A mãe de uma criança de 70 dias esteve internada em um hosp...

A alternativa correta é a A - poderá ser revertido com o retorno da mãe, mas não é possível assegurar que não deixe sequelas.

René Spitz foi um psicanalista que deu grande ênfase ao estudo dos efeitos da privação materna em crianças. Ele observou que a separação prolongada de uma figura materna ou cuidadora pode ter efeitos profundos no desenvolvimento infantil.

Alternativa A: Esta é a correta porque está de acordo com as observações de Spitz. Ele constatou que a separação pode ser revertida com o retorno da mãe, mas também reconheceu que a criança pode apresentar sequelas, como dificuldades emocionais e de desenvolvimento, mesmo após o retorno da mãe.

Alternativa B: A descrição de um curso previsível de sintomas, desde gemidos até crises convulsivas, não é totalmente consistente com as descobertas de Spitz. Ele observou uma série de sintomas possíveis, mas eles não seguem um curso tão estritamente previsível.

Alternativa C: Embora a depressão anaclítica (um termo usado por Spitz) possa ocorrer em crianças, ela não é equivalente à depressão observada em adultos. O quadro infantil tem características e manifestações diferentes.

Alternativa D: A visão catastrófica apresentada aqui não considera a possibilidade de um substituto adequado. Spitz reconheceu que um cuidador substituto competente pode mitigar os efeitos da privação materna, ainda que não os elimine completamente.

Alternativa E: A ideia de que a privação afetaria apenas o desenvolvimento psicológico, mas não o motor, é incorreta. Spitz observou que a privação materna pode impactar múltiplos aspectos do desenvolvimento infantil, incluindo o desenvolvimento motor.

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a) poderá ser revertido com o retorno da mãe, mas não é possível assegurar que não deixe sequelas.

RENÉ SPITZ

> Privação emocional PARCIAL : Depressão anaclítica (no início da vida)

>Privação emocional COMPLETA: Marasmo e Hospitalismo. Atrasos motor/cognitivo, infecções.

"O distúrbio apresenta outras peculiaridades notáveis. Uma é que, quando a criança que sofre de depressão anaclítica permanece privada de sua mãe, sem ter recebido um substituto aceitável, por um período superior a cinco meses, ocorre maior deterioração da sua condição. Descobri que, após três meses de separação, há um período de transição de mais ou menos dois meses durante o qual todos os sintomas já mencionados tomam-se mais marcantes e se consolidam. Inversamente, se durante esse período de transição a mãe retoma, a maioria das crianças recupera-se. 

Não há certeza de que a recuperação seja completa; penso que o distúrbio deixa marcas que aparecerão nos anos posteriores, mas ainda não se têm provas definitivas disso." fonte: LIVRO: O primeiro ano de vida - Spitz