Em sua análise das três gerações de avaliação da educação em...

A alternativa correta para esta questão é a B.

O tema central da questão envolve a análise das três gerações de avaliação da educação em larga escala, conforme discutido por Bonamino e Sousa (2012). Para entender a questão, é essencial compreender como essas avaliações impactam o currículo escolar e a prática docente.

A alternativa B é correta porque destaca um dos riscos associados às avaliações de terceira geração: a prática de "ensinar para o teste". Isso ocorre quando os professores concentram seus esforços nos tópicos avaliados, em detrimento de uma abordagem mais abrangente e integrada do currículo. Tal prática pode levar a um ensino focado apenas em conteúdos que são medidos pelas avaliações, deixando de lado outros aspectos importantes do currículo escolar.

Vamos analisar agora as alternativas incorretas:

A: Esta alternativa sugere que as avaliações de terceira geração incentivariam a inovação no currículo, promovendo o ensino integrado. No entanto, isso é contrário ao que geralmente ocorre, uma vez que a prática mais comum é a restrição do ensino aos conteúdos avaliados, não o seu enriquecimento.

C: A afirmação de que os professores ajustariam seus planos de aula para abranger integralmente os tópicos avaliados e não avaliados não reflete a realidade descrita por Bonamino e Sousa. Na prática, há uma tendência de focar nos tópicos avaliados, não ampliando a visão sobre o currículo.

D: Esta alternativa fala sobre o fim do currículo escolar devido à fragmentação dos tópicos. Embora as avaliações possam influenciar a priorização de conteúdos, elas não levam ao fim do currículo como um todo. A questão da interdisciplinaridade está mais relacionada a práticas pedagógicas do que à estrutura curricular ditada por avaliações.

Em resumo, a alternativa B aborda corretamente a questão dos riscos associados às avaliações de terceira geração, destacando a prática de "ensinar para o teste" como um problema central.

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A primeira geração enfatiza a avaliação com caráter diagnóstico da qualidade da educação ofertada no Brasil, sem atribuição de consequências diretas para as escolas e para o currículo. No estágio atual das iniciativas de avaliação em larga escala, emergem outros dois novos modelos de avaliação com a finalidade de subsidiar, a partir dos resultados dos alunos, políticas de responsabilização com atribuição de consequências para os agentes escolares.

Avaliações de segunda geração, por sua vez, contemplam, além da divulgação pública, a devolução dos resultados para as escolas, sem estabelecer consequências materiais. Nesse caso, as consequências são simbólicas e decorrem da divulgação e da apropriação das informações sobre os resultados da escola pelos pais e pela sociedade. Esse tipo de mecanismo de responsabilização tem como pressuposto que o conhecimento dos resultados favorece a mobilização das equipes escolares para a melhoria da educação, bem como a pressão dos pais e da comunidade sobre a escola.

Avaliações de terceira geração são aquelas que referenciam políticas de responsabilização forte ou high stakes, contemplando sanções ou recompensas em decorrência dos resultados de alunos e escolas.