Questões de Concurso Público Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE 2024 para Professor Anos Finais do Ensino Fundamental - Língua Portuguesa

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Q2402964 Português
Texto


O envelhecer e seus impactos na sociedade



Publicado em 19/02/2024 às 06:00.
Viviane Gago*



          Quando jovens, muito comumente pensamos e sentimos que somos imortais; e não pensamos na velhice, na morte; que é bom e ruim.
         No meu atual ciclo de vida, entrei na década dos 50 anos de idade, pego-me pensando sobre o envelhecer, que como tudo possui aspectos legais e não tão legais, positivos e negativos; por isso decidi falar um pouco sobre isso este mês.
         O etarismo, também conhecido como discriminação etária, refere-se à prática de julgar ou discriminar indivíduos com base em sua idade, afeta os jovens e os mais velhos, aqui focarei mais nestes últimos.
       As causas desse fenômeno são multifacetadas e podem incluir estereótipos culturais enraizados, preconceitos sociais, a busca pela juventude idealizada, crenças como idosos não podem trabalhar, idosos são frágeis e não conseguem resolver suas necessidades básicas, os mais velhos nada têm a contribuir etc.
       O preconceito afeta a saúde mental da pessoa porque ela tende a ficar em isolamento, não se sente confortável no ambiente onde ela é basicamente rejeitada por ter mais de 60 anos de idade, isso pode inclusive levar à depressão, uma vez que a pessoa muitas vezes pode não sentir coragem de externar o que realmente pensa e sente; especialmente aqueles que têm poucos recursos.
      Enquanto jovens adultos podem receber salários mais baixos, por serem considerados menos experientes, as pessoas mais velhas podem ter problemas para conseguir promoções ou encontrar trabalho. Isso tudo afeta diretamente a dignidade dessas pessoas; pois a levam para uma má qualidade de vida.       
         Lembremo-nos de algumas leis que protegem o idoso, a exemplo do artigo 96 da Constituição Federal, que aliás muita gente desconhece e dispõe que “Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício de cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 06 (seis) meses a 1 (um) ano e multa”. Existe também o Estatuto do Idoso que o protege e há um Projeto de Lei 3.549/2023 – Câmara dos Deputados que preceitua que o etarismo é a discriminação praticada contra indivíduos ou grupos de pessoas com base em estereótipos associados à idade.           Uma das formas de combater esse preconceito etário é conscientizar a população sobre os problemas que ele pode criar, aliás desnecessariamente, pois, com relação aos mais velhos, eles possuem enorme experiência de vida, privilégio que nem todos teremos, essas pessoas podem ter uma “bagagem” que muito pode agregar em qualquer cenário pessoal e/ou mercadológico. Lembremos do filme “Um senhor estagiário”, um dos aspectos principais é a união de gerações, a ideia de que a experiência e a juventude podem coexistir e se complementar. Ben, com sua experiência e calma, se contrapõe à agitada e moderna realidade da startup de Jules.
        O fato é que, pelo menos no meu entorno, vejo as pessoas viverem por muitos e muitos anos, com uma saúde mental e lucidez invejáveis, para terem uma ideia agora dia 03/02/24 fui convidada diretamente pela aniversariante, minha tia Reny, para o seu aniversário de 95 anos de plena elegância, lucidez e sabedoria, dia 17/02/24 fui convidada para os 90 anos da Tia Maura, mãe de um amigo querido, minha sogra com 83 anos é lúcida, minha tia Neter com 94 anos, minha tia Dirce com 91 anos, cheia de opinião, bonita, arrumada, voz firme e acompanha as mídias sociais; e tudo isso pertinho de mim para testemunhar a longevidade dessas mulheres
        O nosso país, além de ter de melhorar em muitos aspectos a exemplo da educação e do combate à corrupção, da melhora da malha logística do país, precisa também criar ferramentas, meios de melhorar também a qualidade de vida dos idosos, promovendo atividades culturais, acessibilidade, cursos, grupos, programas voltados para eles, assim como outros países já o fazem há muito tempo a exemplo da Suíça, Noruega, Suécia, Alemanha dentre outros.
        Interessante abrir um parêntese para falar sobre como o idoso é visto no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria, a cultura do idoso oriental têm como tradição cuidar bem e reverenciar os idosos, fruto de aspectos milenares em que dignidade e respeito são valores cultuados por eles.
          Vamos parar e pensar antes de expressar frases como “Você não tem mais idade para isso”, “Você não aparenta ter essa idade”, “Depois de certa idade”, “Você está bem/ bonita para sua idade”, dentre outras; que só tem como finalidade colocar as pessoas para baixo.
         E para finalizar compartilho que essa semana em que vi meu padrinho partir com 77 anos e também celebrei os 60 anos de uma amiga querida, pude trocar com minha amiga desde a adolescência várias coisas importantes sendo uma delas a reflexão relacionada ao fato de que quanto mais avançamos na caminhada da nossa vida devemos buscar sabedoria para nos adaptar aos diferentes ciclos e momentos de nossas vidas, simplificar nossa vida como um todo inclusive avaliando sobre o que precisamos e o que não precisamos material e espiritualmente em nossas vidas e lutar para manter ao máximo nossa autonomia e independência.
        Abraços e boas reflexões para todos. Como diz Oswaldo Montenegro: “Se puder, envelheça”: .... ficar velho é sacar nossa própria desimportância”. Algo importante de pontuar em um mundo onde as pessoas têm uma vaidade, arrogância e falta de sabedoria implacáveis e destrutivas para consigo e para com os outros. 


* Advogada e consteladora pelo Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ/USP).
Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/o-envelhecer-e-seus-impactos-na-sociedade-1.1000415. Adaptado.
Observe as frases extraídas do Texto:

I. “Existe também o Estatuto do Idoso que o protege e há um Projeto de Lei 3.549/2023 – Câmara dos Deputados que preceitua que o etarismo é a discriminação praticada contra indivíduos ou grupos de pessoas com base em estereótipos associados à idade.”.
II. “O nosso país, além de ter de melhorar em muitos aspectos a exemplo da educação e do combate à corrupção, da melhora da malha logística do país, precisa também criar ferramentas, meios de melhorar também a qualidade de vida dos idosos...”.
III. “...para terem uma ideia agora dia 03/02/24 fui convidada diretamente pela aniversariante, minha tia Reny, para o seu aniversário de 95 anos de plena elegância, lucidez e sabedoria, dia 17/02/24 fui convidada para os 90 anos da Tia Maura,...”.

Mediante a análise dos itens acima, assinale a alternativa que apresenta o tipo de tipologia textual utilizada em cada composição, respectivamente. 
Alternativas
Q2402965 Português
Texto


O envelhecer e seus impactos na sociedade



Publicado em 19/02/2024 às 06:00.
Viviane Gago*



          Quando jovens, muito comumente pensamos e sentimos que somos imortais; e não pensamos na velhice, na morte; que é bom e ruim.
         No meu atual ciclo de vida, entrei na década dos 50 anos de idade, pego-me pensando sobre o envelhecer, que como tudo possui aspectos legais e não tão legais, positivos e negativos; por isso decidi falar um pouco sobre isso este mês.
         O etarismo, também conhecido como discriminação etária, refere-se à prática de julgar ou discriminar indivíduos com base em sua idade, afeta os jovens e os mais velhos, aqui focarei mais nestes últimos.
       As causas desse fenômeno são multifacetadas e podem incluir estereótipos culturais enraizados, preconceitos sociais, a busca pela juventude idealizada, crenças como idosos não podem trabalhar, idosos são frágeis e não conseguem resolver suas necessidades básicas, os mais velhos nada têm a contribuir etc.
       O preconceito afeta a saúde mental da pessoa porque ela tende a ficar em isolamento, não se sente confortável no ambiente onde ela é basicamente rejeitada por ter mais de 60 anos de idade, isso pode inclusive levar à depressão, uma vez que a pessoa muitas vezes pode não sentir coragem de externar o que realmente pensa e sente; especialmente aqueles que têm poucos recursos.
      Enquanto jovens adultos podem receber salários mais baixos, por serem considerados menos experientes, as pessoas mais velhas podem ter problemas para conseguir promoções ou encontrar trabalho. Isso tudo afeta diretamente a dignidade dessas pessoas; pois a levam para uma má qualidade de vida.       
         Lembremo-nos de algumas leis que protegem o idoso, a exemplo do artigo 96 da Constituição Federal, que aliás muita gente desconhece e dispõe que “Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício de cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 06 (seis) meses a 1 (um) ano e multa”. Existe também o Estatuto do Idoso que o protege e há um Projeto de Lei 3.549/2023 – Câmara dos Deputados que preceitua que o etarismo é a discriminação praticada contra indivíduos ou grupos de pessoas com base em estereótipos associados à idade.           Uma das formas de combater esse preconceito etário é conscientizar a população sobre os problemas que ele pode criar, aliás desnecessariamente, pois, com relação aos mais velhos, eles possuem enorme experiência de vida, privilégio que nem todos teremos, essas pessoas podem ter uma “bagagem” que muito pode agregar em qualquer cenário pessoal e/ou mercadológico. Lembremos do filme “Um senhor estagiário”, um dos aspectos principais é a união de gerações, a ideia de que a experiência e a juventude podem coexistir e se complementar. Ben, com sua experiência e calma, se contrapõe à agitada e moderna realidade da startup de Jules.
        O fato é que, pelo menos no meu entorno, vejo as pessoas viverem por muitos e muitos anos, com uma saúde mental e lucidez invejáveis, para terem uma ideia agora dia 03/02/24 fui convidada diretamente pela aniversariante, minha tia Reny, para o seu aniversário de 95 anos de plena elegância, lucidez e sabedoria, dia 17/02/24 fui convidada para os 90 anos da Tia Maura, mãe de um amigo querido, minha sogra com 83 anos é lúcida, minha tia Neter com 94 anos, minha tia Dirce com 91 anos, cheia de opinião, bonita, arrumada, voz firme e acompanha as mídias sociais; e tudo isso pertinho de mim para testemunhar a longevidade dessas mulheres
        O nosso país, além de ter de melhorar em muitos aspectos a exemplo da educação e do combate à corrupção, da melhora da malha logística do país, precisa também criar ferramentas, meios de melhorar também a qualidade de vida dos idosos, promovendo atividades culturais, acessibilidade, cursos, grupos, programas voltados para eles, assim como outros países já o fazem há muito tempo a exemplo da Suíça, Noruega, Suécia, Alemanha dentre outros.
        Interessante abrir um parêntese para falar sobre como o idoso é visto no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria, a cultura do idoso oriental têm como tradição cuidar bem e reverenciar os idosos, fruto de aspectos milenares em que dignidade e respeito são valores cultuados por eles.
          Vamos parar e pensar antes de expressar frases como “Você não tem mais idade para isso”, “Você não aparenta ter essa idade”, “Depois de certa idade”, “Você está bem/ bonita para sua idade”, dentre outras; que só tem como finalidade colocar as pessoas para baixo.
         E para finalizar compartilho que essa semana em que vi meu padrinho partir com 77 anos e também celebrei os 60 anos de uma amiga querida, pude trocar com minha amiga desde a adolescência várias coisas importantes sendo uma delas a reflexão relacionada ao fato de que quanto mais avançamos na caminhada da nossa vida devemos buscar sabedoria para nos adaptar aos diferentes ciclos e momentos de nossas vidas, simplificar nossa vida como um todo inclusive avaliando sobre o que precisamos e o que não precisamos material e espiritualmente em nossas vidas e lutar para manter ao máximo nossa autonomia e independência.
        Abraços e boas reflexões para todos. Como diz Oswaldo Montenegro: “Se puder, envelheça”: .... ficar velho é sacar nossa própria desimportância”. Algo importante de pontuar em um mundo onde as pessoas têm uma vaidade, arrogância e falta de sabedoria implacáveis e destrutivas para consigo e para com os outros. 


