O funcionário típico dos anos 60 e 70 comparecia ao trabalho de segunda à sexta-feira e cumpria horários fixos para uma
jornada diária de oito a nove horas. O local de trabalho e os horários eram claramente especificados. Isso não acontece mais
atualmente com uma grande parte da força de trabalho. Os trabalhadores se queixam, cada vez mais, de que a linha divisória
entre os períodos dedicados ao trabalho e à vida pessoal se tornou obscura, provocando conflitos pessoais e estresse. Uma
série de fatores contribuíram para esta confusão entre trabalho e vida pessoal. Em primeiro lugar, a criação de organizações
globais significa que o mundo empresarial nunca dorme. A qualquer hora, em qualquer dia, milhares de funcionários em diferentes empresas estão trabalhando em algum lugar. A necessidade de consultas com colegas ou clientes em oito ou dez fusos
horários diferentes faz com que os funcionários das empresas globais precisem estar “à disposição” 24 horas por dia. Em segundo lugar, a tecnologia de comunicação permite que os funcionários façam o seu trabalho em casa, no carro, ou em uma
praia no Taiti. Isto permite que muitas pessoas de áreas técnicas ou em profissões liberais trabalhem horário e em qualquer
lugar. O terceiro fator é que as empresas estão pedindo a seus funcionários que trabalhem mais tempo. Finalmente, poucas
famílias têm apenas um membro que trabalha fora atualmente. Os funcionários de hoje, em sua maioria, integram um casal de
trabalhadores. Isto torna muito difícil para essas pessoas encontrar tempo para atender a compromissos domésticos, conjugais
ou com os filhos, parentes e amigos. Os trabalhadores percebem que o trabalho vem tomando cada vez mais espaço de suas
vidas pessoais [...].
(ROBBINS, S. R. Comportamento organizacional. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2005. p. 19. Adaptado.)
De acordo com o texto, a situação descrita trata-se de: