Questões de Concurso
Sobre alfabetização e letramento em pedagogia
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Uma análise histórica dos resultados da alfabetização no Brasil em avaliações nacionais e estaduais evidencia, desde os anos 1960-1970 até as atuais avaliações, um reiterado baixo nível de leitura e escrita na aprendizagem inicial da língua escrita.
Para a Profª Magda Soares, “enquanto considerarmos que ensinar a ler é uma questão de métodos e de atividades de interpretação de textos, continuaremos fracassando em alfabetizar e letrar adequadamente nossas crianças. Em relação à alfabetização, entendida como apropriação do sistema alfabético, prevalece a falsa suposição de que basta adotar um método, entre os vários que são oferecidos.”
Ainda segundo a Professora, ensinar a ler é um processo muito complexo e exige que os professores tenham:
Vivemos numa sociedade grafocêntrica. A leitura e a escrita permeiam as interações humanas. Entretanto, na escola, ainda enfrentamos dificuldades no desenvolvimento de atividades que promovam não apenas o aprendizado sobre a linguagem, mas também a conscientização da centralidade da escrita e da leitura na sociedade.
Esse problema – o inadequado processo de escolarização na modalidade escrita e a artificialização da produção dos alunos – tem se tornado um obstáculo para uma aprendizagem significativa.
Concepções sobre letramento (Bakhtin, Kleiman, Street, Soares, Freire) mostram uma possibilidade concreta para um ensino-aprendizagem significativo. (Adaptação: Base Nacional Comum Curricular)
Um caminho emancipatório para o ensino pode ser exemplificado pela:
Tendo como referência as obras Alfabetização e letramento na sala de aula, de Castanheira e Maciel (2008) e Métodos e didáticas de alfabetização: história, características e modos de fazer de professores: de Frade (2005), que discutem a avaliação na Educação Básica, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.
( ) Segundo a obra organizada por Castanheira e Maciel (2008), um dos desafios a ser enfrentado no processo de planejamento dos trabalhos a serem desenvolvidos em sala de aula é a articulação entre a dimensão individual e a dimensão coletiva e institucional. Desse modo, o planejamento pode ser substituído pela escolha de um método de ensino ou por um livro didático.
( ) Segundo a obra organizada por Castanheira e Maciel (2008), a ideia de avaliar a alfabetização surge da necessidade de obtenção de informações sobre o quadro do ensino quando ainda é possível corrigir os percursos dos alunos. Isto é, surge da necessidade de diagnosticar os níveis de aprendizagem do alfabetizando em momentos mais precoces da escolarização, de modo a poder encontrar caminhos alternativos para que a criança aprenda a ler e a escrever.
( ) Segundo Frade (2005), há professores que não adotam um método específico, nem se apegam a um livro de alfabetização, mas que equilibram e usam, em sua prática, os princípios permanentes da decodificação e da compreensão. Para a autora, é importante que o professor escolha o eixo organizador do seu trabalho e tenha segurança ao eleger conteúdos e procedimentos.
( ) Segundo Frade (2005), no processo de alfabetização, é preciso focalizar mais intensamente a compreensão que a decodificação. Cabe ao professor realizar escolhas de livros ou métodos que direcionem para atividades que contribuam para a compreensão do sistema de escrita, contudo, espera-se que também seja crítico o suficiente para constatar que não há um método milagroso.
Assinale a sequência correta.
Batista (2005), no caderno Avaliação diagnóstica da alfabetização, apresenta exemplos de atividades para avaliação das crianças em processo de avaliação.
Em relação à capacidade “Ler e compreender palavras compostas por sílabas canônicas e não canônicas”, é correto afirmar que se tem como descritor
“A linguagem ocupa um papel central nas relações sociais vivenciadas por crianças e adultos. As crianças, desde cedo, convivem com a língua oral em diferentes situações: os adultos que as cercam falam perto delas e com elas.
Por meio da oralidade, as crianças participam de diferentes situações de interação social e aprendem sobre elas próprias, sobre a natureza e sobre a sociedade. Na instituição escolar, elas ampliam suas capacidades de compreensão e produção de textos orais, o que favorece a convivência delas com uma variedade maior de contextos de interação e a sua reflexão sobre as diferenças entre essas situações e sobre os textos nelas produzidos.
O mesmo ocorre em relação à escrita. As crianças e os adolescentes observam palavras escritas em diferentes suportes, como placas, outdoors, rótulos de embalagens; escutam histórias lidas por outras pessoas etc. Nessas experiências culturais com práticas de leitura e escrita, muitas vezes mediadas pela oralidade, meninos e meninas vão se constituindo como sujeitos letrados.”
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Cabe à escola, responsável pelo ensino formal da leitura e da escrita:
Zanluchi (2005) afirma que “Quando brinca, a criança prepara-se à vida, pois é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas”. Ao brincar, a criança desenvolve diversos aspectos; contudo, aqui se fala sobre um importante instrumento do brincar, qual seja:
Leia e analise a entrevista com a Profª Magda Becker Soares. Após análise, marque a(s) proposição(ções) que exemplifica(m) “Objetivo Geral” no contexto da entrevista apresentada.
LETRAR É MAIS QUE ALFABETIZAR
Nos dias de hoje, em que as sociedades do mundo inteiro estão cada vez mais centradas na escrita, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. É preciso ir além da simples aquisição do código escrito, é preciso fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, apropriar-se da função social dessas duas práticas; é preciso letrar-se. O conceito de letramento, embora ainda não registrado nos dicionários brasileiros, tem seu aflorar devido à insuficiência reconhecida do conceito de alfabetização. E, ainda que não mencionado, já está presente na escola, traduzido em ações pedagógicas de reorganização do ensino e reformulação dos modos de ensinar, como constata a professora Magda Becker Soares, que, há anos, vem se debruçando sobre esse conceito e sua prática”. Urge, portanto, que se busque a especialização do docente, para que suas práticas pedagógicas ajudem os discentes no desenvolvimento linguístico. – (Adaptado) (http://www.nlnp.net/magda.htm)
I. Qualificar profissionais para atuar no processo de desenvolvimento de língua materna, acompanhando e enfrentando as mudanças constantes e rápidas no rumo da educação, surgidas pela alteração de informações nas áreas culturais, científicas, tecnológicas e pelo fenômeno da globalização.
II. Propiciar condições para o desenvolvimento de estudos e pesquisas relacionadas às diferentes áreas da linguagem, no sentido de ampliar a compreensão acerca da necessidade de formar falantes, leitores e produtores de textos competentes, por sua importância e função nas sociedades atuais.
III. Formar profissionais que contribuam para o processo de erradicação do analfabetismo em nosso país, como foco de obstrução à evolução social, cultural, cognitiva e afetiva de grande parte da população brasileira.
IV. Redimensionar o conceito de alfabetização e a formação do alfabetizador numa perspectiva interdisciplinar, tendo em vista as posições teóricas mais atuais, adotadas para a orientação dessa prática.
O texto é uma mensagem, isto é, um fato do discurso, uma passagem falada ou escrita que forma um todo significativo independentemente da sua extensão. Em sentido amplo, pode-se considerar como texto uma música, uma escultura, um filme, um poema, entre outros. Em sentido estrito, o texto é o resultado de um discurso; uma mensagem construída e, portanto, ligada a uma situação de enunciação. O texto apresenta-se em seus gêneros orais e escritos, exemplificados no âmbito da oralidade e no âmbito da escrita, como: Narrar, relatar, argumentar, expor, descrever ações. (...)
(MAIA, João Domingues. A noção de texto. Ática. São Paulo. P.12.)
Marque o exemplo de gênero, cujo aspecto tipológico é narrativo e os personagens centrais (protagonista e antagonista) são seres inanimados.
“Apropriação do sistema de escrita” diz respeito à apropriação, pela criança, do sistema da língua, tratando-se, portanto, da aquisição das regras que orientam a leitura e a escrita no sistema alfabético, bem como do domínio da ortografia da Língua Portuguesa. Nessa vertente, é importante que o alfabetizando compreenda diferenças entre a escrita alfabética e outras formas gráficas, compreendendo que:
I. A escrita se organiza da esquerda para a direita.
II. A função dos espaços em branco e dos sinais de pontuação.
III. O reconhecimento das unidades fonológicas como rimas, sílabas, terminações de palavras.
IV. A identificação das letras do alfabeto, compreendendo sua categorização gráfica e funcional e perceba a utilização de diferentes tipos de letras tanto na leitura quanto na escrita.
