Questões de Concurso
Sobre avaliação e indicadores de qualidade na educação em pedagogia
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A professora Ana, uma entusiasta da língua portuguesa, dedicava-se a ensinar seus alunos do 6º ano com paixão. No entanto, sentia que faltava algo para suas aulas atingirem todo o potencial. A pedagoga da escola, Maria, em um procedimento formativo utilizando a estratégia da observação em sala de aula, observou atentamente como Ana conduzia a aula sobre a construção de parágrafos. Notou o entusiasmo da professora em compartilhar seus conhecimentos, mas identificou alguns pontos que poderiam ser aprimorados. Em uma conversa individualizada, Maria iniciou o feedback elogiando os pontos fortes de Ana: a capacidade de engajar os alunos e a clareza nas explicações. Em seguida, abordou os aspectos que poderiam ser melhorados, como a necessidade de diversificar as atividades e oferecer um feedback mais individualizado aos alunos. “Ana, sua aula foi muito interessante e os alunos demonstraram grande envolvimento. Percebi que você tem um dom para tornar a língua portuguesa mais atrativa. No entanto, acredito que poderíamos explorar um pouco mais a diversidade de estilos de aprendizagem dos alunos. Talvez você pudesse propor atividades que estimulem a criatividade e a autonomia dos estudantes”, sugeriu Maria. A partir desse retorno, Ana refletiu sobre sua prática e resolveu implementar algumas mudanças em suas aulas e, para complementar sua formação, decidiu participar de um curso sobre novas metodologias de ensino. Durante o curso, aprendeu sobre a importância de criar um ambiente de aprendizagem colaborativo e de utilizar recursos digitais para enriquecer as aulas. A pedagoga Maria, ao realizar uma nova observação, ficou impressionada com a evolução de Ana. A professora transformou sua sala de aula em um ambiente dinâmico e estimulante, onde todos os alunos têm oportunidade de aprender e crescer.
No caso em referência, estão presentes os seguintes elementos constitutivos de um feedback construtivo:
I. Especificidade, pois fornece exemplos concretos do comportamento ou prática que deseja abordar, evitando generalizações.
II. Equilíbrio de feedback positivo e construtivo.
III. Encorajamento da autorreflexão.
IV. Estabelecimento de metas claras e alcançáveis.
Está correto o que se afirma em
I. Tem como principal objetivo a formação continuada dos docentes, que devem aumentar seu conhecimento desenvolvendo autonomia para exercer a gestão na sala de aula com excelência, prescindindo de futuras intervenções.
II. É realizada pela equipe pedagógica, apoiando e desenvolvendo pedagogicamente os docentes das turmas atendidas. A partir da identificação das formas de ensino e de aprendizagem, efetivar um plano de desenvolvimento docente e demais ações de impacto na aprendizagem dos estudantes.
III. É realizada entre pares, provocando tanto o reconhecimento de boas práticas de ensino quanto a contribuição para o aperfeiçoamento do observado, a partir de sugestões retiradas da própria experiência profissional.
IV. É compreendida como uma metodologia a serviço da aprendizagem, onde o docente ignora a intencionalidade do observador, que planeja suas observações de sala de aula com foco nos dados e resultados da escola.
São características dessa estratégia o que se afirma em
Numa determinada escola, as três turmas de 6º ano tiveram desempenho abaixo do esperado no terceiro bimestre em matemática. Nas demais áreas do conhecimento, o desempenho continua mais ou menos o mesmo dos bimestres anteriores. De modo geral, havia alguns alunos (os mesmos do bimestre anterior) que obtiveram notas abaixo da média e alguns melhoraram o desempenho, provavelmente por causa das ações de recuperação realizadas no decorrer do bimestre. Como os professores sabem que apenas afirmar essa situação em matemática não basta, passaram a conversar sobre possíveis causas, principalmente por ser um resultado geral (a maioria dos alunos ficou com a nota baixa) e localizado em uma área específica. Luciana, que está na escola há mais de cinco anos, leciona matemática para três turmas e expôs na reunião do conselho que essa situação ocorreu também no terceiro bimestre do ano anterior e que, na sua opinião, essa dificuldade estava relacionada à introdução de operações com frações. Vários professores deram suas posições, houve até quem comentou que o problema era excesso de conversa nas salas, mas Luciana disse que nas aulas delas o nível de indisciplina não havia mudado, que ela não acreditava que fosse isso. Tendo em vista os argumentos de Luciana, no decorrer do conselho ficaram combinadas algumas ações: revisão sobre frações no decorrer das aulas de matemática antes de avançar com outros conteúdos; organização da recuperação paralela para os alunos que tem mais dificuldades; contato da pedagoga com os pais dos alunos, cujas notas baixas já vinham do segundo bimestre e se mantinham assim, para orientar no sentido de ações que possam contribuir em cada caso específico; organização de reunião pedagógica para analisar dados dos anos anteriores e refletir sobre a hipótese da professora acerca da causa do desempenho abaixo do esperado; e, a partir dos resultados da reunião pedagógica, planejar ações de revisão da divisão de conteúdos nos bimestres.”
