Os estudos da história da infância evidenciam que, na Idade ...

A alternativa correta é a D, que afirma que a infância e adolescência eram categorias socialmente ignoradas e era precoce sua inserção nas atividades cotidianas dos adultos. Vamos entender o porquê dessa afirmação ser correta.

Na Idade Média, a concepção do que era ser criança e adolescente diferia muito do entendimento que temos hoje. A ideia de uma infância protegida e dedicada ao lazer e aprendizado é um conceito relativamente moderno. Durante a Idade Média, as crianças eram vistas como pequenos adultos e, por isso, eram inseridas muito cedo no mundo do trabalho e nas responsabilidades da vida adulta. Não havia uma distinção clara entre as vestimentas ou atividades próprias para crianças e para adultos. As crianças vestiam-se de maneira similar aos adultos e envolviam-se nas mesmas atividades laborais desde cedo.

Esse entendimento é reforçado por estudos da história social e da família que mostram que as crianças medieval eram rapidamente integradas às atividades econômicas e sociais da época, não havendo um espaço dedicado para seu desenvolvimento individual nos moldes que reconhecemos hoje. A escolarização não era um direito ou sequer uma expectativa comum para a maioria das crianças – educação formal era um privilégio de poucos, geralmente da nobreza ou do clero.

Portanto, a visão de infância como um período de desenvolvimento e aprendizado específico é algo que foi se desenvolvendo ao longo da história, com mudanças significativas a partir da modernidade e, mais intensamente, com as transformações sociais e educacionais dos séculos XIX e XX.