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Q2330411 Direito Financeiro

Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.º 101/2000), julgue o item.


No último ano de mandato do chefe do Poder Executivo, é vedada a contratação de operação de crédito por antecipação de receita orçamentária.

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Tema da Questão: A questão aborda a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), especificamente as restrições impostas ao Poder Executivo no último ano de mandato em relação à contratação de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária.

Legislação Aplicável: A Lei Complementar nº 101 de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal, é a legislação pertinente. O que fundamenta a resposta correta é o artigo 38, parágrafo único, que dispõe sobre as vedações para operações de crédito por antecipação de receita orçamentária no último ano de mandato.

Explicação do Tema Central: A LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Uma das suas diretrizes é evitar que governantes, especialmente em anos eleitorais, comprometam a saúde financeira do Estado, deixando dívidas para seus sucessores. No último ano de mandato, essa preocupação é ainda mais acentuada, pois há restrições para evitar que o governante em exercício deixe um "rombo" nas contas públicas.

Exemplo Prático: Imagine que um prefeito, no último ano de seu mandato, queira contrair um empréstimo para antecipar receitas do próximo exercício. Segundo a LRF, essa prática é vedada, pois pode comprometer a gestão financeira da próxima administração.

Justificativa da Alternativa Correta: A alternativa "C" está correta porque a LRF, em seu artigo 38, proíbe a contratação de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária no último ano de mandato do chefe do Poder Executivo. Isso visa garantir que o gestor não utilize recursos futuros de maneira irresponsável, prejudicando o equilíbrio fiscal da gestão seguinte.

Alternativa Incorreta: Não há necessidade de justificativa para alternativas incorretas, pois a questão é do tipo "Certo ou Errado". O foco é entender por que a afirmação apresentada está correta.

Pegadinhas no Enunciado: Uma possível pegadinha aqui é a interpretação do termo "operação de crédito por antecipação de receita orçamentária". É crucial compreender que essas operações são específicas e têm implicações legais distintas das operações de crédito comuns.

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Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:

IV - estará proibida:

b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.

VEDAÇÕES AO ÚLTIMO ANO DE MANDATO DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO

-->Últimos 180 dias: Aumento de despesa com pessoal (ato nulo e crime contra as finanças públicas)

-->Últimos 2 quadrimestres: contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro do mandato ou que tenha parcelas a serem pagas no próximo ano e não haja disponibilidades suficientes para isso

-->Último ano: Realizar operações de crédito por ARO

A vedação à contratação de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária no último ano de mandato do chefe do Poder Executivo tem como objetivo evitar práticas que possam comprometer as finanças públicas a curto prazo e prejudicar a transição entre governos.

Essa restrição está fundamentada em princípios de responsabilidade fiscal e busca evitar que, nos momentos finais de um mandato, o governante atual tome decisões que gerem compromissos financeiros de longo prazo sem a devida responsabilidade e avaliação de impactos futuros. A antecipação de receita orçamentária, por meio de operações de crédito, implica que o governo estará comprometendo recursos que só serão efetivamente recebidos em exercícios financeiros subsequentes.

Ao impedir a contratação de operações de crédito no último ano do mandato, pretende-se garantir a estabilidade das contas públicas, evitar o endividamento excessivo e assegurar que decisões financeiras não sejam tomadas de maneira precipitada, sem a devida análise de suas implicações a médio e longo prazo.

Além disso, essa medida visa proporcionar uma transição mais transparente e equilibrada entre diferentes gestões governamentais, evitando que o novo governo seja confrontado com compromissos financeiros significativos que não foram devidamente planejados e avaliados durante o período de transição.

Dessa forma, a restrição à contratação de operações de crédito no último ano do mandato visa promover a responsabilidade na gestão financeira, a transparência e a continuidade da estabilidade econômica ao longo das diferentes administrações.

A questão está falando sobre uma regra específica que vale para o último ano de mandato de um presidente, governador ou prefeito. Ela diz que, nesse período, não pode rolar a contratação de um tipo específico de empréstimo chamado "operação de crédito por antecipação de receita orçamentária".

Essa afirmação está certa, e vou te explicar por quê.

Vamos imaginar que um prefeito está no seu último ano de mandato e ele percebe que está faltando dinheiro no caixa da prefeitura para cobrir algumas despesas imediatas. Uma solução rápida seria pegar um empréstimo com um banco e prometer pagar quando o dinheiro dos impostos começar a entrar. Esse tipo de empréstimo é o que chamamos de "operação de crédito por antecipação de receita orçamentária".

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) proíbe que esse tipo de empréstimo seja feito no último ano de mandato. Por quê? Porque seria muito fácil para o prefeito (ou governador, ou presidente) pegar esse dinheiro emprestado e deixar a dívida para quem vier depois. Isso pode causar um baita problema para o próximo gestor e, pior ainda, pode desorganizar toda a administração financeira.

Por exemplo, se um prefeito pega um empréstimo grande em dezembro, quando seu mandato está terminando, o novo prefeito que assume em janeiro já começa seu trabalho com uma dívida enorme para pagar, sem ter sido ele quem tomou a decisão de pegar esse empréstimo. Isso não seria justo e poderia prejudicar muito a administração municipal.

Então, a regra existe para evitar que os governantes saiam deixando dívidas irresponsáveis para os próximos. Assim, a afirmação está correta: no último ano de mandato do chefe do Poder Executivo, é mesmo proibido contratar esse tipo de empréstimo.

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