Luciana Duranti (1994) questiona a validade teórica do
conceito de avaliação, no âmbito da ciência arquivística.
Segundo a autora, a atribuição de valor utiliza como
critério de julgamento o conteúdo, afetando
arbitrariamente a integridade do conjunto arquivístico, no
todo e em suas partes. A única postura admissível ocorre
quando a seleção é um dos mecanismos incorporados às
rotinas e procedimentos que acompanham a criação,
manutenção e uso dos documentos, e é baseada em sua
funcionalidade e formas de acumulação.
Nesse caso, por apoiar-se em fatores contextuais, o
sentido do conjunto não é reduzido ou modificado, mas
concentrado e reforçado. Tais considerações deslocam o
objeto da avaliação