Questões de Concurso Público Consórcio do Trairí - RN 2018 para Fisioterapeuta

Foram encontradas 30 questões

Q1192638 Português

Noção de erro de português é afetada pela ideia de que,

vista do passado, toda evolução é corrupção

Aldo Bizzocchi


      Somos um povo que adora discutir a própria língua. E quando o fazemos, um dos assuntos que invariavelmente vêm à baila é a famigerada questão do erro gramatical. Muito se tem debatido a respeito, e a suposta existência de erros em nossa fala (bem como na escrita) ensejou até o surgimento de uma nova profissão, por sinal lucrativa, a de consultor gramatical. Igualmente, peritos no assunto têm mantido com sucesso colunas em jornais, sites, programas de rádio ou televisão com o propósito de ensinar as pessoas a falar corretamente o seu próprio idioma. Isso porque, segundo o diagnóstico catastrofista desses entendidos, nunca se falou tão mal o português como agora, nossa língua caminha inelutavelmente para a ruína e a dissolução, já não se escreve mais como antigamente, e toda uma interminável cantilena de rabugices.

      (...)

      É preciso, então, definir claramente o que é o erro em matéria de língua. É evidente que, se um estrangeiro tentando falar português disser “O meu mulher ser muito bonita”, cometerá um erro, a ponto de se poder dizer que isso não é português. Da mesma forma, quando cometemos um lapsus linguae, isto é, um equívoco involuntário do qual temos consciência, estamos diante de um erro linguístico.

      Mas o que se costuma chamar de “erro de português” é uma expressão linguística que nada tem de acidental, já que é sistemática e, geralmente, proferida por pessoas de menor nível escolar e socioeconômico, embora possa ocorrer até nos mais altos escalões da sociedade. Para a linguística, que é a ciência da linguagem humana, esse fenômeno não pode ser chamado de erro. Se a língua é um sistema de signos que se articulam segundo leis definidas para permitir a comunicação e o pensamento humanos, toda expressão linguística, mesmo a das pessoas iletradas, cumpre esse papel com eficiência.

      (...)

      A maioria dos chamados erros constitui, na verdade, um uso linguístico inadequado à situação de comunicação. Para entendermos melhor essa inadequação, vamos fazer uma analogia entre a língua que falamos e a roupa que usamos. Ninguém em sã consciência vai a uma cerimônia de formatura de camiseta e bermudas tampouco vai à praia de terno. Assim como há uma roupa adequada a cada ocasião, há uma forma de expressão linguística, chamada registro ou nível de linguagem, adequada a cada situação de discurso.

      (...)

      Mas e aquelas pessoas que moram na periferia ou na zona rural e dizem “pobrema”, “cardeneta” ou “puliça”, elas não estão falando errado? Do ponto de vista normativo, sim. Mas, como disse, a gramática normativa só se aplica a situações e ambientes formais. O registro deve, antes de tudo, estar adequado ao contexto social da comunicação. Pessoas que vivem num meio de baixa escolaridade e pronunciam “pobrema” estão adaptadas ao seu habitat. Se você duvida, experimente entrar numa favela do Rio vestindo roupa social e vá conversar com os traficantes usando linguagem de magistrado para ver o que lhe acontece.

      Não estou dizendo com isso que o linguajar das pessoas não-escolarizadas deva ser incentivado. É evidente que, como cidadãos, devemos lutar para acabar com a pobreza e a ignorância. Nesse sentido, não apenas pronunciar “pobrema” é errado; morar em favelas ou andar maltrapilho é muito mais. No entanto, muitos brasileiros moram em barracos ou na rua e só têm uma roupa – muitas vezes esfarrapada – para vestir e só um registro para falar. Sua fala é pobre como é pobre a sua existência, tanto física quanto mental. O imaginário da classe média idealiza essas pessoas indo a todos os lugares sempre com a mesma camisa surrada, os mesmos chinelos velhos, e falando com todos sempre do mesmo modo.

