Questões de Concurso Público SEE-MG 2012 para Professor de Educação Básica
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A primeira edição destas Memórias póstumas de Brás Cubas foi feita aos pedaços na Revista Brasileira, pelos anos de 1880. Postas mais tarde em livro, corrigi o texto em vários lugares. Agora que tive de o rever para a terceira edição, emendei alguma coisa e suprimi duas ou três dúzias de linhas.
O que faz do meu Brás Cubas um autor particular é o que ele chama de “rabugens de pessimismo". Há na alma deste livro, por mais risonho que pareça, um sentimento amargo e áspero, que está longe de vir de seus modelos. Não digo mais para não entrar na crítica de um defunto que se pintou a si e aos outros, conforme lhe pareceu melhor e mais certo.
Machado de Assis
(Machado de Assis. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986)
Neste prólogo, há uma clara referência ao fato de que
Quando vim da minha terra,
não vim, perdi-me no espaço,
na ilusão de ter saído. Ai de mim, nunca saí.
Lá estou eu, enterrado
por baixo de falas mansas,
por baixo de negras sombras,
por baixo de lavras de ouro,
por baixo de gerações,
por baixo, eu sei, de mim mesmo,
este vivente enganado, enganoso
(Carlos Drummond de Andrade)
O título desse poema justifica-se plenamente quando se considera que, nesses versos, o poeta mineiro confessa que
Quando vim da minha terra,
não vim, perdi-me no espaço,
na ilusão de ter saído.
Aí de mim, nunca saí.
Lá estou eu, enterrado
por baixo de falas mansas,
por baixo de negras sombras,
por baixo de lavras de ouro,
por baixo de gerações,
por baixo, eu sei, de mim mesmo,
este vivente enganado, enganoso
(Carlos Drummond de Andrade)
O poeta se vale, nesses versos, de um recurso poético que sugere o ritmo e o andamento de uma reza:
(Bolívar Gomide, inédito)
A polarização apontada entre Clarice Lispector e Guimarães Rosa resulta bastante clara quando se confrontam
(Bolívar Gomide, inédito)
Sem indicar propriamente uma polaridade, o texto acusa uma diferença entre as fases maduras de Drummond e João Cabral: