A respeito das fontes de direito internacional privado, ass...

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Q941315 Direito Internacional Privado
A respeito das fontes de direito internacional privado, assinale a alternativa correta.
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Nesse caso, a questão aborda as fontes de direito internacional privado, devendo o candidato assinalar a alternativa correta: 

A) Incorreta. A Suprema Corte do Brasil entende que diante do conflito entre tratado internacional e lei interna, deve prevalecer a mais recente das normas. Nessa linha, passou a adotar a ideia de paridade normativa, situando o tratado internacional e a lei interna no mesmo patamar hierárquico e de eficácia. 

B) Incorreta. No Brasil são admitidas normas que não necessitam ser incorporadas aos ordenamentos jurídicos internos de cada Estado Parte, em consonância com o art. 42 do Protocolo de Ouro Preto (Decreto nº 1.901, de 09 de maio de 1996.), “As normas emanadas dos órgãos do Mercosul previstos no Artigo 2 deste Protocolo terão caráter obrigatório e deverão, quando necessário, ser incorporadas aos ordenamentos jurídicos nacionais mediante os procedimentos previstos pela legislação de cada país.” 

C) Incorreta. São fontes do direito internacional privado: as leis, os costumes, as doutrinas, as jurisprudências, os tratados e convenções internacionais. As sentenças estrangeiras, por sua vez, se encaixam dentro das jurisprudências e, de acordo com o art. 17 da LINDB, “As leis, atos e sentença de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes". 

D) Incorreta. A questão, no entanto, se tornou polêmica, pois recentemente, o Supremo Tribunal Federal validou decreto que revogou norma internacional sobre dispensa sem justa causa. Entretanto, a Suprema Corte decidiu que a denúncia a tratados internacionais pelo presidente da República deve ter a concordância do Congresso Nacional e que, esse entendimento vigorará a partir de então, preservando atos anteriores. “No caso concreto da Convenção 158, o Tribunal decidiu manter válido o decreto que a denunciou, em nome da segurança jurídica. A maioria do colegiado acompanhou a proposta do relator para aplicar a tese da inconstitucionalidade da denúncia unilateral de tratados internacionais apenas a partir da publicação da ata do julgamento da ação, mantendo, assim, a eficácia de atos praticados até agora.” Para informações mais detalhadas, acessar o site do STF, cuja notícia está intitulada “STF valida decreto que revogou norma internacional sobre dispensa sem justa causa.” 

E) Correta. A lei pode ser enquadrada como a principal fonte de direito internacional privado de origem nacional. Outrossim, há de salientar que outras fontes são as doutrinas, jurisprudências, os costumes e os tratados e convenções internacionais. 

Gabarito da Professora: “E”.

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Comentários

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A) ERRADA


A partir de 1977, com o julgamento do Recurso Extraordinário – RE 80.004, o STF alterou seu entendimento, quando se assentou que ante o conflito entre o tratado e a lei interna deveria prevalecer a mais recente das normas, aplicando-se a máxima lex posterior derogat priori.


Assim, o STF passou a adotar a ideia de paridade normativa entre o tratado internacional e a lei interna, situando-os no mesmo plano hierárquico e no mesmo grau de eficácia.


B) ERRADA


A possibilidade da existência de normas que não requeiram incorporação tem fundamento no art. 42 do Protocolo de Ouro Preto, que dispõe:


"Art. 42. As normas emanadas dos órgãos do MERCOSUL previstos no Artigo 2º deste Protocolo terão caráter obrigatório e deverão, quando necessário, ser incorporadas aos ordenamentos jurídicos nacionais mediante os procedimentos previstos pela legislação de cada país." 


O emprego da expressão "quando necessário" deixa claro que pode haver casos em que a incorporação não se aplica.


C) ERRADA


Art. 17, da LINDB: “As leis, atos e sentença de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a  ordem pública e os bons costumes".

D) ERRADA


 Na prática quando um Estado, após a ratificação, não almeja permanecer sujeito ao Tratado, pode unilateralmente, por Decreto Presidencial, retirar-se através de notificação por escrito. Por questões meramente costumeiras o Brasil remeteu a competência unicamente ao Presidente da República para denunciar unilateralmente os Tratados Internacionais sem a participação do Congresso Nacional.


E) CORRETA


A doutrina, em todos os ramos jurídicos, exerce grande influência tanto na formação dos textos legislativos como das decisões judiciais. Tal fato pode ser percebido com maior veemência no ramo do Direito Internacional Privado, cujas normas positivadas são portadoras de inúmeras lacunas.


BONS ESTUDOS!

As fontes do direito internacional privado são:

1) a Lei;

2) os tratados e convenções internacionais;

3) os costumes;

4) a jurisprudência; e

5) a doutrina.

A doutrina desempenha papel primordial para a adaptação da disciplina às demandas de regulação das relações jurídicas que geram efeitos em mais de um país ao mesmo tempo. Pode-se dizer que é um conjunto de estudos, pareceres, artigos, de caráter cientifico consignados em obras, como livros, revistas, jornais jurídicos, em que tratam de teorias ou interpretações à temática do direito internacional privado. Assevera Irineu Strenger que a doutrina não tem força de obrigatoriedade, mas pode incluir-se nas decisões dos tribunais, em casos de elaboração das regras de direito e tratados internacionais, portanto, tem sido guia dos interessados na solução dos casos concretos.

FONTE: https://drluizfernandopereira.jusbrasil.com.br/artigos/260598725/direito-internacional-privado-perguntas-e-respostas.

Resposta Correta: Letras "E": A principal fonte de direito internacional privado de origem nacional é a lei. São consideradas fontes, ainda, a doutrina e a jurisprudência, sendo que a primeira se manifesta como intérprete e guia para a segunda.

Sobre a alternativa D. Na ADI 1.625, o STF afirmou que tal ato é inconstitucional: "A denúncia de tratado internacional, feita pelo presidente da República, exige a aprovação do Congresso Nacional. Sem isso, os efeitos serão nulos. "

Caso da OIT 158, que assegurava ao empregado o deito a não ser demitido sem justa causa. FHC.

OBS: ADI apenas com efeitos prospectivos. O trabalhador ganha, mas não leva.

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