Questões de Concurso
Sobre temas educacionais pedagógicos em pedagogia
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A prática de ensino é um desafio significativo para os professores nas escolas, especialmente devido à falta de infraestrutura adequada. É notável a quantidade de escolas que ainda não estão adaptadas para acessibilidade. Além disso, há uma escassez de recursos e equipamentos técnicos disponíveis para auxiliar os professores em sua prática pedagógica.
Na visão de Paulo Freire, cabe ao educador segregar os historicamente excluídos, não se omitindo diante da opressão e legitimando o discurso do opressor.
A gestão escolar é multissetorial e conta com quatro pilares: gestão pedagógica, gestão administrativa, gestão financeira e gestão de recursos humanos.
A gestão escolar engloba a coordenação de procedimentos, recursos, dados e diretrizes pedagógicas de uma instituição educacional, visando a assegurar a eficiência operacional, promoção do crescimento dos alunos e aprimoramento dos métodos de ensino.
A partir do momento em que os sistemas de ensino universalizam o acesso, mas continuam excluindo os indivíduos e os grupos considerados fora dos padrões homogeneizadores da escola, o processo de democratização da educação evidencia o paradoxo inclusão/exclusão, apresentando características comuns nos processos e segregação e integração que pressupõem a seleção, naturalizando o fracasso escolar.
A gestão escolar tem a gestão pedagógica como pilar fundamental, pois é nela que o diretor atua como peça-chave para o pleno funcionamento do planejamento escolar.
Itens para verificação:
1. A educação inclusiva é apenas para estudantes com deficiência.
2. A inclusão efetiva requer que a escola adapte suas práticas pedagógicas para todos os alunos.
3. A inclusão é benéfica apenas para os alunos com necessidades especiais.
Em relação aos itens acima, assinale a alternativa correta:
A diversidade em sala de aula exige abordagens pedagógicas inclusivas para atender às diferentes necessidades dos alunos. Avalie as afirmativas abaixo e selecione a alternativa correta.
1. Estratégias de ensino devem ser uniformes garantindo a equidade, aplicando métodos e recursos para todos os alunos, independentemente de suas necessidades individuais (Freire, 1996).
2. Adaptações curriculares são necessárias para atender às necessidades de aprendizagem diversificadas, incluindo materiais diferenciados e métodos de avaliação ajustados, contudo não retrata uma realidade do modelo educacional brasileiro (Tomlinson, 2001).
3. Aulas expositivas são eficazes para atender estilos de aprendizagem, proporcionando uma base sólida de conhecimento teórico para os alunos (Bloom, 1956).
4. A implementação de metodologias ativas, como aprendizagem baseada em projetos e ensino híbrido, é altamente eficaz para engajar os alunos e atender à diversidade.
5. A avaliação formativa contínua permite ajustar o ensino às necessidades individuais dos alunos, promovendo um aprendizado mais eficaz e inclusivo (Black & Wiliam, 1998).
Alternativas:
Com base no relatório e nas teorias sobre Educação Inclusiva, avalie as seguintes afirmativas e assinale a alternativa correta:
1. A personalização do ensino apesar de ser fundamental para responder às necessidades individuais dos estudantes com deficiência não pode ser efetivada sem o uso de tecnologias assistivas, segundo Tomlinson (2001).
2. A formação especializada dos professores em inclusão deve ser contínua e incorporar aspectos teóricos e práticos, conforme defendido por Stainback & Stainback, contudo os currículos brasileiros não apresentam obrigação legal dessa formação pedagógica.
3. O uso de tecnologias assistivas avançadas apresenta papel secundário para a promoção da autonomia dos estudantes com deficiência, segundo Booth & Ainscow (2002).
4. Políticas públicas coerentes e com escuta ativa das várias camadas sociais são essenciais para a implementação eficaz de práticas inclusivas, não esquecendo de analisar a viabilidade da implantação, conforme o relatório da OCDE (2022).
5. Um suporte institucional robusto é imprescindível para a sustentação das práticas inclusivas e o desenvolvimento de um ambiente escolar inclusivo, conforme defendido por Sassaki (2010).
Alternativas:
Considerando o estudo mencionado e as teorias sobre Educação Inclusiva, avalie as assertivas abaixo e selecione a alternativa correta:
1. A capacitação contínua dos docentes é vital para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas, conforme defendido por Ainscow.
2. A adaptação curricular é uma estratégia para atender às necessidades diversificadas dos estudantes com deficiência, segundo Mittler.
3. As tecnologias assistivas desempenham um papel importante, porém secundário na promoção da autonomia dos estudantes com deficiência, de acordo com Booth & Ainscow.
4. Sem políticas públicas definidas para garantir a equidade educacional e a inclusão efetiva, não é possível realizar educação inclusiva em nenhuma instância, seja pública, ou privada. Conforme o relatório da UNESCO (2023).
5. A criação de um ambiente escolar acolhedor é uma condição sine qua non para o sucesso das práticas inclusivas, conforme defendido por Sassaki (2010).
Alternativas:
Com base na pesquisa delineada e nas teorias contemporâneas sobre didática e formação profissional docente, avalie as assertivas abaixo e selecione a alternativa correta:
1. A formação continuada é um imperativo para a atualização docente em face das inovações tecnológicas no campo educacional segundo Libâneo.
2. A eficácia do planejamento didático é amplamente condicionada pela formação inicial recebida pelos professores, de acordo com Tardif.
3. A incorporação sistemática de estratégias de avaliação formativa é essencial para a promoção do aprendizado efetivo dos alunos definido por Bloom.
4. Os programas de formação continuada têm um impacto direto e positivo no desempenho acadêmico dos estudantes, teoria defendida e comprovada por Fullan.
5. A prática reflexiva constitui um componente indispensável na formação profissional do docente, fomentando uma educação de qualidade ideal de Schön.
Alternativas:
Texto I:
Apesar das reivindicações históricas dos anos 1970 e da crescente conscientização em relação ao machismo em todos os âmbitos culturais e políticos nos últimos anos, há pequenos resquícios que continuam interiorizados em muitos de nós. São sequelas da nossa educação e dos produtos culturais que nos formaram como pessoas e que fazem com que, apesar de criticarmos e denunciarmos o machismo, ainda possamos cair em algumas de suas armadilhas sem perceber. O micromachismo, como vem sendo chamado nos últimos cinco anos, se manifesta em formas de discriminação muito sutis que acontecem todos os dias, até mesmo nos ambientes mais progressistas. Segue uma lista baseada em exemplos que demonstram que talvez tenhamos entendido o grosso das reivindicações feministas, mas ainda precisamos ler as letras miúdas.
1. Achei necessário explicar algo a uma mulher sem que ela me pedisse, pelo simples fato de ser mulher.
2. Comentei com um amigo que ficou cuidando dos filhos: “Hoje te deixaram de babá.”
3. Perguntei a uma mulher se ela estava “naqueles dias” quando me respondeu com indiferença ou desprezo.
4. Disse que “ajudo” nas tarefas do lar, subentendendo que esse é um trabalho da mulher em que eu estou ajudando, e não participando em condições de igualdade.
5. Em meu trabalho ou entre amigos, só chamo os homens para jogar futebol, pressupondo que as mulheres não querem jogar.
6. Perguntei a uma mulher quando vai ter filhos, mas nunca perguntei o mesmo a um homem.
7. Pago todos os meus jantares com mulheres acreditando que é o que se espera de mim.
8. Descrevi uma mulher como “pouco feminina”.
9. Usei a palavra “provocante” para descrever a roupa de uma mulher.
10. Comentei que “essas não são formas para uma moça falar.”
11. Na televisão, aprecio homens ácidos e divertidos e mulheres bonitas.
12. Fiz o comentário “Ela é uma mulher forte”, subentendendo que as mulheres, em geral, são fracas.
13. Deixo meu filho adolescente ficar na rua até as 3 da madrugada, mas obrigo minha filha a voltar antes da meia-noite.
(Adaptado de Ianko López, Micromachismos: se é homem e faz alguma destas coisas, deve repensar seu comportamento. Disponível em El País. https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/07/politica/ 1520426823_220468.html. Acessado em 28/06/2019.)
