Questões de Concurso Público Prefeitura de Quixadá - CE 2016 para Professor Educação Básica I – Ensino Fundamental I
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Ferreiro e Teberosky (1999) apontam que a escrita é uma forma de representar aquilo que é funcionalmente significativo, estabelecendo um sistema de regras próprias. Para se aprender a escrever, o indivíduo necessita conhecer o sistema de regras da escrita, o que acontece de forma gradual, mas exige uma reflexão a respeito das características gerais da escrita. Através dos resultados obtidos por meio da pesquisa realizada pelas autoras foram definidos cinco níveis de desenvolvimento da escrita, que se estabelecem, a partir do momento em que o indivíduo compreende a função da escrita, ou seja, seus devidos usos. Observando as conceituações de três das cinco etapas da escrita admitidas por Ferreiro e Teberosky, temos, respectivamente, os níveis:
I. É uma escrita onde a criança começa a escrever, alfabeticamente, algumas sílabas e para outras permanece silábico. Percebe, primeiramente, que a sílaba tem duas letras e, posteriormente, que existem sílabas com mais de duas letras; tem dificuldades em separar palavras quando escreve frase ou texto.
II. Percebe a função social da escrita (diferenciando-a de desenhos), usa critério quantitativo. São necessárias muitas letras para escrever o nome de um objeto grande, e poucas letras para escrever o nome de um objeto ou coisa pequena, critério qualitativo (não se podem repetir letras).
III. Consciência de que existe relação entre fala e escrita, entre aspectos gráficos e sonoros das palavras. Presença de valor sonoro a letras e sinais para representar as palavras: para cada sílaba pronunciada o indivíduo escreve uma letra (uma letra para cada sílaba), ou para cada palavra numa frase dita. A criança utiliza os critérios quantitativo e qualitativo.
I. Encorajar o pensamento sobre números e quantidades de objetos em situações que sejam significativas para elas, ou seja, as crianças devem pensar sobre quantidade sempre que sentirem necessidade e interesse. II. Estimular a quantificação de objetos logicamente e a comparação de conjuntos (em vez de apenas contar). III. Incentivar a elaboração de conjuntos com objetos móveis. Folhas de exercícios com desenhos não são apropriadas para ensinar o número elementar, pois pode conduzir à resposta certa pela maneira errada. IV. Limitar a troca de ideias com seus pares. Através da troca de ideias e entre colegas, as crianças podem se dispersar, perderem o tempo previsto para a realização das atividades e a correção feita pelo professor. V. Compreender como a criança está pensando e intervir de acordo com o que parece em sua lógica. Mais do que corrigir a resposta dada pela criança, o professor deve tentar reconstituir o seu raciocínio para entender a base do “erro”.