Medicina Integrativa e o poder de cura que vem de
dentro
Tratar mente, corpo e espírito – o indivíduo em sua
totalidade – pode ser mais eficaz que o consumo
exagerado de remédios
[...]
Hoje em dia, cada vez mais pessoas se conscientizam
da complexidade do corpo humano, e de como a
enfermidade nunca se manifesta somente no físico ou
apenas na mente. O câncer é um exemplo de que o corpo
se fragiliza, após um grande período de sofrimentos,
conflitos e frustrações, que transbordam até ferirem o
organismo. O inverso também é possível. Males como
a depressão e a ansiedade podem culminar em sinais
palpáveis como doenças de pele, enxaquecas, úlceras
etc. Não é mera coincidência justamente o câncer e a
depressão serem conhecidos como as “doenças do
século”. No cenário atual, a saúde se tornou tão caótica
quanto a vida contemporânea.
Hipócrates, pai da medicina, já dizia bem antes de
Cristo que o conhecimento do corpo é impossível sem o
conhecimento do homem como um todo. E é seguindo
esta ideia que a Medicina Integrativa está disposta a
abalar as estruturas ortodoxas.
Criada em universidades americanas em meados de
1970, a Medicina Integrativa convida instituições de
pesquisas, hospitais, unidades de saúde e consultórios a
mudarem o paradigma do tratamento médico. A doença
não é mais o foco de estudo, mas o indivíduo em sua
totalidade – mente, corpo e espírito. O paciente passa a
ser visto como o principal responsável por sua melhora
e é conduzido a entender que a cura vem de dentro
para fora, e não o contrário. Os remédios, tratamentos e
cirurgias são encarados como agentes catalisadores do
processo de recuperação do organismo, e não mais os
grandes protagonistas da cura.
Para os convencionais, é importante destacar que a
Medicina Integrativa não vem para substituir a Medicina
Convencional, mas para criar novas possibilidades de
tratamento, tanto para quem está sofrendo com uma
doença quanto para quem tenta mantê-la à distância.
Uma vez que a Medicina Convencional está vinculada
aos interesses do mercado, não é lucrativo que sejam
oferecidas todas as respostas para os problemas do ser
humano. Afinal, a saúde intacta faz com que as pessoas
deixem de comprar medicamentos.
Mas, como o capitalismo e a busca incessante pelo
poder ainda falam mais alto, cabe a cada um de nós
deixar o ceticismo e os preconceitos de lado, e adotar
o caminho da consciência, do autoconhecimento,
do bem-estar e felicidade. O destino dessa caminhada é,
com certeza, transformador.
[...]
COLOMBINO, Mariana. Medicina integrativa e o poder de
cura que vem de dentro. Ponto eletrônico. Disponível em:
. Acesso em: 7 dez. 2016
(fragmento adaptado).