Considere o texto fornecido, que discute o conceito de micromachismo e apresenta exemplos de comportamentos sutis que perpetuam a discriminação de gênero. Com base nas informações apresentadas, assinale a alternativa que melhor expressa o que caracteriza o micromachismo:
Ya temí xoa, aê-êa
Ya temí xoa, aê-êa
Meu Salgueiro é a flecha pelo povo da floresta
Pois a chance que nos resta é um Brasil cocar
É Hutukara, o chão de Omama
O breu e a chama, deus da criação
Xamã no transe de Yãkoana
Evoca Xapiri, a missão
Hutukara ê, sonho e insônia
Grita a Amazônia antes que desabe
Caço de tacape, danço o ritual
Tenho o sangue que semeia a nação original
Eu aprendi o português, a língua do opressor
Pra te provar que meu penar também é sua dor
Falar de amor enquanto a mata chora
É luta sem flecha, da boca pra fora
Falar de amor enquanto a mata chora
É luta sem flecha, da boca pra fora (...)
(É Hutukara!, de Pedrinho Da Flor, Marcelo Motta, Arlindinho Cruz, Renato Galante, Dudu Nobre, Leonardo Gallo, Ramon Via 13 e Ralfe Ribeiro, 2024.)
Ao utilizar o samba-enredo em sala de aula, nos anos finais do Ensino Fundamental, o/a professor/a deve realizar os seguintes procedimentos, com EXCEÇÃO de:
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/mato-grosso-brasile--400961173065518466/. Acesso em: 04 abr. 2024.
No cartograma, a distância aproximada calculada pelo/a professor/a, em linha reta e na superfície terrestre, entre as cidades de Aripuanã e Alta Floresta, encontra-se no seguinte intervalo:
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/10/faixa-de-gazaem-mapas-como-e-a-vida-no-territorio-palestino.shtml. Acesso em: 10 abr. 2024.
Israel alega ter destruído 18 dos 24 batalhões do Hamas em Gaza – e concluído o desmantelamento da estrutura militar do Hamas no norte do território palestino. As Forças de Defesa de Israel afirmam que o Hamas tinha cerca de 30 mil combatentes quando o grupo lançou seu ataque a Israel em outubro de 2023, matando cerca de 1,2 mil pessoas e fazendo cerca de 250 reféns. [...] O Hamas é visto como um grupo terrorista por alguns países do Ocidente que prega a destruição de Israel, mas como um movimento de resistência em partes do mundo árabe. [...] “Não é apenas um movimento militar nem apenas um movimento político – é uma ideologia”, afirma o pesquisador Hugh Lovatt, especialista em Oriente Médio no Conselho Europeu de Relações Exteriores.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c6p4975xz9no. Acesso em: 10 abr. 2024. Adaptado.
Nesse conflito geopolítico, o/a professor/a deve identificar que, segundo as autoridades israelenses, um dos objetivos dos ataques militares conduzidos por Israel é:
O espaço escolar é compreendido como parte integrante da realidade socioespacial da cidade, que compõe relações e é por elas simultaneamente instituído. Se, por definição, a escola é o local da inclusão, da convivência das diferenças, do acesso democrático ao conhecimento, para as travestis ela é, ao invés, local de sofrimento, de violência e ataque cotidiano à sua autoestima, abortando suas possibilidades de conquistas materiais e sociais futuras. O espaço escolar reproduz o texto hegemônico da heteronormatividade já vivenciada na cidade. Contudo, segundo elas, outros espaços da cidade em que são discriminadas elas podem se privar de frequentar. A escola não; é uma obrigação a ser cumprida, imposta pela família e pela sociedade como necessária, tornando-se seu maior calvário. Ainda que ocultas, as travestis vivenciam esses espaços, e a geografia pode dar voz a esses sujeitos silenciados e subverter a ordem instituída, que tanto tem naturalizado as injustiças cotidianas perpetradas pela ordem econômica compulsória da heteronormatividade.
