Questões de Concurso Público Prefeitura de Petrolina - PE 2019 para Professor de Língua Portuguesa
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TEXTO 5
Interessa-me frisar que, embora oralidade e escrita tenham, cada uma, as suas especificidades, não existem diferenças essenciais entre a oralidade e a escrita nem, muito menos, grandes oposições. Uma e outra servem à interação verbal, sob a forma de diferentes gêneros textuais, na diversidade dialetal e de registro que qualquer uso da linguagem implica. Assim, não tem sentido a ideia de uma fala apenas como lugar da espontaneidade, do relaxamento, da falta de planejamento e até do descuido em relação às normas da língua padrão nem, por outro lado, a ideia de uma escrita uniforme, invariável, formal e correta, em qualquer circunstância.
ANTUNES, I. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola, 2003, p. 99-100. Excerto adaptado.
Segundo Antunes, “não tem sentido a ideia de uma fala apenas como lugar da espontaneidade, do relaxamento, da
falta de planejamento e até do descuido em relação às normas da língua padrão”. A autora se opõe, assim, a uma
prática pedagógica em que:
Analise as afirmações apresentadas a seguir.
1. São próprias do texto falado algumas marcas que indicam hesitação por parte do falante.
2. A tipologia narrativa, por ser típica da modalidade escrita, está ausente na modalidade oral.
3. Em textos orais, ficam audíveis variações sonoras, como a altura de voz, por exemplo.
4. Na fala espontânea, planejamento e execução se processam quase concomitantemente.
Estão CORRETAS:
Nisso reside a grande diferença entre fazer análise linguística e ter aula de gramática (numa perspectiva normativa e estrutural): na primeira, a reflexão está a serviço dos demais eixos do ensino de língua, enquanto que, na segunda, o foco do ensino está na aprendizagem de nomenclaturas e regras, desvinculadas de situações de uso da língua.
MENDONÇA, M. Análise linguística: por que e como avaliar. In. MARCUSCHI, B. e SUASSUNA, L. Avaliação em língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: MEC-CEEL/ Autêntica, 2006, p. 101.
Considerando as diferenças entre as duas perspectivas de ensino de língua apontadas por Mendonça, analise os seguintes procedimentos:
1. foco nos efeitos de sentido das escolhas sintáticas e lexicais; 2. análise de critérios da textualidade, como a coesão e a coerência; 3. atividades gramaticais de frases e de orações retiradas de textos; 4. ensino da gramática associado ao bom desempenho linguístico.
São procedimentos contemplados na perspectiva da análise linguística:
Nisso reside a grande diferença entre fazer análise linguística e ter aula de gramática (numa perspectiva normativa e estrutural): na primeira, a reflexão está a serviço dos demais eixos do ensino de língua, enquanto que, na segunda, o foco do ensino está na aprendizagem de nomenclaturas e regras, desvinculadas de situações de uso da língua.
MENDONÇA, M. Análise linguística: por que e como avaliar. In. MARCUSCHI, B. e SUASSUNA, L. Avaliação em língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: MEC-CEEL/ Autêntica, 2006, p. 101.
Qual das seguintes atividades reflete uma concepção de ensino na perspectiva de “língua como um conjunto de variedades”?