Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre morfologia - verbos em português

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Q2264059 Português
Leia o texto para responder a questão.



Tumor cerebral: após décadas sem novidade, surge um
tratamento promissor

Por Lúcia Helena – Colunista de VivaBem


   
     Há uns dois anos, quando participava de um congresso europeu, a oncologista clínica Helena Rodrigues de Andrade, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, se dirigiu ansiosa a uma aula que prometia mostrar estudos sobre imunoterapia para tratar câncer de cérebro. Na ocasião, pensava: "Meu Deus, o que foi que eu perdi?!".
        Isso porque, apesar de cuidar de pacientes com tumores cerebrais no dia a dia, ela não sabia o que seria anunciado ali. "Mas a primeira coisa que disseram foi: 'todos os trabalhos que vamos discutir foram negativos'" Ou seja, deram em nada.
    Essa experiência só reforçou uma impressão da médica gaúcha: "A neuroncologia é o patinho feio da oncologia, uma subespecialidade praticada por um número pequeno de colegas dedicados a esses tumores malignos que representam apenas 1% de todos os cânceres em adultos".
        A arma mais moderna com a qual esses oncologistas contavam até este ano de 2023 era a mesmíssima que tinham começado a usar ainda em 2001 para casos que eles chamam de alto grau, isto é, para tumores mais avançados. Portanto, já se iam 22 anos sem novidade alguma. "Nesse período, tudo o que tentamos não teve resposta", lamenta a médica.
        Isso explica o entusiasmo de todos quando o encontro anual da Asco (American Society of Clinical Oncology), que aconteceu no mês passado em Chicago, nos Estados Unidos, deixou para a sua sessão plenária os resultados do estudo INDIGO, já em fase 3, isto é, quando uma droga está na reta final, a um pulinho de chegar aos pacientes. E ela, no caso, não é um quimioterápico, nem sequer um imunoterápico para o câncer cerebral.
        Trata-se do vorasidenibe, medicamento que mira em mutações de dois genes, o IDH1 e o IDH2, e que, como uma boa terapia-alvo, consegue acertá-las em cheio, evitando a progressão do tumor por um tempo razoável.
         Que os resultados deveriam ser bastante promissores, isso todo mundo já intuía antes mesmo de o neuroncologista Ingo Mellinghoff, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, subir no palco da Asco.
        Vale uma explicação: a organização do evento deixa para apresentar em sua sessão plenária apenas estudos com maior potencial de impacto no tratamento do câncer. E, neste ano, abriu com o INDIGO.  
        Não à toa, quando cheguei para a cobertura desse encontro de mais de 40 mil oncologistas e saí perguntando o que, na opinião deles, eu não poderia perder de jeito algum, não importava se era um especialista em câncer urológico, de mama ou de pele — achavam em coro que, como eles próprios, eu deveria assistir ao que estaria acontecendo com o tratamento do câncer de cérebro.  
        Tudo indicava, diziam, que na tal sessão plenária viria coisa boa. E veio. Mas é preciso entender para quem é a novidade e o que ela realmente significa — adianto que não se traduz em cura e que não é para qualquer paciente. Ainda assim, mereceu os aplausos da plateia superlotada da plenária.
[...] 


Disponível em https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/lucia-helena/2023/07/04/tumor-cerebral-apos-decadas-sem-novidade-surge-um-tratamento-promissor.htm

Analise: “Há uns dois anos, quando participava de um congresso europeu” e assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2264032 Português

O colar usado pelo rei também 'pode' ter sido alterado.


(Disponível: https://www.bbc.com/portuguese/articles/

c97vn4yl412o.adaptado.)


Conjugando o verbo destacado no futuro do pretérito do indicativo, tem-se:

Alternativas
Q2263993 Português

O colar usado pelo rei também 'pode' ter sido alterado.


(Disponível: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c97vn4yl412o.adaptado.)


