Questões de Concurso Público UEPB 2017 para Auxiliar Administrativo

Foram encontradas 8 questões

Ano: 2017 Banca: CPCON Órgão: UEPB Prova: CPCON - 2017 - UEPB - Auxiliar Administrativo |
Q858092 Português

As estrofes a seguir pertencem à parte inicial do poema “Cante lá, que eu canto cá”, do poeta cearense Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré (1909-2002).


TEXTO 6


Cante lá, que eu canto cá


Poeta, cantô de rua,

Que na cidade nasceu,

Cante a cidade que é sua,

Que eu canto o sertão que é meu.


Se aí você teve estudo,

Aqui, Deus me ensinou tudo,

Sem de livro precisá

Por favô, não mêxa aqui,

Que eu também não mexo aí,

Cante lá, que eu canto cá.


Você teve inducação,

Aprendeu munta ciença,

Mas das coisa do sertão

Não tem boa esperiença.

Nunca fez uma paioça,

Nunca trabaiou na roça,

Não pode conhecê bem,

Pois nesta penosa vida,

Só quem provou da comida

Sabe o gosto que ela tem.

[...]

(Disponível em: >https://www.letras.mus.br/patativa-do-assare/1072883/<. Data da consulta: 01/09/2017)


Com relação aos recursos de linguagem utilizados no poema, podemos afirmar que

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Ano: 2017 Banca: CPCON Órgão: UEPB Prova: CPCON - 2017 - UEPB - Auxiliar Administrativo |
Q858097 Português

A leitura do Texto 11 serve como base para responder à questão.


TEXTO 11


      Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão do trabalho.

      Dirigi-me a alguns amigos, e quase todos consentiram de boa vontade em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais. Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas; João Nogueira aceitou a pontuação, a ortografia e a sintaxe; prometi ao Arquimedes a composição tipográfica; para a composição literária convidei Lúcio Gomes de Azevedo Gondim, redator e diretor do Cruzeiro.Eu traçaria o plano, introduziria na história rudimentos de agricultura e pecuária, faria as despesas e poria o meu nome na capa.

      [...]

      O resultado foi um desastre. Quinze dias depois do nosso primeiro encontro, o redator do Cruzeiro apresentou-me dois capítulos datilografados, tão cheios de besteiras que me zanguei:

      – Vá para o inferno, Gondim. Você acanalhou o troço. Está pernóstico, está safado, está idiota.

      Há lá ninguém que fale dessa forma!

      Azevedo Gondim apagou o sorriso, engoliu em seco, apanhou os cacos da sua pequena vaidade e replicou amuado que um artista não pode escrever como fala.

      Não pode? Perguntei com assombro. E por quê?

      Azevedo Gondim respondeu que não pode porque não pode.

      – Foi assim que sempre se fez. Aliteratura é a literatura, seu Paulo. Agente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia.

                                  (RAMOS, Graciliano. São Bernardo. 80. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004, p. 9)

O fragmento acima (Texto 11) foi retirado do capítulo 1 de “São Bernardo”, romance de Graciliano Ramos. De acordo com o fragmento, podemos concluir que
Alternativas
Ano: 2017 Banca: CPCON Órgão: UEPB Prova: CPCON - 2017 - UEPB - Auxiliar Administrativo |
Q858098 Português

A leitura do Texto 11 serve como base para responder à questão.


TEXTO 11


      Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão do trabalho.

      Dirigi-me a alguns amigos, e quase todos consentiram de boa vontade em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais. Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas; João Nogueira aceitou a pontuação, a ortografia e a sintaxe; prometi ao Arquimedes a composição tipográfica; para a composição literária convidei Lúcio Gomes de Azevedo Gondim, redator e diretor do Cruzeiro.Eu traçaria o plano, introduziria na história rudimentos de agricultura e pecuária, faria as despesas e poria o meu nome na capa.

      [...]

      O resultado foi um desastre. Quinze dias depois do nosso primeiro encontro, o redator do Cruzeiro apresentou-me dois capítulos datilografados, tão cheios de besteiras que me zanguei:

      – Vá para o inferno, Gondim. Você acanalhou o troço. Está pernóstico, está safado, está idiota.

      Há lá ninguém que fale dessa forma!

      Azevedo Gondim apagou o sorriso, engoliu em seco, apanhou os cacos da sua pequena vaidade e replicou amuado que um artista não pode escrever como fala.

      Não pode? Perguntei com assombro. E por quê?

      Azevedo Gondim respondeu que não pode porque não pode.

      – Foi assim que sempre se fez. Aliteratura é a literatura, seu Paulo. Agente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia.

                                  (RAMOS, Graciliano. São Bernardo. 80. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004, p. 9)

Na narrativa de São Bernardo (Texto 11), ficam evidentes duas visões diferentes acerca da composição de uma obra literária. Na concepção defendida por Azevedo Gondim, o escritor deve se preocupar em compor um texto
Alternativas
Respostas
4: E
5: E
6: C