Questões de Concurso Público Prefeitura de Aurora - CE 2018 para Professor de História

A escolha e organização dos métodos de ensino devem corresponder à necessária unidade avaliação-métodos e formas de organização do ensino e às condições concretas das situações didáticas no contexto social.

Os métodos expressam tão somente a antecipação dos propósitos docentes em relação ao desenvolvimento do conteúdo e a modificação da personalidade dos alunos quanto as exigências individuais e sociais.

Todos os campos do conhecimento devem estabelecer um único método para estimular o processo de ensino em função da aprendizagem dos alunos.

Recursos pedagógicos são métodos de ensino.

A escolha e organização dos métodos de ensino devem corresponder à necessária unidade objetivos-conteúdos-métodos e formas de organização do ensino e às condições concretas das situações didáticas.

Integrar mais efetivamente alunos, e, eventualmente suas famílias nas decisões relativas à definição dos conteúdos de ensino, das formas de interação entre professores, alunos e escola, do peso e significado das avaliações, enfim, dos processos necessários à condução do ensino e da aprendizagem.

Entender que o “bom” ou “mal” desempenho escolar não está atrelado apenas as condições socioeconômicas da criança e assumir a parcela de responsabilidade que a esfera escolar e as práticas pedagógicas ali desenvolvidas têm na produção e reprodução do fracasso escolar.

Investir na formação continuada de docentes, nas suas condições de trabalho e de remuneração.

Mudar os procedimentos de avaliação e classificação dos alunos com a adoção do fortalecimento dos juízos e rigidez das classificações (aluno “bom” ou “mau”, “forte” ou “fraco”, etc.)

Buscar meios mais eficientes de diagnóstico e de levantamento de informações a respeito do aluno e das suas condições de vida, tanto antes e fora quanto durante e dentro do processo educativo para um melhor desenvolvimento do trabalho docente.

Todas as alternativas estão corretas

Apenas a alternativa I está errada

Estão corretos os itens III e IV;

Nenhum item está correto

Estão corretas as alternativas II e III

A gestão da escola passa a ser, o resultado do exercício de todos os componentes da comunidade escolar, sempre na busca do alcance das metas estabelecidas pelo Projeto Político Pedagógico construído pelo gestor.

O individualismo, a desconfiança, a acomodação e o egoísmo cedem lugar ao sentido coletivo da crítica e autocrítica, do direito e do dever, da responsabilidade social frente ao ato educativo.

A expectativa que pais e alunos têm em relação a escola são satisfeitas independente do teor requerido.

Os agentes e sujeitos escolares agem de acordo com a LEI 11.494 de 20 de junho de 2007 que define os princípios da gestão democrática da escola pública.

O diretor redige um código de valores que representam o comprometimento de todos com a gestão participativa e faz circular a informação de cima para baixo na organização.

Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente que assegurem a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto social e do processo de participação democrática.

Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das exigências postas pela realidade social, do nível de preparo e das condições socioculturais individuais dos alunos.

Facilitar a preparação das aulas: selecionar material didático em tempo hábil, saber que tarefas professores e alunos devem executar, replanejar o trabalho frente a novas situações que aparecem no decorrer das aulas.

Criar mecanismos de avaliação do projeto político pedagógico, não envolvendo a avaliação docente, discente e institucional e sem considerar a definição do parâmetro de qualidade.

Todas as alternativas estão corretas.

A didática parte do pressuposto de que é possível escolher o melhor método de ensinar, com regras claras e precisas que garantem o sucesso da aprendizagem dos educandos.

O processo de ensino-aprendizagem deve ser compreendido na articulação das dimensões humana, técnica e político-social, destacando-se assim seu caráter dialético, unidimensional e contextualizado.

A docência requer um conjunto de saberes: experienciais, de conhecimentos e pedagógicos. Estes saberes integram a identidade do profissional docente.

O ensino é uma atividade social complexa e demanda uma epistemologia da prática pautada na elaboração de saberes didáticos fundados essencialmente em elementos teóricos.