O conselho de classe, que permite situações como a descrita, é uma instância que apresenta como características que o distinguem de outros órgãos colegiados:
I. A participação dos profissionais que atuam no processo pedagógico da escola, possibilitando um olhar em conjunto.
II. A centralidade da avaliação escolar como foco de trabalho.
III. A sua organização interdisciplinar, que exige uma nova postura do professor diante do seu objeto de trabalho científico e diante da relação da ciência com o ser humano, visto que a percepção contextualizada do aluno engloba também a contextualização das disciplinas ensinadas.
IV. O impedimento de os professores se concentrarem em problemas específicos de cada disciplina, exigindo uma abordagem sempre ampla e contextualizada.
V. É um espaço exclusivamente interdisciplinar, onde as disciplinas se integram para analisar o desempenho dos alunos.
Está correto o que se afirma em
Essa correlação entre as avaliações do SAEP e SAEB é possível porque:
I. As escalas de proficiência para o 5EF, 9EF e 3EM, utilizadas para a Prova Paraná Mais, são parecidas com as demais avaliações da mesma natureza realizadas nos estados e no país.
II. Os cadernos de teste da Prova Paraná Mais são elaborados considerando a análise de dados pela Teoria Clássica dos Testes (TCT) e a Teoria da Resposta ao Item (TRI), assim como os cadernos do SAEB.
III. Os itens que constituíram os testes são pré-testados e calibrados nas escalas de proficiência correspondentes às utilizadas nas avaliações.
IV. São utilizados instrumentos próprios para uma avaliação sistêmica, de larga escala, mas não padronizados.
Está correto o que se afirma em
( ) A matriz de referência utilizada para elaboração dos itens é o currículo onde conteúdos e habilidades específicas que serão avaliadas em uma prova são retirados, sendo o norte principal para o desenvolvimento do plano de trabalho docente.
( ) A escala de proficiência é uma sequência ordenada de habilidades que permite a interpretação dos resultados de uma avaliação, associando naturalmente a níveis de desempenho.
( ) O padrão de desempenho classifica os alunos em diferentes categorias de proficiência, como básico, intermediário e avançado, com base em suas respostas nas avaliações.
( ) O item em uma avaliação externa é a pontuação total obtida pelo aluno, expressa em uma escala numérica.
A sequência está correta em
I. Diversificar as oportunidades de acesso às vagas ofertadas pelas instituições públicas de ensino superior.
II. Promover o acesso às vagas iniciais dos cursos de graduação e aumentar a permanência estudantil em instituições públicas de ensino superior.
III. Incentivar a aprendizagem dos estudantes na rede pública estadual, mediante a participação dos discentes universitários em ações como as de aprofundamento de aprendizagem e outras iniciativas que visam alavancar os indicadores das instituições de ensino.
IV. Oportunizar o acesso às diferentes modalidades de ensino superior.
Está correto o que se afirma em
(Disponível em: https://qedu.org.br/uf/41-parana/aprendizado. Acesso em: 06/08/2024.)
Sobre os dados apresentados, analise as afirmativas a seguir.
I. Em matemática, a disparidade racial é menos pronunciada do que em português. Apenas 4% dos alunos pretos estão no nível insuficiente, comparado a 11% dos alunos brancos. Isso pode indicar que a disparidade racial não é tão acentuada em matemática quanto em português, ou que os dados refletem uma sub-representação de grupos raciais nos níveis mais baixos de desempenho.
