Questões de Concurso Público Prefeitura de Peruíbe - SP 2019 para Professor de Educação Básica II – História
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Conforme Perrenoud (2004), as avaliações formativa, certificativa e prognóstica referem-se a três tipos de decisões, tomadas conforme critérios diferentes. Considerando isso, observe as informações seguintes.
1. Formativa
2. Certificativa
3. Prognóstica
a. Garante aquisições relativamente a terceiros, no mercado de trabalho, a rigor, ao final de um ciclo de estudos; ela intervém ao término de uma formação dada.
b. Sustenta a regulação do ensino e a regulação da aprendizagem que se estão realizando; ela se desdobra dentro de uma formação escolar.
c. Fundamenta decisões de seleção ou de orientação em função da aptidão presumida para seguir uma nova formação.
Assinale a alternativa que estabelece a associação correta
das duas colunas.
A ideia principal deste texto é que há estruturas cognitivas profundas e longamente inculcadas na maneira de pensar a história brasileira que orientam a percepção e permitem a reprodução de um certo imaginário em torno dos indígenas.
[Antonio Carlos de Souza Lima, um olhar sobre a presença das populações nativas na invenção do Brasil. Em Aracy L. da Silva e Luís D. B. Grupioni (orgs). A temática indígena na escola. Adaptado]
Neste “certo imaginário”, segundo o autor do artigo, os
indígenas
Quanto à História do Brasil, cristalizou-se, desde os primórdios da República, uma divisão em três períodos: Colônia, Império e República.
(Flávio Berutti e Adhemar Marques,
Ensinar e aprender história. Adaptado)
Os marcos cronológicos dessa divisão têm ligação comConsiste em atribuir aos agentes históricos do passado razões ou sentimentos gerados no presente, interpretando, assim, a história em função de critérios inadequados, como se os atuais fossem válidos para todas as épocas.
(Flávio Berutti e Adhemar Marques, Ensinar e aprender história)
O texto apresenta o conceito deA História centrada na ação individual dos grandes homens e numa concepção positivista foi particularmente hegemônica durante o século XIX e, ainda no século XX, exerceu grande influência.
(Flávio Berutti e Adhemar Marques, Ensinar e aprender história)
De acordo com essa concepção, para a História ser
considerada científica é necessário que o historiador
Marx e Engels propuseram [...] uma nova periodização da História.
(Flávio Berutti e Adhemar Marques, Ensinar e aprender história. Adaptado)
Nesse sentido, esses pensadores defendem
Até algum tempo atrás, era comum que as pessoas se referissem à chegada dos portugueses ao continente americano em 1500 como o “Descobrimento do Brasil”. Essa expressão era encontrada inclusive em muitos livros didáticos de História. Mas, seria possível que os portugueses tivessem descoberto um lugar que já existia e que já era habitado?
Dessa maneira, quando começou a se pensar no ponto de vista (ou perspectiva) dos povos indígenas que ali viviam, essa expressão passou a ser criticada. Afinal, apenas para os portugueses tratava-se de um descobrimento. Essa era a visão deles, permeada por uma concepção de mundo essencialmente etnocêntrica. É mais prudente se falar de um “encontro de dois mundos”, expressão proposta pelo historiador Ronaldo Vainfas.
Essa é uma das razões pelas quais o historiador poderá encontrar diversas versões sobre um mesmo fato ou acontecimento. Entretanto, existem outras razões para o surgimento de diversas versões (ou histórias) sobre um mesmo tema [...]
(Flávio Berutti e Adhemar Marques, Ensinar e aprender história)
O texto citado aponta como uma outra razão
A partir de nossa experiência como educadores de museu, gostaríamos de apresentar alguns pontos fundamentais que devem ser levados em conta no planejamento de uma visita.
[Adriana Mortara Almeida e Camilo de Mello Vasconcellos, Por que visitar museus. Em Circe Bittencourt (org).O saber histórico na sala de aula]
Nesse caso, os autores sugerem, entre outros pontosA história faz-se com documentos escritos, sem dúvida. Quando estes existem. Mas pode fazer-se, deve fazer-se sem documentos escritos, quando não existem. Com tudo o que a habilidade do historiador lhe permite utilizar para fabricar o seu mel, na falta das flores habituais. Logo, com palavras. Signos. Paisagens e telhas. Com as formas do campo e das ervas daninhas. Com eclipses da lua e a atrelagem dos cavalos de tiro. Com os exames de pedras feitas pelos químicos. Numa palavra, com tudo o que, pertencendo ao homem, depende do homem, serve o homem. Exprime o homem, demonstra a presença, a atividade, os gostos e a maneira de ser do homem.
(Lucien Febvre apud Flávio Berutti e Adhemar Marques, Ensinar e aprender história)
O excerto mostra a produção historiográficaMuito provavelmente o colega professor já deve ter exibido filmes e documentários em suas aulas. De fato, esse é um recurso que na atualidade é bem aceito pelos estudantes, que vivem em um mundo que privilegia as linguagens visuais, como o cinema e a televisão. No entanto, é preciso certo cuidado com esse recurso.
(Flávio Berutti e Adhemar Marques, Ensinar e aprender história. Adaptado)
Leia o excerto da obra de Joaquim Norberto de Souza Silva, publicado em 1873, no qual a figura de Tiradentes é reconstruída.
Era ele de estatura alta, de espáduas bem desenvolvidas, como os naturais da Capitania de Minas Gerais. A sua fisionomia nada tinha de simpática e antes se tornava notável pelo que quer que fosse de repelente, devido em grande parte ao seu olhar espantado. Possuía, porém, o dom da palavra e expressava-se as mais das vezes, com entusiasmo; mas sem elegância nem atrativo, resultado de sua educação pouco esmerada; ouvindo-o porém na rudeza de sua conversação, gostava-se de sua franqueza selvagem, algumas vezes por demais brusca e que quase sempre desandava em leviandade, de sorte que uns lhe davam o característico de herói e outros o de doido. Tornava-se, assim, objeto de público gracejo, provocando o riso e, não poucas vezes, as vaias apupadas do público. Não tinha instrução alguma além da ordinária, todavia era de fácil e intuitiva compreensão. A sua prenda, como então se dizia, de pôr e tirar dentes, até desinteressadamente, graças à bondade de seu coração, que não condizia com a impetuosidade de seu gênio, lhe facilitava o contato com inúmeras pessoas e famílias.
[Apud João Pinto Furtado, Imaginando a nação: o ensino da história da
Inconfidência Mineira na perspectiva da crítica historiográfica.
Em: Lana M. de C. Simam e Thais N. de L. Fonseca (orgs.).
Inaugurando a História e construindo a nação.
Discursos e imagens no ensino de História]
Nessa reconstrução, Tiradentes