Questões de Concurso Público Câmara de Santana de Parnaíba - SP 2025 para Controlador Interno

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Q3193505
Português Interpretação de Textos , Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193505 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.


O croquete


      No botequim, o homem de camiseta olha o compartimento reservado aos croquetes. É um homem maltratado, com os fundos das calças muito sujos. Deve trabalhar sentado no chão. Ou não trabalhar. Mas é um desses homens que se sentam no chão. Seus cabelos não devem ter sido lavados nesses últimos cinco anos. Lavou-os, quem sabe, na inauguração de Brasília. Seus sapatos dão a impressão de que os pés já foram maiores. Em cada um quase há lugar para mais um pé. Enfim, um homem de camiseta, calça suja e sapatos velhos, bem grandes.

      Olha, há já alguns minutos, para a vitrine de croquetes. Como uma mulher olharia para uma vitrine de joias. Há croquetes de variados formatos, mas de conteúdos imprevisíveis. Aquele ali deverá ser de camarão (penso eu, ou deve estar pensando o homem). São muitos, todos antigos, ainda da inauguração do botequim. Mudo de lugar para ver mais os olhos do homem e menos os croquetes. São antigos, também, os olhos do homem. Tanto quanto os croquetes. Minto. Mais antigos que os croquetes. Olhos embevecidos, como os de quem vai matar. Estariam estragados, os olhos do homem?

      A que tempo está esse homem, olhando esses croquetes? A que tempo estou eu, a olhar o homem e os croquetes? Certamente, nem ele, nem eu, nem os croquetes temos o que fazer. Não temos passado, nem futuro… Só temos aquele presente resolutivo, eu, o homem e os croquetes. Não é importante pensar se a insurreição virá da esquerda ou da direita. Nem quais seriam as consequências — funestas ou gloriosas?

      O homem tosse, o dono do botequim lhe entende a tosse, como se fosse uma ordem. Trazlhe meio copo de cachaça. O homem fala, afinal, mas continuando, como se antes houvesse dito alguma coisa:

      — … Já que é assim, me dá aquele croquete ali.

      — Aquele qual? — pergunta o dono.

      — Aquele azul, que está com uma mosca em cima.

    O homem comeu a metade do croquete, olhou vitorioso em sua volta e bebeu a cachaça quase toda. Depois, comeu a outra metade, mastigando feliz, como se acabasse de descobrir os primeiros encantos gustativos. Pagou. Foi saindo.

    Eu tinha um dever para comigo e para com os leitores deste jornal. O homem pedira o croquete azul, que estava com a mosca em cima. Quanto ao azul, estava bem, eu vira o azul. Azul de antiguidade. Mas, por que, especialmente, “a mosca em cima”? Sem jeito, andei até o homem e perguntei, com humildade, por que tinha pedido, com tanta decisão, “o da mosca em cima”.

      — Porque mosca conhece croquete. Só pousa no que está melhor.


MARIA, A. O croquete. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria. Todavia, 2021, p. 467-468. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/16318/ocroquete>. 
Considerando-se a temática e os elementos discursivos, de modo geral, presentes no texto O croquete, entende-se que seu objetivo central é:
Alternativas
Q3193506
Português Interpretação de Textos , Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos. ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193506 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.


O croquete


      No botequim, o homem de camiseta olha o compartimento reservado aos croquetes. É um homem maltratado, com os fundos das calças muito sujos. Deve trabalhar sentado no chão. Ou não trabalhar. Mas é um desses homens que se sentam no chão. Seus cabelos não devem ter sido lavados nesses últimos cinco anos. Lavou-os, quem sabe, na inauguração de Brasília. Seus sapatos dão a impressão de que os pés já foram maiores. Em cada um quase há lugar para mais um pé. Enfim, um homem de camiseta, calça suja e sapatos velhos, bem grandes.

      Olha, há já alguns minutos, para a vitrine de croquetes. Como uma mulher olharia para uma vitrine de joias. Há croquetes de variados formatos, mas de conteúdos imprevisíveis. Aquele ali deverá ser de camarão (penso eu, ou deve estar pensando o homem). São muitos, todos antigos, ainda da inauguração do botequim. Mudo de lugar para ver mais os olhos do homem e menos os croquetes. São antigos, também, os olhos do homem. Tanto quanto os croquetes. Minto. Mais antigos que os croquetes. Olhos embevecidos, como os de quem vai matar. Estariam estragados, os olhos do homem?

      A que tempo está esse homem, olhando esses croquetes? A que tempo estou eu, a olhar o homem e os croquetes? Certamente, nem ele, nem eu, nem os croquetes temos o que fazer. Não temos passado, nem futuro… Só temos aquele presente resolutivo, eu, o homem e os croquetes. Não é importante pensar se a insurreição virá da esquerda ou da direita. Nem quais seriam as consequências — funestas ou gloriosas?

      O homem tosse, o dono do botequim lhe entende a tosse, como se fosse uma ordem. Trazlhe meio copo de cachaça. O homem fala, afinal, mas continuando, como se antes houvesse dito alguma coisa:

      — … Já que é assim, me dá aquele croquete ali.

      — Aquele qual? — pergunta o dono.

      — Aquele azul, que está com uma mosca em cima.

    O homem comeu a metade do croquete, olhou vitorioso em sua volta e bebeu a cachaça quase toda. Depois, comeu a outra metade, mastigando feliz, como se acabasse de descobrir os primeiros encantos gustativos. Pagou. Foi saindo.

    Eu tinha um dever para comigo e para com os leitores deste jornal. O homem pedira o croquete azul, que estava com a mosca em cima. Quanto ao azul, estava bem, eu vira o azul. Azul de antiguidade. Mas, por que, especialmente, “a mosca em cima”? Sem jeito, andei até o homem e perguntei, com humildade, por que tinha pedido, com tanta decisão, “o da mosca em cima”.

      — Porque mosca conhece croquete. Só pousa no que está melhor.


MARIA, A. O croquete. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria. Todavia, 2021, p. 467-468. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/16318/ocroquete>. 
Um termo sinônimo da palavra “embevecidos”, que ocorre no texto — “Olhos embevecidos, como os de quem vai matar” —, é:
Alternativas
Q3193507
Português Morfologia , Advérbios ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193507 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.


O croquete


      No botequim, o homem de camiseta olha o compartimento reservado aos croquetes. É um homem maltratado, com os fundos das calças muito sujos. Deve trabalhar sentado no chão. Ou não trabalhar. Mas é um desses homens que se sentam no chão. Seus cabelos não devem ter sido lavados nesses últimos cinco anos. Lavou-os, quem sabe, na inauguração de Brasília. Seus sapatos dão a impressão de que os pés já foram maiores. Em cada um quase há lugar para mais um pé. Enfim, um homem de camiseta, calça suja e sapatos velhos, bem grandes.

      Olha, há já alguns minutos, para a vitrine de croquetes. Como uma mulher olharia para uma vitrine de joias. Há croquetes de variados formatos, mas de conteúdos imprevisíveis. Aquele ali deverá ser de camarão (penso eu, ou deve estar pensando o homem). São muitos, todos antigos, ainda da inauguração do botequim. Mudo de lugar para ver mais os olhos do homem e menos os croquetes. São antigos, também, os olhos do homem. Tanto quanto os croquetes. Minto. Mais antigos que os croquetes. Olhos embevecidos, como os de quem vai matar. Estariam estragados, os olhos do homem?

      A que tempo está esse homem, olhando esses croquetes? A que tempo estou eu, a olhar o homem e os croquetes? Certamente, nem ele, nem eu, nem os croquetes temos o que fazer. Não temos passado, nem futuro… Só temos aquele presente resolutivo, eu, o homem e os croquetes. Não é importante pensar se a insurreição virá da esquerda ou da direita. Nem quais seriam as consequências — funestas ou gloriosas?

      O homem tosse, o dono do botequim lhe entende a tosse, como se fosse uma ordem. Trazlhe meio copo de cachaça. O homem fala, afinal, mas continuando, como se antes houvesse dito alguma coisa:

      — … Já que é assim, me dá aquele croquete ali.

      — Aquele qual? — pergunta o dono.

      — Aquele azul, que está com uma mosca em cima.

    O homem comeu a metade do croquete, olhou vitorioso em sua volta e bebeu a cachaça quase toda. Depois, comeu a outra metade, mastigando feliz, como se acabasse de descobrir os primeiros encantos gustativos. Pagou. Foi saindo.

    Eu tinha um dever para comigo e para com os leitores deste jornal. O homem pedira o croquete azul, que estava com a mosca em cima. Quanto ao azul, estava bem, eu vira o azul. Azul de antiguidade. Mas, por que, especialmente, “a mosca em cima”? Sem jeito, andei até o homem e perguntei, com humildade, por que tinha pedido, com tanta decisão, “o da mosca em cima”.

      — Porque mosca conhece croquete. Só pousa no que está melhor.


MARIA, A. O croquete. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria. Todavia, 2021, p. 467-468. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/16318/ocroquete>. 
O vocábulo “quase”, no trecho “Em cada um quase há lugar para mais um pé”, pertence à classe gramatical de:
Alternativas
Q3193508
Português Sintaxe , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193508 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.


O croquete


      No botequim, o homem de camiseta olha o compartimento reservado aos croquetes. É um homem maltratado, com os fundos das calças muito sujos. Deve trabalhar sentado no chão. Ou não trabalhar. Mas é um desses homens que se sentam no chão. Seus cabelos não devem ter sido lavados nesses últimos cinco anos. Lavou-os, quem sabe, na inauguração de Brasília. Seus sapatos dão a impressão de que os pés já foram maiores. Em cada um quase há lugar para mais um pé. Enfim, um homem de camiseta, calça suja e sapatos velhos, bem grandes.

      Olha, há já alguns minutos, para a vitrine de croquetes. Como uma mulher olharia para uma vitrine de joias. Há croquetes de variados formatos, mas de conteúdos imprevisíveis. Aquele ali deverá ser de camarão (penso eu, ou deve estar pensando o homem). São muitos, todos antigos, ainda da inauguração do botequim. Mudo de lugar para ver mais os olhos do homem e menos os croquetes. São antigos, também, os olhos do homem. Tanto quanto os croquetes. Minto. Mais antigos que os croquetes. Olhos embevecidos, como os de quem vai matar. Estariam estragados, os olhos do homem?

      A que tempo está esse homem, olhando esses croquetes? A que tempo estou eu, a olhar o homem e os croquetes? Certamente, nem ele, nem eu, nem os croquetes temos o que fazer. Não temos passado, nem futuro… Só temos aquele presente resolutivo, eu, o homem e os croquetes. Não é importante pensar se a insurreição virá da esquerda ou da direita. Nem quais seriam as consequências — funestas ou gloriosas?

      O homem tosse, o dono do botequim lhe entende a tosse, como se fosse uma ordem. Trazlhe meio copo de cachaça. O homem fala, afinal, mas continuando, como se antes houvesse dito alguma coisa:

      — … Já que é assim, me dá aquele croquete ali.

      — Aquele qual? — pergunta o dono.

      — Aquele azul, que está com uma mosca em cima.

    O homem comeu a metade do croquete, olhou vitorioso em sua volta e bebeu a cachaça quase toda. Depois, comeu a outra metade, mastigando feliz, como se acabasse de descobrir os primeiros encantos gustativos. Pagou. Foi saindo.

    Eu tinha um dever para comigo e para com os leitores deste jornal. O homem pedira o croquete azul, que estava com a mosca em cima. Quanto ao azul, estava bem, eu vira o azul. Azul de antiguidade. Mas, por que, especialmente, “a mosca em cima”? Sem jeito, andei até o homem e perguntei, com humildade, por que tinha pedido, com tanta decisão, “o da mosca em cima”.

      — Porque mosca conhece croquete. Só pousa no que está melhor.


