Questões de Concurso Público IF-RS 2016 para Professor - Letras: Português/Inglês
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Com base na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, assinale abaixo a alternativa CORRETA sobre o Processo Administrativo Disciplinar:
Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, analise as afirmativas abaixo, assinalando, a seguir, a alternativa que contém a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo:
( ) É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria, bem como o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
( ) O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público objetivo.
( ) O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente.
( ) Dentre as atribuições do Conselho Tutelar está encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente e requisitar, quando necessário, certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente.
( ) Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar serão exigidos reconhecida idoneidade moral, idade superior a 18 (dezoito) anos e residir no Município.
Considere as assertivas abaixo acerca da Lei nº 12.772, de 28 de dezembro de 2012:
I. É possível a mudança de regime de trabalho aos docentes em estágio probatório.
II. A progressão na Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico observará, cumulativamente, o cumprimento do interstício de 24 (vinte e quatro) meses de efetivo exercício em cada nível e aprovação em avaliação de desempenho individual.
III. Conforme regulamentação interna de cada IFE, o RSC (Reconhecimento de Saberes e Competências) poderá ser utilizado para fins de equiparação de titulação para cumprimento de requisitos para a promoção na Carreira.
IV. O regime de 40 (quarenta) horas com dedicação exclusiva implica o impedimento do exercício de qualquer atividade remunerada, pública ou privada.
V. Ressalvadas as exceções previstas na lei, os professores ocupantes de cargo efetivo do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal serão submetidos ao regime de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais, em tempo integral, com dedicação exclusiva às atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão institucional, ou tempo parcial de 20 (vinte) horas semanais de trabalho.
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas são INCORRETAS:
Com base na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, analise as seguintes afirmativas sobre nomeação, posse e exercício:
I. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.
II. Somente haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.
III. É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da nomeação.
IV. O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal.
V. A nomeação em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas são CORRETAS:
O corpo discente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS é constituído por alunos matriculados nos diversos cursos e programas oferecidos pela instituição, classificados nos seguintes regimes:
( ) regular – alunos matriculados nos cursos técnicos de nível médio, nos cursos de graduação e pós-graduação.
( ) temporário – alunos matriculados especificamente em disciplinas isoladas em cursos de graduação e pós-graduação.
( ) especial – alunos matriculados em cursos de extensão e educação continuada.
Analise as afirmativas, identificando com “V” as VERDADEIRAS e com “F” as FALSAS, assinalando a seguir a alternativa CORRETA, na sequência de cima para baixo:
Com base nas disposições constantes na Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, assinale a alternativa CORRETA:
Assinale a alternativa que contenha a sequência CORRETA, de cima para baixo, dos parênteses, segundo a Organização Didática (OD) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS:
1. Poderão ser oferecidos somente na modalidade presencial;
2. Poderão ser oferecidos somente na modalidade de educação a distância;
3. Poderão ser oferecidos na modalidade presencial ou de educação a distância.
( ) Cursos Técnicos Integrados de nível médio;
( ) Cursos Técnicos Integrados à Educação Profissional na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) de nível médio;
( ) Cursos Técnicos de nível médio subsequente;
( ) Cursos Técnicos de nível médio na modalidade de concomitância externa.
Sobre as Regras Deontológicas contidas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, instituído por meio do Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, assinale a alternativa INCORRETA:
Os servidores ocupantes de cargos da Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, aprovados no estágio probatório do respectivo cargo, que atenderem os seguintes requisitos de titulação, farão jus a processo de aceleração da promoção:
I. de qualquer nível da Classe D I para o nível 1 da classe D II, pela apresentação de título de especialista.
II. de qualquer nível da Classe D I para o nível 1 da classe D II, pela apresentação do diploma de graduação somado ao Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) – I.
III. de qualquer nível das Classes D I e D II para o nível 1 da classe D III, pela apresentação de título de mestre ou doutor.
IV. de qualquer nível das Classes D I e D II para o nível 1 da classe D III, pela apresentação de certificado de pós-graduação lato sensu somado ao Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) – II.
V. de qualquer nível das Classes D I e D II para o nível 1 da classe D III, pela apresentação de título de mestre somado ao Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) – III.