Texto adaptado.Fonte: Língua Portuguesa, ano 3, n.º 25, novembro de 2007

A intenção comunicativa predominante no texto é
Alternativas
Q1192639 Português

Noção de erro de português é afetada pela ideia de que,

vista do passado, toda evolução é corrupção

Aldo Bizzocchi


      Somos um povo que adora discutir a própria língua. E quando o fazemos, um dos assuntos que invariavelmente vêm à baila é a famigerada questão do erro gramatical. Muito se tem debatido a respeito, e a suposta existência de erros em nossa fala (bem como na escrita) ensejou até o surgimento de uma nova profissão, por sinal lucrativa, a de consultor gramatical. Igualmente, peritos no assunto têm mantido com sucesso colunas em jornais, sites, programas de rádio ou televisão com o propósito de ensinar as pessoas a falar corretamente o seu próprio idioma. Isso porque, segundo o diagnóstico catastrofista desses entendidos, nunca se falou tão mal o português como agora, nossa língua caminha inelutavelmente para a ruína e a dissolução, já não se escreve mais como antigamente, e toda uma interminável cantilena de rabugices.

      (...)

      É preciso, então, definir claramente o que é o erro em matéria de língua. É evidente que, se um estrangeiro tentando falar português disser “O meu mulher ser muito bonita”, cometerá um erro, a ponto de se poder dizer que isso não é português. Da mesma forma, quando cometemos um lapsus linguae, isto é, um equívoco involuntário do qual temos consciência, estamos diante de um erro linguístico.

      Mas o que se costuma chamar de “erro de português” é uma expressão linguística que nada tem de acidental, já que é sistemática e, geralmente, proferida por pessoas de menor nível escolar e socioeconômico, embora possa ocorrer até nos mais altos escalões da sociedade. Para a linguística, que é a ciência da linguagem humana, esse fenômeno não pode ser chamado de erro. Se a língua é um sistema de signos que se articulam segundo leis definidas para permitir a comunicação e o pensamento humanos, toda expressão linguística, mesmo a das pessoas iletradas, cumpre esse papel com eficiência.

      (...)

      A maioria dos chamados erros constitui, na verdade, um uso linguístico inadequado à situação de comunicação. Para entendermos melhor essa inadequação, vamos fazer uma analogia entre a língua que falamos e a roupa que usamos. Ninguém em sã consciência vai a uma cerimônia de formatura de camiseta e bermudas tampouco vai à praia de terno. Assim como há uma roupa adequada a cada ocasião, há uma forma de expressão linguística, chamada registro ou nível de linguagem, adequada a cada situação de discurso.

      (...)

      Mas e aquelas pessoas que moram na periferia ou na zona rural e dizem “pobrema”, “cardeneta” ou “puliça”, elas não estão falando errado? Do ponto de vista normativo, sim. Mas, como disse, a gramática normativa só se aplica a situações e ambientes formais. O registro deve, antes de tudo, estar adequado ao contexto social da comunicação. Pessoas que vivem num meio de baixa escolaridade e pronunciam “pobrema” estão adaptadas ao seu habitat. Se você duvida, experimente entrar numa favela do Rio vestindo roupa social e vá conversar com os traficantes usando linguagem de magistrado para ver o que lhe acontece.

      Não estou dizendo com isso que o linguajar das pessoas não-escolarizadas deva ser incentivado. É evidente que, como cidadãos, devemos lutar para acabar com a pobreza e a ignorância. Nesse sentido, não apenas pronunciar “pobrema” é errado; morar em favelas ou andar maltrapilho é muito mais. No entanto, muitos brasileiros moram em barracos ou na rua e só têm uma roupa – muitas vezes esfarrapada – para vestir e só um registro para falar. Sua fala é pobre como é pobre a sua existência, tanto física quanto mental. O imaginário da classe média idealiza essas pessoas indo a todos os lugares sempre com a mesma camisa surrada, os mesmos chinelos velhos, e falando com todos sempre do mesmo modo.

Texto adaptado.Fonte: Língua Portuguesa, ano 3, n.º 25, novembro de 2007

Após a leitura do texto de Aldo Bizzocchi podemos inferir que o autor trata a questão do erro de português a partir de um enfoque
Alternativas
Q1192640 Português

Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que preencham, RESPECTIVAMENTE, as lacunas da seguinte frase:


“Quando se trata de eleição ___ duas coisas devem ser observadas ____ uma é o projeto político proposto pelo candidato ___ a outra é o posicionamento dele ante as demandas populares.”