* Advogada e consteladora pelo Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ/USP).
Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/o-envelhecer-e-seus-impactos-na-sociedade-1.1000415. Adaptado.
O Texto, de autoria de Viviane Gago, trata principalmente de um aspecto relacionado à velhice, qual seja, 
Alternativas
Q2402966 Português
Texto


O envelhecer e seus impactos na sociedade



Publicado em 19/02/2024 às 06:00.
Viviane Gago*



          Quando jovens, muito comumente pensamos e sentimos que somos imortais; e não pensamos na velhice, na morte; que é bom e ruim.
         No meu atual ciclo de vida, entrei na década dos 50 anos de idade, pego-me pensando sobre o envelhecer, que como tudo possui aspectos legais e não tão legais, positivos e negativos; por isso decidi falar um pouco sobre isso este mês.
         O etarismo, também conhecido como discriminação etária, refere-se à prática de julgar ou discriminar indivíduos com base em sua idade, afeta os jovens e os mais velhos, aqui focarei mais nestes últimos.
       As causas desse fenômeno são multifacetadas e podem incluir estereótipos culturais enraizados, preconceitos sociais, a busca pela juventude idealizada, crenças como idosos não podem trabalhar, idosos são frágeis e não conseguem resolver suas necessidades básicas, os mais velhos nada têm a contribuir etc.
       O preconceito afeta a saúde mental da pessoa porque ela tende a ficar em isolamento, não se sente confortável no ambiente onde ela é basicamente rejeitada por ter mais de 60 anos de idade, isso pode inclusive levar à depressão, uma vez que a pessoa muitas vezes pode não sentir coragem de externar o que realmente pensa e sente; especialmente aqueles que têm poucos recursos.
      Enquanto jovens adultos podem receber salários mais baixos, por serem considerados menos experientes, as pessoas mais velhas podem ter problemas para conseguir promoções ou encontrar trabalho. Isso tudo afeta diretamente a dignidade dessas pessoas; pois a levam para uma má qualidade de vida.       
         Lembremo-nos de algumas leis que protegem o idoso, a exemplo do artigo 96 da Constituição Federal, que aliás muita gente desconhece e dispõe que “Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício de cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 06 (seis) meses a 1 (um) ano e multa”. Existe também o Estatuto do Idoso que o protege e há um Projeto de Lei 3.549/2023 – Câmara dos Deputados que preceitua que o etarismo é a discriminação praticada contra indivíduos ou grupos de pessoas com base em estereótipos associados à idade.           Uma das formas de combater esse preconceito etário é conscientizar a população sobre os problemas que ele pode criar, aliás desnecessariamente, pois, com relação aos mais velhos, eles possuem enorme experiência de vida, privilégio que nem todos teremos, essas pessoas podem ter uma “bagagem” que muito pode agregar em qualquer cenário pessoal e/ou mercadológico. Lembremos do filme “Um senhor estagiário”, um dos aspectos principais é a união de gerações, a ideia de que a experiência e a juventude podem coexistir e se complementar. Ben, com sua experiência e calma, se contrapõe à agitada e moderna realidade da startup de Jules.
        O fato é que, pelo menos no meu entorno, vejo as pessoas viverem por muitos e muitos anos, com uma saúde mental e lucidez invejáveis, para terem uma ideia agora dia 03/02/24 fui convidada diretamente pela aniversariante, minha tia Reny, para o seu aniversário de 95 anos de plena elegância, lucidez e sabedoria, dia 17/02/24 fui convidada para os 90 anos da Tia Maura, mãe de um amigo querido, minha sogra com 83 anos é lúcida, minha tia Neter com 94 anos, minha tia Dirce com 91 anos, cheia de opinião, bonita, arrumada, voz firme e acompanha as mídias sociais; e tudo isso pertinho de mim para testemunhar a longevidade dessas mulheres
        O nosso país, além de ter de melhorar em muitos aspectos a exemplo da educação e do combate à corrupção, da melhora da malha logística do país, precisa também criar ferramentas, meios de melhorar também a qualidade de vida dos idosos, promovendo atividades culturais, acessibilidade, cursos, grupos, programas voltados para eles, assim como outros países já o fazem há muito tempo a exemplo da Suíça, Noruega, Suécia, Alemanha dentre outros.
        Interessante abrir um parêntese para falar sobre como o idoso é visto no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria, a cultura do idoso oriental têm como tradição cuidar bem e reverenciar os idosos, fruto de aspectos milenares em que dignidade e respeito são valores cultuados por eles.
          Vamos parar e pensar antes de expressar frases como “Você não tem mais idade para isso”, “Você não aparenta ter essa idade”, “Depois de certa idade”, “Você está bem/ bonita para sua idade”, dentre outras; que só tem como finalidade colocar as pessoas para baixo.
         E para finalizar compartilho que essa semana em que vi meu padrinho partir com 77 anos e também celebrei os 60 anos de uma amiga querida, pude trocar com minha amiga desde a adolescência várias coisas importantes sendo uma delas a reflexão relacionada ao fato de que quanto mais avançamos na caminhada da nossa vida devemos buscar sabedoria para nos adaptar aos diferentes ciclos e momentos de nossas vidas, simplificar nossa vida como um todo inclusive avaliando sobre o que precisamos e o que não precisamos material e espiritualmente em nossas vidas e lutar para manter ao máximo nossa autonomia e independência.
        Abraços e boas reflexões para todos. Como diz Oswaldo Montenegro: “Se puder, envelheça”: .... ficar velho é sacar nossa própria desimportância”. Algo importante de pontuar em um mundo onde as pessoas têm uma vaidade, arrogância e falta de sabedoria implacáveis e destrutivas para consigo e para com os outros. 


* Advogada e consteladora pelo Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ/USP).
Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/o-envelhecer-e-seus-impactos-na-sociedade-1.1000415. Adaptado.
No trecho do Texto “Quando jovens, muito comumente pensamos e sentimos que somos imortais; e não pensamos na velhice, na morte; que é bom e ruim.”, a Autora fez uso de uma figura de linguagem denominada
Alternativas
Q2402967 Português
Texto


