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Q2403259 Pedagogia
Texto III


O reconhecimento da cultura afro-brasileira e africana: a
obrigatoriedade da temática na Educação Básica


       O reconhecimento das contribuições dos africanos na formação do Brasil é recente. Para que os grupos étnicos africanos ganhassem visibilidade na sociedade brasileira foram necessários diversos movimentos e manifestações em prol desse reconhecimento.
         Entre as medidas legais que vêm sendo adotadas está a obrigatoriedade de tratar da cultura afro-brasileira e a história da África na Educação Básica; várias políticas de reparação, reconhecimento e valorização da população afro-brasileira vêm sendo concretizadas na sociedade contemporânea. Uma dessas ações, como já sinalizado, é a Lei n° 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no currículo da Educação Básica no país; essa lei é importante na medida em que a sociedade brasileira se apropria e reconhece o valor da história e da cultura africana, trazida pelos escravizados para o Brasil e mantida pelos seus descendentes ao longo dos tempos.
          A Lei nº 10.639/03 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e inclui os artigos 26-A e 79-B, que tratam da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar. No Brasil, a Lei n° 10.639/03, tem com um dos principais objetivos educar a população para as relações étnico-raciais. Essas relações dizem respeito à reeducação dos diferentes grupos étnicos e dependem de ações que priorizem trabalhos conjuntos, articulações entre processos educativos escolares, políticas públicas e movimentos sociais.
        Compreender como se estruturam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, bem como os princípios que a norteiam, é fundamental para a inserção da temática em sala de aula, uma vez que esta vem se tornando um dos elementos essenciais para que seja refeito o caminho pelo qual se construiu uma imagem negativa dos povos africanos. A partir daí, desconstruir ideologias e mentalidades discriminatórias e preconceituosas que permeiam a sociedade contemporânea.
        No entanto, a inserção dessa lei no contexto brasileiro não é algo espontâneo. Pelo contrário, ela é resultante da atuação de políticos e, principalmente, da pressão exercida por grupos de defesa dos direitos dos negros. Ou seja, a Lei n° 10.639/03 é um produto da união de forças vindas da sociedade brasileira como o Movimento Negro, por exemplo, que ao longo da história do país apresentou inúmeras reivindicações dos direitos dos negros no Brasil. (...)


Disponível em https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/22/histria-dafrica-e-cultura-afro-brasileira-desafios-e-possibilidades-no-contexto-escolar.

A leitura estimula o raciocínio, melhora o vocabulário, aprimora a capacidade interpretativa, além de proporcionar ao leitor um conhecimento amplo e diversificado sobre vários assuntos. Dessa forma, é importante reconhecer as concepções de leitura para que se adotem posturas direcionadas aos objetivos pretendidos durante o ato de ler. Para isso, correlacione, nas colunas a seguir, a concepção de leitura condizente com a sua respectiva descrição:

I – Perspectiva estruturalista. II – Perspectiva cognitiva. III – Perspectiva interacionista.

( ) Nesta concepção, tanto o texto quanto o leitor são imprescindíveis para o processo da leitura. Então, para a produção de sentido é necessária a interação entre autor, texto e leitor. O significado não fica restrito nem no texto nem no leitor, porém na interação entre texto e leitor. Neste âmbito, o ato de ler passa a ser visto como um processo que integra tanto as informações contidas no texto quanto as informações que o leitor traz para o texto.
( ) A perspectiva teórica trará o leitor em primeiro plano, quer dizer, tem-se o lugar do processo top-down e o bottom-up sai de cena. Este modelo teórico, descendente, tange a ideia de que o leitor não realiza uma leitura linear e decodificada, que não há um procedimento sequencial letra por letra, palavra por palavras, para obter uma leitura proficiente. O processo de leitura se dá do leitor para o texto, ou seja, de cima para baixo e não como foi visto no modelo ascendente.
( ) De acordo com Kato (1985) o texto como fonte única de sentido, possui uma visão estruturalista e mecanicista da linguagem. Nesta perspectiva teórica, o sentido estaria aprofundado às palavras e às frases, estando, assim, na dependência direta da forma. Tal modelo concebe a leitura como decodificação (modelo bottom-up), em que a leitura é vista como um processo instantâneo de decodificação de letras e sons.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta obtida no sentido de cima para baixo. 
Alternativas

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Alternativa correta: C - III – II – I.

Vamos analisar juntos por que essa é a alternativa correta. A questão aborda concepções de leitura e pede para correlacionar perspectivas teóricas com suas descrições. Vou explicar cada uma delas e por que se encaixam na sequência da alternativa C:

Perspectiva Interacionista (III): Esta perspectiva entende a leitura como um processo interativo, onde o sentido é construído a partir da relação entre o texto e o leitor, assim como suas experiências prévias e conhecimentos. O leitor é ativo na construção dos significados, e não apenas um decodificador de símbolos. Portanto, a descrição que fala da interação entre autor, texto e leitor corresponde a esta teoria, justificando ser o primeiro elemento (III) da sequência correta.

Perspectiva Cognitiva (II): Esta abordagem coloca o leitor no centro do processo de leitura, argumentando que a compreensão textual não segue uma linha decodificadora simples, mas envolve um conjunto complexo de habilidades cognitivas. O leitor utiliza seu conhecimento prévio, suas expectativas e inferências para construir sentido a partir do texto. Por isso, a descrição que menciona o modelo top-down (de cima para baixo), onde o entendimento parte do leitor em direção ao texto, está relacionada à perspectiva cognitiva, o que corresponde ao segundo elemento (II) da sequência correta.

Perspectiva Estruturalista (I): Esta concepção vê o texto como portador único de sentido e a leitura como um ato de decodificação de letras e sons, ou seja, um processo bottom-up (de baixo para cima). Nessa perspectiva, o significado é extraído diretamente da estrutura linguística do texto, sem considerar a interação do leitor com o mesmo. Assim, a descrição que se refere a uma visão mecanicista e estruturalista da linguagem, onde o sentido está intrínseco ao texto, corresponde a esta perspectiva teórica, e é o terceiro elemento (I) da sequência correta.

A alternativa C (III – II – I) é a única que apresenta a correlação adequada entre as perspectivas e suas respectivas descrições, seguindo o raciocínio de que a leitura é um processo interativo, cognitivo e, em uma concepção mais tradicional, estruturalista. Por isso, é a resposta correta à questão proposta.

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