Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar...
Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.º 101/2000), julgue o item.
No último ano de mandato do chefe do Poder
Executivo, é vedada a contratação de operação de
crédito por antecipação de receita orçamentária.
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Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:
IV - estará proibida:
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.
VEDAÇÕES AO ÚLTIMO ANO DE MANDATO DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO
-->Últimos 180 dias: Aumento de despesa com pessoal (ato nulo e crime contra as finanças públicas)
-->Últimos 2 quadrimestres: contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro do mandato ou que tenha parcelas a serem pagas no próximo ano e não haja disponibilidades suficientes para isso
-->Último ano: Realizar operações de crédito por ARO
A vedação à contratação de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária no último ano de mandato do chefe do Poder Executivo tem como objetivo evitar práticas que possam comprometer as finanças públicas a curto prazo e prejudicar a transição entre governos.
Essa restrição está fundamentada em princípios de responsabilidade fiscal e busca evitar que, nos momentos finais de um mandato, o governante atual tome decisões que gerem compromissos financeiros de longo prazo sem a devida responsabilidade e avaliação de impactos futuros. A antecipação de receita orçamentária, por meio de operações de crédito, implica que o governo estará comprometendo recursos que só serão efetivamente recebidos em exercícios financeiros subsequentes.
Ao impedir a contratação de operações de crédito no último ano do mandato, pretende-se garantir a estabilidade das contas públicas, evitar o endividamento excessivo e assegurar que decisões financeiras não sejam tomadas de maneira precipitada, sem a devida análise de suas implicações a médio e longo prazo.
Além disso, essa medida visa proporcionar uma transição mais transparente e equilibrada entre diferentes gestões governamentais, evitando que o novo governo seja confrontado com compromissos financeiros significativos que não foram devidamente planejados e avaliados durante o período de transição.
Dessa forma, a restrição à contratação de operações de crédito no último ano do mandato visa promover a responsabilidade na gestão financeira, a transparência e a continuidade da estabilidade econômica ao longo das diferentes administrações.
A questão está falando sobre uma regra específica que vale para o último ano de mandato de um presidente, governador ou prefeito. Ela diz que, nesse período, não pode rolar a contratação de um tipo específico de empréstimo chamado "operação de crédito por antecipação de receita orçamentária".
Essa afirmação está certa, e vou te explicar por quê.
Vamos imaginar que um prefeito está no seu último ano de mandato e ele percebe que está faltando dinheiro no caixa da prefeitura para cobrir algumas despesas imediatas. Uma solução rápida seria pegar um empréstimo com um banco e prometer pagar quando o dinheiro dos impostos começar a entrar. Esse tipo de empréstimo é o que chamamos de "operação de crédito por antecipação de receita orçamentária".
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) proíbe que esse tipo de empréstimo seja feito no último ano de mandato. Por quê? Porque seria muito fácil para o prefeito (ou governador, ou presidente) pegar esse dinheiro emprestado e deixar a dívida para quem vier depois. Isso pode causar um baita problema para o próximo gestor e, pior ainda, pode desorganizar toda a administração financeira.
Por exemplo, se um prefeito pega um empréstimo grande em dezembro, quando seu mandato está terminando, o novo prefeito que assume em janeiro já começa seu trabalho com uma dívida enorme para pagar, sem ter sido ele quem tomou a decisão de pegar esse empréstimo. Isso não seria justo e poderia prejudicar muito a administração municipal.
Então, a regra existe para evitar que os governantes saiam deixando dívidas irresponsáveis para os próximos. Assim, a afirmação está correta: no último ano de mandato do chefe do Poder Executivo, é mesmo proibido contratar esse tipo de empréstimo.
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