O envelhecer e seus impactos na sociedade



Publicado em 19/02/2024 às 06:00.
Viviane Gago*



          Quando jovens, muito comumente pensamos e sentimos que somos imortais; e não pensamos na velhice, na morte; que é bom e ruim.
         No meu atual ciclo de vida, entrei na década dos 50 anos de idade, pego-me pensando sobre o envelhecer, que como tudo possui aspectos legais e não tão legais, positivos e negativos; por isso decidi falar um pouco sobre isso este mês.
         O etarismo, também conhecido como discriminação etária, refere-se à prática de julgar ou discriminar indivíduos com base em sua idade, afeta os jovens e os mais velhos, aqui focarei mais nestes últimos.
       As causas desse fenômeno são multifacetadas e podem incluir estereótipos culturais enraizados, preconceitos sociais, a busca pela juventude idealizada, crenças como idosos não podem trabalhar, idosos são frágeis e não conseguem resolver suas necessidades básicas, os mais velhos nada têm a contribuir etc.
       O preconceito afeta a saúde mental da pessoa porque ela tende a ficar em isolamento, não se sente confortável no ambiente onde ela é basicamente rejeitada por ter mais de 60 anos de idade, isso pode inclusive levar à depressão, uma vez que a pessoa muitas vezes pode não sentir coragem de externar o que realmente pensa e sente; especialmente aqueles que têm poucos recursos.
      Enquanto jovens adultos podem receber salários mais baixos, por serem considerados menos experientes, as pessoas mais velhas podem ter problemas para conseguir promoções ou encontrar trabalho. Isso tudo afeta diretamente a dignidade dessas pessoas; pois a levam para uma má qualidade de vida.       
         Lembremo-nos de algumas leis que protegem o idoso, a exemplo do artigo 96 da Constituição Federal, que aliás muita gente desconhece e dispõe que “Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício de cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 06 (seis) meses a 1 (um) ano e multa”. Existe também o Estatuto do Idoso que o protege e há um Projeto de Lei 3.549/2023 – Câmara dos Deputados que preceitua que o etarismo é a discriminação praticada contra indivíduos ou grupos de pessoas com base em estereótipos associados à idade.           Uma das formas de combater esse preconceito etário é conscientizar a população sobre os problemas que ele pode criar, aliás desnecessariamente, pois, com relação aos mais velhos, eles possuem enorme experiência de vida, privilégio que nem todos teremos, essas pessoas podem ter uma “bagagem” que muito pode agregar em qualquer cenário pessoal e/ou mercadológico. Lembremos do filme “Um senhor estagiário”, um dos aspectos principais é a união de gerações, a ideia de que a experiência e a juventude podem coexistir e se complementar. Ben, com sua experiência e calma, se contrapõe à agitada e moderna realidade da startup de Jules.
        O fato é que, pelo menos no meu entorno, vejo as pessoas viverem por muitos e muitos anos, com uma saúde mental e lucidez invejáveis, para terem uma ideia agora dia 03/02/24 fui convidada diretamente pela aniversariante, minha tia Reny, para o seu aniversário de 95 anos de plena elegância, lucidez e sabedoria, dia 17/02/24 fui convidada para os 90 anos da Tia Maura, mãe de um amigo querido, minha sogra com 83 anos é lúcida, minha tia Neter com 94 anos, minha tia Dirce com 91 anos, cheia de opinião, bonita, arrumada, voz firme e acompanha as mídias sociais; e tudo isso pertinho de mim para testemunhar a longevidade dessas mulheres
        O nosso país, além de ter de melhorar em muitos aspectos a exemplo da educação e do combate à corrupção, da melhora da malha logística do país, precisa também criar ferramentas, meios de melhorar também a qualidade de vida dos idosos, promovendo atividades culturais, acessibilidade, cursos, grupos, programas voltados para eles, assim como outros países já o fazem há muito tempo a exemplo da Suíça, Noruega, Suécia, Alemanha dentre outros.
        Interessante abrir um parêntese para falar sobre como o idoso é visto no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria, a cultura do idoso oriental têm como tradição cuidar bem e reverenciar os idosos, fruto de aspectos milenares em que dignidade e respeito são valores cultuados por eles.
          Vamos parar e pensar antes de expressar frases como “Você não tem mais idade para isso”, “Você não aparenta ter essa idade”, “Depois de certa idade”, “Você está bem/ bonita para sua idade”, dentre outras; que só tem como finalidade colocar as pessoas para baixo.
         E para finalizar compartilho que essa semana em que vi meu padrinho partir com 77 anos e também celebrei os 60 anos de uma amiga querida, pude trocar com minha amiga desde a adolescência várias coisas importantes sendo uma delas a reflexão relacionada ao fato de que quanto mais avançamos na caminhada da nossa vida devemos buscar sabedoria para nos adaptar aos diferentes ciclos e momentos de nossas vidas, simplificar nossa vida como um todo inclusive avaliando sobre o que precisamos e o que não precisamos material e espiritualmente em nossas vidas e lutar para manter ao máximo nossa autonomia e independência.
        Abraços e boas reflexões para todos. Como diz Oswaldo Montenegro: “Se puder, envelheça”: .... ficar velho é sacar nossa própria desimportância”. Algo importante de pontuar em um mundo onde as pessoas têm uma vaidade, arrogância e falta de sabedoria implacáveis e destrutivas para consigo e para com os outros. 


* Advogada e consteladora pelo Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ/USP).
Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/o-envelhecer-e-seus-impactos-na-sociedade-1.1000415. Adaptado.
No período do Texto “Existe também o Estatuto do Idoso que o protege e há um Projeto de Lei 3.549/2023...”, o termo destacado exerce função gramatical de 
Alternativas
Q2402968 Português
Texto


O envelhecer e seus impactos na sociedade



Publicado em 19/02/2024 às 06:00.
Viviane Gago*



          Quando jovens, muito comumente pensamos e sentimos que somos imortais; e não pensamos na velhice, na morte; que é bom e ruim.
         No meu atual ciclo de vida, entrei na década dos 50 anos de idade, pego-me pensando sobre o envelhecer, que como tudo possui aspectos legais e não tão legais, positivos e negativos; por isso decidi falar um pouco sobre isso este mês.
         O etarismo, também conhecido como discriminação etária, refere-se à prática de julgar ou discriminar indivíduos com base em sua idade, afeta os jovens e os mais velhos, aqui focarei mais nestes últimos.
       As causas desse fenômeno são multifacetadas e podem incluir estereótipos culturais enraizados, preconceitos sociais, a busca pela juventude idealizada, crenças como idosos não podem trabalhar, idosos são frágeis e não conseguem resolver suas necessidades básicas, os mais velhos nada têm a contribuir etc.
       O preconceito afeta a saúde mental da pessoa porque ela tende a ficar em isolamento, não se sente confortável no ambiente onde ela é basicamente rejeitada por ter mais de 60 anos de idade, isso pode inclusive levar à depressão, uma vez que a pessoa muitas vezes pode não sentir coragem de externar o que realmente pensa e sente; especialmente aqueles que têm poucos recursos.
      Enquanto jovens adultos podem receber salários mais baixos, por serem considerados menos experientes, as pessoas mais velhas podem ter problemas para conseguir promoções ou encontrar trabalho. Isso tudo afeta diretamente a dignidade dessas pessoas; pois a levam para uma má qualidade de vida.       
         Lembremo-nos de algumas leis que protegem o idoso, a exemplo do artigo 96 da Constituição Federal, que aliás muita gente desconhece e dispõe que “Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício de cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 06 (seis) meses a 1 (um) ano e multa”. Existe também o Estatuto do Idoso que o protege e há um Projeto de Lei 3.549/2023 – Câmara dos Deputados que preceitua que o etarismo é a discriminação praticada contra indivíduos ou grupos de pessoas com base em estereótipos associados à idade.           Uma das formas de combater esse preconceito etário é conscientizar a população sobre os problemas que ele pode criar, aliás desnecessariamente, pois, com relação aos mais velhos, eles possuem enorme experiência de vida, privilégio que nem todos teremos, essas pessoas podem ter uma “bagagem” que muito pode agregar em qualquer cenário pessoal e/ou mercadológico. Lembremos do filme “Um senhor estagiário”, um dos aspectos principais é a união de gerações, a ideia de que a experiência e a juventude podem coexistir e se complementar. Ben, com sua experiência e calma, se contrapõe à agitada e moderna realidade da startup de Jules.
        O fato é que, pelo menos no meu entorno, vejo as pessoas viverem por muitos e muitos anos, com uma saúde mental e lucidez invejáveis, para terem uma ideia agora dia 03/02/24 fui convidada diretamente pela aniversariante, minha tia Reny, para o seu aniversário de 95 anos de plena elegância, lucidez e sabedoria, dia 17/02/24 fui convidada para os 90 anos da Tia Maura, mãe de um amigo querido, minha sogra com 83 anos é lúcida, minha tia Neter com 94 anos, minha tia Dirce com 91 anos, cheia de opinião, bonita, arrumada, voz firme e acompanha as mídias sociais; e tudo isso pertinho de mim para testemunhar a longevidade dessas mulheres
        O nosso país, além de ter de melhorar em muitos aspectos a exemplo da educação e do combate à corrupção, da melhora da malha logística do país, precisa também criar ferramentas, meios de melhorar também a qualidade de vida dos idosos, promovendo atividades culturais, acessibilidade, cursos, grupos, programas voltados para eles, assim como outros países já o fazem há muito tempo a exemplo da Suíça, Noruega, Suécia, Alemanha dentre outros.
        Interessante abrir um parêntese para falar sobre como o idoso é visto no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria, a cultura do idoso oriental têm como tradição cuidar bem e reverenciar os idosos, fruto de aspectos milenares em que dignidade e respeito são valores cultuados por eles.
          Vamos parar e pensar antes de expressar frases como “Você não tem mais idade para isso”, “Você não aparenta ter essa idade”, “Depois de certa idade”, “Você está bem/ bonita para sua idade”, dentre outras; que só tem como finalidade colocar as pessoas para baixo.
         E para finalizar compartilho que essa semana em que vi meu padrinho partir com 77 anos e também celebrei os 60 anos de uma amiga querida, pude trocar com minha amiga desde a adolescência várias coisas importantes sendo uma delas a reflexão relacionada ao fato de que quanto mais avançamos na caminhada da nossa vida devemos buscar sabedoria para nos adaptar aos diferentes ciclos e momentos de nossas vidas, simplificar nossa vida como um todo inclusive avaliando sobre o que precisamos e o que não precisamos material e espiritualmente em nossas vidas e lutar para manter ao máximo nossa autonomia e independência.
        Abraços e boas reflexões para todos. Como diz Oswaldo Montenegro: “Se puder, envelheça”: .... ficar velho é sacar nossa própria desimportância”. Algo importante de pontuar em um mundo onde as pessoas têm uma vaidade, arrogância e falta de sabedoria implacáveis e destrutivas para consigo e para com os outros. 


