A China planeja levar astronautas à Lua antes de 2030,
o que seria outro avanço no que é cada vez mais visto como
uma nova corrida espacial que coloca o país asiático contra os Estados Unidos.
O país americano pretende colocar
seus astronautas novamente na superfície lunar até o final
de 2025.
O vice-diretor da Agência Espacial Tripulada da
China, Lin Xiqiang, confirmou o objetivo do país em
uma coletiva de imprensa, mas não deu uma data
específica. Eles estariam se preparando primeiro para
uma “curta estadia na superfície lunar e exploração
humano-robótica”.
“Temos uma estação espacial humana completa próxima
da Terra e um sistema de transporte humano de ida e volta”,
afirmou Xiqiang. Segundo ele, já existe um processo para
selecionar, treinar e apoiar astronautas, e um cronograma de
duas missões tripuladas por ano seria “suficiente para realizar nossos objetivos”.
O espaço é considerado uma nova área de competição
entre a China e os Estados Unidos – as duas maiores economias do mundo e rivais por influência diplomática e militar.
Os astronautas que a NASA (a agência espacial americana)
enviará à Lua até o final de 2025 terão como objetivo o Polo
Sul, onde se acredita que as crateras permanentemente
sombreadas estejam repletas de água congelada.
Planos para bases tripuladas permanentes na
Lua também estão sendo considerados por ambos os
países, levantando questões sobre direitos e interesses na superfície lunar. A lei dos Estados Unidos restringe fortemente a cooperação entre os programas espaciais dos dois países e, embora a China diga que aceita
colaborações estrangeiras, até agora elas se limitaram à pesquisa científica.
(China planeja levar astronautas à Lua antes de 2030.
www.estadao.com.br, 29.05.2023. Adaptado)