Estão em conformidade com a “Apropriação do sistema de escrita”:
A escrita torna a linguagem visível por meio de formas diferentes, ou seja, torna visível um objeto, uma palavra, uma sílaba, um som ou “uma coisa da linguagem até então apenas audível e pronunciável”. A atividade inicial da escrita tem um momento específico para acontecer e deve ser realizada, no primeiro bimestre, nas primeiras semanas de aula. (...) Dentre os diversos sistemas inventados e suas variadas evoluções, o sistema alfabético permitiu ao homem fixar as formas orais no tempo e no espaço. (HERRENSCHIMIDT, 1995, p.101). (Adaptado)
Considerando que a “Atividade diagnóstica – atividade inicial” é muito importante para o docente saber “o que os alunos sabem sobre a escrita”, analise as proposições com V (verdadeiro) ou F (falso). Em seguida, marque a alternativa correta.
I. A atividade inicial é um dos recursos de que o professor dispõe para conhecer as ideias que os alunos ainda não alfabetizados já construíram sobre o sistema de escrita, de uma forma geral.
II. A atividade inicial também representa um momento no qual os alunos têm a oportunidade de refletir sobre aquilo que escrevem.
III. As produções dos alunos (amostra da escrita) são organizadas em um portfólio e o resultado do desempenho deve ser registrado no mapa da classe.
IV. O registro da evolução da escrita deve ocorrer tão logo o professor tenha acesso aos conhecimentos dos alunos. Isto implica atualizar periodicamente o mapa da classe; se o aluno tem um avanço significativo na sua hipótese de escrita no meio do bimestre, o mapa deve ser alterado, porque deve expressar o desempenho real da classe.
“A leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra, e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele” afirmou Paulo Freire na obra intitulada : A Importância do Ato de Ler (1988). Freire refere- se:
Analise o parágrafo abaixo sobre a alfabetização e o letramento.
No mundo virtual, o que mais chama a atenção é o intenso uso de uma nova modalidade de língua, uma linguagem ___________________, ou seja, uma escrita com características próprias e bem próximas da ___________________.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
O letramento se refere ao envolvimento com as práticas sociais que incluem a leitura e a escrita e que somente o domínio do código não garante o entendimento/interpretação do texto.
Letramentos múltiplos abrangem atividades de ___________________, análise e produção de textos compostos por várias linguagens em enfoque ___________________.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
Analise as afirmativas abaixo sobre o tema Alfabetização e Letramento.
1. A alfabetização é o processo de aprendizagem onde se desenvolve a habilidade de ler e escrever.
2. O letramento desenvolve o uso competente da leitura e da escrita nas práticas sociais.
3. O indivíduo letrado é o sujeito que sabe ler e escrever.
4. Uma pessoa alfabetizada sabe usar a leitura e a escrita de acordo com as demandas sociais.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Para que o aluno leia e escreva com autonomia, é necessário:
No mundo letrado, a pluralidade cultural é marcada pela diversidade de linguagens. Compreender o sentido dessas diferentes linguagens nas práticas sociais é condição para o desenvolvimento do exercício da cidadania. Por isso, a sala de aula deve ser um espaço:
A alfabetização é um processo no qual as crianças precisam resolver problemas de natureza lógica até chegarem a compreender de que forma a escrita alfabética em português representa a linguagem, e assim poderem escrever e ler por si mesmas. Nessa perspectiva, a aprendizagem da linguagem escrita é concebida como:
I. A desenvolvimento de capacidades relacionadas à memorização de um conjunto de habilidades sensoriais pré-estabelecidas;
II. Um processo de construção de conhecimento pelas crianças por meio de práticas que têm como ponto de partida e de chegada o uso da linguagem e a participação nas diversas práticas sociais de escrita;
III. Um aprendizado que coloca diversas questões de ordem conceitual, e não somente perceptivo-motoras, para a criança;
IV. A compreensão de um sistema de representação e não somente como a aquisição de um código de transcrição da fala.
Dos itens acima:
A brincadeira é a atividade principal da criança pequena. Mais do que uma atividade que pode trazer benefícios pedagógicos, a brincadeira é vista como uma atividade cultural formadora da criança enquanto ser humano. Para tanto, existem algumas razões que justificam o brincar na educação infantil. São elas: A brincadeira