* Advogada e consteladora pelo Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ/USP).
Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/o-envelhecer-e-seus-impactos-na-sociedade-1.1000415. Adaptado.
Analise o excerto do Texto, a seguir: “...assim como outros países já o fazem há muito tempo a exemplo da Suíça, Noruega, Suécia, Alemanha dentre outros.”. As vírgulas que aparecem no período em questão foram utilizadas para 
Alternativas
Q2402969 Português
Texto


O envelhecer e seus impactos na sociedade



Publicado em 19/02/2024 às 06:00.
Viviane Gago*



          Quando jovens, muito comumente pensamos e sentimos que somos imortais; e não pensamos na velhice, na morte; que é bom e ruim.
         No meu atual ciclo de vida, entrei na década dos 50 anos de idade, pego-me pensando sobre o envelhecer, que como tudo possui aspectos legais e não tão legais, positivos e negativos; por isso decidi falar um pouco sobre isso este mês.
         O etarismo, também conhecido como discriminação etária, refere-se à prática de julgar ou discriminar indivíduos com base em sua idade, afeta os jovens e os mais velhos, aqui focarei mais nestes últimos.
       As causas desse fenômeno são multifacetadas e podem incluir estereótipos culturais enraizados, preconceitos sociais, a busca pela juventude idealizada, crenças como idosos não podem trabalhar, idosos são frágeis e não conseguem resolver suas necessidades básicas, os mais velhos nada têm a contribuir etc.
       O preconceito afeta a saúde mental da pessoa porque ela tende a ficar em isolamento, não se sente confortável no ambiente onde ela é basicamente rejeitada por ter mais de 60 anos de idade, isso pode inclusive levar à depressão, uma vez que a pessoa muitas vezes pode não sentir coragem de externar o que realmente pensa e sente; especialmente aqueles que têm poucos recursos.
      Enquanto jovens adultos podem receber salários mais baixos, por serem considerados menos experientes, as pessoas mais velhas podem ter problemas para conseguir promoções ou encontrar trabalho. Isso tudo afeta diretamente a dignidade dessas pessoas; pois a levam para uma má qualidade de vida.       
         Lembremo-nos de algumas leis que protegem o idoso, a exemplo do artigo 96 da Constituição Federal, que aliás muita gente desconhece e dispõe que “Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício de cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 06 (seis) meses a 1 (um) ano e multa”. Existe também o Estatuto do Idoso que o protege e há um Projeto de Lei 3.549/2023 – Câmara dos Deputados que preceitua que o etarismo é a discriminação praticada contra indivíduos ou grupos de pessoas com base em estereótipos associados à idade.           Uma das formas de combater esse preconceito etário é conscientizar a população sobre os problemas que ele pode criar, aliás desnecessariamente, pois, com relação aos mais velhos, eles possuem enorme experiência de vida, privilégio que nem todos teremos, essas pessoas podem ter uma “bagagem” que muito pode agregar em qualquer cenário pessoal e/ou mercadológico. Lembremos do filme “Um senhor estagiário”, um dos aspectos principais é a união de gerações, a ideia de que a experiência e a juventude podem coexistir e se complementar. Ben, com sua experiência e calma, se contrapõe à agitada e moderna realidade da startup de Jules.
        O fato é que, pelo menos no meu entorno, vejo as pessoas viverem por muitos e muitos anos, com uma saúde mental e lucidez invejáveis, para terem uma ideia agora dia 03/02/24 fui convidada diretamente pela aniversariante, minha tia Reny, para o seu aniversário de 95 anos de plena elegância, lucidez e sabedoria, dia 17/02/24 fui convidada para os 90 anos da Tia Maura, mãe de um amigo querido, minha sogra com 83 anos é lúcida, minha tia Neter com 94 anos, minha tia Dirce com 91 anos, cheia de opinião, bonita, arrumada, voz firme e acompanha as mídias sociais; e tudo isso pertinho de mim para testemunhar a longevidade dessas mulheres
        O nosso país, além de ter de melhorar em muitos aspectos a exemplo da educação e do combate à corrupção, da melhora da malha logística do país, precisa também criar ferramentas, meios de melhorar também a qualidade de vida dos idosos, promovendo atividades culturais, acessibilidade, cursos, grupos, programas voltados para eles, assim como outros países já o fazem há muito tempo a exemplo da Suíça, Noruega, Suécia, Alemanha dentre outros.
        Interessante abrir um parêntese para falar sobre como o idoso é visto no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria, a cultura do idoso oriental têm como tradição cuidar bem e reverenciar os idosos, fruto de aspectos milenares em que dignidade e respeito são valores cultuados por eles.
          Vamos parar e pensar antes de expressar frases como “Você não tem mais idade para isso”, “Você não aparenta ter essa idade”, “Depois de certa idade”, “Você está bem/ bonita para sua idade”, dentre outras; que só tem como finalidade colocar as pessoas para baixo.
         E para finalizar compartilho que essa semana em que vi meu padrinho partir com 77 anos e também celebrei os 60 anos de uma amiga querida, pude trocar com minha amiga desde a adolescência várias coisas importantes sendo uma delas a reflexão relacionada ao fato de que quanto mais avançamos na caminhada da nossa vida devemos buscar sabedoria para nos adaptar aos diferentes ciclos e momentos de nossas vidas, simplificar nossa vida como um todo inclusive avaliando sobre o que precisamos e o que não precisamos material e espiritualmente em nossas vidas e lutar para manter ao máximo nossa autonomia e independência.
        Abraços e boas reflexões para todos. Como diz Oswaldo Montenegro: “Se puder, envelheça”: .... ficar velho é sacar nossa própria desimportância”. Algo importante de pontuar em um mundo onde as pessoas têm uma vaidade, arrogância e falta de sabedoria implacáveis e destrutivas para consigo e para com os outros. 


* Advogada e consteladora pelo Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ/USP).
Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/o-envelhecer-e-seus-impactos-na-sociedade-1.1000415. Adaptado.
Em “Lembremo-nos de algumas leis que protegem o idoso, a exemplo do artigo 96 da Constituição Federal,...”, o termo destacado exerce função sintática de
Alternativas
Q2402970 Português
Texto


O envelhecer e seus impactos na sociedade



Publicado em 19/02/2024 às 06:00.
Viviane Gago*



          Quando jovens, muito comumente pensamos e sentimos que somos imortais; e não pensamos na velhice, na morte; que é bom e ruim.
         No meu atual ciclo de vida, entrei na década dos 50 anos de idade, pego-me pensando sobre o envelhecer, que como tudo possui aspectos legais e não tão legais, positivos e negativos; por isso decidi falar um pouco sobre isso este mês.
         O etarismo, também conhecido como discriminação etária, refere-se à prática de julgar ou discriminar indivíduos com base em sua idade, afeta os jovens e os mais velhos, aqui focarei mais nestes últimos.
       As causas desse fenômeno são multifacetadas e podem incluir estereótipos culturais enraizados, preconceitos sociais, a busca pela juventude idealizada, crenças como idosos não podem trabalhar, idosos são frágeis e não conseguem resolver suas necessidades básicas, os mais velhos nada têm a contribuir etc.
       O preconceito afeta a saúde mental da pessoa porque ela tende a ficar em isolamento, não se sente confortável no ambiente onde ela é basicamente rejeitada por ter mais de 60 anos de idade, isso pode inclusive levar à depressão, uma vez que a pessoa muitas vezes pode não sentir coragem de externar o que realmente pensa e sente; especialmente aqueles que têm poucos recursos.
      Enquanto jovens adultos podem receber salários mais baixos, por serem considerados menos experientes, as pessoas mais velhas podem ter problemas para conseguir promoções ou encontrar trabalho. Isso tudo afeta diretamente a dignidade dessas pessoas; pois a levam para uma má qualidade de vida.       
         Lembremo-nos de algumas leis que protegem o idoso, a exemplo do artigo 96 da Constituição Federal, que aliás muita gente desconhece e dispõe que “Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício de cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 06 (seis) meses a 1 (um) ano e multa”. Existe também o Estatuto do Idoso que o protege e há um Projeto de Lei 3.549/2023 – Câmara dos Deputados que preceitua que o etarismo é a discriminação praticada contra indivíduos ou grupos de pessoas com base em estereótipos associados à idade.           Uma das formas de combater esse preconceito etário é conscientizar a população sobre os problemas que ele pode criar, aliás desnecessariamente, pois, com relação aos mais velhos, eles possuem enorme experiência de vida, privilégio que nem todos teremos, essas pessoas podem ter uma “bagagem” que muito pode agregar em qualquer cenário pessoal e/ou mercadológico. Lembremos do filme “Um senhor estagiário”, um dos aspectos principais é a união de gerações, a ideia de que a experiência e a juventude podem coexistir e se complementar. Ben, com sua experiência e calma, se contrapõe à agitada e moderna realidade da startup de Jules.
        O fato é que, pelo menos no meu entorno, vejo as pessoas viverem por muitos e muitos anos, com uma saúde mental e lucidez invejáveis, para terem uma ideia agora dia 03/02/24 fui convidada diretamente pela aniversariante, minha tia Reny, para o seu aniversário de 95 anos de plena elegância, lucidez e sabedoria, dia 17/02/24 fui convidada para os 90 anos da Tia Maura, mãe de um amigo querido, minha sogra com 83 anos é lúcida, minha tia Neter com 94 anos, minha tia Dirce com 91 anos, cheia de opinião, bonita, arrumada, voz firme e acompanha as mídias sociais; e tudo isso pertinho de mim para testemunhar a longevidade dessas mulheres
        O nosso país, além de ter de melhorar em muitos aspectos a exemplo da educação e do combate à corrupção, da melhora da malha logística do país, precisa também criar ferramentas, meios de melhorar também a qualidade de vida dos idosos, promovendo atividades culturais, acessibilidade, cursos, grupos, programas voltados para eles, assim como outros países já o fazem há muito tempo a exemplo da Suíça, Noruega, Suécia, Alemanha dentre outros.
        Interessante abrir um parêntese para falar sobre como o idoso é visto no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria, a cultura do idoso oriental têm como tradição cuidar bem e reverenciar os idosos, fruto de aspectos milenares em que dignidade e respeito são valores cultuados por eles.
          Vamos parar e pensar antes de expressar frases como “Você não tem mais idade para isso”, “Você não aparenta ter essa idade”, “Depois de certa idade”, “Você está bem/ bonita para sua idade”, dentre outras; que só tem como finalidade colocar as pessoas para baixo.
         E para finalizar compartilho que essa semana em que vi meu padrinho partir com 77 anos e também celebrei os 60 anos de uma amiga querida, pude trocar com minha amiga desde a adolescência várias coisas importantes sendo uma delas a reflexão relacionada ao fato de que quanto mais avançamos na caminhada da nossa vida devemos buscar sabedoria para nos adaptar aos diferentes ciclos e momentos de nossas vidas, simplificar nossa vida como um todo inclusive avaliando sobre o que precisamos e o que não precisamos material e espiritualmente em nossas vidas e lutar para manter ao máximo nossa autonomia e independência.
        Abraços e boas reflexões para todos. Como diz Oswaldo Montenegro: “Se puder, envelheça”: .... ficar velho é sacar nossa própria desimportância”. Algo importante de pontuar em um mundo onde as pessoas têm uma vaidade, arrogância e falta de sabedoria implacáveis e destrutivas para consigo e para com os outros. 


* Advogada e consteladora pelo Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ/USP).
Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/o-envelhecer-e-seus-impactos-na-sociedade-1.1000415. Adaptado.
Sobre os processos de formação de palavras, assinale a alternativa que nomeia correta e respectivamente os processos sofridos pelas palavras destacadas no trecho do Texto a seguir:

“Uma das formas de combater esse preconceito etário é conscientizar a população sobre os problemas que ele pode criar, aliás desnecessariamente, pois, com relação aos mais velhos, eles possuem enorme experiência de vida, privilégio que nem todos teremos, essas pessoas podem ter uma “bagagem” que muito pode agregar em qualquer cenário pessoal e/ou mercadológico.” 
Alternativas
Q2402971 Português
Texto


O envelhecer e seus impactos na sociedade



Publicado em 19/02/2024 às 06:00.
Viviane Gago*



          Quando jovens, muito comumente pensamos e sentimos que somos imortais; e não pensamos na velhice, na morte; que é bom e ruim.
         No meu atual ciclo de vida, entrei na década dos 50 anos de idade, pego-me pensando sobre o envelhecer, que como tudo possui aspectos legais e não tão legais, positivos e negativos; por isso decidi falar um pouco sobre isso este mês.
         O etarismo, também conhecido como discriminação etária, refere-se à prática de julgar ou discriminar indivíduos com base em sua idade, afeta os jovens e os mais velhos, aqui focarei mais nestes últimos.
       As causas desse fenômeno são multifacetadas e podem incluir estereótipos culturais enraizados, preconceitos sociais, a busca pela juventude idealizada, crenças como idosos não podem trabalhar, idosos são frágeis e não conseguem resolver suas necessidades básicas, os mais velhos nada têm a contribuir etc.
       O preconceito afeta a saúde mental da pessoa porque ela tende a ficar em isolamento, não se sente confortável no ambiente onde ela é basicamente rejeitada por ter mais de 60 anos de idade, isso pode inclusive levar à depressão, uma vez que a pessoa muitas vezes pode não sentir coragem de externar o que realmente pensa e sente; especialmente aqueles que têm poucos recursos.
      Enquanto jovens adultos podem receber salários mais baixos, por serem considerados menos experientes, as pessoas mais velhas podem ter problemas para conseguir promoções ou encontrar trabalho. Isso tudo afeta diretamente a dignidade dessas pessoas; pois a levam para uma má qualidade de vida.       
         Lembremo-nos de algumas leis que protegem o idoso, a exemplo do artigo 96 da Constituição Federal, que aliás muita gente desconhece e dispõe que “Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício de cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 06 (seis) meses a 1 (um) ano e multa”. Existe também o Estatuto do Idoso que o protege e há um Projeto de Lei 3.549/2023 – Câmara dos Deputados que preceitua que o etarismo é a discriminação praticada contra indivíduos ou grupos de pessoas com base em estereótipos associados à idade.           Uma das formas de combater esse preconceito etário é conscientizar a população sobre os problemas que ele pode criar, aliás desnecessariamente, pois, com relação aos mais velhos, eles possuem enorme experiência de vida, privilégio que nem todos teremos, essas pessoas podem ter uma “bagagem” que muito pode agregar em qualquer cenário pessoal e/ou mercadológico. Lembremos do filme “Um senhor estagiário”, um dos aspectos principais é a união de gerações, a ideia de que a experiência e a juventude podem coexistir e se complementar. Ben, com sua experiência e calma, se contrapõe à agitada e moderna realidade da startup de Jules.
        O fato é que, pelo menos no meu entorno, vejo as pessoas viverem por muitos e muitos anos, com uma saúde mental e lucidez invejáveis, para terem uma ideia agora dia 03/02/24 fui convidada diretamente pela aniversariante, minha tia Reny, para o seu aniversário de 95 anos de plena elegância, lucidez e sabedoria, dia 17/02/24 fui convidada para os 90 anos da Tia Maura, mãe de um amigo querido, minha sogra com 83 anos é lúcida, minha tia Neter com 94 anos, minha tia Dirce com 91 anos, cheia de opinião, bonita, arrumada, voz firme e acompanha as mídias sociais; e tudo isso pertinho de mim para testemunhar a longevidade dessas mulheres
        O nosso país, além de ter de melhorar em muitos aspectos a exemplo da educação e do combate à corrupção, da melhora da malha logística do país, precisa também criar ferramentas, meios de melhorar também a qualidade de vida dos idosos, promovendo atividades culturais, acessibilidade, cursos, grupos, programas voltados para eles, assim como outros países já o fazem há muito tempo a exemplo da Suíça, Noruega, Suécia, Alemanha dentre outros.
        Interessante abrir um parêntese para falar sobre como o idoso é visto no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria, a cultura do idoso oriental têm como tradição cuidar bem e reverenciar os idosos, fruto de aspectos milenares em que dignidade e respeito são valores cultuados por eles.
          Vamos parar e pensar antes de expressar frases como “Você não tem mais idade para isso”, “Você não aparenta ter essa idade”, “Depois de certa idade”, “Você está bem/ bonita para sua idade”, dentre outras; que só tem como finalidade colocar as pessoas para baixo.
         E para finalizar compartilho que essa semana em que vi meu padrinho partir com 77 anos e também celebrei os 60 anos de uma amiga querida, pude trocar com minha amiga desde a adolescência várias coisas importantes sendo uma delas a reflexão relacionada ao fato de que quanto mais avançamos na caminhada da nossa vida devemos buscar sabedoria para nos adaptar aos diferentes ciclos e momentos de nossas vidas, simplificar nossa vida como um todo inclusive avaliando sobre o que precisamos e o que não precisamos material e espiritualmente em nossas vidas e lutar para manter ao máximo nossa autonomia e independência.
        Abraços e boas reflexões para todos. Como diz Oswaldo Montenegro: “Se puder, envelheça”: .... ficar velho é sacar nossa própria desimportância”. Algo importante de pontuar em um mundo onde as pessoas têm uma vaidade, arrogância e falta de sabedoria implacáveis e destrutivas para consigo e para com os outros. 


* Advogada e consteladora pelo Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ/USP).
Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/o-envelhecer-e-seus-impactos-na-sociedade-1.1000415. Adaptado.
Ao analisar o emprego do sinal grave em “O etarismo, também conhecido como discriminação etária, refere-se à prática de julgar ou discriminar indivíduos com base em sua idade,...”, assinale a alternativa que apresenta o fenômeno da crase acontecendo pelo mesmo motivo do exemplo ora em destaque.
Alternativas
Q2402972 Português
Texto


O envelhecer e seus impactos na sociedade



Publicado em 19/02/2024 às 06:00.
Viviane Gago*



          Quando jovens, muito comumente pensamos e sentimos que somos imortais; e não pensamos na velhice, na morte; que é bom e ruim.
         No meu atual ciclo de vida, entrei na década dos 50 anos de idade, pego-me pensando sobre o envelhecer, que como tudo possui aspectos legais e não tão legais, positivos e negativos; por isso decidi falar um pouco sobre isso este mês.
         O etarismo, também conhecido como discriminação etária, refere-se à prática de julgar ou discriminar indivíduos com base em sua idade, afeta os jovens e os mais velhos, aqui focarei mais nestes últimos.
       As causas desse fenômeno são multifacetadas e podem incluir estereótipos culturais enraizados, preconceitos sociais, a busca pela juventude idealizada, crenças como idosos não podem trabalhar, idosos são frágeis e não conseguem resolver suas necessidades básicas, os mais velhos nada têm a contribuir etc.
       O preconceito afeta a saúde mental da pessoa porque ela tende a ficar em isolamento, não se sente confortável no ambiente onde ela é basicamente rejeitada por ter mais de 60 anos de idade, isso pode inclusive levar à depressão, uma vez que a pessoa muitas vezes pode não sentir coragem de externar o que realmente pensa e sente; especialmente aqueles que têm poucos recursos.
      Enquanto jovens adultos podem receber salários mais baixos, por serem considerados menos experientes, as pessoas mais velhas podem ter problemas para conseguir promoções ou encontrar trabalho. Isso tudo afeta diretamente a dignidade dessas pessoas; pois a levam para uma má qualidade de vida.       
         Lembremo-nos de algumas leis que protegem o idoso, a exemplo do artigo 96 da Constituição Federal, que aliás muita gente desconhece e dispõe que “Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício de cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 06 (seis) meses a 1 (um) ano e multa”. Existe também o Estatuto do Idoso que o protege e há um Projeto de Lei 3.549/2023 – Câmara dos Deputados que preceitua que o etarismo é a discriminação praticada contra indivíduos ou grupos de pessoas com base em estereótipos associados à idade.           Uma das formas de combater esse preconceito etário é conscientizar a população sobre os problemas que ele pode criar, aliás desnecessariamente, pois, com relação aos mais velhos, eles possuem enorme experiência de vida, privilégio que nem todos teremos, essas pessoas podem ter uma “bagagem” que muito pode agregar em qualquer cenário pessoal e/ou mercadológico. Lembremos do filme “Um senhor estagiário”, um dos aspectos principais é a união de gerações, a ideia de que a experiência e a juventude podem coexistir e se complementar. Ben, com sua experiência e calma, se contrapõe à agitada e moderna realidade da startup de Jules.
        O fato é que, pelo menos no meu entorno, vejo as pessoas viverem por muitos e muitos anos, com uma saúde mental e lucidez invejáveis, para terem uma ideia agora dia 03/02/24 fui convidada diretamente pela aniversariante, minha tia Reny, para o seu aniversário de 95 anos de plena elegância, lucidez e sabedoria, dia 17/02/24 fui convidada para os 90 anos da Tia Maura, mãe de um amigo querido, minha sogra com 83 anos é lúcida, minha tia Neter com 94 anos, minha tia Dirce com 91 anos, cheia de opinião, bonita, arrumada, voz firme e acompanha as mídias sociais; e tudo isso pertinho de mim para testemunhar a longevidade dessas mulheres
        O nosso país, além de ter de melhorar em muitos aspectos a exemplo da educação e do combate à corrupção, da melhora da malha logística do país, precisa também criar ferramentas, meios de melhorar também a qualidade de vida dos idosos, promovendo atividades culturais, acessibilidade, cursos, grupos, programas voltados para eles, assim como outros países já o fazem há muito tempo a exemplo da Suíça, Noruega, Suécia, Alemanha dentre outros.
        Interessante abrir um parêntese para falar sobre como o idoso é visto no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria, a cultura do idoso oriental têm como tradição cuidar bem e reverenciar os idosos, fruto de aspectos milenares em que dignidade e respeito são valores cultuados por eles.
          Vamos parar e pensar antes de expressar frases como “Você não tem mais idade para isso”, “Você não aparenta ter essa idade”, “Depois de certa idade”, “Você está bem/ bonita para sua idade”, dentre outras; que só tem como finalidade colocar as pessoas para baixo.
         E para finalizar compartilho que essa semana em que vi meu padrinho partir com 77 anos e também celebrei os 60 anos de uma amiga querida, pude trocar com minha amiga desde a adolescência várias coisas importantes sendo uma delas a reflexão relacionada ao fato de que quanto mais avançamos na caminhada da nossa vida devemos buscar sabedoria para nos adaptar aos diferentes ciclos e momentos de nossas vidas, simplificar nossa vida como um todo inclusive avaliando sobre o que precisamos e o que não precisamos material e espiritualmente em nossas vidas e lutar para manter ao máximo nossa autonomia e independência.
        Abraços e boas reflexões para todos. Como diz Oswaldo Montenegro: “Se puder, envelheça”: .... ficar velho é sacar nossa própria desimportância”. Algo importante de pontuar em um mundo onde as pessoas têm uma vaidade, arrogância e falta de sabedoria implacáveis e destrutivas para consigo e para com os outros. 


