Questões de Concurso
Comentadas sobre multiculturalismo e educação em pedagogia
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Entre 1995 e 2015, duplica-se a população adulta branca com 12 anos ou mais de estudo, de 12,5% para 25,9%. No mesmo período, a população negra com 12 anos ou mais de estudo passa de inacreditáveis 3,3% para 12%, um aumento de quase 4 vezes, mas que não esconde que a população negra chega somente agora ao patamar de vinte anos atrás da população branca.
Em relação às desigualdades de acesso e permanência na escola, no período de 1995 a 2015, essa notícia revela que as desigualdades de raça:
O conhecimento sobre a diversidade dos grupos sociais e seus modos de vida nos permite pensar a organização da sociedade baseada no respeito às diferenças.
As Ciências Humanas permitem compreender a pluralidade das experiências individuais e coletivas em seus aspectos ............................... ,relacionados aos processos de continuidade, rupturas, mudanças e permanências, bem como estabelecer relações identificando diferenças e semelhanças, desigualdades, contradições e conflitos.
O discurso do modernismo era o discurso da criatividade. Mas ninguém sabia bem o que era isso naquela época. Ser criativo era fazer coisas novas. Por isso, com o tempo, a originalidade passou a ser um critério relativo. Hoje, há outros processos importantes da criatividade, como ter fluência e flexibilidade, dar várias soluções para um mesmo problema e desenvolver a capacidade de, dada uma circunstância, reelaborar uma ideia.
(Ana Mae Barbosa, entrevista ao Jornal Folha de S.Paulo, no dia 26.04.2005, in Abordagem Triangular no Ensino das Artes e Culturas Visuais)
O depoimento de Barbosa aponta para a conclusão de que
Em um contexto escolar, a estratégia que um professor deve usar para colocar seus estudantes em contato com a ideia de pluralidade de culturas é
Sobre a Lei nº 10.639/03, Nilma Lino Gomes reflete:
Como já era de se esperar, muitos nem procuram compreender o contexto do surgimento dessa nova lei e já a criticam. Há até mesmo aqueles que a chamam de autoritarismo do Estado, e outros, de racismo às avessas. Mas, para além de opiniões precipitadas e preconceituosas sobre o tema, é importante refletir sobre o que essa lei representa no contexto das relações raciais no Brasil e, sobretudo, no momento em que ações afirmativas começam a fazer parte do cenário nacional, extrapolando os fóruns da militância negra e dos pesquisadores interessados pelo tema. Essa reflexão é um caminho interessante para ponderarmos sobre os limites e as possibilidades da lei, suas implicações na formação de professores e na sala de aula.
GOMES, Nilma L. In: MOREIRA, Antônio Flávio; CANDAU, Vera Maria (Org.). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 69.
De acordo com Nilma L. Gomes, a implementação da Lei nº 10.639/03 gerou críticas e resistência social. Sobre essa questão, analise os aspectos a seguir:
I. Mito do bom colonizador, segundo o qual os negros trazidos para o Brasil vinham de forma espontânea.
II. Mito da democracia racial, segundo o qual as diferentes raças convivem harmoniosamente no Brasil.
III. Não existe necessidade de criação de uma lei em um país onde há inclusão racial e cultural.
IV. A Lei nº 10.639/03 é uma ação afirmativa do Estado para desconstruir a visão estereotipada da sociedade brasileira com relação à história e cultura dos povos africanos e afro-brasileiros.
V. Democratização do saber levando em consideração a maneira igualitária em que os conteúdos serão divididos.
VI. Valorização da história e das culturas dos povos africanos e afro-brasileiros.
VII. Violência simbólica e explícita contra os afro-brasileiros.
VIII. Mito de que os negros escravizados eram indolentes e selvagens.
IX. Pensamento homogeneizante de uma democracia para todos sem levar em consideração as
diferentes culturas.
“...do contraste entre o um e o múltiplo, ou entre o mesmo e o ‘outro’, nasce a problemática da cultura. (...) Cultura é termo polissêmico. Não se trata, contudo, de percebê-lo dentro da lógica do senso comum que dá margem a declarações sobre os grupos que diferem de nós, em tons que podemos identificar nas seguintes expressões: 'eles não têm cultura, são selvagens, sem moral, têm costumes bárbaros".
Pode-se nomear a ação social e a prática educativa que apreendem e interpretam o outro - individual ou coletivo, seu modo e estilo de vida, a partir de referenciais de sua própria cultura, como
A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional oferecem subsídios para a elaboração das normas para o sistema de ensino do Distrito Federal expressas na Resolução n.º 1/2012. Com base nessa Resolução e em suas alterações, julgue o item a seguir.
Os conteúdos de história e cultura afro‐brasileira e
indígena são obrigatórios apenas nos componentes
curriculares artes, literatura e história.
A partir das reflexões propostas para o trabalho com a diversidade étnico-racial, Dias (2012), no capítulo intitulado “Formação de professores, educação infantil e diversidade étnico-racial: saberes e fazeres”, identificou quatro princípios orientadores das práticas docentes na Educação Infantil. Em conformidade com a autora coloque V para as proposições verdadeiras e F para as proposições falsas:
( ) A coragem para enfrentar temas relativos à diversidade na educação infantil não se constitui um princípio identificado entre as egressas dos cursos de formação.
( ) Trabalhar com a diversidade étnico-racial, especialmente na educação infantil exige compromisso ético, político e religioso.
( ) É preciso considerar a ludicidade como fator importante na abordagem da diversidade étnico-racial na educação infantil.
( ) A diferença entre as pessoas não deve ser considerada como fator positivo, tal consideração está na contramão da política de identidade promovida pelas hierarquias entre as pessoas.
( ) A identidade étnico-racial não é socialmente construída, cabe aos professores da educação infantil impor entre as crianças a forma como esta identidade deve ser adquirida.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A professora Rafaela trabalha com o 4º ano do ensino fundamental e, neste ano de 2018, notou em uma de suas turmas a presença de um estudante de origem indígena. Com a intenção de ressignificar seu currículo e de valorizar outras culturas, resolveu incluir no seu planejamento uma gincana com brincadeiras e jogos dos povos indígenas, próximo ao Dia do Índio. Para separar os estudantes em grupo, fez uma parceria com a professora de Artes e confeccionou cocares e braceletes com penas de cores distintas. Na semana da gincana, os adornos foram distribuídos e as brincadeiras foram realizadas, a saber: corrida do saci (pular em apenas uma das pernas), vida (semelhante ao jogo queimada, em que a criança queimada sai do jogo) e o gavião e os passarinhos (semelhante ao jogo polícia e ladrão, no qual ganha quem aprisionar todos os passarinhos primeiro). Embora tivesse pontuação por equipes, no final todos levaram uma peteca para casa pela participação.
De forma a responder à diversidade étnica de sua turma, podemos afirmar que a professora trabalhou com a perspectiva denominada Multiculturalismo
Cunha, em Brincadeiras africanas para educação cultural (2016), afirma que existem elementos racistas em alguns jogos que por vezes são citados como de origem afro-brasileira, e que a utilização dessas brincadeiras em aula, sem uma reflexão sobre seu significado e sua construção histórica, termina por contradizer as orientações legais acerca de uma pedagogia antirracista.
Um exemplo de jogo ligado ao contexto da escravidão cuja construção histórica o(a) docente deve problematizar é
Cunha, em Brincadeiras africanas para educação cultural (2016), afirma que as brincadeiras populares africanas apresentam algumas características e particularidades.
Assinale a alternativa que, segundo a autora, apresenta uma dessas características.