Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre pontuação em português

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Q2521804 Português
Leia o texto, para responder à questão.

    Com tanta coisa acontecendo no mundo, deve ser molez a arranjar assunto fresquinho para escrever. Foi o que me disseram outro dia, e me flagrei pensando: quem dera.
    Recebemos uma overdose de informação, mas isso não significa que os acontecimentos sejam surpreendentes a ponto de fazer a festa dos colunistas. É leite tirado de pedra diariamente. Como ser original quando tudo se repete e repete e repete?
    O Brasil inteiro está comentando a lista de convocados pelo técnico, uns o criticando, outros o absolvendo, e daqui a pouco uma nova Copa começará em que a nossa seleção terá boa chance de vencer, e alguma de perder. Já não passamos por isso antes, igualzinho?
    Questões envolvendo a extradição de um criminoso, ataques sangrentos em alguns países, crise nas Bolsas de Valores, barreiras comerciais afetando a relação entre países, alerta para chuva forte, violência nas estradas. Mais do mesmo.
    Atos insanos surgem aqui e ali, nos escandalizando por alguns dias, fazendo com que discutamos sobre mentes d oentias e a necessidade que tantos têm de espetacularizar a própria história, e então, passado o susto, viramos a página.
    Crises econômicas, conflitos religiosos, garotos matando colegas de aula, casamentos e separações de celebridades, denúncias de corrupção, tendências da moda outono-inverno, últimos capítulos de novela. O que ainda suspende a nossa respiração? O que é que ainda falta dizer? O que ainda nos deixa perplexos? Como ofertar um pouco de originalidade ao leitor? Que pretensão.
    É só um desabafo: hoje os absurdos se sucedem em e scala industrial e os fatos novos são como mariposas, nascem e morrem no mesmo dia. Por essas e outras, persevero no trivial, que, contrariando sua natureza, passou a ser o inusitado da vida.

(Martha Medeiros, Feliz por nada. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o acréscimo da vírgula no enunciado está de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
Q2521362 Português

Atenção: Leia o texto a seguir e responda a questão:


O que é SAMU?


    As pressões sobre os serviços de urgência e emergência têm aumentado em face de mudanças demográficas, epidemiológicas e sociais, por isso muitos países organizaram sistemas para atendimento às urgências e emergências, sob modelos distintos.

        Em 2011, o Ministério da Saúde lançou a Rede denominada Saúde Toda Hora, que está reorganizando a Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS). Com este novo modelo, o Ministério da Saúde está ampliando o acesso da população brasileira aos serviços de urgência e emergência na rede pública, garantindo atendimento rápido, universal, equânime e adequado aos pacientes, o que ajuda a reduzir mortes e sequelas, além de diminuir o tempo de espera. Integram a Rede os serviços da Atenção Básica, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), as UPAs 24 horas, as Salas de Estabilização, o S.O.S Emergências e a Força Nacional do SUS.

     No Brasil, o SAMU 192 teve início através de um acordo bilateral, assinado entre o Brasil e a França, através de uma solicitação do Ministério da Saúde. Foi criado em 2003 e oficializado pelo Ministério da Saúde por meio do Decreto nº. 5.055, de 27 de abril de 2004. Hoje, a PORTARIA Nº 1.010, DE 21 DE MAIO DE 2012 - Redefine as diretrizes para a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação das Urgências, componente da Rede de Atenção às Urgências.

      O SAMU, no Brasil, propõe um modelo de assistência padronizado que opera através do acionamento à Central de Regulação das Urgências, com discagem telefônica gratuita e de fácil acesso (linha 192), com regulação médica regionalizada, hierarquizada e descentralizada.

    Para o planejamento, implantação e implementação da regionalização, interiorização e ampliação do acesso ao SAMU 192 no Brasil, deverá ser utilizado, prioritariamente, o parâmetro de tempo-resposta, ou seja, o tempo adequado tecnicamente transcorrido entre a ocorrência do evento de urgência e emergência e a intervenção necessária.

     A função básica de um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é responder de forma organizada, a fim de evitar o uso excessivo de recursos, a toda situação de urgência que necessite de meios médicos, desde o primeiro contato telefônico até a liberação das vítimas ou seus encaminhamentos aos serviços de saúde. O sistema deve determinar e desencadear a resposta mais adequada para o caso, assegurar a disponibilidade dos meios hospitalares, determinar o tipo de transporte exigido e preparar o acolhimento dos pacientes nos serviços de saúde.

     Entretanto, o SAMU 192, ultrapassa a dimensão do atendimento, assistência e transporte de vítimas. Ocupa-se, também, de conhecer a magnitude, caracterização e tendências no que diz respeito a tempo médio de resposta dos atendimentos de urgência, percentual de atendimento por meio de intervenção básica e avançada e tipos de atendimentos, propiciando uma postura mais pró-ativa frente a morbidade/mortalidade.

     A informação da demanda feita à Central de Regulação das Urgências, assim como dos atendimentos realizados pelo SAMU, é estratégica para o planejamento das ações de uma atenção cada vez mais qualificada em todos os componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências, de acordo com as necessidades da área de abrangência de cada SAMU.


Fonte <https://sage.saude.gov.br/paineis/samu/oquee.html>. Acesso em 28/04/2024.

 

No trecho “A função básica de um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é responder de forma organizada, a fim de evitar o uso excessivo de recursos” (6º parágrafo), a vírgula foi empregada:
Alternativas
Q2519166 Português
        Embora haja relação entre os conceitos, racismo difere de preconceito racial e de discriminação racial. O preconceito racial é o juízo que se baseia em estereótipos acerca de indivíduos que pertençam a determinado grupo racializado e que pode ou não resultar em práticas discriminatórias. As ideias de que negros são violentos e inconfiáveis, de que judeus são avarentos ou de que orientais são “naturalmente” preparados para as ciências exatas são exemplos de preconceitos.
         A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros de grupos racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito fundamental o poder, ou seja, a possibilidade efetiva do uso da força, sem o qual não é possível atribuir vantagens ou desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode ser direta ou indireta.
         A discriminação direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos, motivado pela condição racial, exemplo do que ocorre em países que proíbem a entrada de negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou persa, ou ainda em lojas que se recusem a atender clientes de determinada raça. Adilson José Moreira afirma que o conceito de discriminação direta “pressupõe que as pessoas são discriminadas a partir de um único vetor e também que a imposição de um tratamento desvantajoso requer a existência da intenção de discriminar”. Por isso, conclui Moreira, o conceito de discriminação direta é “incompleto” para lidar com a complexidade do fenômeno da discriminação.
         Já a discriminação indireta é um processo em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato —, ou sobre ela são impostas regras de “neutralidade racial”, sem que se leve em conta a existência de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação por impacto adverso. A discriminação indireta é “marcada pela ausência de intencionalidade explícita de discriminar pessoas. Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em consideração ou não pode prever de forma concreta as consequências da norma.”, segundo Moreira.
         A consequência de práticas de discriminação direta e indireta ao longo do tempo leva à estratificação social, um fenômeno intergeracional em que o percurso de vida de todos os membros de um grupo social — o que inclui as chances de ascensão social, de reconhecimento e de sustento material — é afetado.

Silvio Almeida. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019, p. 22-23 (com adaptações)

Considerando as ideias veiculadas no texto apresentado e seus aspectos linguísticos, julgue o seguinte item.


Os usos das aspas têm finalidades distintas em ‘incompleto’ (último período do terceiro parágrafo) e ‘neutralidade racial’ (primeiro período do quarto parágrafo).

Alternativas
Q2518921 Português
Traumas do Trânsito


    Entre 2011 e 2021, o número de motocicletas circulando no Brasil cresceu 64,7%, de 18 milhões para 30,3 milhões. Como se sabe e boletim do Ministério da Saúde comprova, a escalada elevou a insegurança.

    Em 2011, 70,5 mil motociclistas lesionados em acidentes de trânsito foram hospitalizados (3,9 a cada 100 mil habitantes). Já em 2021, foram 115,7 mil (6,1 a cada 100 mil) – aumento de 55% em dez anos.

   Apesar de o número de mortos ter permanecido quase estável no período (11,5 mil e 11,1 mil, respectivamente), ele representa 26,6% das fatalidades no tráfego em 2011 e 35,3% em 2021.

   Acidentes de trânsito são grave problema de saúde pública no país que, no caso de motocicletas, atinge estratos sociais fragilizados.

   Em 2021, as hospitalizações de motociclistas custaram R$ 167 milhões ao Estado. Despesas por traumatismo cranioencefálico grave (TCE) passaram de R$ 123,7 milhões, em 2008, para R$ 278 milhões em 2019. Acidentes de trânsito são a principal causa de TCEs, seguidos por violência interpessoal.

    Os custos não findam com a internação. Traumas geram sequelas que exigem tratamentos custosos para reabilitação e podem incapacitar o paciente por toda a vida. Ou seja, além dos gastos públicos, o país perde força laboral.

    Para diminuir gastos na saúde e proteger jovens trabalhadores, é fundamental que o poder público, nas esferas municipal, estadual e federal, implemente ações de fiscalização e de conscientização que integrem órgãos de transporte, justiça, saúde e educação.

    Tal orientação já consta do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, legislação aprovada pelo Congresso em 2018. Basta tirá-lo do papel.


(Editorial. Folha de S.Paulo, 31.05.2023. Adaptado) 
A pontuação está em conformidade com a norma-padrão em: 
Alternativas
Q2517692 Português
Texto CG3A1

      — Afinador de piano, em excursão, vinte e cinco mil-réis.
      — Quanto?
      — Vinte e cinco mil.
     — É exagero. Às vezes o afinador não ganha isso durante a viagem. O Juca Silveira me contou. A principal fonte de renda dele é a criação de perus. E já paga imposto de indústria e profissão...
     — Bem, se nós formos indagar dos contribuintes quanto é que eles querem pagar, a tesouraria fica sem recursos para comprar um maço de velas quando faltar luz. Seria preferível que eles mesmos fizessem o lançamento.
     A Câmara Municipal discutia o orçamento para 1920, e os dois vereadores ponderavam ponto por ponto cada título da receita. O município é pobre, arrecada setenta e dois contos por ano. Houve praga na lavoura; deu peste no gado; o empréstimo para instalação de luz elétrica vence juros penosos. Para atender ao serviço de estradas, à instrução, às eleições, ao funcionalismo, a tanto compromisso, torna-se imperioso lançar novos impostos, criar taxas inéditas, como essa de afinador. Mas piano — quantos pianos terá o município? Quinze, no máximo; dos quais apenas uns cinco nos distritos: a taxa talvez não produza cinquenta mil-réis. Uma ninharia, meu caro!
    No calor da sala, os vereadores tentam reerguer as finanças públicas. Salão muito quente, com efeito. Dá para a frente da praça, que recolhe o sol da tarde, ao passo que a outra sala, olhando para a montanha e o vale profundo, recebe uma doce brisa, em que narinas mais apuradas distinguem o perfume de árvores distantes, e os caçadores chegam a identificar um cheiro de anta. No inverno, sim, a sala das sessões recomenda-se pelo aconchego — mas o orçamento é feito naquela época do ano em que as cigarras estouram, e secam os córregos.
    — Barbeiro com uma só cadeira, vinte mil-réis na cidade; em outros lugares, dezoito mil. Cada mão de engenho de mineração, quando fabricada no país...

Carlos Drummond de Andrade. Câmara e cadeia. In: Contos de aprendiz.
Companhia das Letras (com adaptações). 
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto CG3A1, julgue os itens a seguir.
I Na oração “e secam os córregos”, no final do sétimo parágrafo do texto, o termo “os córregos” complementa a forma verbal “secam”.
II O emprego do travessão no texto, em todas as suas ocorrências, justifica-se com base na mesma regra de pontuação.
III O sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso a locução verbal “formos indagar”, no quinto parágrafo, fosse substituída por indagarmos.
Assinale a opção correta.
Alternativas
Respostas
16: B
17: C
18: C
19: D
20: B