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão INCORRETAS:
Segundo o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS, são princípios da sua ação inclusiva:
I. A igualdade de oportunidades e de condições de acesso, inclusão e permanência.
II. O desenvolvimento de competências para a laborabilidade.
III. A defesa da interculturalidade.
IV. A garantia da educação pública, gratuita e de qualidade para todos.
V. A flexibilidade, interdisciplinaridade e contextualização.
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão INCORRETAS:
Um mito
Por Sirio Possenti
O mito mais renitente sobre as línguas é o de que teria havido, em algum momento, línguas perfeitas. Em cada país – ou cultura – há quem lamente sua decadência. As pessoas estariam falando muito mal, ninguém mais respeita as regras, a gramática precisa “voltar” a ser ensinada, quem sabe até mesmo o latim, já que isso ajudaria a melhorar as coisas, da grafia ao sentido, passando pelas regências e concordâncias. As queixas são generalizadas.
A primeira versão desse mito que conhecemos é a história de Babel, embora no livro não se diga que se falava corretamente, mas apenas que se falava uma só língua e todos se compreendiam. O castigo foi a diversidade linguística. Antes disso, o livro informara que Adão deu a cada criatura um nome adequado. Não se fala em sintaxe, concordância, regência, muito menos em correção, mas apenas na adequação dos nomes, que, diga-se, é hoje um tópico de muitas queixas.
Na verdade, o mito da decadência (o avesso do da perfeição antiga) vigora em muitos outros campos: os escritores eram melhores, havia verdadeiros filósofos, os políticos tinham mais compostura (e eram melhores oradores), o casamento era para valer, as mulheres, então... etc.
O dado mais curioso sobre a questão é que as queixas são bem antigas. Cícero já se queixava da mesma coisa, e conhece-se o Appendix Probi, que fazia uma lista de palavras corretas e de sua contraparte “errada” (por exemplo, condenava oricla, de que derivou orelha, defendendo auris; condenava rivus, contra rius, de onde obviamente veio rio; condenava socra (sogra) em vez de socrus; defendia ansa contra a forma nova asa etc.). Ou seja, já naquele tempo se faziam listas de erros, que hoje é um esporte bem lucrativo.
O curioso é que, a cada época, os defensores do seu padrão não se dão conta de que ele foi condenado anteriormente (quem deixaria de dizer rio, asa ou sogra?). Há queixas gerais, pura repetição de clichês, e queixas específicas, que tematizam questões particulares. As queixas começam pela grafia, sem que os críticos se deem conta de que uma lei pode mudá-la. A “invenção” de palavras consideradas desnecessárias ou o emprego das atuais em sentido “corrompido” também é um alvo muito comum.
Disponível em:<http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/3113/n/um_mito> Acesso em: 04 out. 2016
O texto de Sirio Possenti aborda uma questão recorrente quando o assunto é a língua portuguesa: o mito da decadência. Na obra “Preconceito Linguístico: o que é, como se faz”, Marcos Bagno apresenta outros mitos relacionados a essa temática. Analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa que desenvolve, de maneira INCORRETA, as ideias apresentadas por Sirio no texto acima e por Bagno na obra citada.
No que tange o ensino de gramática nas aulas de língua portuguesa, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, no item Linguagens, códigos e suas tecnologias, (BRASIL, 2002, p. 81) estabelecem que: “O ensino de gramática não deve ser visto como um fim em si mesmo, mas como um mecanismo para a mobilização de recursos úteis à implementação de outras competências, como a interativa e a textual” (BRASIL, 2002, p. 81). Tal concepção está alinhada ao conceito de “análise linguística” apresentado por Geraldi na obra “Portos de Passagem”.
Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO corresponde às ideias apresentadas pelo autor:
Carlos Alberto Faraco, no livro “Norma culta brasileira: desatando alguns nós” (2008, p. 160), afirma que: “A crítica à gramatiquice e ao normativismo não significa, como pensam alguns desavisados, o abandono da reflexão gramatical e do ensino da norma culta/comum/standard. Refletir sobre a estrutura da língua e sobre seu funcionamento social é atividade auxiliar indispensável para o domínio fluente da fala e da escrita. E conhecer a norma culta/comum/standard é parte integrante do amadurecimento das nossas competências linguístico-culturais, em especial as que estão relacionadas à cultura escrita. O lema aqui pode ser: reflexão gramatical sem gramatiquice e estudo da norma culta/comum/standard sem normativismo.”
Considerando essa citação, assinale a alternativa que evidencia a concepção de norma culta/comum/standard defendida pelo autor.
Analise as afirmativas abaixo sobre a transitividade verbal no português brasileiro:
I. Segundo Bechara, verbos que apresentam significado lexical referente a realidades bem concretas não necessitam de outros signos léxicos e são chamados de intransitivos, pela gramática tradicional.
II. Os verbos cujo conteúdo léxico é de grande extensão semântica e que necessitam delimitar essa extensão através de auxílio de outros signos léxicos adequados à realidade concreta, segundo Bechara, recebem o nome de transitivos.