SILVA, Joseli. A cidade dos corpos transgressores da heteronormatividade. In: Silva, J. (Org.). Geografias Subversivas. Ponta Grossa: Todapalavra, 2009, p. 137.
O texto acima se insere na tendência dos estudos de geografia feminista e geografia das sexualidades que contêm o seguinte argumento:
Em 2050, 76% dos países do mundo devem ficar abaixo da taxa de fecundidade recomendada para repor suas populações e, até o final deste século, esse número deve subir para 97% das nações. A projeção é de um estudo mundial divulgado pelo instituto Global Burden Disease. De acordo com o relatório, as quedas nas taxas ao longo dos próximos anos serão drásticas e devem transformar os padrões populacionais globais. [...] Os autores alertam que os governos precisam fazer um planejamento para esse cenário. O desafio econômico será viver em um mundo onde a maior parte dos países terá dificuldade em fazer crescer a força de trabalho ao mesmo tempo em que suas populações envelhecem e precisam de mais de cuidados.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ equilibrioesaude/2024/03/queda-nas-taxas-de-fecundidadeglobais-deve-transformar-padroes-populacionais-ate2100.shtml. Acesso em: 10 abr. 2024. Adaptado
https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/enem/conceitosdemografia-para-enem.htm. Acesso em: 10 abr. 2024
Na análise do período no gráfico, o/a professor/a deve concluir que a evolução da população brasileira apresenta a seguinte situação:
Texto I
A importância da escola na sociedade moderna, assim como a importância da educação amplo senso em qualquer sociedade, é visível. Ela instrui novas gerações [...], adaptando-as ou assimilando-as às instituições, hábitos e valores da sociedade. O exemplo mais banal que se pode dar é que imaginemos se seria possível a continuidade ou a reprodução da sociedade capitalista, em qualquer de suas variantes [...] sem que as pessoas soubessem contar ou mesmo ler e escrever. Poderíamos ainda questionar se seria possível o desenvolvimento do capitalismo em sua fase atual, quando vivemos a revolução técnico-científica, sem uma força de trabalho cada vez mais escolarizada, sem a inovação tecnológica que pressupõe pesquisadores e universidades...
VESENTINI, William. Educação e ensino de geografia: instrumentos de dominação e/ou libertação. In. Carlos, A. (Org.). A Geografia na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999, p. 16.
Texto II
Na construção dos currículos, através do mecanismo do domínio simbólico, tudo o que não estiver ligado à cultura dominante é desprestigiado, indigno de ser reproduzido, especialmente em locais considerados “formadores” de cidadãos, como por exemplo, a escola. [...] A escola possui aquele “modelo” de estudante idealizado, que corresponde, com perfeição, ao que se espera dele. Não sabendo lidar com os estudantes que não correspondem a esse modelo, a escola acaba por contribuir para introjetar em todos, cada vez mais, o pensamento discriminatório. Os preconceitos estão de tal forma arraigados no pensamento social que, muitas vezes, os professores reproduzem os discursos de discriminação sem perceber.
FACCO, Lucia. A escola como questionadora de um currículo homofóbico. in: Silva, J.; Silva, A. (Org.). Espaço, Gênero e Poder: conectando fronteiras. Ponta Grossa: Todapalavra, 2011, p. 26 e 27. Adaptado.
Nos textos acima, abordam-se as persistentes desigualdades sociais no espaço escolar da Educação Básica. Na abordagem, essa persistência decorre diretamente da reprodução curricular do seguinte tipo de capital: