Questões de Concurso Público Colégio Pedro II 2018 para Professor - Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Foram encontradas 25 questões

Q935052 Direito Administrativo
A Lei nº 8.112/1990 dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. No que se refere ao processo administrativo disciplinar, é correto afirmar que
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Q935053 Legislação Federal
Nos termos da Lei nº 9.394/1996, “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. No que se refere ao ensino médio, etapa final da educação básica, é INCORRETO afirmar que
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Q935055 Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990

A Lei nº 8.069/1990 dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e dá outras providências. No que se refere aos dispositivos desta Lei, analise as assertivas:


(I) Considera-se criança a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

(II) O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, de natureza jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.

(III) Excepcionalmente, nos casos expressos em lei, aplica-se o Estatuto da Criança e do Adolescente às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

(IV) Os profissionais que atuam no cuidado diário de crianças na primeira infância receberão formação específica para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico.


Estão corretas

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Q935056 Direito Constitucional
De acordo com a Constituição Federal de 1988, sem prejuízo de outras garantias, o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de
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Q936812 Legislação Federal
De acordo com o disposto na Lei nº 12.772/2012, a progressão na Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico ocorrerá com base nos critérios gerais estabelecidos nesta Lei e observará, cumulativamente,
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Q938005 Português

TEXTO I


Mapa dos sonhos


    A guerra devastou nosso país. Os prédios ruíram, viraram pó. Perdemos tudo o que tínhamos e fugimos de mãos vazias.

    Percorremos um longo caminho, rumo ao leste, e chegamos a um país de verões quentes e invernos gelados, a uma cidade cujas casas eram de barro, palha e estrume de camelo, rodeada por estepes poeirentas, abrasadas pelo sol.

    Fomos morar num quartinho, com um casal que não conhecíamos. Dormíamos no chão de terra batida. Eu não tinha brinquedos nem livros. E o pior: a comida era pouca.

    Um dia, meu pai foi ao mercado comprar pão. A tarde foi caindo, e ele não voltava. Minha mãe e eu o esperávamos, preocupados e famintos. Já estava escurecendo quando ele chegou, trazendo um rolo de papel embaixo do braço.

    – Comprei um mapa – anunciou, triunfante.

    – Onde está o pão? – minha mãe perguntou.

    – Comprei um mapa – ele repetiu.

    Mamãe e eu não dissemos nada.

    – Meu dinheiro só dava para comprar um pedaço minúsculo de pão, que não mataria nossa fome – ele explicou, se desculpando.

    – Não temos nada para comer – minha mãe disse, amargurada.

    – Em compensação, temos um mapa.

    Fiquei furioso. Achei que não ia conseguir perdoá-lo, e fui para a cama com fome, enquanto o casal que morava conosco comia seu jantar minguado.

    O marido era escritor. Ele escrevia em silêncio, mas fazia um barulhão danado quando mastigava. Mastigava uma casquinha de pão com o maior entusiasmo, como se fosse a guloseima mais deliciosa do mundo. Senti inveja do pão dele. Quem dera eu pudesse mastigá-lo! Cobri a cabeça com o cobertor para não ouvi-lo estalar os lábios com aquela satisfação tão barulhenta.

    No dia seguinte, meu pai pendurou o mapa. Ele ocupou a parede inteira! Nosso quartinho sem graça inundou-se de cores.

    Fiquei fascinado pelo mapa e passei horas olhando para ele, examinando cada detalhe. E durante muitos dias eu o desenhei em cada pedacinho de papel que me aparecia pela frente.

    Eu encontrava nomes desconhecidos naquele mapa. Lia-os em voz alta, me deliciando com seu som estranho e usando-os para compor quadrinhas rimadas:

        Fukuoka Takaoka Omsk,

        Fukuyama Nagayama Tomsk,

        Okasaki Miyasaki Pinsk,

        Pensilvânia Transilvânia Minsk!

    Eu repetia esses versos como uma fórmula mágica, e, sem nunca sair do quarto, me transportava para longe.

    Aterrissei em desertos abrasadores.

    Percorri praias, sentindo a areia entre os dedos dos pés.

    Escalei montanhas nevadas onde o vento gelado me lambia o rosto.

    Vi templos maravilhosos com esculturas de pedra dançando nas paredes e pássaros de todas as cores cantando nos telhados.

    Atravessei pomares cheios de frutas, comi mamões e mangas até me fartar.

    Bebi água fresquinha e descansei à sombra de palmeiras.

    Cheguei a uma cidade de arranha-céus e tentei contar suas janelas. Eram tantas que caí no sono antes de acabar.

    E assim passei horas de encantamento longe da fome e da miséria.

    E perdoei meu pai. Afinal, ele fez a coisa certa.

Nota do autor: Nasci em Varsóvia, na Polônia. O bombardeio de Varsóvia aconteceu em 1939, quando eu tinha 4 anos. Lembro-me das ruas afundando, dos edifícios queimados ou desmoronando, virando pó, e de uma bomba que caiu no vão da escada do nosso prédio. Pouco depois, fugi da Polônia com minha família. Durante seis anos moramos na União Soviética, a maior parte do tempo na Ásia Central, na cidade de Turquestão, onde hoje é o Casaquistão. Por fim chegamos a Paris, em 1947, e nos mudamos para Israel em 1949. Vim para os Estados Unidos em 1959. A história desse livro é de quando eu tinha quatro ou cinco anos, nos primeiros tempos de nossa permanência no Turquestão. O mapa original se perdeu há muito tempo.


SHULEVITZ, Uri. Mapa dos sonhos. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
Liberdade, espontaneidade, afetividade e fantasia são elementos que fundam a infância. Tais substâncias são também pertinentes à construção literária. Daí, a literatura ser próxima da criança. Possibilitar aos mais jovens acesso ao texto literário é garantir a presença de tais elementos, que inauguram a vida, como essenciais para o seu crescimento. Nesse sentido é indispensável a presença da literatura em todos os espaços por onde circula a infância. Todas as atividades que têm a literatura como objeto central serão promovidas para fazer do País uma sociedade leitora. (QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. Manifesto por um Brasil literário. Parati, RJ, 2009. Disponível em: http://www.brasilliterario.org.br. Acesso em: 6 jul. 2018.)
Para Queirós, “Liberdade, espontaneidade, afetividade e fantasia são elementos que fundam a infância”. Assinale a alternativa que apresenta um trecho do Texto I contendo esses elementos.
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Q938006 Português

TEXTO I


Mapa dos sonhos


    A guerra devastou nosso país. Os prédios ruíram, viraram pó. Perdemos tudo o que tínhamos e fugimos de mãos vazias.

    Percorremos um longo caminho, rumo ao leste, e chegamos a um país de verões quentes e invernos gelados, a uma cidade cujas casas eram de barro, palha e estrume de camelo, rodeada por estepes poeirentas, abrasadas pelo sol.

    Fomos morar num quartinho, com um casal que não conhecíamos. Dormíamos no chão de terra batida. Eu não tinha brinquedos nem livros. E o pior: a comida era pouca.

    Um dia, meu pai foi ao mercado comprar pão. A tarde foi caindo, e ele não voltava. Minha mãe e eu o esperávamos, preocupados e famintos. Já estava escurecendo quando ele chegou, trazendo um rolo de papel embaixo do braço.

    – Comprei um mapa – anunciou, triunfante.

    – Onde está o pão? – minha mãe perguntou.

    – Comprei um mapa – ele repetiu.

    Mamãe e eu não dissemos nada.

    – Meu dinheiro só dava para comprar um pedaço minúsculo de pão, que não mataria nossa fome – ele explicou, se desculpando.

    – Não temos nada para comer – minha mãe disse, amargurada.

    – Em compensação, temos um mapa.

    Fiquei furioso. Achei que não ia conseguir perdoá-lo, e fui para a cama com fome, enquanto o casal que morava conosco comia seu jantar minguado.

    O marido era escritor. Ele escrevia em silêncio, mas fazia um barulhão danado quando mastigava. Mastigava uma casquinha de pão com o maior entusiasmo, como se fosse a guloseima mais deliciosa do mundo. Senti inveja do pão dele. Quem dera eu pudesse mastigá-lo! Cobri a cabeça com o cobertor para não ouvi-lo estalar os lábios com aquela satisfação tão barulhenta.

    No dia seguinte, meu pai pendurou o mapa. Ele ocupou a parede inteira! Nosso quartinho sem graça inundou-se de cores.

    Fiquei fascinado pelo mapa e passei horas olhando para ele, examinando cada detalhe. E durante muitos dias eu o desenhei em cada pedacinho de papel que me aparecia pela frente.

    Eu encontrava nomes desconhecidos naquele mapa. Lia-os em voz alta, me deliciando com seu som estranho e usando-os para compor quadrinhas rimadas:

        Fukuoka Takaoka Omsk,

        Fukuyama Nagayama Tomsk,

        Okasaki Miyasaki Pinsk,

        Pensilvânia Transilvânia Minsk!

    Eu repetia esses versos como uma fórmula mágica, e, sem nunca sair do quarto, me transportava para longe.

    Aterrissei em desertos abrasadores.

    Percorri praias, sentindo a areia entre os dedos dos pés.

    Escalei montanhas nevadas onde o vento gelado me lambia o rosto.

    Vi templos maravilhosos com esculturas de pedra dançando nas paredes e pássaros de todas as cores cantando nos telhados.

    Atravessei pomares cheios de frutas, comi mamões e mangas até me fartar.

    Bebi água fresquinha e descansei à sombra de palmeiras.

    Cheguei a uma cidade de arranha-céus e tentei contar suas janelas. Eram tantas que caí no sono antes de acabar.

    E assim passei horas de encantamento longe da fome e da miséria.

    E perdoei meu pai. Afinal, ele fez a coisa certa.

Nota do autor: Nasci em Varsóvia, na Polônia. O bombardeio de Varsóvia aconteceu em 1939, quando eu tinha 4 anos. Lembro-me das ruas afundando, dos edifícios queimados ou desmoronando, virando pó, e de uma bomba que caiu no vão da escada do nosso prédio. Pouco depois, fugi da Polônia com minha família. Durante seis anos moramos na União Soviética, a maior parte do tempo na Ásia Central, na cidade de Turquestão, onde hoje é o Casaquistão. Por fim chegamos a Paris, em 1947, e nos mudamos para Israel em 1949. Vim para os Estados Unidos em 1959. A história desse livro é de quando eu tinha quatro ou cinco anos, nos primeiros tempos de nossa permanência no Turquestão. O mapa original se perdeu há muito tempo.


SHULEVITZ, Uri. Mapa dos sonhos. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
O autor do Texto I utiliza variados recursos linguísticos, dentre eles, figuras de linguagem. Releia a frase, observando o trecho em destaque:
Vi templos maravilhosos com esculturas de pedra dançando nas paredes e pássaros de todas as cores cantando nos telhados.

Assinale a alternativa em que se repete a figura de linguagem que consta do trecho destacado.
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Q938007 Raciocínio Lógico

TEXTO I


Mapa dos sonhos


    A guerra devastou nosso país. Os prédios ruíram, viraram pó. Perdemos tudo o que tínhamos e fugimos de mãos vazias.

    Percorremos um longo caminho, rumo ao leste, e chegamos a um país de verões quentes e invernos gelados, a uma cidade cujas casas eram de barro, palha e estrume de camelo, rodeada por estepes poeirentas, abrasadas pelo sol.

    Fomos morar num quartinho, com um casal que não conhecíamos. Dormíamos no chão de terra batida. Eu não tinha brinquedos nem livros. E o pior: a comida era pouca.

    Um dia, meu pai foi ao mercado comprar pão. A tarde foi caindo, e ele não voltava. Minha mãe e eu o esperávamos, preocupados e famintos. Já estava escurecendo quando ele chegou, trazendo um rolo de papel embaixo do braço.

    – Comprei um mapa – anunciou, triunfante.

    – Onde está o pão? – minha mãe perguntou.

    – Comprei um mapa – ele repetiu.

    Mamãe e eu não dissemos nada.

    – Meu dinheiro só dava para comprar um pedaço minúsculo de pão, que não mataria nossa fome – ele explicou, se desculpando.

    – Não temos nada para comer – minha mãe disse, amargurada.

    – Em compensação, temos um mapa.

    Fiquei furioso. Achei que não ia conseguir perdoá-lo, e fui para a cama com fome, enquanto o casal que morava conosco comia seu jantar minguado.

    O marido era escritor. Ele escrevia em silêncio, mas fazia um barulhão danado quando mastigava. Mastigava uma casquinha de pão com o maior entusiasmo, como se fosse a guloseima mais deliciosa do mundo. Senti inveja do pão dele. Quem dera eu pudesse mastigá-lo! Cobri a cabeça com o cobertor para não ouvi-lo estalar os lábios com aquela satisfação tão barulhenta.

    No dia seguinte, meu pai pendurou o mapa. Ele ocupou a parede inteira! Nosso quartinho sem graça inundou-se de cores.

    Fiquei fascinado pelo mapa e passei horas olhando para ele, examinando cada detalhe. E durante muitos dias eu o desenhei em cada pedacinho de papel que me aparecia pela frente.

    Eu encontrava nomes desconhecidos naquele mapa. Lia-os em voz alta, me deliciando com seu som estranho e usando-os para compor quadrinhas rimadas:

        Fukuoka Takaoka Omsk,

        Fukuyama Nagayama Tomsk,

        Okasaki Miyasaki Pinsk,

        Pensilvânia Transilvânia Minsk!

    Eu repetia esses versos como uma fórmula mágica, e, sem nunca sair do quarto, me transportava para longe.

    Aterrissei em desertos abrasadores.

    Percorri praias, sentindo a areia entre os dedos dos pés.

    Escalei montanhas nevadas onde o vento gelado me lambia o rosto.

    Vi templos maravilhosos com esculturas de pedra dançando nas paredes e pássaros de todas as cores cantando nos telhados.

    Atravessei pomares cheios de frutas, comi mamões e mangas até me fartar.

    Bebi água fresquinha e descansei à sombra de palmeiras.

    Cheguei a uma cidade de arranha-céus e tentei contar suas janelas. Eram tantas que caí no sono antes de acabar.

    E assim passei horas de encantamento longe da fome e da miséria.

    E perdoei meu pai. Afinal, ele fez a coisa certa.

Nota do autor: Nasci em Varsóvia, na Polônia. O bombardeio de Varsóvia aconteceu em 1939, quando eu tinha 4 anos. Lembro-me das ruas afundando, dos edifícios queimados ou desmoronando, virando pó, e de uma bomba que caiu no vão da escada do nosso prédio. Pouco depois, fugi da Polônia com minha família. Durante seis anos moramos na União Soviética, a maior parte do tempo na Ásia Central, na cidade de Turquestão, onde hoje é o Casaquistão. Por fim chegamos a Paris, em 1947, e nos mudamos para Israel em 1949. Vim para os Estados Unidos em 1959. A história desse livro é de quando eu tinha quatro ou cinco anos, nos primeiros tempos de nossa permanência no Turquestão. O mapa original se perdeu há muito tempo.


SHULEVITZ, Uri. Mapa dos sonhos. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
Observe esta linha do tempo, construída por uma turma de 5° ano com base em dados retirados do Texto I.
Imagem associada para resolução da questão

Percebemos que Uri Schulevitz morou em diversos lugares do mundo. A distância percorrida por ele para ir de Israel para os Estados Unidos é 398 km maior que o dobro da distância que percorreu para ir de Paris a Israel. O resultado das duas distâncias somadas é 15.633 km.
A professora então solicitou aos estudantes que calculassem a distância percorrida no último deslocamento.
Assinale a estimativa correta para essa distância.
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Q938008 Pedagogia

TEXTO I


Mapa dos sonhos


    A guerra devastou nosso país. Os prédios ruíram, viraram pó. Perdemos tudo o que tínhamos e fugimos de mãos vazias.

    Percorremos um longo caminho, rumo ao leste, e chegamos a um país de verões quentes e invernos gelados, a uma cidade cujas casas eram de barro, palha e estrume de camelo, rodeada por estepes poeirentas, abrasadas pelo sol.

    Fomos morar num quartinho, com um casal que não conhecíamos. Dormíamos no chão de terra batida. Eu não tinha brinquedos nem livros. E o pior: a comida era pouca.

    Um dia, meu pai foi ao mercado comprar pão. A tarde foi caindo, e ele não voltava. Minha mãe e eu o esperávamos, preocupados e famintos. Já estava escurecendo quando ele chegou, trazendo um rolo de papel embaixo do braço.

    – Comprei um mapa – anunciou, triunfante.

    – Onde está o pão? – minha mãe perguntou.

    – Comprei um mapa – ele repetiu.

    Mamãe e eu não dissemos nada.

    – Meu dinheiro só dava para comprar um pedaço minúsculo de pão, que não mataria nossa fome – ele explicou, se desculpando.

    – Não temos nada para comer – minha mãe disse, amargurada.

    – Em compensação, temos um mapa.

    Fiquei furioso. Achei que não ia conseguir perdoá-lo, e fui para a cama com fome, enquanto o casal que morava conosco comia seu jantar minguado.

    O marido era escritor. Ele escrevia em silêncio, mas fazia um barulhão danado quando mastigava. Mastigava uma casquinha de pão com o maior entusiasmo, como se fosse a guloseima mais deliciosa do mundo. Senti inveja do pão dele. Quem dera eu pudesse mastigá-lo! Cobri a cabeça com o cobertor para não ouvi-lo estalar os lábios com aquela satisfação tão barulhenta.

    No dia seguinte, meu pai pendurou o mapa. Ele ocupou a parede inteira! Nosso quartinho sem graça inundou-se de cores.

    Fiquei fascinado pelo mapa e passei horas olhando para ele, examinando cada detalhe. E durante muitos dias eu o desenhei em cada pedacinho de papel que me aparecia pela frente.

    Eu encontrava nomes desconhecidos naquele mapa. Lia-os em voz alta, me deliciando com seu som estranho e usando-os para compor quadrinhas rimadas:

        Fukuoka Takaoka Omsk,

        Fukuyama Nagayama Tomsk,

        Okasaki Miyasaki Pinsk,

        Pensilvânia Transilvânia Minsk!

    Eu repetia esses versos como uma fórmula mágica, e, sem nunca sair do quarto, me transportava para longe.

    Aterrissei em desertos abrasadores.

    Percorri praias, sentindo a areia entre os dedos dos pés.

    Escalei montanhas nevadas onde o vento gelado me lambia o rosto.

    Vi templos maravilhosos com esculturas de pedra dançando nas paredes e pássaros de todas as cores cantando nos telhados.

    Atravessei pomares cheios de frutas, comi mamões e mangas até me fartar.

    Bebi água fresquinha e descansei à sombra de palmeiras.

    Cheguei a uma cidade de arranha-céus e tentei contar suas janelas. Eram tantas que caí no sono antes de acabar.

    E assim passei horas de encantamento longe da fome e da miséria.

    E perdoei meu pai. Afinal, ele fez a coisa certa.

Nota do autor: Nasci em Varsóvia, na Polônia. O bombardeio de Varsóvia aconteceu em 1939, quando eu tinha 4 anos. Lembro-me das ruas afundando, dos edifícios queimados ou desmoronando, virando pó, e de uma bomba que caiu no vão da escada do nosso prédio. Pouco depois, fugi da Polônia com minha família. Durante seis anos moramos na União Soviética, a maior parte do tempo na Ásia Central, na cidade de Turquestão, onde hoje é o Casaquistão. Por fim chegamos a Paris, em 1947, e nos mudamos para Israel em 1949. Vim para os Estados Unidos em 1959. A história desse livro é de quando eu tinha quatro ou cinco anos, nos primeiros tempos de nossa permanência no Turquestão. O mapa original se perdeu há muito tempo.


SHULEVITZ, Uri. Mapa dos sonhos. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
A personagem do conto “Mapa dos sonhos” (Texto I) ficou fascinada pelo mapa comprado pelo pai. É muito comum que as crianças pequenas se encantem com eles, mesmo sem ter muita noção sobre o que representam.
Imagem associada para resolução da questão

QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Para que os mapas ganhem sentido de representação geográfica, é preciso um cuidadoso trabalho com cartografia na escola. Sobre esse trabalho pedagógico, é possível afirmar que
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Q938009 Português

TEXTO I


Mapa dos sonhos


    A guerra devastou nosso país. Os prédios ruíram, viraram pó. Perdemos tudo o que tínhamos e fugimos de mãos vazias.

    Percorremos um longo caminho, rumo ao leste, e chegamos a um país de verões quentes e invernos gelados, a uma cidade cujas casas eram de barro, palha e estrume de camelo, rodeada por estepes poeirentas, abrasadas pelo sol.

    Fomos morar num quartinho, com um casal que não conhecíamos. Dormíamos no chão de terra batida. Eu não tinha brinquedos nem livros. E o pior: a comida era pouca.

    Um dia, meu pai foi ao mercado comprar pão. A tarde foi caindo, e ele não voltava. Minha mãe e eu o esperávamos, preocupados e famintos. Já estava escurecendo quando ele chegou, trazendo um rolo de papel embaixo do braço.

    – Comprei um mapa – anunciou, triunfante.

    – Onde está o pão? – minha mãe perguntou.

    – Comprei um mapa – ele repetiu.

    Mamãe e eu não dissemos nada.

    – Meu dinheiro só dava para comprar um pedaço minúsculo de pão, que não mataria nossa fome – ele explicou, se desculpando.

    – Não temos nada para comer – minha mãe disse, amargurada.

    – Em compensação, temos um mapa.

    Fiquei furioso. Achei que não ia conseguir perdoá-lo, e fui para a cama com fome, enquanto o casal que morava conosco comia seu jantar minguado.

    O marido era escritor. Ele escrevia em silêncio, mas fazia um barulhão danado quando mastigava. Mastigava uma casquinha de pão com o maior entusiasmo, como se fosse a guloseima mais deliciosa do mundo. Senti inveja do pão dele. Quem dera eu pudesse mastigá-lo! Cobri a cabeça com o cobertor para não ouvi-lo estalar os lábios com aquela satisfação tão barulhenta.

    No dia seguinte, meu pai pendurou o mapa. Ele ocupou a parede inteira! Nosso quartinho sem graça inundou-se de cores.

    Fiquei fascinado pelo mapa e passei horas olhando para ele, examinando cada detalhe. E durante muitos dias eu o desenhei em cada pedacinho de papel que me aparecia pela frente.

    Eu encontrava nomes desconhecidos naquele mapa. Lia-os em voz alta, me deliciando com seu som estranho e usando-os para compor quadrinhas rimadas:

        Fukuoka Takaoka Omsk,

        Fukuyama Nagayama Tomsk,

        Okasaki Miyasaki Pinsk,

        Pensilvânia Transilvânia Minsk!

    Eu repetia esses versos como uma fórmula mágica, e, sem nunca sair do quarto, me transportava para longe.

    Aterrissei em desertos abrasadores.

    Percorri praias, sentindo a areia entre os dedos dos pés.

    Escalei montanhas nevadas onde o vento gelado me lambia o rosto.

    Vi templos maravilhosos com esculturas de pedra dançando nas paredes e pássaros de todas as cores cantando nos telhados.

    Atravessei pomares cheios de frutas, comi mamões e mangas até me fartar.

    Bebi água fresquinha e descansei à sombra de palmeiras.

    Cheguei a uma cidade de arranha-céus e tentei contar suas janelas. Eram tantas que caí no sono antes de acabar.

    E assim passei horas de encantamento longe da fome e da miséria.

    E perdoei meu pai. Afinal, ele fez a coisa certa.

Nota do autor: Nasci em Varsóvia, na Polônia. O bombardeio de Varsóvia aconteceu em 1939, quando eu tinha 4 anos. Lembro-me das ruas afundando, dos edifícios queimados ou desmoronando, virando pó, e de uma bomba que caiu no vão da escada do nosso prédio. Pouco depois, fugi da Polônia com minha família. Durante seis anos moramos na União Soviética, a maior parte do tempo na Ásia Central, na cidade de Turquestão, onde hoje é o Casaquistão. Por fim chegamos a Paris, em 1947, e nos mudamos para Israel em 1949. Vim para os Estados Unidos em 1959. A história desse livro é de quando eu tinha quatro ou cinco anos, nos primeiros tempos de nossa permanência no Turquestão. O mapa original se perdeu há muito tempo.


