Em sua clássica obra Ciência e política: duas vocações, Max...
Para resolver alguns questões filosóficas, temos apenas que empregar a lógica:
Dominação tradicional = frase relacionada à tradição
Abraços
A sociedade é permeada por formas de dominação.
Tipos:
a) Dominação legítima (uso da força autorizado pelo Estado e implica em algum grau de obediência)
b) Dominação ilegítima (feita através da força não autorizada pelo Estado. Ex: roubo)
Dominação legítima, para Weber, se divide em:
a.1) dominação legítima tradicional (funda-se na tradição e em geral por transmissibilidade – Ex Rainha da Inglaterra)
a.2) dominação legítima carismática (as pessoas veem carisma em determinada pessoa e por isso acham que ela deve ser seguida - Ex: Lula*)
a.3) dominação legítima racional-legal ou legal (a lei diz que você pode mandar – Ex: Dilma**)
* exemplo para fácil memorização!
** que não possui qualquer carisma. Exemplo para fácil memorização.
Para Max Weber há três tipos de legitimidade da dominação (tipos puros de dominação legítima): Dominação Legal, Tradicional e Carismática (funda-se no puro afeto).
Dominação legal tem como ideia base a existência de um estatuto (aquilo que se refere à normas) que pode criar e modificar qualquer direito, desde que seu processo (forma) esteja previamente estabelecido (estatuto sancionado corretamente). Seu tipo mais puro é a burocracia. Mas não há domínio legal que seja exclusivamente burocrático (constituído apenas por funcionários contratados); haverá aqueles que ocuparão cargos mais altos (dignitários). Burocracia é essencial para o trabalho rotineiro.
Dominação tradicional é aquela que se dá em virtude da crença na ‘’santidade’’ das ordenações e dos poderes senhoriais, possuindo como tipo mais puro adominação patriarcal(senhor ‘’ordena’’ e os súditos ‘’obedecem’’). Quadro administrativo, é formado por ‘’servidores’’. A dominação é exercida em virtude da dignidade do senhor e reiterada pela tradição (fidelidade).
Em virtude da devoção a pessoa do senhor e dotes (carisma) e, particularmente, a faculdades mágicas, revelações ou heroísmo, poder intelectual ou da oratória, o ‘’extracotidiano/sempre novo/arrebatamento emotivo’’ que provocam irão levar à devoção (dominação carismática).
A obediência enquanto obtenção do consentimento passivo ou subordinação não é um elemento desejável, embora possível e real.
Quando um comando recebe obediência pronta em virtude do hábito, temos um ingrediente fundamental da sociedade. Quando tal obediência não se dá de forma habitual, mas exige a presença de um fato de mando eficaz para obter tal obediência, estamos diante de uma situação dedominação.
Dominação legal: subordina tanto o dominado quanto o dominante a um mesmo estatuto (evitando, assim, abusos de poder). Supera as demais por evitar decisões arbitrárias; acarreta maior estabilidade (direitos previamente garantidos), porém também envolve certa dose de força (ativa ou implícita na situação, ou seja, estrutural).
O carisma irá entrar como um desestabilizador da ordem, repleto de ideais não institucionalizados nem rotinizáveis. A massa estaria exposta à influencias diretas puramente emocionais e irracionais.
A dominação tradicional é um exemplo de influência de valores morais e éticos; dominação de forma não oficial: se não houver submissão moral por parte do ordenado, a corrente de poder será quebrada, podendo levar à revolução e consequente queda de tais poderes. Dominação pode ser imposta por meios matérias (condição financeira do ordenador) e coercitivos.
Uma dominação que não possuir regras/ideias ‘’claras’’ pode prejudicar o subordinado, aquele que é mais fraco politicamente e financeiramente.
eu tentei isso lúcio.. e chutei na E... kkkk
Para nao assinantes, Gab. letra A
Acrescentando:
Gabarito, letra "A" - Repousar sobre a autoridade de um “passado eterno”, ou seja, sobre os costumes sacralizados por uma validez imemorial e pelo hábito, enraizado nos homens, de respeitá-los.
Dominação tradicional: crença na santidade de tradições imemoriais e na legitimidade dos que exercem a dominação sob tais tradições. Weber fala de uma autoridade dos costumes e do hábito. P. ex., líder de uma comunidade tradicional.
Fonte: Aula 11. Max Weber: Estado e dominação. Curso de Filosofia do Direito e Sociologia jurídica do CEI, pág. 4.
A) Repousar sobre a autoridade de um “passado eterno”, ou seja, sobre os costumes sacralizados por uma validez imemorial e pelo hábito, enraizado nos homens, de respeitá-los.
= dominação tradicional
B) Repousar nos “dons pessoais e extraordinários de um indivíduo” cujas qualidades prodigiosas ou o heroísmo são tradicionalmente notados pelos dominados.
= dominação carismática
C) Impor-se em virtude da “crença na validez de um estatuto legal e de uma ‘competência’ positiva, fundada em regras racionalmente estabelecidas”.
= dominação racional-legal
D) Ser essencialmente moderna e atrelada ao Estado burocrático que, em virtude de suas características, é tradicionalmente respeitado pelos dominados.
