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Q2512075 Pedagogia
A conceituação da deficiência é um campo em disputa até os dias de hoje. A partir da década de 1960, com os aportes das ciências humanas e sociais, emergiu o modelo que compreende que o principal problema enfrentado pelas pessoas com deficiência são as barreiras impostas pela sociedade. Mas, a partir da década de 1990, a incorporação da crítica feminista ajudou a consolidar um novo entendimento da deficiência, incluído em um “modelo biopsicossocial”, fundando as possibilidades de uma teoria aleijada, que oferece um modelo cultural da deficiência, rejeitando a ideia de que não ter uma deficiência seja um estado natural de todo ser humano. O alvo principal é o capacitismo, que impede a consideração de que é possível andar sem ter pernas, ouvir com os olhos, enxergar com os ouvidos e pensar com cada centímetro de pele.

Adaptado de Mello, A. G. de., Aydos, V., & Schuch, P. Aleijar as antropologias a partir das mediações da deficiência. Horizontes Antropológicos, 2022, 28(64), p. 7–29.

A partir do trecho, analise as afirmativas a seguir sobre o impacto da teoria aleijada na reformulação do conceito de deficiência.


I. A teoria aleijada qualifica o conceito de deficiência em suas dimensões relacional e política, uma vez que passa a compreendê-lo como impedimento médico, físico e corporal que impõe barreiras para o desenvolvimento dos indivíduos.

II. A teoria aleijada posiciona-se contra as práticas de normalização de corpos, por meio da crítica feminista a sistemas considerados opressivos, como o patriarcado, a heterossexualidade compulsória e o capacitismo.

III. A teoria aleijada desloca o conceito de deficiência, abordando-o enquanto uma questão entre o indivíduo e a sociedade resultante dos mecanismos de distinção e das ideias culturais sobre normalidade.


Está correto o que se afirma em 
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