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A história dos representantes da cultura afrodescendente, bem como seus valores, artefatos, comportamentos, mitos e rituais religiosos no Brasil é marcada pelo racismo e a desinformação. Nessa direção, a promulgação da Lei no 10.639/2003 tornou obrigatório o ensino de história da África e de cultura afro-brasileira nos currículos da escola básica, a fim de superar obstáculos sociais e fomentar a formação de uma consciência coletiva que tenha como eixo de ação política a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Diante dessa meta, a Educação Física poderá contribuir caso tematize no currículo práticas corporais pertencentes a essa tradição, como a capoeira, maculelê, samba, mancala etc., bem como seus grupos identitários, objetivando
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Vamos analisar a questão sobre a contribuição da Educação Física na tematização das práticas corporais afro-brasileiras no currículo escolar, conforme a Lei n° 10.639/2003.
***Alternativa correta: A***
A alternativa correta é a A, pois ela aborda de forma clara e objetiva a necessidade de afirmação e desconstrução da branquitude como padrão de modos de ser. Isso é essencial para que os estudantes, independentemente de sua origem étnico-racial, possam entender os processos de consolidação da cultura hegemônica. Essa abordagem está em consonância com os objetivos da Lei n° 10.639/2003, que visa promover uma sociedade mais justa e igualitária por meio da educação que valoriza a diversidade cultural.
Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:
Alternativa B - Esta alternativa está incorreta porque reduz o valor das práticas corporais afro-brasileiras à mera ocupação do tempo livre e horas de lazer. Embora seja importante para a socialização e inserção dos indivíduos, esta visão não abrange o objetivo maior de conscientização e reflexão crítica sobre a cultura afrodescendente e sua contribuição histórica.
Alternativa C - A alternativa C está incorreta porque apresenta uma visão estereotipada e preconceituosa. Ela sugere que os alunos afrodescendentes precisam desenvolver aptidões físicas para superar a indolência e se inserir na cultura ocidental da eficiência e do mérito. Esta visão vai contra os princípios da Lei n° 10.639/2003, que busca valorizar e reconhecer as culturas afrodescendentes, não subjugá-las a padrões ocidentais.
Alternativa D - Esta é a alternativa mais problemática, pois sugere a miscigenação das práticas corporais com o objetivo de retomar políticas de eugenia. Isso é completamente contrário aos princípios de igualdade, justiça e valorização da diversidade cultural que a Lei n° 10.639/2003 pretende promover. A eugenia é uma prática racista e desumana que não deve ser associada à educação.
Alternativa E - A alternativa E está incorreta porque foca exclusivamente no desenvolvimento de habilidades motoras especializadas. Embora estas habilidades sejam importantes, a questão não contempla a importância do reconhecimento e valorização cultural das práticas afro-brasileiras. A educação física deve ir além das habilidades motoras, promovendo a compreensão e a valorização das culturas afrodescendentes.
Assim, a alternativa A é a que mais se alinha aos objetivos estabelecidos pela Lei n° 10.639/2003, promovendo uma educação que valoriza a diversidade e contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
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