Em Educação Profissional no Brasil, Silvia Maria Manfredi (2...
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Alternativa correta: C - A Educação Profissional, enquanto prática social, é uma realidade condicionada e determinada, e não condicionante de qualificação social para o trabalho e emprego.
A questão aborda a temática das relações entre trabalho e escola na história da educação brasileira, partindo da perspectiva de que há uma diversidade de visões e representações sobre o trabalho e sua relação com a educação. Para entender a alternativa correta, é necessário reconhecer que a educação profissional não age de forma isolada, mas é influenciada por uma série de fatores socioeconômicos e históricos.
Para justificar a correção da alternativa C, é importante destacar que a Educação Profissional é entendida como parte de um contexto mais amplo de práticas sociais, o qual é influenciado por estruturas econômicas, relações de poder, e a dinâmica do próprio mercado de trabalho. Essa educação é moldada por esses fatores e não o contrário; ela não determina, por si só, a qualificação social para o trabalho e o emprego, mas é modelada pelas necessidades e exigências desses aspectos estruturais.
É um equívoco pensar que a educação profissional pode por si só transformar completamente o cenário de trabalho e emprego sem considerar as condições estruturais como os sistemas de produção, políticas econômicas e sociais, e as mudanças no mercado de trabalho.
Essa perspectiva é crucial para compreender a história da educação profissional no Brasil, que, em diferentes momentos, refletiu e respondeu a demandas econômicas e sociais específicas, ao invés de ser a força motriz que moldava essas demandas.
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Alternativa C
Conseqüentemente, a Educação Profissional (doravante, EP) em si não gera diretamente trabalho nem emprego, conforme avalia com muita pertinência a autora, constituindo-se como um processo condicionado e determinado de qualificação social. O trabalho e o emprego dependem, segundo Manfredi, da organização dos processos estruturais de produção, das condições do mercado de trabalho, das políticas regulatórias da economia capitalista. Entretanto, justamente por assumir essa visão da questão, deveria estar presente, nesse capítulo, uma análise mais substancial e histórica sobre a crise do fordismo e a emergência da acumulação flexível, por serem categorias determinantes no processo sócio-histórico da metamorfose do trabalho e do emprego no capitalismo global competitivo, com conseqüências profundas nas reformas atuais da EP no Brasil.
Página 50 do livro Educação Profissional no Brasil, 4ª ed:
"• Nessa linha de argumentação, a Educação Profissional, enquanto prática social, é uma realidade condicionada, determinada e não condicionante de qualificação social para o trabalho e para o emprego. Com isso, não se quer dizer que não haja uma correlação entre as necessidades e as transformações em curso no mundo do trabalho, com a emergência de novos requisitos educacionais e a importância da escola. Contudo, as relações entre escola e trabalho dão-se num contexto histórico de movimentos contraditórios, pois, ao mesmo tempo em que convivemos com grandes transformações no campo da tecnologia, da ciência, das formas de comunicação, convivemos também com o aumento do desemprego, da diversificação das especializações, com a redução das oportunidades de emprego estável, com o aumento do emprego por conta própria, temporário enfim, um movimento de ressignificação da importância da educação e da escola, associado a um movimento de redução do emprego formal e de requalificação do trabalho assalariado."
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