Ariès (1981) mostra como o conceito de criança tem evoluído...
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A alternativa C é a correta. Vamos entender melhor por que ela está certa e analisar as outras opções.
Justificativa da alternativa correta:
No contexto da Idade Média, o conceito de infância como o entendemos hoje praticamente não existia. A criança era vista como um “adulto em miniatura”, sem reconhecimento de suas características singulares e necessidades específicas. Não havia a ideia de que a infância era uma fase distinta e fundamental para o desenvolvimento humano. Essa percepção só começou a mudar mais tarde, com o avanço de disciplinas como a psicanálise e a psicologia infantil, que passaram a valorizar a infância como um período crucial para a formação da personalidade. Portanto, a alternativa C reflete com precisão essa concepção histórica, afirmando que "o sentimento de infância não existia."
Análise das alternativas incorretas:
Alternativa A: Essa opção sugere que as crianças eram representadas por imagens de rapazes jovens ou anjos graciosos, mas essa imagem está mais associada ao período do Renascimento, quando se começa a notar um reconhecimento mais cuidadoso das características infantis. Durante a Idade Média, as crianças eram frequentemente retratadas como pequenos adultos.
Alternativa B: Esta alternativa menciona a iconografia leiga e a substituição de representações simbólicas por cenas de gênero e pinturas anedóticas, algo que não está diretamente relacionado à concepção medieval da infância. Essa mudança iconográfica surge mais tarde, sobretudo com o advento da modernidade.
Alternativa D: Essa opção fala sobre o processo de escolarização e a separação das crianças dos adultos em espaços específicos. No entanto, tal organização escolar e a ideia de turmas ou séries não são características do período medieval, mas sim de períodos posteriores, como a Idade Moderna. Na Idade Média, a educação formal não era amplamente acessível e organizada dessa forma.
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O sentimento de infância não existia, desconsiderava-se a criança com suas características particulares e próprias da sua idade, que a diferem do adulto. Ela era considerada um “adulto em miniatura”.
A visão da criança ao longo da história tem variado ao longo do tempo, desde a época antiga até a contemporaneidade:
- Antiguidade
- As crianças eram submetidas à autoridade do pai e consideradas inoperantes e incapazes de autonomia.
- Idade Média
- A criança continuava a ter um papel mínimo, sendo vista como substituível e inserida na vida adulta a partir dos sete anos.
- Século XVIII
- Com o surgimento do sentimento de infância, as crianças começaram a ser reconhecidas em suas particularidades, obtendo um quarto próprio, alimentação adequada e ocupando um espaço maior na sociedade.
- Contemporaneidade
- A criança é vista como um ser social, com necessidades e direitos, e como um sujeito histórico.
Fonte: Artigo científico "Breve histórico da criança no Brasil: conceituando a infância a partir do debate historiográfico".
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