Conjugando o verbo destacado no futuro do pretérito do indicativo, tem-se:

Alternativas
Q2263837 Português
Leia um trecho do texto “Entre a orquídea e o presépio”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.


     A moça ficou noiva do primo — foi há tanto tempo. Casamento, depois da festa de igreja, era a maior festa na cidade casmurra, de ferro e tédio. O noivo seguia para a casa da noiva, à frente de um cortejo. Cavalheiros e damas, aos pares, de braço dado, em fila, subindo e descendo, descendo e subindo ruas ladeirentas. Meninos na retaguarda, é claro, naquele tempo criança não tinha vez. Solenidade de procissão, sem padre e cantoria. Janelas ficavam mais abertas para espiar. Só uma casa se mantinha rigorosamente alheia, como vazia. É que morava lá a antiga namorada do noivo — o gênio dos dois não combinava, tinham chegado a compromisso, logo desfeito.
    Murmurava-se que, à passagem do cortejo em frente àquela casa, o noivo seria agravado. Não houve nada: silêncio, portas e janelas cerradas, apenas. E o cortejo seguia brilhante, levando o noivo filho de “coronel” fazendeiro, gente de muita circunstância, rumo à casa do doutor juiz, gente de igual altura. A casa era “o sobrado”, assim a chamavam por sua imponência de massa e requinte: escadaria de pedra, em dois lanços, amplo frontispício1 abrindo em sacadas, sob a cimalha2 a estatueta de louça-da-china3 — espetáculo.
     E houve o casamento e houve o jantar comemorativo e houve o baile, com a quadrilha fazendo ressoar no soalho de tábuas a música dos tacões dos homens, dos saltos das mulheres.
       A noiva era uma risonha morena saudável, o noivo um passional tímido, amavam-se. E lá se foram para a fazenda longe, fim do mundo ou quase, onde as notícias demoravam uma, duas semanas para chegar. Que dia sai o cargueiro4 ? Que dia ele volta? Voltava com revistas, cartas, moldes de roupas, açúcar, fósforos, ar da cidade, vento do mundo.
      Começaram a nascer as meninas. Dava muita menina naquele casal. Como educá-las? A dona de casa virou professora, virou uma escola inteira, se preciso virava universidade.

(Elenco de cronistas modernos. José Olympio Editora. Adaptado)

1. frontispício: fachada principal.
2. cimalha: parte mais alta das paredes.
3. louça-da-china: porcelana.
4. cargueiro: pessoa que conduz animais de carga.
Os verbos empregados nas frases elaboradas a partir do texto seguem a norma-padrão na alternativa:
Alternativas
Q2263775 Português
TEXTO

ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
    Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
    No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria, articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos, eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
   As posições divergentes aparecem principalmente em relação à discussão sobre regulação/legalização da atividade. A Rede Brasileira de Prostitutas defende a regulamentação da prostituição, ou seja, aposta no reconhecimento da prostituição como profissão, em que a descriminalização em torno da atividade possa fornecer instrumentos legais capazes de combater a exploração que sofre a prostituta. A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas. 
    Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a discussão sobre tráfico de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição. Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão entre as trabalhadoras do sexo.
    Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou tráfico de pessoas, por exemplo. O que se percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
       A dificuldade de dissociar tráfico e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores. Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século passado.
      Contudo, aponta para a dificuldade de se sustentar empiricamente a afirmação de que o tráfico é mais intimamente ligado à prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas sobre o tráfico para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e tráfico são (e sempre foram) analiticamente e empiricamente associados. 
     Neste sentido, a (íntima) relação entre tráfico e prostituição permite e justifica um trabalho de pesquisa mais extenso que aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.

(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográfico vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As organizações de prostitutas no Brasil e o tráfico internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10). * Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.
No texto, a abundância de verbos conjugados no presente do indicativo deve-se ao seguinte motivo: 
Alternativas
Respostas
906: E
907: A
908: C
909: A
910: C