* Advogada e consteladora pelo Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ/USP).
Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/o-envelhecer-e-seus-impactos-na-sociedade-1.1000415. Adaptado.
Em “...e há um Projeto de Lei 3.549/2023 – Câmara dos Deputados que¹ preceitua que² o etarismo é a discriminação praticada contra indivíduos ou grupos de pessoas com base em estereótipos associados à idade.”, as partículas “que” destacadas podem ser classificadas, respectivamente, como 
Alternativas
Q2402973 Português
Texto


O envelhecer e seus impactos na sociedade



Publicado em 19/02/2024 às 06:00.
Viviane Gago*



          Quando jovens, muito comumente pensamos e sentimos que somos imortais; e não pensamos na velhice, na morte; que é bom e ruim.
         No meu atual ciclo de vida, entrei na década dos 50 anos de idade, pego-me pensando sobre o envelhecer, que como tudo possui aspectos legais e não tão legais, positivos e negativos; por isso decidi falar um pouco sobre isso este mês.
         O etarismo, também conhecido como discriminação etária, refere-se à prática de julgar ou discriminar indivíduos com base em sua idade, afeta os jovens e os mais velhos, aqui focarei mais nestes últimos.
       As causas desse fenômeno são multifacetadas e podem incluir estereótipos culturais enraizados, preconceitos sociais, a busca pela juventude idealizada, crenças como idosos não podem trabalhar, idosos são frágeis e não conseguem resolver suas necessidades básicas, os mais velhos nada têm a contribuir etc.
       O preconceito afeta a saúde mental da pessoa porque ela tende a ficar em isolamento, não se sente confortável no ambiente onde ela é basicamente rejeitada por ter mais de 60 anos de idade, isso pode inclusive levar à depressão, uma vez que a pessoa muitas vezes pode não sentir coragem de externar o que realmente pensa e sente; especialmente aqueles que têm poucos recursos.
      Enquanto jovens adultos podem receber salários mais baixos, por serem considerados menos experientes, as pessoas mais velhas podem ter problemas para conseguir promoções ou encontrar trabalho. Isso tudo afeta diretamente a dignidade dessas pessoas; pois a levam para uma má qualidade de vida.       
         Lembremo-nos de algumas leis que protegem o idoso, a exemplo do artigo 96 da Constituição Federal, que aliás muita gente desconhece e dispõe que “Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício de cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 06 (seis) meses a 1 (um) ano e multa”. Existe também o Estatuto do Idoso que o protege e há um Projeto de Lei 3.549/2023 – Câmara dos Deputados que preceitua que o etarismo é a discriminação praticada contra indivíduos ou grupos de pessoas com base em estereótipos associados à idade.           Uma das formas de combater esse preconceito etário é conscientizar a população sobre os problemas que ele pode criar, aliás desnecessariamente, pois, com relação aos mais velhos, eles possuem enorme experiência de vida, privilégio que nem todos teremos, essas pessoas podem ter uma “bagagem” que muito pode agregar em qualquer cenário pessoal e/ou mercadológico. Lembremos do filme “Um senhor estagiário”, um dos aspectos principais é a união de gerações, a ideia de que a experiência e a juventude podem coexistir e se complementar. Ben, com sua experiência e calma, se contrapõe à agitada e moderna realidade da startup de Jules.
        O fato é que, pelo menos no meu entorno, vejo as pessoas viverem por muitos e muitos anos, com uma saúde mental e lucidez invejáveis, para terem uma ideia agora dia 03/02/24 fui convidada diretamente pela aniversariante, minha tia Reny, para o seu aniversário de 95 anos de plena elegância, lucidez e sabedoria, dia 17/02/24 fui convidada para os 90 anos da Tia Maura, mãe de um amigo querido, minha sogra com 83 anos é lúcida, minha tia Neter com 94 anos, minha tia Dirce com 91 anos, cheia de opinião, bonita, arrumada, voz firme e acompanha as mídias sociais; e tudo isso pertinho de mim para testemunhar a longevidade dessas mulheres
        O nosso país, além de ter de melhorar em muitos aspectos a exemplo da educação e do combate à corrupção, da melhora da malha logística do país, precisa também criar ferramentas, meios de melhorar também a qualidade de vida dos idosos, promovendo atividades culturais, acessibilidade, cursos, grupos, programas voltados para eles, assim como outros países já o fazem há muito tempo a exemplo da Suíça, Noruega, Suécia, Alemanha dentre outros.
        Interessante abrir um parêntese para falar sobre como o idoso é visto no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria, a cultura do idoso oriental têm como tradição cuidar bem e reverenciar os idosos, fruto de aspectos milenares em que dignidade e respeito são valores cultuados por eles.
          Vamos parar e pensar antes de expressar frases como “Você não tem mais idade para isso”, “Você não aparenta ter essa idade”, “Depois de certa idade”, “Você está bem/ bonita para sua idade”, dentre outras; que só tem como finalidade colocar as pessoas para baixo.
         E para finalizar compartilho que essa semana em que vi meu padrinho partir com 77 anos e também celebrei os 60 anos de uma amiga querida, pude trocar com minha amiga desde a adolescência várias coisas importantes sendo uma delas a reflexão relacionada ao fato de que quanto mais avançamos na caminhada da nossa vida devemos buscar sabedoria para nos adaptar aos diferentes ciclos e momentos de nossas vidas, simplificar nossa vida como um todo inclusive avaliando sobre o que precisamos e o que não precisamos material e espiritualmente em nossas vidas e lutar para manter ao máximo nossa autonomia e independência.
        Abraços e boas reflexões para todos. Como diz Oswaldo Montenegro: “Se puder, envelheça”: .... ficar velho é sacar nossa própria desimportância”. Algo importante de pontuar em um mundo onde as pessoas têm uma vaidade, arrogância e falta de sabedoria implacáveis e destrutivas para consigo e para com os outros. 


* Advogada e consteladora pelo Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ/USP).
Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/o-envelhecer-e-seus-impactos-na-sociedade-1.1000415. Adaptado.
No período do Texto “Lembremos do filme “Um senhor estagiário”, um dos aspectos principais é a união de gerações, a ideia de que a experiência e a juventude podem coexistir e se complementar.”, a partícula “se” exerce função gramatical de
Alternativas
Q2403249 Português
Texto I


 O Poeta da Roça


Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio 


Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola
Cantando, pachola, à percura de amô


Não tenho sabença, pois nunca estudei
Apenas eu seio o meu nome assiná
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
E o fio do pobre não pode estudá


Meu verso rastero, singelo e sem graça
Não entra na praça, no rico salão
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu peito


Patativa do Assaré
Disponível em https://mst.org.br/2021/03/05/parabens-patativa-7-poemasde-assare-neste-especial-de-aniversario/
As variações linguísticas são as diferenças que uma língua apresenta mediante fatores como a região e as condições culturais ou sociais, onde ela é usada. Por exemplo, no Texto I, do Patativa do Assaré, predomina a variação linguística 
Alternativas
Q2403250 Português
Texto I


 O Poeta da Roça


Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio 


Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola
Cantando, pachola, à percura de amô


Não tenho sabença, pois nunca estudei
Apenas eu seio o meu nome assiná
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
E o fio do pobre não pode estudá


Meu verso rastero, singelo e sem graça
Não entra na praça, no rico salão
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu peito


Patativa do Assaré
Disponível em https://mst.org.br/2021/03/05/parabens-patativa-7-poemasde-assare-neste-especial-de-aniversario/
“Sou poeta das brenha, não faço o papé. Pelo contexto do poema, os termos grifados no verso em comento referem-se, respectivamente, à (ao)
Alternativas
Q2403251 Português
Texto II


UNE: O que é um erro de português?