SHULEVITZ, Uri. Mapa dos sonhos. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
É no mundo possível da ficção que o homem se encontra realmente livre para pensar, configurar alternativas, deixar agir a fantasia. Na literatura que, liberto do agir prático e da necessidade, o sujeito viaja por outro mundo possível. Sem preconceitos em sua construção, daí sua possibilidade intrínseca de inclusão, a literatura nos acolhe sem ignorar nossa incompletude. (QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. Manifesto por um Brasil literário. Parati, RJ, 2009. Disponível em: http://www.brasilliterario.org.br. Acesso em: 6 jul. 2018.)
No Texto I, o narrador nos convida a acompanhar as aventuras no mundo imaginário criado pelo menino, por entre desertos, praias, montanhas.
Nele está presente um narrador
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Q938010 Português

TEXTO I


Mapa dos sonhos


    A guerra devastou nosso país. Os prédios ruíram, viraram pó. Perdemos tudo o que tínhamos e fugimos de mãos vazias.

    Percorremos um longo caminho, rumo ao leste, e chegamos a um país de verões quentes e invernos gelados, a uma cidade cujas casas eram de barro, palha e estrume de camelo, rodeada por estepes poeirentas, abrasadas pelo sol.

    Fomos morar num quartinho, com um casal que não conhecíamos. Dormíamos no chão de terra batida. Eu não tinha brinquedos nem livros. E o pior: a comida era pouca.

    Um dia, meu pai foi ao mercado comprar pão. A tarde foi caindo, e ele não voltava. Minha mãe e eu o esperávamos, preocupados e famintos. Já estava escurecendo quando ele chegou, trazendo um rolo de papel embaixo do braço.

    – Comprei um mapa – anunciou, triunfante.

    – Onde está o pão? – minha mãe perguntou.

    – Comprei um mapa – ele repetiu.

    Mamãe e eu não dissemos nada.

    – Meu dinheiro só dava para comprar um pedaço minúsculo de pão, que não mataria nossa fome – ele explicou, se desculpando.

    – Não temos nada para comer – minha mãe disse, amargurada.

    – Em compensação, temos um mapa.

    Fiquei furioso. Achei que não ia conseguir perdoá-lo, e fui para a cama com fome, enquanto o casal que morava conosco comia seu jantar minguado.

    O marido era escritor. Ele escrevia em silêncio, mas fazia um barulhão danado quando mastigava. Mastigava uma casquinha de pão com o maior entusiasmo, como se fosse a guloseima mais deliciosa do mundo. Senti inveja do pão dele. Quem dera eu pudesse mastigá-lo! Cobri a cabeça com o cobertor para não ouvi-lo estalar os lábios com aquela satisfação tão barulhenta.

    No dia seguinte, meu pai pendurou o mapa. Ele ocupou a parede inteira! Nosso quartinho sem graça inundou-se de cores.

    Fiquei fascinado pelo mapa e passei horas olhando para ele, examinando cada detalhe. E durante muitos dias eu o desenhei em cada pedacinho de papel que me aparecia pela frente.

    Eu encontrava nomes desconhecidos naquele mapa. Lia-os em voz alta, me deliciando com seu som estranho e usando-os para compor quadrinhas rimadas:

        Fukuoka Takaoka Omsk,

        Fukuyama Nagayama Tomsk,

        Okasaki Miyasaki Pinsk,

        Pensilvânia Transilvânia Minsk!

    Eu repetia esses versos como uma fórmula mágica, e, sem nunca sair do quarto, me transportava para longe.

    Aterrissei em desertos abrasadores.

    Percorri praias, sentindo a areia entre os dedos dos pés.

    Escalei montanhas nevadas onde o vento gelado me lambia o rosto.

    Vi templos maravilhosos com esculturas de pedra dançando nas paredes e pássaros de todas as cores cantando nos telhados.

    Atravessei pomares cheios de frutas, comi mamões e mangas até me fartar.

    Bebi água fresquinha e descansei à sombra de palmeiras.

    Cheguei a uma cidade de arranha-céus e tentei contar suas janelas. Eram tantas que caí no sono antes de acabar.

    E assim passei horas de encantamento longe da fome e da miséria.

    E perdoei meu pai. Afinal, ele fez a coisa certa.

Nota do autor: Nasci em Varsóvia, na Polônia. O bombardeio de Varsóvia aconteceu em 1939, quando eu tinha 4 anos. Lembro-me das ruas afundando, dos edifícios queimados ou desmoronando, virando pó, e de uma bomba que caiu no vão da escada do nosso prédio. Pouco depois, fugi da Polônia com minha família. Durante seis anos moramos na União Soviética, a maior parte do tempo na Ásia Central, na cidade de Turquestão, onde hoje é o Casaquistão. Por fim chegamos a Paris, em 1947, e nos mudamos para Israel em 1949. Vim para os Estados Unidos em 1959. A história desse livro é de quando eu tinha quatro ou cinco anos, nos primeiros tempos de nossa permanência no Turquestão. O mapa original se perdeu há muito tempo.


SHULEVITZ, Uri. Mapa dos sonhos. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
Releia a frase do Texto I:
“Minha mãe e eu o esperávamos, preocupados e famintos.”
Assinale a alternativa em que o pronome obliquo se refere ao mesmo termo que na frase destacada acima.
Alternativas
Q938011 Matemática
Alguns estudos apontam para uma tendência de transformação dos jogos infantis e para o desaparecimento de brinquedos e brincadeiras. Considerados tradicionais, ciranda de roda, amarelinha, passa-anel, brinquedos, peteca, pião e barquinho de papel, dentre outros, estariam sendo substituídos, nos dias atuais, pelos jogos e aparelhos eletrônicos.
Leia o texto a seguir, que aborda essa mudança de comportamento:
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“Uma pesquisa divulgada pelo Comitê Gestor da Internet, em 2015, revelou que 82% dos jovens entram na rede por telefones móveis, enquanto 56% navegam em dispositivos fixos. Os dados foram coletados em 2014, com base em 2,1 mil entrevistas domiciliares com jovens de 9 a 17 anos. Segundo a pesquisa, o celular superou os computadores de mesa e passou a ser o aparelho mais usado por crianças e adolescentes para acessar a internet.
Em 2013, o percentual de crianças e adolescentes que acessavam a internet pelo celular era de 53% e pelo computador, 71%.”
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 30 jul. 2018 (adaptado).
Supondo que o universo amostral das pesquisas de 2013 e de 2014 seja o mesmo, a diferença entre o número de crianças e adolescentes que acessavam a internet pelo celular nos anos considerados pelas pesquisas é
Alternativas
Q938012 Conhecimentos Gerais
De acordo com uma pesquisa – Infant and Kids Study – realizada pelo Ibope com mais de mil crianças da Grande São Paulo, 54% das crianças de 0 a 12 anos passam mais de 4 horas por dia em contato com aparelhos eletrônicos. O tempo máximo “recomendado” pela Academia de Pediatria é de duas horas diárias.
Disponível em: https://catraquinha.catracalivre.com.br. Acesso em: 26 jul. 2018.
Um dos sistemas afetados pela exposição aos aparelhos eletrônicos é o sistema nervoso da criança.
Assinale a alternativa que apresenta áreas do sistema nervoso central que são afetadas.
Alternativas
Q938013 Pedagogia
“Na sala de aula, nem todos os erros possuem o mesmo valor, e frequentemente este valor depende de quem erra e quem avalia.” (ESTEBAN, Maria Teresa. O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliação e fracasso escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.)
Com base na afirmação acima, assinale a opção que NÃO se adequa a uma perspectiva inclusiva de educação.
Alternativas
Q938014 Pedagogia
Em 1989, durante uma viagem a Portugal, passei o dia, em uma escola, com um grupo de crianças que tinha um enorme carinho por um colega sem braços nem pernas. No fim da aula, a professora da turma perguntou se eu preferia que os alunos cantassem ou dançassem para agradecer a visita. Escolhi a segunda opção. Na hora percebi a mancada. Como aquele menino dançaria? Para minha surpresa, um dos garotos pegou o colega no colo e os outros ajudaram a amarrá-lo ao seu corpo. E ele, então, dançou para mim. [...] Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro. (Mantoan, Maria Teresa Égler. Inclusão promove justiça. Disponível em: https://inclusaoaee.wordpress.com/category/entrevistas. Acesso em: 29 jul. 2018. Adaptado).
A Declaração de Salamanca (1994) foi um importante marco histórico para a Educação Especial, na perspectiva inclusiva. Entretanto, 24 anos ainda não foram suficientes para a conquista dos objetivos propostos.
Refletindo sobre o relato de Maria Teresa Mantoan e a Declaração de Salamanca, assinale a alternativa que apresenta a concepção proclamada no documento.
Alternativas
Q938015 Pedagogia

Analise a tirinha da personagem Mafalda e o texto a seguir:


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“Não falta quem diga que a juventude de hoje não consegue expressar seu pensamento; que, estando a humanidade na ‘era da comunicação’, há incapacidade generalizada de articular um juízo e estruturar linguisticamente uma sentença. E, para comprovar tais afirmações, os exemplos são abundantes: as redações de vestibulandos, o vocabulário da gíria jovem, o baixo nível de leitura comprovável facilmente pelas baixas tiragens de nossos jornais, revistas, obras de ficção etc. Apesar do ranço de muitas dessas afirmações e dos equívocos de algumas explicações, é necessário reconhecer um fracasso da escola e, no interior desta, do ensino de Língua Portuguesa tal como vem sendo praticado na quase totalidade das escolas.” (GERALDI, João Wanderley (Org.). O texto na sala de aula. 3 ed. São Paulo: Ática, 2004.)
Levando em consideração a tirinha de Quino, interpretada como crítica a uma concepção específica de trabalho com a linguagem nas escolas, e a concepção defendida por Geraldi (2004), é correto afirmar que
Alternativas
Q938016 Pedagogia
O Artigo 26A da Lei nº 11.645/2008, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, regulamenta que, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos e privados, “tornase obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena”.
O ensino da história e da cultura indígena deve garantir que crianças e jovens
Alternativas
Q938017 Pedagogia

Surto de malária afeta rendimento escolar no Alto Rio Negro


Quarta-feira, 18 de julho de 2018


Crianças, adolescentes e jovens são as principais vítimas do surto de malária que atinge São Gabriel da Cachoeira (AM). Dos 8.138 casos registrados até 29 de junho, 60% está nessa faixa etária, o que impacta diretamente no rendimento escolar dessas crianças.


O caso do Colégio Estadual Sagrada Família é emblemático. Dos 947 alunos, 40% tiveram malária em 2018, segundo a diretora da escola, Rosângela Soares. A instituição fica no bairro Miguel Quirino, na periferia de São Gabriel e que é líder de casos na cidade. Com 45 mil habitantes (90% deles indígenas), o município decretou estado de emergência em maio deste ano por conta da epidemia.


Disponível em: https://www.socioambiental.org/pt-br. Acesso em: 30 jul. 2018.


Sobre a malária, é possível afirmar que é uma doença
Alternativas
Q938018 Geografia
O programa Território do Brincar é um trabalho de escuta, intercâmbio de saberes, registro e difusão da cultura infantil. Os documentaristas Renata Meirelles e David Reeks, acompanhados de seus filhos, percorreram o Brasil e registraram as sutilezas da espontaneidade do brincar, revelando o país através dos olhos de nossas crianças.
“Não é só de palha de milho que vivem as petecas pelo Brasil. Em Abadia – Vale do Jequitinhonha – MG, as meninas usam a casca da bananeira para confeccioná-las.”
Disponível em: http://territoriodobrincar.com.br. Acesso em: 30 jul. 2018 (adaptado).
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Grande parte da vegetação ainda existente em Minas Gerais se concentra nas bacias dos rios Pardo, São Francisco e Jequitinhonha. Essas áreas apresentam fragmentos de três biomas: Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica.
Segundo o IBGE, no Brasil há seis tipos de biomas continentais. Sobre eles é correto afirmar que
Alternativas
Q938019 Português
TEXTO II
SOBERANIA
Naquele dia, no meio do jantar, eu contei que tentara pegar na bunda do vento — mas o rabo do vento escorregava muito e eu não consegui pegar. Eu teria sete anos. A mãe fez um sorriso carinhoso para mim e não disse nada. Meus irmãos deram gaitadas me gozando. O pai ficou preocupado e disse que eu tivera um vareio da imaginação. Mas que esses vareios acabariam com os estudos. E me mandou estudar em livros. Eu vim. E logo li alguns tomos havidos na biblioteca do Colégio. E dei de estudar pra frente. Aprendi a teoria das ideias e da razão pura. Especulei filósofos e até cheguei aos eruditos. Aos homens de grande saber. Achei que os eruditos nas suas altas abstrações se esqueciam das coisas simples da terra. Foi aí que encontrei Einstein (ele mesmo — o Alberto Einstein). Que me ensinou esta frase: A imaginação é mais importante do que o saber. Fiquei alcandorado! E fiz uma brincadeira. Botei um pouco de inocência na erudição. Deu certo. Meu olho começou a ver de novo as pobres coisas do chão mijadas de orvalho. E vi as borboletas. E meditei sobre as borboletas. Vi que elas dominam o mais leve sem precisar de ter motor nenhum no corpo. (Essa engenharia de Deus!) E vi que elas podem pousar nas flores e nas pedras sem magoar as próprias asas. E vi que o homem não tem soberania nem pra ser um bem-te-vi.
BARROS, Manoel de. Memórias inventadas. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2018.
TEXTO III
OS GRANDES E falam de negócio. De escrituras demandas hipotecas de apólices federais de vacas paridas de éguas barganhadas de café tipo 4 e tipo 7.
Incessantemente falam de negócio. Contos contos contos de réis saem das bocas, circulam pela sala em revoada, forram as paredes, turvam o céu claro, perturbando meu brinquedo de pedrinhas que vale muito mais.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Vou crescer assim mesmo: poemas para a infância. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2016.
Em seus poemas, Manoel de Barros e Carlos Drummond de Andrade põem em tensão os mundos infantil e adulto, chamando a atenção para a importância da imaginação e da ludicidade da criança.
Assinale a alternativa em que esses dois aspectos da infância aparecem nos versos do Texto II e do Texto III, respectivamente.
Alternativas
Respostas
1: C
2: A
3: C
4: B
5: B
6: D
7: D
8: D
9: A
10: A
11: A
12: A
13: B
14: B
15: D
16: C
17: C
18: C
19: D
20: D