a falta de consciência (ou de vergonha na cara mesmo) (3) dessas pessoas (felizmente (4), uma minoria), que põem em risco a saúde e até a vida dos moradores.” III- “[...] Vejo que, além do lixo, temos aí um problema educacional. Talvez (5) o país ainda demore décadas para que a população se conscientize disso. [...] Em cada regional há um local destinado aos entulhos, o que muitos caminhões clandestinos, vindos até de cidades vizinhas, ignoram.”
As marcas sinalizadas expressam, respectivamente:
“[...] A partir disso, a Comissão demonstra que a corrupção afeta os direitos humanos na medida em que enfraquece instituições democráticas e os governos, aumenta a desigualdade social a partir da impunidade e também anula o estado de direito [...]”.
( ) Três orações compõem a fala do primeiro personagem. Entre a segunda oração e a terceira, que é iniciada pelo conector E, depreende-se uma relação de causa e consequência. Quanto à relação entre a primeira e a terceira, é de adversidade. ( ) A versão escrita da fala do segundo personagem, seguindo o mesmo raciocínio da fala do primeiro personagem, resultaria em: “Eu trabalhava como segurança, protegendo a mata; mas, uma vez que veio o desmatamento, fiquei sem mata. Ou ainda: “Eu trabalhava como segurança, protegendo a mata; mas fiquei sem mata porque veio o desmatamento”. ( ) A versão escrita da primeira fala do personagem, conforme a lógica estabelecida – oração principal, oração adversativa, oração causal e consecutiva – resultaria em: “Eu trabalhava como segurança, mas, embora viesse a crise, perdi o emprego.” Ou, em outra ordem: “Eu trabalhava como segurança, mas perdi o emprego, embora viesse a crise”.
A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:
Texto ( Para responder à questão)
Os clássicos estão morrendo?
Catástrofe espiritual. Foi assim que Cornel West, um dos mais destacados intelectuais negros dos EUA, classificou a decisão da Universidade Howard, talvez a mais importante instituição de ensino negra do país, de fechar seu departamento de estudos clássicos.
West, que escreveu um contundente artigo de opinião para o Washington Post, afirma que a noção de crimes do Ocidente se tornou tão central na cultura americana que ficou difícil reconhecer as coisas boas que o Ocidente proporcionou, notadamente os clássicos, que são clássicos justamente porque permitem uma conversação universal, abarcando pensadores de diferentes eras e povos.
Diretores de Howard responderam, no New York Times. Dizem que, ao contrário de universidades brancas de elite, a instituição não tem dinheiro para tudo e teve de estabelecer prioridades. Afirmam que os alunos de Howard não ficarão sem ler Platão, Aristóteles e outros clássicos, apenas que não haverá mais um departamento exclusivo dedicado a esses pensadores.
Os clássicos estão morrendo? Morrer, eles não morrerão. Haverá sempre, nas universidades e fora delas, uma legião de estudiosos que garantirão que nosso conhecimento sobre esses autores não só não regredirá como avançará. Eu receio, porém, que o chamado cânon ocidental será cada vez mais objeto de estudo de especialistas e menos um corpo de referências que todos os cidadãos educados reconheçam.
Isso é ruim, porque, assim como a concordância acerca do que são fatos é fundamental para a ciência e a democracia, um universo de noções comuns em que as pessoas possam se apoiar para dialogar, trocar ideias e identificar-se é vital para a constituição de uma sociedade. E é preferível que esse universo seja povoado por autores densos, que comportem interpretações complexas e que resistiram ao teste do tempo a que seja determinado pelos modismos simplificadores das guerras culturais.
Hélio Scwartsman
(Folha de S. Paulo, 04 de maio de 2021)
“Mas já em 2004 a Organização Mundial de Saúde reconhecia ser tragédia do mundo real...”.
O vocábulo sublinhado indica que o fato de a OMS reconhecer a tragédia:
Para responder à questão, considere o parágrafo transcrito abaixo.
Meio quilo de palavras ditas aos que me fazem tanta falta é tudo o que preciso. Quem dera elas viessem assim, no peso. Ou sob encomenda. Talvez até por aplicativo. No entanto, as palavras fogem. Pior, se amontoam e nada falam a ninguém, apesar do barulho. Limito-me a dizer, então, que tenho saudades imensas.
A estratégia coesiva utilizada para interligar os dois primeiros períodos do parágrafo é a
Para responder à questão, considere o parágrafo transcrito abaixo.
Meio quilo de palavras ditas aos que me fazem tanta falta é tudo o que preciso. Quem dera elas viessem assim, no peso. Ou sob encomenda. Talvez até por aplicativo. No entanto, as palavras fogem. Pior, se amontoam e nada falam a ninguém, apesar do barulho. Limito-me a dizer, então, que tenho saudades imensas.
Mantendo o sentido do trecho e a ordem dos termos, o elemento linguístico em destaque
pode ser substituído por
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão
Trabalho remoto exige planejamento e organização
Por Verônica Ruffino
(Disponível em: https://www.ifpb.edu.br/joaopessoa/noticias/2020/04/trabalho-remoto-exige-planejamento-e-organizacao–texto adaptado especialmente para esta prova).