Bagno: Na concepção do senso comum, o “erro de português” é qualquer uso linguístico que não esteja previsto nos instrumentos normativos tradicionais, a gramática e o dicionário. No entanto, não existe uma concepção única e homogênea do que seja o português “correto” nesses instrumentos normativos, porque os gramáticos e dicionaristas têm posturas diferentes diante dos usos da língua: alguns gramáticos admitem certas formas inovadoras, enquanto outros ainda as rejeitam, por exemplo. Além disso, a noção de “erro” está muito vinculada à posição que uma pessoa ocupa na pirâmide social. Os usos já bem fixados entre as classes sociais privilegiadas, mesmo quando contradizem as prescrições tradicionais, passam despercebidos e não provocam reações extremadas: ao contrário, a atitude mais geral é do tipo “pode até estar errado, mas todo mundo fala assim”. Por outro lado, se o uso vem das camadas inferiores, nenhuma relativização é possível: é erro e ponto final. Como tudo em sociedade, o que é certo e errado depende de quem utiliza esses rótulos contra o quê e contra quem.


Confira a entrevista especial com o professor Marcos Bagno para a 9ª
Bienal da UNE.
Disponível em https://www.une.org.br/2014/11/marcos-bagno-a-linguacomo-instrumento-de-poder/

De acordo com o trecho da entrevista concedida à UNE pelo professor-pesquisador Marcos Bagno, reproduzido no Texto II, a caracterização de um erro de português, normalmente, apresenta um viés 
Alternativas
Q2403252 Português
Texto II


UNE: O que é um erro de português?


Bagno: Na concepção do senso comum, o “erro de português” é qualquer uso linguístico que não esteja previsto nos instrumentos normativos tradicionais, a gramática e o dicionário. No entanto, não existe uma concepção única e homogênea do que seja o português “correto” nesses instrumentos normativos, porque os gramáticos e dicionaristas têm posturas diferentes diante dos usos da língua: alguns gramáticos admitem certas formas inovadoras, enquanto outros ainda as rejeitam, por exemplo. Além disso, a noção de “erro” está muito vinculada à posição que uma pessoa ocupa na pirâmide social. Os usos já bem fixados entre as classes sociais privilegiadas, mesmo quando contradizem as prescrições tradicionais, passam despercebidos e não provocam reações extremadas: ao contrário, a atitude mais geral é do tipo “pode até estar errado, mas todo mundo fala assim”. Por outro lado, se o uso vem das camadas inferiores, nenhuma relativização é possível: é erro e ponto final. Como tudo em sociedade, o que é certo e errado depende de quem utiliza esses rótulos contra o quê e contra quem.


Confira a entrevista especial com o professor Marcos Bagno para a 9ª
Bienal da UNE.
Disponível em https://www.une.org.br/2014/11/marcos-bagno-a-linguacomo-instrumento-de-poder/

No que diz respeito às relações coesivas em destaque no Texto II, analise os itens a seguir:

I. A locução conjuntiva “No entanto” demonstra a concordância de Bagno com a afirmação que havia mencionado anteriormente.
II. As expressões “Além disso” e “prescrições” funcionam como mecanismos de coesão sequencial, estabelecendo relação entre partes do texto e permitindo a progressão textual.
III. A expressão “Por outro lado” indica a apresentação de um ponto de vista diferente daquele apresentado anteriormente.
IV. O termo “mesmo” foi empregado no texto expressando uma ideia de concessão.

Mediante a análise dos itens acima, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2403255 Português
Texto III


O reconhecimento da cultura afro-brasileira e africana: a
obrigatoriedade da temática na Educação Básica


       O reconhecimento das contribuições dos africanos na formação do Brasil é recente. Para que os grupos étnicos africanos ganhassem visibilidade na sociedade brasileira foram necessários diversos movimentos e manifestações em prol desse reconhecimento.
         Entre as medidas legais que vêm sendo adotadas está a obrigatoriedade de tratar da cultura afro-brasileira e a história da África na Educação Básica; várias políticas de reparação, reconhecimento e valorização da população afro-brasileira vêm sendo concretizadas na sociedade contemporânea. Uma dessas ações, como já sinalizado, é a Lei n° 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no currículo da Educação Básica no país; essa lei é importante na medida em que a sociedade brasileira se apropria e reconhece o valor da história e da cultura africana, trazida pelos escravizados para o Brasil e mantida pelos seus descendentes ao longo dos tempos.
          A Lei nº 10.639/03 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e inclui os artigos 26-A e 79-B, que tratam da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar. No Brasil, a Lei n° 10.639/03, tem com um dos principais objetivos educar a população para as relações étnico-raciais. Essas relações dizem respeito à reeducação dos diferentes grupos étnicos e dependem de ações que priorizem trabalhos conjuntos, articulações entre processos educativos escolares, políticas públicas e movimentos sociais.
        Compreender como se estruturam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, bem como os princípios que a norteiam, é fundamental para a inserção da temática em sala de aula, uma vez que esta vem se tornando um dos elementos essenciais para que seja refeito o caminho pelo qual se construiu uma imagem negativa dos povos africanos. A partir daí, desconstruir ideologias e mentalidades discriminatórias e preconceituosas que permeiam a sociedade contemporânea.
        No entanto, a inserção dessa lei no contexto brasileiro não é algo espontâneo. Pelo contrário, ela é resultante da atuação de políticos e, principalmente, da pressão exercida por grupos de defesa dos direitos dos negros. Ou seja, a Lei n° 10.639/03 é um produto da união de forças vindas da sociedade brasileira como o Movimento Negro, por exemplo, que ao longo da história do país apresentou inúmeras reivindicações dos direitos dos negros no Brasil. (...)


Disponível em https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/22/histria-dafrica-e-cultura-afro-brasileira-desafios-e-possibilidades-no-contexto-escolar.

“...é a Lei n° 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no currículo da Educação Básica no país...”. Alguns adjetivos, que são acompanhados de verbos de ligação, realizam determinados tipos de concordância levando em consideração os termos subsequentes, como pode ser visto no período destacado em relação ao uso do termo “obrigatório”. Sabendo-se disso, assinale a alternativa que apresenta a concordância correta para o adjetivo “necessário” nas sentenças a seguir.
Alternativas
Q2403256 Português
Texto III


O reconhecimento da cultura afro-brasileira e africana: a
obrigatoriedade da temática na Educação Básica


       O reconhecimento das contribuições dos africanos na formação do Brasil é recente. Para que os grupos étnicos africanos ganhassem visibilidade na sociedade brasileira foram necessários diversos movimentos e manifestações em prol desse reconhecimento.
         Entre as medidas legais que vêm sendo adotadas está a obrigatoriedade de tratar da cultura afro-brasileira e a história da África na Educação Básica; várias políticas de reparação, reconhecimento e valorização da população afro-brasileira vêm sendo concretizadas na sociedade contemporânea. Uma dessas ações, como já sinalizado, é a Lei n° 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no currículo da Educação Básica no país; essa lei é importante na medida em que a sociedade brasileira se apropria e reconhece o valor da história e da cultura africana, trazida pelos escravizados para o Brasil e mantida pelos seus descendentes ao longo dos tempos.
          A Lei nº 10.639/03 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e inclui os artigos 26-A e 79-B, que tratam da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar. No Brasil, a Lei n° 10.639/03, tem com um dos principais objetivos educar a população para as relações étnico-raciais. Essas relações dizem respeito à reeducação dos diferentes grupos étnicos e dependem de ações que priorizem trabalhos conjuntos, articulações entre processos educativos escolares, políticas públicas e movimentos sociais.
        Compreender como se estruturam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, bem como os princípios que a norteiam, é fundamental para a inserção da temática em sala de aula, uma vez que esta vem se tornando um dos elementos essenciais para que seja refeito o caminho pelo qual se construiu uma imagem negativa dos povos africanos. A partir daí, desconstruir ideologias e mentalidades discriminatórias e preconceituosas que permeiam a sociedade contemporânea.
        No entanto, a inserção dessa lei no contexto brasileiro não é algo espontâneo. Pelo contrário, ela é resultante da atuação de políticos e, principalmente, da pressão exercida por grupos de defesa dos direitos dos negros. Ou seja, a Lei n° 10.639/03 é um produto da união de forças vindas da sociedade brasileira como o Movimento Negro, por exemplo, que ao longo da história do país apresentou inúmeras reivindicações dos direitos dos negros no Brasil. (...)


Disponível em https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/22/histria-dafrica-e-cultura-afro-brasileira-desafios-e-possibilidades-no-contexto-escolar.

Em “A Lei nº 10.639/03 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e inclui os artigos 26-A e 79- B, que tratam da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar.”, a vírgula em destaque foi empregada para 
Alternativas
Q2403257 Português
Texto III


O reconhecimento da cultura afro-brasileira e africana: a
obrigatoriedade da temática na Educação Básica


       O reconhecimento das contribuições dos africanos na formação do Brasil é recente. Para que os grupos étnicos africanos ganhassem visibilidade na sociedade brasileira foram necessários diversos movimentos e manifestações em prol desse reconhecimento.
         Entre as medidas legais que vêm sendo adotadas está a obrigatoriedade de tratar da cultura afro-brasileira e a história da África na Educação Básica; várias políticas de reparação, reconhecimento e valorização da população afro-brasileira vêm sendo concretizadas na sociedade contemporânea. Uma dessas ações, como já sinalizado, é a Lei n° 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no currículo da Educação Básica no país; essa lei é importante na medida em que a sociedade brasileira se apropria e reconhece o valor da história e da cultura africana, trazida pelos escravizados para o Brasil e mantida pelos seus descendentes ao longo dos tempos.
          A Lei nº 10.639/03 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e inclui os artigos 26-A e 79-B, que tratam da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar. No Brasil, a Lei n° 10.639/03, tem com um dos principais objetivos educar a população para as relações étnico-raciais. Essas relações dizem respeito à reeducação dos diferentes grupos étnicos e dependem de ações que priorizem trabalhos conjuntos, articulações entre processos educativos escolares, políticas públicas e movimentos sociais.
        Compreender como se estruturam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, bem como os princípios que a norteiam, é fundamental para a inserção da temática em sala de aula, uma vez que esta vem se tornando um dos elementos essenciais para que seja refeito o caminho pelo qual se construiu uma imagem negativa dos povos africanos. A partir daí, desconstruir ideologias e mentalidades discriminatórias e preconceituosas que permeiam a sociedade contemporânea.
        No entanto, a inserção dessa lei no contexto brasileiro não é algo espontâneo. Pelo contrário, ela é resultante da atuação de políticos e, principalmente, da pressão exercida por grupos de defesa dos direitos dos negros. Ou seja, a Lei n° 10.639/03 é um produto da união de forças vindas da sociedade brasileira como o Movimento Negro, por exemplo, que ao longo da história do país apresentou inúmeras reivindicações dos direitos dos negros no Brasil. (...)