III. Para Perini, a descrição das transitividades verbais deve ser feita em termos de exigência, recusa e aceitação livre de cada uma das funções relevantes.
IV. De acordo com Perini, as pesquisas indicam que há duas funções sintáticas relevantes para a definição da transitividade verbal, são elas: objeto direto e objeto indireto.
V. Na classificação apresentada por Perini, o verbo fazer apresenta o traço [Ex-OD].
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão CORRETAS:
Para Oliveira (2004, p. 23), “Embora não seja tarefa fácil definir o objeto de estudos da Semântica, afirma-se classicamente que seu objeto é o ‘significado’ das palavras e das sentenças. Abordagens mais recentes entendem que seu objetivo é descrever a capacidade que um falante tem para interpretar qualquer sentença de sua língua. Em quaisquer abordagens, devemos definir o conceito de significado. O problema é que não há consenso sobre o que é o ‘significado’.”
Oliveira sintetiza noções particulares de “significado” eleitas por diferentes abordagens semânticas. Considerando o apresentado pela autora no texto Semântica, que integra a obra Introdução à linguística: domínios e fronteiras” (vol. 2), organizada por Fernanda Mussalim e Ana Christina Bentes (2004), assinale a sequência que ilustra o preenchimento CORRETO dos parênteses, de cima para baixo:
1 – Estruturalismo de vertente saussureana
2 – Semântica Formal
3 – Semântica da Enunciação
4 – Semântica Cognitiva
( ) o significado é um termo complexo, composto por duas partes.
( ) o significado é o resultado do jogo argumentativo criado na linguagem e por ela.
( ) o significado é definido como uma unidade de diferença.
( ) o significado é a superfície linguística de um conceito adquirido por meio de interações sensório-motoras com o mundo.
Na obra “Produção textual, análise de gêneros e compreensão”, Marcuschi apresenta e analisa a proposta de trabalho com texto em sala de aula conhecida como “sequências didáticas”, elaborada inicialmente por Dolz e Schneuwly. Analise as afirmativas abaixo, que listam considerações feitas por Marcuschi sobre as sequências didáticas, identificando com “V” as VERDADEIRAS e com “F” as FALSAS, assinalando a seguir a alternativa CORRETA, na sequência de cima para baixo:
( ) Tal proposta está alinhada à concepção de língua como um conjunto de práticas sociais e entende os gêneros nessa mesma linha.
( ) Na proposta de “sequências didáticas”, os gêneros são tratados como formas históricas com uma relativa estabilidade e com circulação na sociedade para consumo dos falantes e leitores em geral.
( ) A estratégia de modularidade situa as ações no contexto da realidade e naturaliza o trabalho com a língua.
( ) O caráter modular da proposta traz flexibilidade ao trabalho, uma vez que a modularidade pode obedecer uma ordem aleatória.
Segundo Lyons, os neogramáticos adotaram a compreensão de que a Linguística tem que ser necessariamente histórica. Saussure, por outro lado, argumenta que a descrição sincrônica de línguas particulares pode ser igualmente explicativa. Das alternativas abaixo, todas estão corretas em relação ao apresentado por Lyons sobre a explicação sincrônica e a explicação diacrônica, EXCETO:
Ao abordar a questão da tonicidade no português brasileiro, Bechara afirma que os vocábulos átonos proclíticos, ao perderem seu acento próprio para se subordinarem ao do tônico seguinte, acabam por sofrer reduções no seu volume fonético. Das alternativas abaixo, todas apresentam consequências da próclise de clíticos, EXCETO:
Leia o poema abaixo, de Gregório de Matos Guerra:
À negra Margarida que acariciava um mulato
1 Carina, que acariais
aquele Senhor José
ontem tanga de guiné,
hoje Senhor de Cascais:
vós, e outras catingas mais,
outros cães, e outras cadelas
amais tanto as parentelas,
que imagina o vosso amor,
que em chamando ao cão Senhor
Ihe dourais suas mazelas.
2 Longe vá o mau agouro;
tirai-vos desse furor,
que o negro não toma cor,
e menos tomará ouro:
quem nasceu de negro couro,
sempre a pintura o respeita
tanto, que nunca o enfeita
de outra cor, pois fora aborto,
é, como quem nasceu torto,
que tarde, ou nunca endireita.
3 A nenhum cão chamais tal,
Senhor ao cão? isso não:
que o Senhor é perfeição,
e o cão é perro neutral:
do dilúvio universal
a esta parte, que é
desde o tempo de Noé,
gerou Cão filho maldito
negros de Guiné, e Egito,
que os brancos gerou Jafé.