MARIA, A. O croquete. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria. Todavia, 2021, p. 467-468. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/16318/ocroquete>. 
O tipo de sujeito com o qual concorda o verbo “temos” em “[...] nem ele, nem eu, nem os croquetes temos o que fazer” também ocorre em:
Alternativas
Q3193509
Português Morfologia , Substantivos , Adjetivos ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193509 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.


O croquete


      No botequim, o homem de camiseta olha o compartimento reservado aos croquetes. É um homem maltratado, com os fundos das calças muito sujos. Deve trabalhar sentado no chão. Ou não trabalhar. Mas é um desses homens que se sentam no chão. Seus cabelos não devem ter sido lavados nesses últimos cinco anos. Lavou-os, quem sabe, na inauguração de Brasília. Seus sapatos dão a impressão de que os pés já foram maiores. Em cada um quase há lugar para mais um pé. Enfim, um homem de camiseta, calça suja e sapatos velhos, bem grandes.

      Olha, há já alguns minutos, para a vitrine de croquetes. Como uma mulher olharia para uma vitrine de joias. Há croquetes de variados formatos, mas de conteúdos imprevisíveis. Aquele ali deverá ser de camarão (penso eu, ou deve estar pensando o homem). São muitos, todos antigos, ainda da inauguração do botequim. Mudo de lugar para ver mais os olhos do homem e menos os croquetes. São antigos, também, os olhos do homem. Tanto quanto os croquetes. Minto. Mais antigos que os croquetes. Olhos embevecidos, como os de quem vai matar. Estariam estragados, os olhos do homem?

      A que tempo está esse homem, olhando esses croquetes? A que tempo estou eu, a olhar o homem e os croquetes? Certamente, nem ele, nem eu, nem os croquetes temos o que fazer. Não temos passado, nem futuro… Só temos aquele presente resolutivo, eu, o homem e os croquetes. Não é importante pensar se a insurreição virá da esquerda ou da direita. Nem quais seriam as consequências — funestas ou gloriosas?

      O homem tosse, o dono do botequim lhe entende a tosse, como se fosse uma ordem. Trazlhe meio copo de cachaça. O homem fala, afinal, mas continuando, como se antes houvesse dito alguma coisa:

      — … Já que é assim, me dá aquele croquete ali.

      — Aquele qual? — pergunta o dono.

      — Aquele azul, que está com uma mosca em cima.

    O homem comeu a metade do croquete, olhou vitorioso em sua volta e bebeu a cachaça quase toda. Depois, comeu a outra metade, mastigando feliz, como se acabasse de descobrir os primeiros encantos gustativos. Pagou. Foi saindo.

    Eu tinha um dever para comigo e para com os leitores deste jornal. O homem pedira o croquete azul, que estava com a mosca em cima. Quanto ao azul, estava bem, eu vira o azul. Azul de antiguidade. Mas, por que, especialmente, “a mosca em cima”? Sem jeito, andei até o homem e perguntei, com humildade, por que tinha pedido, com tanta decisão, “o da mosca em cima”.

      — Porque mosca conhece croquete. Só pousa no que está melhor.


MARIA, A. O croquete. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria. Todavia, 2021, p. 467-468. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/16318/ocroquete>. 
O excerto em que ocorre um adjetivo com valor de substantivo é:
Alternativas
Q3193510
Português Interpretação de Textos , Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos. ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193510 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.


O croquete


      No botequim, o homem de camiseta olha o compartimento reservado aos croquetes. É um homem maltratado, com os fundos das calças muito sujos. Deve trabalhar sentado no chão. Ou não trabalhar. Mas é um desses homens que se sentam no chão. Seus cabelos não devem ter sido lavados nesses últimos cinco anos. Lavou-os, quem sabe, na inauguração de Brasília. Seus sapatos dão a impressão de que os pés já foram maiores. Em cada um quase há lugar para mais um pé. Enfim, um homem de camiseta, calça suja e sapatos velhos, bem grandes.

