Considerando que a noção de responsabilidade civil remete à ...
Na hipótese de dano causado pela omissão culposa do Estado, a responsabilidade estatal e a indenização por este devida serão majoradas se o fato desencadeador desse dano for imprevisível.
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Gabarito comentado
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Neste sentido, por exemplo, Maria Sylvia Di Pietro, após enunciar que a força maior é uma das causas excludentes de responsabilidade, assim a define:
"(...)força maior é acontecimento imprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes, como uma tempestade, um terremoto, um raio. Não sendo imputável à Administração, não pode incidir a responsabilidade do Estado; não há nexo de causalidade entre o dano e o comportamento da Administração."
Ora, se a imprevisibilidade é uma circunstância que pode ensejar a própria eliminação do dever de indenizar ao atribuível ao ente público, é evidente que jamais poderia ser considerada como uma causa para se majorar a eventual indenização devida, tal como foi aqui afirmado pela Banca, incorretamente.
Logo, claramente equivocada a assertiva ora comentada.
Gabarito do professor: ERRADO
Referências Bibliográficas:
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2013, p. 713.
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Comentários
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Pelo contrário, se houve omissão culposa + dano imprevisível, a indenização será mitigada conforme a responsabilidade do Estado.
Conforme José dos Santos Carvalho Filho, "É preciso, porém, verificar, caso a caso, os elementos que cercam a ocorrência do fato e os danos causados. Se estes forem resultantes, em conjunto, do fato imprevisível e de ação ou omissão culposa do Estado, não terá havido uma só causa, mas concausas, não se podendo, nessa hipótese, falar em excludente de responsabilidade. Como o Estado deu causa ao resultado, segue-se que a ele será imputada responsabilidade civil. Por respeito à equidade, porém, a indenização será mitigada, cabendo ao Estado reparar o dano de forma proporcional à sua participação no evento lesivo e ao lesado arcar com o prejuízo correspondente a sua própria conduta’.
Obs: Conforme a Zanella, se for apenas força maior (acontecimento imprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes, por exemplo, uma tempestade ou um raio), o evento não pode ser imputado ao Estado, pois independe de sua vontade e não há nexo de causalidade entre as ocorrências.
Majorar = aumentar, elevar
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