= mixou a dominação racional-legal c/ a dominação tradicional
E) Ser expressão da tradição e, enquanto tal, figurar como um estatuto ao qual se deve respeitar por corresponder a regras qualificáveis como racionais.
= dominação racional-legal, pois houve a formalização.
A (GABARITO)
Repousar sobre a autoridade de um “passado eterno”, ou seja, sobre os costumes sacralizados por uma validez imemorial e pelo hábito, enraizado nos homens, de respeitá-los.
B
Repousar nos “dons pessoais e extraordinários de um indivíduo” cujas qualidades prodigiosas ou o heroísmo são tradicionalmente notados pelos dominados. (CARISMÁTICA)
C
Impor-se em virtude da “crença na validez de um estatuto legal e de uma ‘competência’ positiva, fundada em regras racionalmente estabelecidas”. (RACIONAL LEGAL)
D
Ser essencialmente moderna e atrelada ao Estado burocrático que, em virtude de suas características, é tradicionalmente respeitado pelos dominados. (RACIONAL LEGAL)
E
Ser expressão da tradição e, enquanto tal, figurar como um estatuto ao qual se deve respeitar por corresponder a regras qualificáveis como racionais. (RACIONAL LEGAL)
DOMINAÇÃO PARA WEBER
Para Max Weber, o Estado é a comunidade humana que detém o uso legítimo da força física (violência), a única fonte do direito à violência. Revela-se assim como uma dominação do homem sobre o homem. No tocante às razões que garantem tal dominação, Weber aponta três fundamentos para que sejam vistos como autoridades legítimas pelas pessoas. Veja:
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- (i) autoridade pela Tradição (ou do "Passado Eterno"): encontrada nos costumes santificados, trata-se do poder tradicional. É comum em grupos menores e sociedades mais primitivas. É a autoridade paterna, bem como a dos líderes tribais;
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- (ii) autoridade Carismática: que se funda em dons pessoais e espirituais do indivíduo, que justificam até mesmo a devoção. Líderes políticos e religiosos costumam exercer essa espécie de autoridade;
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- (iii) autoridade Racional-Legal (ou Burocrática): aquela que impõe por força da norma/lei/convenção, que se funda em uma compreensão positiva, na obediência e nas regras a partir de um estatuto estabelecido. Tal é o poder que exerce o servidor do Estado.
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Da autoridade racional-legal emerge o conceito weberiano de Direito, como o meio de a autoridade buscar a adesão de seus súditos e assim exercer sua autoridade. O Direito é, portanto, um meio para legitimar o uso da força física dentro do Estado.
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Por todo o exposto,
GABARITO: (A).
FONTE: NASCIMENTO, Filippe Augusto. Manual de Humanística. 1ª ed. 2022. p. 202-203.
Gabarito A
Weber classificou a dominação em 03 tipos: tradicional, carismática e racional-legal.
Dominação tradicional
É baseada na tradição e nos costumes enraizados na sociedade.
O detentor da autoridade é soberano.
Dominação carismática
Carisma
Características pessoais do Líder
Dominação racional-legal
Lei, regras e normas
Poder está no cargo
B -errada > dominação carismática.
C- errada. dominação racional-legal
D- errada. dominação racional-legal.
E- errada. Características da dominação tradicional (“ser expressão
da tradição”) ---- > racional-legal (“regras qualificáveis como racionais”).
Os modelos de dominação ou legitimação de Weber são:
I- Dominação ou legitimação carismática, fulcrada no carisma, na paixão das pessoas por uma pessoa ou grupo de pessoas tidas como mitológicas, com capacidades incomuns de incorporar o espírito, os valores, as expectativas de uma sociedade;
II- Dominação ou legitimação tradicional, fundada na tradição, na força do hábito, no legado construído geração por geração, de maneira imemorial, transmitido não necessariamente racionalmente, sem apego específico a ritos e procedimentos;
III- Dominação ou legitimação burocrática, típica das sociedades mais modernas, de ordem mais legal, fundada em ritos e procedimentos mais organizados, impessoais, racionais, menos míticos.
LETRA A- CORRETA. Com efeito, a dominação tradicional se dá, de fato, a partir do apego ao “passado eterno", ordens praticamente imutáveis, costumes sacralizados, de validez imemorial, hábitos enraizados nos homens de tal maneira que os mesmos são incapazes de questionar ou criticar a obediência a tais preceitos;
LETRA B- INCORRETA. Os dons pessoais e extraordinários de uma pessoa remontam ao modelo de dominação carismática.
LETRA C- INCORRETA. A crença em um modelo de regras racionalmente estabelecidas é típica da dominação legal, de ordem burocrática.
LETRA D- INCORRETA. A ideia de Estado burocrático está associada ao modelo de dominação legal, não ao da tradição.
LETRA E- INCORRETA. “Pegadinha"... A palavra “tradição" pode indicar dominação tradicional, mas, bem lida e interpretada a alternativa, faz menção a regras racionais e o modelo de dominação legal, burocrática.
GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A