II. Em português, com 39% dos alunos no nível proficiente e 24% no nível insuficiente, vemos que uma parte significativa dos alunos está em níveis intermediários ou baixos. A diferença de 15% entre alunos proficientes de alto NSE e de baixo NSE reflete diretamente no gráfico, mostrando que alunos de contextos mais favorecidos têm maior probabilidade de alcançar níveis mais altos.
III. Em matemática, com 48% dos alunos no nível básico e 45% no nível insuficiente, há uma evidente necessidade de melhoria. Os 15% de alunos de alto NSE no nível insuficiente indicam que mesmo os alunos de contextos mais favorecidos têm dificuldades significativas em matemática. A pequena porcentagem de alunos pretos e de baixo NSE no nível insuficiente sugere que essas populações estão mais presentes nos níveis básicos e não tanto nos mais baixos.
IV. Para português, a porcentagem de alunos pretos no nível básico (32%) é alta, assim como a dos alunos brancos (47%). Isso indica que, independentemente da raça/cor, uma proporção significativa de alunos enfrenta desafios semelhantes no aprendizado de português.
V. As disparidades destacam a necessidade de políticas educacionais que promovem a equidade, proporcionando apoio adicional para alunos de baixo NSE e estratégias específicas para melhorar o desempenho em matemática, onde os desafios parecem ser mais universais e não tão fortemente correlacionados a fatores socioeconômicos ou raciais.
Está correto o que se afirma em
I. ser facilmente mensuráveis. II. oferecer informações volatizáveis. III. abordar a descontextualização das ações. IV. ter um enfoque integrador.
Estão corretas apenas:
Ao analisar os índices de aprovação e reprovação dos alunos das séries finais do ensino fundamental em uma escola estadual do Rio Grande do Sul, Koetz, Werle e Martin (2015) identificaram a situação ilustrada no gráfico abaixo:
Fonte: (KOETZ; WERLE; MARTIN, 2015, p. 108).
Tabela 6 - Relação entre repetência e nova reprovação de alunos de 5ª a 8ª série do ensino fundamental, Escola Estadual de Ensino Fundamental Frederica S. Pacheco, Novo Hamburgo, RS 2012
Reprovado (65) |
|||
Sim |
Não |
||
Repetente (45) |
Sim |
18 ___ 40,0% |
27 ___ 60,0% |
Não |
47 ___ 22,2% |
165 ___ 77, % |
Considerando que as taxas de rendimento escolar que medem aprovação, reprovação e abandono constituem um dos indicadores educacionais brasileiros, podemos afirmar que é papel desses indicadores:
I. Atribuir valor estatístico à qualidade do ensino, atendo-se não somente ao desempenho dos alunos mas também ao contexto econômico e social em que as escolas estão inseridas.
II. Atribuir valor estatístico à qualidade de ensino, atendo-se exclusivamente ao desempenho dos alunos.
III. Auxiliar no monitoramento dos sistemas educacionais, considerando o acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os alunos.
IV. Auxiliar na definição dos investimentos públicos em educação, repassando recursos às escolas mais bem avaliadas.
V. Contribuir na criação e no acompanhamento de políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade da educação e dos serviços oferecidos à sociedade pela escola.
Assinale a opção CORRETA:
A avaliação formativa, que visa constatar se, de fato, os alunos estão atingindo os objetivos propostos, tem por objetivo
O conceito de qualidade da educação é uma construção histórica que assume diferentes significados em tempos e espaços diversos e tem a ver com os lugares de onde falam os sujeitos, os grupos sociais a que pertencem, os interesses e os valores envolvidos, os projetos de sociedade em jogo. Na década de 1990, sob o argumento de que o Brasil investia muito na educação, porém gastava mal, prevaleceram preocupações com a eficácia e a eficiência das escolas e a atenção voltou-se, predominantemente, para os resultados por elas obtidos quanto ao rendimento dos alunos. De acordo com o Parecer CNE/CEB no 11/2010 (Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos), a qualidade priorizada somente nesses termos pode