Disponível em https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/22/histria-dafrica-e-cultura-afro-brasileira-desafios-e-possibilidades-no-contexto-escolar.

De acordo com o Texto III, a inserção da Lei nº 10.639/03 na LDB, foi fruto 
Alternativas
Q2403258 Português
Texto III


O reconhecimento da cultura afro-brasileira e africana: a
obrigatoriedade da temática na Educação Básica


       O reconhecimento das contribuições dos africanos na formação do Brasil é recente. Para que os grupos étnicos africanos ganhassem visibilidade na sociedade brasileira foram necessários diversos movimentos e manifestações em prol desse reconhecimento.
         Entre as medidas legais que vêm sendo adotadas está a obrigatoriedade de tratar da cultura afro-brasileira e a história da África na Educação Básica; várias políticas de reparação, reconhecimento e valorização da população afro-brasileira vêm sendo concretizadas na sociedade contemporânea. Uma dessas ações, como já sinalizado, é a Lei n° 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no currículo da Educação Básica no país; essa lei é importante na medida em que a sociedade brasileira se apropria e reconhece o valor da história e da cultura africana, trazida pelos escravizados para o Brasil e mantida pelos seus descendentes ao longo dos tempos.
          A Lei nº 10.639/03 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e inclui os artigos 26-A e 79-B, que tratam da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar. No Brasil, a Lei n° 10.639/03, tem com um dos principais objetivos educar a população para as relações étnico-raciais. Essas relações dizem respeito à reeducação dos diferentes grupos étnicos e dependem de ações que priorizem trabalhos conjuntos, articulações entre processos educativos escolares, políticas públicas e movimentos sociais.
        Compreender como se estruturam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, bem como os princípios que a norteiam, é fundamental para a inserção da temática em sala de aula, uma vez que esta vem se tornando um dos elementos essenciais para que seja refeito o caminho pelo qual se construiu uma imagem negativa dos povos africanos. A partir daí, desconstruir ideologias e mentalidades discriminatórias e preconceituosas que permeiam a sociedade contemporânea.
        No entanto, a inserção dessa lei no contexto brasileiro não é algo espontâneo. Pelo contrário, ela é resultante da atuação de políticos e, principalmente, da pressão exercida por grupos de defesa dos direitos dos negros. Ou seja, a Lei n° 10.639/03 é um produto da união de forças vindas da sociedade brasileira como o Movimento Negro, por exemplo, que ao longo da história do país apresentou inúmeras reivindicações dos direitos dos negros no Brasil. (...)


Disponível em https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/22/histria-dafrica-e-cultura-afro-brasileira-desafios-e-possibilidades-no-contexto-escolar.

Para se realizar a construção de um texto argumentativo, oral ou escrito, as relações de coesão são de extrema importância, a fim de que as ideias possam se interligar de modo coerente e, assim, o ouvinte/leitor possa compreender a mensagem de forma eficiente e satisfatória. Então, ao analisar os períodos a seguir, assinale a alternativa correta que identifique as respectivas circunstâncias que os operadores argumentativos estabelecem na ligação das orações:

I. “...uma vez que esta vem se tornando um dos elementos essenciais para que seja refeito o caminho pelo qual se construiu uma imagem negativa dos povos africanos.”.
II. “Para que os grupos étnicos africanos ganhassem visibilidade na sociedade brasileira foram necessários diversos movimentos e manifestações em prol desse reconhecimento.”.
III. “...essa lei é importante na medida em que a sociedade brasileira se apropria e reconhece o valor da história e da cultura africana, trazida pelos escravizados para o Brasil e mantida pelos seus descendentes ao longo dos tempos.”.
IV. “No entanto, a inserção dessa lei no contexto brasileiro não é algo espontâneo. Pelo contrário, ela é resultante da atuação de políticos e, principalmente, da pressão exercida por grupos de defesa dos direitos dos negros.”.
Alternativas
Q2403260 Português
Texto III


O reconhecimento da cultura afro-brasileira e africana: a
obrigatoriedade da temática na Educação Básica


       O reconhecimento das contribuições dos africanos na formação do Brasil é recente. Para que os grupos étnicos africanos ganhassem visibilidade na sociedade brasileira foram necessários diversos movimentos e manifestações em prol desse reconhecimento.
         Entre as medidas legais que vêm sendo adotadas está a obrigatoriedade de tratar da cultura afro-brasileira e a história da África na Educação Básica; várias políticas de reparação, reconhecimento e valorização da população afro-brasileira vêm sendo concretizadas na sociedade contemporânea. Uma dessas ações, como já sinalizado, é a Lei n° 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no currículo da Educação Básica no país; essa lei é importante na medida em que a sociedade brasileira se apropria e reconhece o valor da história e da cultura africana, trazida pelos escravizados para o Brasil e mantida pelos seus descendentes ao longo dos tempos.
          A Lei nº 10.639/03 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e inclui os artigos 26-A e 79-B, que tratam da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar. No Brasil, a Lei n° 10.639/03, tem com um dos principais objetivos educar a população para as relações étnico-raciais. Essas relações dizem respeito à reeducação dos diferentes grupos étnicos e dependem de ações que priorizem trabalhos conjuntos, articulações entre processos educativos escolares, políticas públicas e movimentos sociais.
        Compreender como se estruturam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, bem como os princípios que a norteiam, é fundamental para a inserção da temática em sala de aula, uma vez que esta vem se tornando um dos elementos essenciais para que seja refeito o caminho pelo qual se construiu uma imagem negativa dos povos africanos. A partir daí, desconstruir ideologias e mentalidades discriminatórias e preconceituosas que permeiam a sociedade contemporânea.
        No entanto, a inserção dessa lei no contexto brasileiro não é algo espontâneo. Pelo contrário, ela é resultante da atuação de políticos e, principalmente, da pressão exercida por grupos de defesa dos direitos dos negros. Ou seja, a Lei n° 10.639/03 é um produto da união de forças vindas da sociedade brasileira como o Movimento Negro, por exemplo, que ao longo da história do país apresentou inúmeras reivindicações dos direitos dos negros no Brasil. (...)


Disponível em https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/22/histria-dafrica-e-cultura-afro-brasileira-desafios-e-possibilidades-no-contexto-escolar.

Imagem associada para resolução da questão


O uso verbo “desapontar”, NO Texto III, em relação à imagem do lápis e dos apontadores, caracteriza um fenômeno linguístico denominado de
Alternativas
Q2403261 Português
Texto III


O reconhecimento da cultura afro-brasileira e africana: a
obrigatoriedade da temática na Educação Básica


       O reconhecimento das contribuições dos africanos na formação do Brasil é recente. Para que os grupos étnicos africanos ganhassem visibilidade na sociedade brasileira foram necessários diversos movimentos e manifestações em prol desse reconhecimento.
         Entre as medidas legais que vêm sendo adotadas está a obrigatoriedade de tratar da cultura afro-brasileira e a história da África na Educação Básica; várias políticas de reparação, reconhecimento e valorização da população afro-brasileira vêm sendo concretizadas na sociedade contemporânea. Uma dessas ações, como já sinalizado, é a Lei n° 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no currículo da Educação Básica no país; essa lei é importante na medida em que a sociedade brasileira se apropria e reconhece o valor da história e da cultura africana, trazida pelos escravizados para o Brasil e mantida pelos seus descendentes ao longo dos tempos.
          A Lei nº 10.639/03 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e inclui os artigos 26-A e 79-B, que tratam da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar. No Brasil, a Lei n° 10.639/03, tem com um dos principais objetivos educar a população para as relações étnico-raciais. Essas relações dizem respeito à reeducação dos diferentes grupos étnicos e dependem de ações que priorizem trabalhos conjuntos, articulações entre processos educativos escolares, políticas públicas e movimentos sociais.
        Compreender como se estruturam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, bem como os princípios que a norteiam, é fundamental para a inserção da temática em sala de aula, uma vez que esta vem se tornando um dos elementos essenciais para que seja refeito o caminho pelo qual se construiu uma imagem negativa dos povos africanos. A partir daí, desconstruir ideologias e mentalidades discriminatórias e preconceituosas que permeiam a sociedade contemporânea.
        No entanto, a inserção dessa lei no contexto brasileiro não é algo espontâneo. Pelo contrário, ela é resultante da atuação de políticos e, principalmente, da pressão exercida por grupos de defesa dos direitos dos negros. Ou seja, a Lei n° 10.639/03 é um produto da união de forças vindas da sociedade brasileira como o Movimento Negro, por exemplo, que ao longo da história do país apresentou inúmeras reivindicações dos direitos dos negros no Brasil. (...)


Disponível em https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/22/histria-dafrica-e-cultura-afro-brasileira-desafios-e-possibilidades-no-contexto-escolar.

Ao analisar as orações “não desponte quem precisa” e “doe material escolar usado”, percebe-se que foram construídas tomando como base a função de linguagem
Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: D
4: B
5: D
6: C
7: A
8: B
9: C
10: A
11: D
12: D
13: C
14: B
15: B
16: D
17: C
18: A
19: B
20: C