Alternativas
Q1192641 Português

Leia o excerto a seguir, extraído da obra Iracema (José de Alencar), para responder à questão.


“Depois, Iracema quebrou a flecha homicida, deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada”.

José de Alencar

No que tange às sequências tipológicas, é correto afirmar que o texto apresentado se trata de
Alternativas
Q1192642 Português

Leia o excerto a seguir, extraído da obra Iracema (José de Alencar), para responder à questão.


“Depois, Iracema quebrou a flecha homicida, deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada”.

José de Alencar

Ainda com base no texto de José de Alencar, anteriormente apresentado, assinale a opção que apresenta uma outra construção possível para a última oração do excerto, sem que o sentido do texto seja alterado.
Alternativas
Q1192643 Português

Leia o texto a seguir:

“Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

                                                                                                                                       Fernando Pessoa

Marque a opção que classifica correta e simultaneamente os termos em destaque no texto acima.

Alternativas
Q1192644 Português
Marque a opção que apresenta problema de desrespeito à norma padrão da Língua Portuguesa, quanto à colocação pronominal.
Alternativas
Q1192645 Português

Considerando que o texto abaixo foi extraído de uma conversa do whatsapp, assinale a opção correta, acerca da variação linguística empregada nele.


Vc ñ falou cmg hj, BB... Estou com sdds. Bjs!

Alternativas
Q1192646 Português

Considere a frase:


“[Eu] Falei que a realização profissional não é uma coisa tão relativa assim, pois seriam as mesmas, para você e para mim, as expectativas sobre o sucesso decorrente da escolha da profissão certa.”

Com a substituição da palavra “expectativas” por “expectativa”, qual das opções a seguir teve a concordância (verbal e nominal) ajustada coerentemente?

Alternativas
Q1192647 Português

Considere o texto a seguir.


Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: https://www.google.com.br/search. Acesso em 04 de setembro de 2018.


Marque a opção na qual todas as palavras estão grafadas em consonância com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, com vigência obrigatória a partir de 1º de janeiro de 2016, e que a ortografia se justifica pela mesma regra das palavras apresentadas no segundo quadrinho da tirinha.

Alternativas
Q1248414 Fisioterapia
Segundo a Portaria SAS/MS nº 661, de 02 de dezembro de 2010, o Sistema Único de Saúde (SUS) reconhece a competência dos profissionais Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais na prescrição de órteses, próteses e materiais especiais não relacionados ao ato cirúrgico. Esta conquista amplia significativamente a atuação dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais no SUS, principalmente nos Centros de Reabilitação que atendem pessoas com deficiência, através de equipes multidisciplinares e também em serviços privados.
Sobre as órteses e próteses, marque a alternativa correta.
Alternativas
Q1248415 Fisioterapia
A Resolução nº 465, de 20 de maio de 2016, do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - COFFITO, disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia do Trabalho e dá outras providências. No corpo do texto, é definido que compete ao fisioterapeuta realizar avaliação e diagnóstico cinesiológicofuncional, por meio da consulta fisioterapêutica (solicitando e realizando interconsulta e encaminhamento), para exames ocupacionais complementares, reabilitação profissional, perícia judicial e extrajudicial.
Na execução de suas competências, o Fisioterapeuta do Trabalho ainda poderá
Alternativas
Q1248416 Fisioterapia
A incontinência urinária é comum em mulheres, podendo acometer até 50% delas em alguma fase de suas vidas (LUFT, 1998). No Brasil, sua incidência é subestimada pela rarefação de estudos epidemiológicos. Em 2003, a Sociedade Internacional de Continência (ICS) padronizou a nomenclatura em uroginecologia, com a finalidade de uniformizar protocolos de diagnóstico e tratamento, facilitando a comparação de resultados e possibilitando uma comunicação efetiva entre investigadores.
Sobre as definições estabelecidas pela ICS, é correto afirmar que
Alternativas
Q1248417 Fisioterapia
A prevalência de prolapsos em mulheres entre 20 e 59 anos é estimada em torno de 30,8% (WALTERS, 1999). Nos próximos anos, estima-se um crescimento da demanda por serviços que estejam direcionados aos cuidados das desordens do assoalho pélvico, sendo cada vez maior a importância de que os fisioterapeutas estejam preparados para ofertar um tratamento adequado às mulheres com essa disfunção. Como parte desse preparo, o reconhecimento dos fatores de risco é fundamental para planejar um programa preventivo a essa clientela, contribuindo para a materialização do princípio de integralidade do Sistema Único de Saúde.
Assinale a opção que consiste em um fator de risco intrínseco para o desenvolvimento de prolapsos genitais.
Alternativas
Q1248418 Fisioterapia
As modificações na dinâmica cardiovascular, mediadas por ações eferentes moduladas pelos Sistema Nervoso Autônomo (SNA) a partir da sensibilização de receptores centrais e periféricos, têm como objetivo principal a adequação do fluxo sanguíneo ao coração e aos músculos em trabalho. Dentre as variáveis cardiocirculatórias de importância ao fisioterapeuta, podemos destacar a pressão arterial (PA) e o débito cardíaco (DC), com seus dois componentes (frequência cardíaca e volume sistólico).
Sobre o comportamento das variáveis cardiovasculares durante a realização de exercícios físicos, podemos afirmar que
Alternativas
Q1248419 Fisioterapia
A manobra que baseia a inspirometria de incentivo é a inspiração máxima sustentada, uma ação voluntária que consiste na execução de inspirações profundas imitando o mecanismo do suspiro ou do bocejo (PARREIRA, TOMICH E CALDEIRA, 2009). Podemos citar dois tipos de espirômetros de incentivo: os orientados a volume e os orientados a fluxo.
Dessa forma, é correto afirmar que os espirômetros do tipo
Alternativas
Q1248420 Fisioterapia
Os pacientes que vivem com hipoxemia e, muitas vezes, hipercapnia, apresentam considerável comprometimento físico, psíquico e social com deterioração da qualidade de vida, frequentemente de forma importante. A partir dos anos 70, houve a confirmação de que a oxigenoterapia domiciliar prolongada melhorava a qualidade e aumentava a expectativa de vida de pacientes portadores de hipoxemia crônica. A forma de administração é variável, cabendo ao fisioterapeuta o reconhecimento e a aplicação correta dessas modalidades.
Conforme o exposto é correto afirmar que o uso prolongado de oxigênio
Alternativas
Q1248421 Fisioterapia
Paciente F.A.V.J., 67 anos, gênero masculino, foi internado na unidade de terapia intensiva com queixa de dor precordial e retroesternal de 2h de duração e forte intensidade. Durante o atendimento, foi constatada pressão arterial de 190/140m mHg. Após o exame clínico, o médico, entre outras ações, prescreveu um medicamento do tipo beta-bloqueador e outro do tipo diurético, a fim de combater o quadro hipertensivo.
Sobre os mecanismos biofísicos e fisiológicos envolvidos no controle da hipertensão arterial sistêmica, é correto afirmar que
Alternativas
Q1248422 Fisioterapia
Paciente G.C.N., 52 anos, gênero feminino, com quadro de artrite em ambos os joelhos, foi encaminhada ao serviço de reabilitação com a sugestão dada pelo médico de inclusão na Fisioterapia Aquática. Durante a avaliação fisioterapêutica, o profissional fez o registro de uma contra-indicação absoluta ao uso do ambiente aquático como recurso terapêutico para essa paciente.
O achado clínico que constitui uma contra-indicação absoluta para os exercícios aquáticos é
Alternativas
Q1248423 Fisioterapia
As articulações são classificadas de maneira a identificar a função de cada uma delas, em particular. Seu conhecimento faz parte da formação do fisioterapeuta, pois possibilita avaliar o movimento realizado por aquela articulação, a partir da ação dos músculos envolvidos, ou por causa da ação de alguma força externa, que é aplicada.
Neste sentido, a sínfise púbica pode ser classificada como uma
Alternativas
Respostas
1: D
2: A
3: C
4: B
5: A
6: C
7: B
8: D
9: C
10: B
11: C
12: B
13: D
14: A
15: C
16: A
17: C
18: D
19: A
20: D