      Olha, há já alguns minutos, para a vitrine de croquetes. Como uma mulher olharia para uma vitrine de joias. Há croquetes de variados formatos, mas de conteúdos imprevisíveis. Aquele ali deverá ser de camarão (penso eu, ou deve estar pensando o homem). São muitos, todos antigos, ainda da inauguração do botequim. Mudo de lugar para ver mais os olhos do homem e menos os croquetes. São antigos, também, os olhos do homem. Tanto quanto os croquetes. Minto. Mais antigos que os croquetes. Olhos embevecidos, como os de quem vai matar. Estariam estragados, os olhos do homem?

      A que tempo está esse homem, olhando esses croquetes? A que tempo estou eu, a olhar o homem e os croquetes? Certamente, nem ele, nem eu, nem os croquetes temos o que fazer. Não temos passado, nem futuro… Só temos aquele presente resolutivo, eu, o homem e os croquetes. Não é importante pensar se a insurreição virá da esquerda ou da direita. Nem quais seriam as consequências — funestas ou gloriosas?

      O homem tosse, o dono do botequim lhe entende a tosse, como se fosse uma ordem. Trazlhe meio copo de cachaça. O homem fala, afinal, mas continuando, como se antes houvesse dito alguma coisa:

      — … Já que é assim, me dá aquele croquete ali.

      — Aquele qual? — pergunta o dono.

      — Aquele azul, que está com uma mosca em cima.

    O homem comeu a metade do croquete, olhou vitorioso em sua volta e bebeu a cachaça quase toda. Depois, comeu a outra metade, mastigando feliz, como se acabasse de descobrir os primeiros encantos gustativos. Pagou. Foi saindo.

    Eu tinha um dever para comigo e para com os leitores deste jornal. O homem pedira o croquete azul, que estava com a mosca em cima. Quanto ao azul, estava bem, eu vira o azul. Azul de antiguidade. Mas, por que, especialmente, “a mosca em cima”? Sem jeito, andei até o homem e perguntei, com humildade, por que tinha pedido, com tanta decisão, “o da mosca em cima”.

      — Porque mosca conhece croquete. Só pousa no que está melhor.


MARIA, A. O croquete. In: TAUIL, G. (Org.) Vento vadio: as crônicas de Antônio Maria. Todavia, 2021, p. 467-468. Disponível em <https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/16318/ocroquete>. 
O sentido do vocábulo “só” em “Só pousa no que está melhor” é o mesmo expresso pelo termo destacado em:
Alternativas
Q3193511
Português Ortografia , Acentuação Gráfica: Proparoxítonas, Paroxítonas, Oxítonas e Hiatos ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193511 Português
Dentre as palavras a seguir, aquela que é classificada quanto à tonicidade como paroxítona é:
Alternativas
Q3193512
Português Morfologia , Conjunções: Relação de causa e consequência ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193512 Português
Nas sentenças a seguir, a expressão em destaque tem valor de conjunção apenas em:
Alternativas
Q3193513
Português Ortografia ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193513 Português
Não há desvio gramatical em:
Alternativas
Q3193514
Português Crase , Crase ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193514 Português
Identifique em qual das sentenças a seguir deveria ocorrer obrigatoriamente o acento indicativo de crase.
Alternativas
Q3193515
Matemática Aritmética e Problemas , Médias ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193515 Matemática
Em um jogo de basquete, cinco jogadores fizeram cestas em uma partida. O número de cestas de um deles foi 12, e a média do número de cestas dos outros quatro jogadores foi 9. Qual foi a média de cestas marcadas pelos cinco jogadores nessa partida?
Alternativas
Q3193516
Matemática Geometria Plana , Ângulos - Lei Angular de Thales , Triângulos ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193516 Matemática
Observe as seguintes afirmativas:

I – Um triângulo retângulo tem sempre dois lados congruentes.
II – Um losango tem dois pares de lados congruentes, mas nunca os quatro lados congruentes entre si.
III – Os ângulos internos de um retângulo são todos congruentes entre si.

Estão corretas:
Alternativas
Q3193517
Matemática Aritmética e Problemas , Porcentagem ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Provas: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno | Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Oficial Administrativo de Almoxarifado |
Q3193517 Matemática
Em uma fábrica de chocolates, uma caixa de bombons pesava 400 gramas e foi reduzida para 320 gramas, mantendo-se o preço constante. Sobre o preço por quilograma do chocolate, antes e após a modificação, é correto afirmar que:
Alternativas
Q3193518
Matemática Aritmética e Problemas , Porcentagem ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Prova: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno |
Q3193518 Matemática
Uma cozinheira prepara diariamente dois pratos diferentes, sendo um com proteína vegetal e o outro com proteína animal. Sabe-se que o custo dos ingredientes para o prato com proteína vegetal é 80% do custo dos ingredientes para o prato com proteína animal, e que ela gasta R$ 54,00 por dia com ingredientes. Quanto ela gasta diariamente para preparar o prato com proteína vegetal?
Alternativas
Q3193519
Raciocínio Lógico Fundamentos de Lógica , Proposições Simples e Compostas e Operadores Lógicos ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Prova: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno |
Q3193519 Raciocínio Lógico
Ana, Beatriz, Carlos e Daniel estão em uma sala, e cada um fez uma declaração:

• Ana: "Beatriz está mentindo."
• Beatriz: "Carlos está mentindo."
• Carlos: "Daniel está mentindo."
• Daniel: "Ana está mentindo."

Sabe-se que Daniel mentiu, então pode-se afirmar que:
Alternativas
Q3193520
Matemática Aritmética e Problemas , Porcentagem ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Prova: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno |
Q3193520 Matemática
Um ingresso para um espetáculo custa R$ 200,00 em janeiro. Em fevereiro, o preço do ingresso sofre um aumento de 10%, com relação ao preço de janeiro. Em março, sofre outro aumento de 10% com relação ao preço de fevereiro. Qual será o valor do ingresso no mês de março?
Alternativas
Q3193521
Matemática Geometria Plana , Geometria Analítica , Triângulos , Áreas e Perímetros , Circunferências
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Prova: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno |
Q3193521 Matemática

A figura abaixo mostra um triângulo ABC inscrito numa semicircunferência de raio 1 metro.



Imagem associada para resolução da questão



Sabendo-se que o segmento BC passa pelo centro da semicircunferência e que o ângulo interno do vértice A é reto, então a área do triângulo ABC é:  

Alternativas
Q3193522
Matemática Aritmética e Problemas , Regra de Três ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Prova: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno |
Q3193522 Matemática
Os preparadores físicos de um maratonista calculam que o seu corpo perde água numa velocidade de 10 mililitros por minuto. Para que o atleta não perca rendimento devido à desidratação, quantos mililitros de água ele deverá repor a cada 40 minutos?
Alternativas
Q3193523
Matemática Aritmética e Problemas , Porcentagem , Análise de Tabelas e Gráficos ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Prova: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno |
Q3193523 Matemática
A figura abaixo mostra a porcentagem de emissão de CO2 pela população mundial em 2015, organizada por renda: 

Imagem associada para resolução da questão

Fonte: https://ecoa.org.br/o-impacto-da-desigualdade-nas-mudancas-climaticas-em-um-grafico/. Acesso em: 27 de dezembro de 2024.

Analisando o gráfico, é CORRETO afirmar que:
Alternativas
Q3193524
Matemática Análise Combinatória em Matemática ,
Ano: 2025 Banca: Avança SP Órgão: Câmara de Santana de Parnaíba - SP Prova: Avança SP - 2025 - Câmara de Santana de Parnaíba - SP - Controlador Interno |
Q3193524 Matemática
Em uma escola há duas turmas que farão uma apresentação de projetos científicos. A primeira turma possui 180 alunos e a segunda tem 240 alunos. Os professores dividirão os alunos em equipes com exatamente o mesmo número de estudantes, de forma que cada equipe seja formada apenas por integrantes de uma mesma turma. Qual é o maior número possível de alunos por equipe, de modo que não sobrem alunos sem equipe?
Alternativas
Respostas
1: B
2: C
3: C
4: D
5: B
6: A
7: D
8: D
9: B
10: E
11: B
12: C
13: B
14: E
15: B
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20: A
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