Questões de Português - Variação Linguística para Concurso

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Q486126 Português
Considere as seguintes passagens dos textos:

I. a fala do tigre, no 1.º quadrinho (... agora a gente já está em algum outro estado.);
II. a de Calvin, no 3.º (Eu tão preocupado que ...);
III. a do Garfield, no último quadrinho (Eu tava sem energia pra fazer o “miau” completo.).

É correto afirmar que
Alternativas
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: DPE-MT Prova: FGV - 2015 - DPE-MT - Advogado |
Q485246 Português
Texto 1

“Brasileiro adora elogio de estrangeiro. Ninguém questiona quando falam bem da gente. Quando nos criticam, porém, a história é outra. Quem nos critica é mal-intencionado – ou quer nos colonizar.

Se a revista Economist publica na capa o Cristo Redentor em forma de foguete, com a manchete 'o Brasil decola', é chamada de “a melhor revista do mundo". Se traz o mesmo Cristo Redentor voando desgovernado, com a pergunta 'O Brasil estragou tudo?', é acusada de 'instrumento do capital internacional'.

Muito da dificuldade que encontramos em lidar com a crítica decorre de insegurança em relação a nossa identidade nacional. Não sabemos bem quem somos."

(Alexandre Vidal Porto. Folha de São Paulo.)

O cronista utiliza uma linguagem cuidada, mas com marcas de coloquialismo.

Assinale a opção que indica a frase que mostra esse coloquialismo.
Alternativas
Q476471 Português
                                                                                                            Caso de Chá

   A casa da velha senhora fica na encosta do morro, tão bem situada que dali se aprecia o bairro inteiro, e o mar é uma de suas riquezas visuais. Mas o terreno em volta da casa vive ao abandono. O jardineiro despediu-se há tempos; hortelão, não se encontra nem por um milagre. A velha moradora resigna-se a ver crescer a tiririca na propriedade que antes era um brinco. Até cobra começou a passear entre a folhagem, com indolência; é uma cobrinha de nada, mas sempre assusta.
   O verdureiro que faz ponto na rua lá embaixo ofereceu-se para matá-la. A boa senhora reluta, mas não pode viver com uma cobra tomando banho de sol junto ao portão, e a bicha é liquidada a pau. Bom rapaz, o verdureiro, cheio de atenções para com os fregueses. Na ocasião, um problema o preocupa: não tem onde guardar à noite a carrocinha de verduras.
   — Ora, o senhor pode guardar aqui em casa. Lugar não falta.
   — Muito agradecido, mas vai incomodar a madame.
   — Incomoda não, meu filho.
   A carrocinha passa a ser recolhida nos fundos do terreno. Todas as manhãs o dono vem retirá-la, trazendo legumes frescos para a gentil senhora. Cobra-lhe menos e até não cobra nada. Bons amigos.
   — Madame gosta de chá?
   — Não posso tomar, me dá dispepsia, me põe nervosa.
   — Pois eu sou doido por chá. Mas está tão caro que nem tenho coragem de comprar. Posso fazer um pedido? Quem sabe se a madame, com este terreno todo sem aproveitar, não me deixa plantar uns pés, pouquinha coisa, só para o meu consumo?
   Claro que deixa. Em poucas horas o quintal é capinado, tudo ganha outro aspecto. Mão boa é a desse moço: o que ele planta é viço de imediato. A pequenina cultura de chá torna alegre outra vez a terra abandonada. Não faz mal que a plantação se vá estendendo por toda a área. A velha senhora sente prazer em ajudar o bom lavrador. Alegando que precisa fazer exercício, caminhando com cautela pois enxerga mal, ela rega as plantinhas, que lhe agradecem a atenção prosperando rapidamente.
   — Madame sabe: minha intenção era colher só uma pequena quantidade. Mas o chá saiu tão bom que os parentes vivem me pedindo um pouco e eu não vou negar a eles. É pena madame não experimentar. Mas não aconselho: se faz mal, não deve mesmo tocar neste chá.
   O filho da velha senhora chegou da Europa esta noite. Lá ficou anos estudando. Achou a mãe lépida, bem disposta.
   — E eu trabalho, sabe, meu querido? Todos os dias rego a plantação de chá que um moço me pediu licença para fazer no quintal. Amanhã de manhã você vai ver que beleza que está.
   O verdureiro já havia saído com a carrocinha. A senhora estende o braço, mostra com orgulho a lavoura que, pelo esforço em comum, é também um pouco sua.
   O filho quase cai duro:
   — A senhora está maluca? Isso nunca foi chá, nem aqui nem na Índia. Isso é maconha, mamãe!

(ANDRADE, Carlos Drummond de. “Caso de Chá”. In: Cadeira de Balanço: crônica. 8.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976, p. 7-8.)

                                                                      “— Pois eu sou doido por chá.”

O trecho acima traz um uso coloquial da linguagem e pode ser substituído, sem prejuízo semântico, por uma linguagem menos informal, como
Alternativas
Q473559 Português
Texto 2 – Fonte da juventude

                        Superinteressante, 2009

Sempre existiram jovens e velhos. Mas a noção de juventude que a gente tem é bem mais recente: começou nos EUA e na Europa dos anos 20. Foi quando as universidades se tornaram comuns e atrasaram a idade em que as pessoas casavam e tinham filhos. De uma hora para outra, cada vez mais gente passava a desfrutar esse intervalo que quase não existia antes: o limbo entre a infância e a vida adulta para valer. Um limbo, aliás, que fica cada vez mais longo.

A frase abaixo, retirada do texto 2, que exemplifica a variedade coloquial da linguagem é:
Alternativas
Respostas
1261: B
1262: B
1263: C
1264: D
1265: B