4 Gerou o maldito Cão
não só negros negregados,
mas como amaldiçoados
sujeitos à escravidão:
ficou todo o canzarrão
sujeito a ser nosso servo
por maldito, e por protervo;
e o forro, que inchar se quer,
não pode deixar de ser
dos nossos cativos nervo.
5 Os que no direito expertos
penetram termos tão finos,
bem sabem, que os libertinos
distam muito dos libertos:
se há brancos tão inexpertos,
que dão benignos, ou bravos
alforrias por agravos:
os que destes são nascidos,
por libertinos são tidos,
porém são filhos de escravos.
6 O filho da minha escrava,
e dos meus vizinhos velhos,
que eu vejo pelos artelhos,
que ontem soltaram da trava;
porque tanto se deprava
com tal brio, e pundonor,
que quer Ihe chamem Senhor:
se consta o seu senhorio
de um bananal regadio,
que cavou com seu suor!
7 E se são justos os brios
daqueles, que escravos têm,
nisso a mor baixeza vêm,
pois têm por servos seu tios:
e se algum com desvarios
diz, que o ter por natural
sangue de branco o faz tal,
nisso a condenar-se vêm,
porque se o branco faz bem,
como o negro não faz mal?
8 Tomem de leite um cabaço,
lancem-lhe um golpe de tinta,
a brancura fica extinta,
todo o leite sujo, e baço:
assim sucede ao madraço,
que com a negra se tranca;
do branco o leite se arranca,
da negra a tinta se entorna,
o leite negro se torna,
e a tinta não se faz branca.
9 Mas tornando a vós, Carira,
que ao negro Senhor chamais,
porque é Senhor de Cascais,
quando vos casca, e atira:
crede, amiga, que é mentira
ser branco um negro da Mina,
nem vós sejais tão menina,
que creiais, que ele não crê,
que é negro, pois sempre vê
em casa a mãe Caterina.
10 Dizei ao Vosso Senhor
entre um, e outro carinho,
que o negro do seu focinho
é cor, que não toma cor:
e que dê graças a Amor
que vos pôs os olhos tortos
para não ver tais abortos,
mas que há de esbrugar mantenha
daqui até que Deus venha
julgar os vivos, e mortos.
(RONCARI, Luiz. Literatura Brasileira: dos primeiros cronistas aos últimos românticos. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2014, p. 115-118.)
Considere as seguintes afirmações sobre o poema.
I. A sonoridade de “cão”, na terceira estrofe, possibilita que associe os negros a Cam, filho amaldiçoado de Noé.
II. Da segunda estrofe à oitava ocorre o procedimento estilístico denominado zeugma, pois há omissão do sujeito a quem o eu-lírico se dirige no poema, já exposto na primeira estrofe:“Carina”.
III. A metáfora do leite e da tinta, presente na oitava estrofe, associa-se ao critério de limpeza de sangue, pois a ideia, no mundo colonial, é a de que a mestiçagem não branqueava o sangue negro, mas enegrecia o sangue branco.
IV. O poema começa com a crítica à negra Carina, que dedica seus afetos a um mulato, que, por ser livre, afasta-se de seus familiares maternos, ainda escravos, já que devia ser filho de escrava com algum senhor branco.
V. A metonímia é a figura de linguagem que o poeta usa para caracterizar seus desafetos. Exemplos são: “tanga”, “catingas” e “outros cães, cadelas” presentes na primeira estrofe.
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão CORRETAS:
Rildo Cosson, em “Letramento literário: teoria e prática” (2016, p.47- 48) diz: “[…] adotamos como princípio do letramento literário a construção de uma comunidade de leitores. É essa comunidade que oferecerá um repertório, uma moldura cultural dentro da qual o leitor poderá se mover e construir o mundo e a ele mesmo. Para tanto, é necessário que o ensino da Literatura efetive um movimento contínuo de leitura, partindo do conhecido para o desconhecido, do simples para o complexo, do semelhante para o diferente, com o objetivo de ampliar e consolidar o repertório cultural do aluno. Nesse caso, é importante ressaltar que tanto a seleção de obras quanto as práticas de sala de aula devem acompanhar este movimento”.
O autor, logo após tal pressuposto sobre letramento literário, apresenta duas sequências para desenvolver as atividades das aulas de Literatura: sequência básica e sequência expandida. A sequência expandida, além de ter os mesmos passos da sequência básica, possui outros. São eles:
Assinale a alternativa CORRETA.