A história não emerge como um dado ou um acidente que tudo ...

Gabarito: C

A alternativa correta, letra C, expressa um conceito moderno sobre o ensino de história, que está muito em linha com a visão contemporânea de que a história não é um conjunto de acontecimentos imutáveis e unívocos, mas sim uma construção narrativa que envolve disputas, diferentes perspectivas e interpretações variadas. Isso está alinhado com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que defende a necessidade de se valorizar múltiplas visões e contextos no processo de ensino e aprendizagem.

Justificar a alternativa C como correta é reconhecer que os professores devem estar preparados para trabalhar com a complexidade das narrativas históricas em sala de aula, destacando a importância de se abordar diferentes versões dos eventos históricos. Isso contribui para que os estudantes desenvolvam um pensamento crítico e estejam aptos a compreender a história não como uma série de datas e eventos isolados, mas como um campo de constantes reinterpretações e significados, que é dinâmico e influenciado por diversas forças sociais, culturais, econômicas e políticas.

Portanto, ao selecionar a alternativa C, estamos reconhecendo a importância da prática docente que incentiva os alunos a analisar e compreender a multiplicidade de versões e narrativas que constituem o conhecimento histórico, fomentando a habilidade de lidar com a diversidade de interpretações e a capacidade de argumentação baseada em diferentes pontos de vista e fontes.

Letra C . evidenciar o caráter de disputa de narrativas e sentidos, a partir de diferentes lugares e contextos, que devem ser valorizados pelos docentes em seu cotidiano escolar. Para a História todas as visões de mundo devem ser estudadas , entendidas .

Na História, existem várias versões sobre um mesmo fato ou acontecimento. Essas versões nem sempre concordam entre si, porque são contadas por pessoas com interesses, culturas e pontos de vista diferentes.

Por exemplo:

• Descobrimento da América: Para os europeus, foi uma “descoberta”. Para os povos indígenas, foi uma invasão e destruição de suas culturas.
• Escravidão no Brasil: Alguns registros históricos escritos pelos europeus tentavam justificar a escravidão como algo necessário para o desenvolvimento econômico. Já os relatos dos próprios escravizados, quando encontrados, mostram a violência e a desumanidade do sistema.

Essas diferentes versões sobre os mesmos fatos mostram que a História não é única e definitiva. É construída e disputada por diferentes grupos sociais.

Isso quer dizer que cada grupo social ou cultura pode ter sua própria visão e interpretação dos fatos históricos. Essas interpretações dependem de:

• Onde essas pessoas vivem.
• A cultura e os valores que elas possuem.
• As condições sociais, econômicas e políticas em que vivem.

Por exemplo: A forma como os indígenas contam sua história é diferente da versão oficial dos colonizadores europeus. Ambos têm suas razões e perspectivas que precisam ser consideradas.

A BNCC quer que os professores:

1. Reconheçam e valorizem essas múltiplas versões e pontos de vista.
2. Mostrem aos alunos que a História é construída por diferentes narrativas e que essas narrativas refletem disputas de poder, interesses e perspectivas culturais.
3. Estimulem os alunos a pensar criticamente e perceber que o conhecimento histórico é sempre interpretado e reconstruído.

Os professores devem mostrar aos alunos que a História não é única. Diferentes grupos sociais contam a História de formas diferentes porque têm visões, interesses e experiências diferentes. Valorizar essas múltiplas versões ajuda os alunos a desenvolver um pensamento crítico e mais completo sobre o passado.