Marco é um jovem que nasceu de mãe solteira e nunca conheceu...

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Q2464822 Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Marco é um jovem que nasceu de mãe solteira e nunca conheceu o seu pai. Marco sempre teve curiosidade sobre a identidade do seu pai e sua mãe lhe dizia que seu pai era Hugo, um homem conhecido da família com quem ela teria tido um relacionamento na época em que Marco foi concebido. Quando Marco completou 18 anos, ele decidiu tentar descobrir quem era seu pai, propondo ação de investigação de paternidade em face de Hugo, requerendo, para tanto, a realização de exame de DNA. Antes da citação, Hugo faleceu. Marco então, requereu em juízo a realização do exame de DNA em parentes do seu suposto pai. Diante da situação hipotética, é correto afirmar:
Alternativas

Comentários

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A alternativa D está correta.

Lei n. 8.560/1992

“Art. 2o-A. Na ação de investigação de paternidade, todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, serão hábeis para provar a verdade dos fatos.

§ 1º. A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético – DNA gerará a presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório.

§ 2º Se o suposto pai houver falecido ou não existir notícia de seu paradeiro, o juiz determinará, a expensas do autor da ação, a realização do exame de pareamento do código genético (DNA) em parentes consanguíneos, preferindo-se os de grau mais próximo aos mais distantes, importando a recusa em presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório”.

"A expensas" = à custa de; por conta de ...

GABARITO - LETRA "D"

Comentário:

Em uma breve síntese, temos que a questão apresentada pela banca examinadora envolve uma situação de investigação de paternidade que continua após a morte do suposto pai.

Dito isso, dentre as alternativas, a correta é a letra "D", pois reflete corretamente as disposições legais relativas à realização de exames de DNA em parentes consanguíneos após o falecimento do suposto pai, para estabelecer a paternidade.

Agora, vamos entender melhor cada uma das alternativas. Vejamos:

A letra “A” se encontra incorreta, pois a exumação dos restos mortais é uma medida extrema e geralmente considerada apenas quando outros meios menos invasivos, como testes em parentes vivos, não estão disponíveis ou foram esgotados.

A letra “B” se encontra incorreta, pois a coisa julgada pode ser relativizada em casos excepcionais, como quando surgem novas provas significativas que não estavam disponíveis durante o julgamento original.

A letra “C” se encontra incorreta, pois a recusa dos parentes em se submeter ao exame de DNA, por si só, não justifica a relativização da coisa julgada se a ação for julgada procedente com base em outros elementos de prova.

A letra “D” se encontra correta, pois conforme a Lei n. 8.560/1992, especificamente no Art. 2°-A e seus parágrafos, o juiz pode determinar a realização do exame de DNA em parentes consanguíneos do suposto pai falecido, e a recusa em se submeter ao exame pode ser interpretada como uma presunção de paternidade, desde que considerada junto ao restante das provas.

Por último, letra “E” se encontra incorreta, a ação de investigação de paternidade pode, de fato, incluir a realização de exames de DNA em parentes do suposto pai falecido, conforme estabelecido pela legislação.

Sobre a letra A - É legal a ordem judicial de exumação de restos mortais do de cujus, a fim de subsidiar exame de DNA para averiguação de vínculo de paternidade, diante de tentativas frustradas de realizar-se o exame em parentes vivos do investigado, bem como de completa impossibilidade de elucidação dos fatos por intermédio de outros meios de prova.

STJ. 3ª Turma. RMS 67436/DF, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 04/10/2022 (Info 752).

Normalmente a maior é a correta

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