Questões de Concurso Público Prefeitura de Garça - SP 2018 para Diretor de Escola
Foram encontradas 60 questões
Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Garça - SP
Prova:
VUNESP - 2018 - Prefeitura de Garça - SP - Diretor de Escola |
Q1032441
Pedagogia
Cortella (2011) argumenta que dependemos profundamente de processos educativos para nossa sobrevivência, não carregamos carga genética para produção da
existência e, por isso, a educação é instrumento basilar para nós. Ela apresenta-se em sua forma vivencial
e espontânea e, também, na intencional e sistemática,
representada hoje, majoritariamente, pela escola e, cada
vez mais, pela mídia. O autor pondera que concepções
e práticas são indissociáveis no ser humano e que a
compreensão que educadores tenham do conhecimento
podem favorecer ou, então, prejudicar seu trabalho de
educar. Nesse sentido, o autor preocupa-se com o fato
de uma parcela significativa dos educadores carregar
concepções equivocadas e, por vezes, preconceituosas,
sobre a natureza do conhecimento, e em relação à realidade, o que pode inviabilizar uma educação verdadeira.
Tais equívocos, de acordo com Cortella, devem-se
Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Garça - SP
Prova:
VUNESP - 2018 - Prefeitura de Garça - SP - Diretor de Escola |
Q1032442
Pedagogia
De acordo com Cortella (2011), o conhecimento é uma
construção cultural (portanto, social e histórica) e a
Escola (como veículo que o transporta) tem um comprometimento político de caráter conservador e inovador
que se expressa também no modo como esse mesmo
conhecimento é compreendido. Ao analisar a questão do
conhecimento no interior da Escola, como educador, ele
indaga: “qual o sentido social do que fazemos?” E, na
sequência, afirma que “a resposta a essa questão está
na dependência da compreensão política que tivermos
da finalidade de nosso trabalho pedagógico, isto é, da
concepção sobre a relação entre Sociedade e Escola que
adotarmos”. Cortella apresenta, então, três dessas concepções que, grosso modo, representam posturas predominantes em vários momentos de nossa Educação e
que, de alguma maneira, convivem simultaneamente (nas
escolas e, muitas vezes, em cada um de nós): “otimismo
ingênuo”, “pessimismo ingênuo” e “otimismo crítico”.
O autor endossa o “otimismo crítico”, argumentando que,
nessa concepção,
Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Garça - SP
Prova:
VUNESP - 2018 - Prefeitura de Garça - SP - Diretor de Escola |
Q1032443
Pedagogia
Mantoan (2006), entendendo o contexto atual como de
quebra de paradigmas, aponta possibilidades “emergindo das interfaces e das novas conexões que se formam
entre saberes outrora isolados e partidos e dos encontros da subjetividade humana com o cotidiano, o social,
o cultural”. Para além de garantir vagas para todos, com
deficiência, nas classes comuns do ensino regular, Mantoan argumenta que é preciso recriar o modelo educativo escolar, tendo como eixo o ensino para todos, “sem
exclusões e exceções”. Machado (2009) relata pesquisa
orientada por Mantoan e relacionada à experiência de
ressignificar a educação especial na perspectiva da inclusão, no município de Florianópolis. O trabalho teve dois
eixos de transformação simultâneos, a formação continuada de professores e a organização progressiva dos
serviços de atendimento educacional especializado. Machado afirma que “todo o itinerário dessa nova educação
especial teve por sustentação a perspectiva inclusiva e o
aparato legal dos instrumentos legislativos.” A esse respeito, conforme abordado por Mantoan e Machado, cabe
reconhecer que a Constituição Federal de 1988, em seu
art. 208, considerados seus incisos e parágrafos, garante
o acesso ao ensino obrigatório e gratuito, como direito
público subjetivo, com garantia de padrão de qualidade,
e assegurando, entre outros, o atendimento educacional
especializado, a pessoas com deficiência,
Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Garça - SP
Prova:
VUNESP - 2018 - Prefeitura de Garça - SP - Diretor de Escola |
Q1032444
Pedagogia
No decorrer do século XX, o Brasil foi vivendo processos de urbanização articulados à diversificação
de sua economia, em relação estreita com o contexto
internacional, processos que foram demandando, mais
e mais, a educação escolar para pessoas comuns.
Libâneo, Oliveira e Toschi (2010) analisam a história
da estrutura e da organização do sistema de ensino no
Brasil, a qual “reflete as condições socioeconômicas
do país, mas revela, sobretudo, o panorama político de
determinados períodos históricos”. Os autores observam
que essa “análise pode ser feita com base em pares conceituais, díades que expressam tensões econômicas,
políticas, sociais e educacionais de cada período: centralização/descentralização; qualidade/quantidade; público
privado. Elas se articulam e cada qual ganha destaque
de acordo com o contexto político e os projetos sociais
mais amplos em disputa. Em relação à díade qualidade/
quantidade, no contexto atual, esses autores analisam
que, na reflexão e no debate sobre a educação elementar, os educadores têm caracterizado o termo qualidade
com os adjetivos social e cidadã – isto é, qualidade
social, qualidade cidadã para diferenciar o sentido que as
políticas dão ao termo. Para Libâneo, Oliveira e Toschi,
essa questão
Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Garça - SP
Prova:
VUNESP - 2018 - Prefeitura de Garça - SP - Diretor de Escola |
Q1032445
Pedagogia
Em um município paulista, os diretores, com o apoio dos
supervisores de ensino, reuniram-se para programar atividades voltadas à formação continuada dos professores
de suas escolas. Escolheram como suporte a obra Ofício de mestre: imagens e autoimagens, de Arroyo (2001)
porque essa obra oferece possibilidades de os professores refletirem sobre as dificuldades e desafios que a categoria encontra no dia a dia. Nela, Arroyo observa que,
apesar dos obstáculos, cabe aos professores exercerem,
junto aos alunos, um papel muito maior do que apenas
o de meros transmissores de conteúdos. A respeito dos
reveses enfrentados pelos professores, diz ele que “o
grave das condições materiais e de trabalho das escolas
não é apenas que é difícil ensinar sem condições, sem
materiais, sem salários, o grave é que nessas condições
nos desumanizamos todos. Não apenas torna-se difícil
ensinar e aprender os conteúdos, torna-se impossível