Nenhuma das alternativas está correta.

I, II e III, apenas.

II, apenas.

I, II e IV, apenas.

I, II e V, apenas.

III e IV, apenas.

De acordo com a LDB 9394/96, a elaboração da proposta pedagógica da escola deve ser pautada em princípios da gestão democrática do ensino público. A referida Lei não específica esses princípios.

O termo político é uma denominação evidenciada na LDB 9394/96, sendo dissociável da dimensão pedagógica que envolve a escola e o ensino.

O projeto político-pedagógico como inovação regulatória e técnica se fundamenta em uma perspectiva emancipatória e edificante da educação.

Na construção do Projeto Político-pedagógico é importante pensar que a escola é concebida como espaço social marcado por manifestações de práticas não contraditórias.

Os princípios norteadores do projeto político-pedagógico são: igualdade, qualidade, gestão democrática, liberdade e valorização do magistério.

Quando a avaliação é formal, todos ficam sabendo que ela está ocorrendo: alunos, professores e pais.

A diferença entre a avaliação informal e a formal é que a informal sempre é prevista.

A avaliação informal é importante porque dá chances ao professor de conhecer mais amplamente cada aluno: suas necessidades, seus interesses, suas capacidades.

Na avaliação formal o aluno costuma receber nota, conceito ou menção.

A avaliação informal dá grande flexibilidade de julgamento ao professor, devendo ser praticada com responsabilidade.

O fracasso escolar é uma questão complexa que envolve dinâmica escolar, relação professor-aluno, sociedade, política, cultura e cognição.

O IDEB, em seus resultados, revela o fim do fracasso escolar no sistema de ensino público brasileiro.

No geral, o IDEB vem constatando que é pior o desempenho de alunos de escolas particulares do que das públicas.

O fracasso escolar é responsabilidade dos professores.

A avaliação observada nas estatísticas nacionais sobre o desempenho dos alunos das escolas públicas leva em conta a desigualdade social.

Apenas I, II e IV;

Apenas II, III e V;

Apenas III, IV e V;

Apenas I, III e V;

Todas contemplam.

Como esta proposta considera os esquemas de conhecimento que cada pessoa possui no momento de situação de aprendizagem, o ponto principal de um professor deve ser preparar bons esquemas para as aulas expositivas;

Para que o aluno possa comparar seus esquemas de conhecimentos com os conhecimentos de história, basta apresentar um bom filme sobre o assunto e pedir para que ele faça uma resenha comparando com o que ele sabia antes de ver o filme;

O professor não precisa se preocupar com a relação entre o que o aluno precisa aprender e o que o aluno já sabe, uma vez que a aprendizagem será gerada em sala de aula, no momento em que o assunto ou tema for apresentado pelo professor;

Cabe ao professor identificar mecanismos e formas de ajudar o aluno a estabelecer tantos vínculos essenciais e não-arbitrários entre os novos conteúdos e os conhecimentos prévios quanto permita a situação de ensino e de aprendizagem;

Concebe-se ao professor o papel de evitar ao máximo a intervenção pedagógica, pois caberá ao aluno construir o próprio conhecimento a partir dos seus próprios esforços.

A proposta das Diretrizes citadas se contrapõe ao disposto na Constituição Federal, Art. 205, que assinala o dever do Estado de garantir indistintamente, por meio da educação, iguais direitos para o pleno desenvolvimento de todos e de cada um, enquanto pessoa, cidadão ou profissional;

O processo de democratização da sociedade brasileira dispensa a intervenção do Estado, bastando apenas a meritocracia como dispositivo suficiente para superar as estatísticas que demostram as desigualdades, injustiças e práticas de exclusão fundadas em preconceitos e privilégios;

As políticas de reparações voltadas para a educação dos negros devem oferecer garantias a essa população de ingresso, permanência e sucesso na educação escolar, de valorização do patrimônio histórico-cultural afro-brasileiro, de aquisição das competências e dos conhecimentos tidos como indispensáveis para continuidade nos estudos;

As demandas das comunidades afro-brasileiras por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, no que diz respeito à educação não têm amparo legal, em que pese a Lei 9.394/1996 estabelecer a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas;

Conforme legislação vigente, os sistemas de ensino e estabelecimentos de diferentes níveis, exceto as instituições de Nível Superior, converterão as demandas dos afro-brasileiros em políticas públicas de Estado ou institucionais, ao tomarem decisões e iniciativas com vistas a reparações, reconhecimento e valorização da história e cultura dos afro-brasileiros.

Implica em justiça e iguais direitos sociais, civis, culturais e econômicos, bem como valorização da diversidade daquilo que distingue os negros dos outros grupos que compõem a população brasileira.

Exige a manutenção de discursos, raciocínios, lógicas, gestos, posturas e modos de tratar as pessoas negras estabelecidos a partir do mito da democracia racial na sociedade brasileira;

Requer se conhecer melhor a história brasileira que demonstra que, se os negros não atingem os mesmos patamares que os não negros, é por falta de competência ou de interesse;

Requer o fim das políticas educacionais e de estratégias pedagógicas de valorização da diversidade, a fim de superar a desigualdade étnica racial presente na educação escolar brasileira, nos diferentes níveis de ensino.

Implica em criar condições para que os estudantes negros sejam rejeitados em virtude da cor da sua pele e menosprezados em virtude de seus antepassados terem sido explorados como escravos.

No século XIX, o ensino de História no Brasil tinha a função explicitamente política de criar um sentimento de nacionalismo, o que fazia com que os conteúdos de História do Brasil ocupassem todo currículo sem espaço para práticas escolares voltadas para o ensino da História Europeia;

Com a instauração do regime republicano, os sumários de História do Brasil divulgados mostravam um Brasil completamente desvinculado dos países europeus, um projeto que foi duramente criticado pelos intelectuais da época, mas que perdurou até a década de 50;

A História como disciplina escolar é mais ou menos dependente de interferências externas, ao mesmo tempo, é influenciada pelos vários agentes internos na prática escolar, o que implica em não possuir autonomia plena para a criação, mas constituir-se em espaço privilegiado de reprodução (política, ideológica e acadêmica) e seu sucesso em sala de aula depende, em boa medida, da capacidade do professor de melhor adaptar o conhecimento produzido fora da escola ao ambiente escolar;

Os estudos sobre o ensino de História no final do século XIX e início do século XX demonstram que a criação do regime republicano, com base em exacerbado nacionalismo tinha como projeto de fundo um futuro de nação voltado para uma cidadania igualitária de sexo, gênero, etnia e raça;

As análises dos livros didáticos e currículos atuais voltados para o ensino de História demonstram que as novas possibilidades de pesquisa no campo da História, enquanto “ciência”, não conseguem chegar às práticas cotidianas escolares, pois os manuais didáticos não oferecem esta oportunidade.

Na Índia, predominava a ausência de propriedade privada da terra e o papel do Estado na construção de obras públicas, bem como o caráter autárquico das aldeias, cujas terras podiam ser cultivadas em lotes familiares, permanecendo as pastagens comuns;

Na Mesopotâmia, as grandes enchentes do Rio Nilo tornavam a prática de agricultura individual impraticável em face das necessidades de trabalho coletivo para as grandes obras de irrigação e barramento das águas;

Na Baixa Mesopotâmia há registros da existência de escravos com o mesmo sentido dos escravos do mundo greco-romano clássico, pois podiam se casar com pessoas livres e intentar ações judiciais, além de pagarem impostos;

Impossibilitados da prática da agricultura irrigada, os egípcios antigos, partiram para a pecuária como base de sua economia, o que descara a hipótese de uma causa hidráulica para o surgimento da civilização faraônica;

Apesar da importância dos rios para o desenvolvimento das sociedades do Antigo Oriente, a pesca não foi de grande envergadura, tendo em vista não construírem embarcações, mesmo as mais rudimentares.

Calabouço, bar secular conhecido pela morte do estudante Edson Luis, em 1968, era o local para onde pessoas escravizadas mais arredias eram enviadas, no final do século XIX, para serem torturados por senhores que embriagados;

Os calabouços tornaram-se comuns a partir do final do século XVIII, sendo destinados à tortura de índios escravizados, uma vez que não eram permitidos os castigos físicos aos negros escravizados;

Embora, desde o final do século XVIII, existissem medidas que limitavam os castigos estabelecidos pelos senhores aos seus escravos, as pesquisas demonstram que muitos senhores não obedeciam à lei;

O calabouço é uma invenção do século XIX, consistindo em hospitais reservados às pessoas escravizadas que sofriam maus tratos e torturas por parte de seus senhores;

Os castigos e torturas corporais eram exclusivamente aplicados de forma domésticas, uma vez que havia o entendimento de que essa relação era de cunho privado, não cabendo ao Estado legislar sobre a matéria;

A Lei 10639 de 2003, em que pese sua plena aplicação no âmbito do ensino, estimulou a necessidade de reflexão apenas sobre o ponto de vista da temática, sem considerar as representações e posicionamentos cotidianos nos espaços escolares sobre este fato;

Para o cumprimento tanto a Lei 10639, de 2003, como da Lei 10645, de 2008, basta apenas a mudança dos conteúdos programáticos e o foco no processo cognitivo, sem se preocupar com as mudanças de atitudes frente à diversidade étnica e racial;

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, para efeitos didáticos, a diversidade humana deve ser tratada com base no combate à dinâmica do hibridismo, não cabendo a preocupação em exaltar os valores de compreensão e respeito, cabendo à família a educação para valores éticos e morais;

Para dar conta da abordagem étnica e racial na História do Brasil é suficiente tratar do tema clássico da escravidão sob a ótica da mão de obra colonial, tendo por base, por exemplo, Caio Prado Jr.;

Analisando a historiografia do IHGB, Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, e o ensino do Colégio Pedro II, na segunda metade do século XIX, é possível perceber a ausência de temáticas relativas aos africanos e seus descendentes no Brasil, era uma História personalizada dos grandes feitos, homogênea e sem grandes conflitos;

A noção de classe traz consigo a noção de algo concreto, sólido, imóvel, que favorece a compreensão da História;

A classe acontece quando alguns homens, como resultado de experiências comuns, sentem e articulam a identidade de seus interesses entre e si, e contra homens de interesses diferentes;

Para Thompson, em seu conceito de classe não cabe o conceito de consciência de classe tratada em termos culturais, como tradições, sistemas de valores e formas institucionais;

Em Thompson, tanto a experiência como a consciência são determinadas da mesma forma, independente dos espaços e tempos vivenciados pelos trabalhadores;

Thompson, com base em Marx, define que a classe é real e capaz de ser definida matematicamente, bastando estabelecer quem são as pessoas despossuídas dos meios de produção.

O mundo em 1789 era essencialmente urbano, notadamente em países como a Rússia, a Escandinávia ou os Balcãs;

As grandes viagens ocorridas na época faziam com que quase toda a classe média e classe alta conhecesse o mundo em toda sua plenitude;

Poucas partes da superfície dos oceanos tinham sido exploradas e mapeadas, em que pese que a navegação sofreu uma considerável redução, após o século XVII;

Com exceção dos rios da China e da Índia, os cursos dos rios do mundo eram pouco conhecidos para quase toda população mundial, exceto para poucos caçadores comerciantes e andarilhos que tinham o algum conhecimento sobre os rios de suas regiões;

Apesar do problema agrário ser um dos principais elementos para compreender um mundo da época, a primeira escola sistematizada de economia tomou como verdade que a mais-valia era o principal fator de renda;